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sábado, 28 de julho de 2018

Quando o bem se torna mau

Há mais vícios debaixo do céu do que imagina a nossa mente perturbada!
Tudo, na vida, de qualquer pessoa, que se transformar em vício e dependência, por melhor que seja, se torna ruim. A própria origem do termo já deixa claro o problema. Vícios são defeitos, que podem ser físicos ou morais. Todo vício leva o viciado a uma espécie de prisão que o torna incapaz de se libertar por suas próprias forças. Todo viciado precisa de ajuda. E grande parte não sabe que está viciado. 

Se perguntarmos para qualquer transeunte, se ele conhece alguma pessoa que esteja passando por algum tipo de dependência, a resposta fatalmente será sim. Todo mundo conhece alguém que é alcoólatra, ou dependente de drogas. Mas será que os vícios se resumem a substancias causadoras de dependência como bebidas, drogas ou práticas consideradas desprezíveis pela maioria das pessoas? A resposta é não.

Existem outros vícios que são tão ou mais perigosos que os citados até aqui. Sexo, por exemplo. A despeito de ser algo criado por Deus que proporcionar prazer para o casal e perpetuação da raça humana, existem pessoas que se tornam totalmente dependentes e como toda dependência as doses necessárias são cada vez maiores e mais perigosas. Trabalho, que sempre é uma solução também pode virar um calvário, são os chamados workaholics, pessoas viciadas em trabalho e que, por conta disso, abrem mão do laser e do relacionamento com outras pessoas e, novamente, algo que, em princípio, é positivo, acaba se tornando negativo.

Atualmente, também temos uma nova categoria de vícios que são os digitais ou virtuais. Pessoas viciadas em redes sociais, aplicativos, games, etc Perceba que: Redes Sociais são boas, pois nos ajudam a nos conectar com outras pessoas que as distâncias geográficas não permitem. Games são prazerosos e relaxantes. É interessante notar que nem todos os vícios estão ligados a coisas ruins.

Mas existe um vício que muitas vezes passa despercebido e causa grandes estragos em suas vítimas. É o vício religioso. O sentimento religioso não é algo ruim, longe disso. Normalmente, quem busca um caminho nas religiões está buscando uma razão para viver, respostas para seus conflitos, paz e, principalmente, um contato com o Criador. Tudo isso é bom. Mas existem pessoas que se tornam dependentes de uma determinada denominação, de um costume, de líderes e utilizam a religião como uma espécie de fuga da realidade.

O Vício religioso pode levar o dependente a um tipo de transe fanático onde apenas aquela religião lhe provê tudo o que precisa. Não é raro pessoas assim se afastarem de parentes, amigos e até mesmo de seus mais chegados e íntimos. Inicialmente querem salvar a todos, como se fossem o próprio Deus, mas somente se estiver dentro dos seus parâmetros. Em seguida querem condenar a todos que não aceitam seus argumentos e muitas vezes podem ir mais além, utilizando até mesmo a violência. O Vício religioso é perigoso, pois pode vir travestido de bondade e boas intenções e, como diz o dito popular: De boas intenções, o inferno está cheio.

Pense nisso!

quinta-feira, 12 de julho de 2018

Ovelhas não são feitas de plástico!

Enquanto uns te querem ver livre, outros só desejam te controlar!
Quando eu tomei consciência da existência de Deus, que me proporcionou uma experiência sobrenatural e impactante a ponto de transformar a pessoa que eu era, meus primeiros passos me levaram para uma instituição religiosa tradicional e pentecostal onde eu aprendi muita coisa e da qual eu não me arrependo de ter feito parte. Entretanto, esta sede de servir a Deus a qualquer custo, motivada pelo primeiro amor, como costumamos nominar, me levou a seguir, quase que cegamente, tudo o que me era ensinado. 

Eu queria ser como eles, falar como eles, andar como eles, vestir como eles e pensar como eles sem me dar conta do porque eu havia sido escolhido e convocado pelo Eterno. Certo de que deveria me despojar dos talentos, aptidões e características que faziam de mim a pessoa que eu era, travei uma luta ensandecida buscando assumir o personagem de um roteiro, que me haviam dado e que eu precisava, desesperadamente, incorporar e executar com perfeição.

Este processo fez com que a nova criatura, que estava sendo gerada, em meu interior, pelo Altíssimo, fosse abortada dando lugar a uma espécie de fantoche forjado por humanos tão falhos quanto eu. Não é o caso de que meus líderes fossem mal intencionados; pelo contrário: suas motivações eram as melhores possíveis. Eram e são pessoas sérias, comprometidas em servir a Deus, mas que foram moldadas para enxergar um Deus diferente daquele que está contido nas Sagradas Letras.

Creio que o primeiro erro cometido por grande parte das pessoas que abraçam o cristianismo é: Pensar que a Bíblia Sagrada contém um Deus completo. Eu explico: embora o Texto Sagrado seja, no meu entendimento, a palavra do próprio Deus, registrada por seres humanos inspirados pelo Espírito Santo, é muita inocência pressupor que um livro possa conter a totalidade do Criador Supremo de todas as coisas.

A Bíblia é um manual de reconciliação do indivíduo caído com o seu Criador e abarca em seu bojo as informações necessárias para que este indivíduo entenda o plano e se mantenha focado em sua nova condição de redimido. Um conjunto de ensinamentos, conselhos e práticas, elaborados para garantir que tudo corra conforme o planejamento do autor.

O problema surge quando homens e mulheres procuram ajudar um Deus que não carece de ajuda, pois é suficiente em si mesmo. Nesta ânsia de dar um empurrão, acabam criando regras baseadas em interpretações pessoais, esquecendo-se que o cerne da obra redentora da cruz é nos fazer livres e não mais escravos, uma vez que esta era a nossa condição anterior.

Deus não quer que você deixe de ser você mesmo, mas que o seja para a Glória Dele. Se o que você fazia antes de sua conversão, não era ilícito e não fere a ética e a moral estabelecida por Deus, não há porque abandonar seus dons e talentos em nome de uma nova vida definida por alguém que nem te conhece direito.

Precisamos entender que Deus não convoca médicos para se tornarem advogados, ou músicos para virarem pedreiros ou pescadores para se tornarem donos de bar. As escrituras deixam claro isto. O que muda não é a sua profissão ou aptidão, mas sim o foco. Se antes você jogava futebol apenas pelo prazer e pelo dinheiro agora você joga para que Deus seja glorificado através de sua vida. Lembre-se, não dá para ser sal em um alimento que já esta temperado e nem ser luz em um lugar amplamente iluminado. Pense nisso!

quinta-feira, 10 de maio de 2018

O Burro e o Ignorante

Mais proveitoso do que saber ou pensar que sabe, é saber aprender!
Nessa minha caminhada pela estrada da existência, algo que sempre curti fazer foi me dedicar a parte da criação. Gosto de escrever, faço músicas, já tive um jornal, fiz fanzines e trabalhei com artes gráficas e marketing visual. Nunca busquei uma formação acadêmica em design mas a convivência com gente da área e a leitura de histórias de sucesso tem me ajudado a desenvolver bons trabalhos com resultados satisfatórios. Por conta da experiência adquirida, desenvolvi uma capacidade de perceber quando o cliente está equivocado pedindo algo que eu sei que não ficará bom. Felizmente aprendi a mostrar isto para a maioria dos contratantes que normalmente acatam as observações e permitem as alterações necessárias para um produto final mais bem acabado e que cumpra melhor o seu objetivo. 

Óbvio que nem tudo são flores. Vez por outra, alguém insiste num determinado elemento, mesmo ciente de que não ficará esteticamente apresentável ou que haverá uma certa poluição na quantidade de informações. Ai só nos cabe acatar. Da mesma forma, pode acontecer e acontece de que a ideia apresentada é melhor e mais atrativa que a minha. Este é um momento mágico pois você sempre aprende algo novo que irá utilizar mais adiante. Infelizmente existe ainda um outro tipo de indivíduo que não faço questão de atender. Sério, em alguns casos, prefiro ficar sem o cliente do que com meu nome em um material de gosto duvidoso. É o cliente que se recusa a ouvir e não tem sequer a capacidade de aprender.Trata-se do tipo de pessoa que faz você compreender a diferença abissal entre o burro e o ignorante.

Apesar do termo ignorante, ter uma conotação um tanto negativa em nossa formação cultural, na verdade é preferível ser ignorante do que simplesmente burro. Ao contrário do que muitos possam pensar o ignorante não uma pessoa estúpida mas alguém que ignora, que não possui o conhecimento necessário sobre um determinado assunto. Talvez ele seja um gênio da física quântica, mas é ignorante quando se trata de culinária, por exemplo. A diferença está no fato de que, ao se deparar com o desconhecido, ele procura entender e aprender sobre a nova situação. Já o burro (com todo respeito ao digníssimo quadrúpede) não consegue digerir a informação e normalmente, devido a sua incapacidade de processar os dados, sente-se agredido e acuado e para se proteger, liga uma espécie de escudo que lhe tampa os olhos, ouvidos e desliga o raciocínio. Para este tipo de ser, a crítica, a correção e a opinião contrária são vistas como agressões que só visam diminuí-lo. Sua mente obscurecida por uma espécie de síndrome do pânico não percebe que estão tentando lhe ajudar. 

Recentemente, me deparei com alguém deste naipe. O típico cabeça dura. Ao dialogarmos sobre um serviço tentei explicar que o resultado ficaria um tanto confuso e com uma qualidade abaixo do desejável. Argumentei que a simplicidade e a objetividade funcionam melhor, na maioria dos casos, nomeando inclusive nomes como Steve Jobs, para mostrar que o caminho minimalista produz um impacto mais certeiro. Foi até engraçado. No lugar de ouvir uma contra-argumentação do tipo: entendo seu ponto de vista mas também entendo que em certos casos é preciso fazer diferente a resposta foi que: O Roberto Justus falou que nem sempre a simplicidade funciona e que "Bom é deixar a pessoa curiosa" (creio que este final não foi do citado), e que eu estava errado e ponto final. Não estou dizendo que o apresentador de TV e empresário de sucesso está equivocado, mas entendo que ele falou isso num contexto totalmente diferente e, dadas as devidas proporções acredito que Mr. Jobs seja um pouco mais relevante para a humanidade do que o Sr Roberto. Final da história? Perdi o cliente.

Honestamente? Na verdade, me senti aliviado, pois não sinto prazer nenhum em trabalhar para pessoas que não estão dispostas a aprender algo novo. Tenho certeza que meu serviço não ficaria bom. Não é uma questão de imposição e sim de visão. Não sei explicar cientificamente mas é como um sentido aranha que me alerta de o trabalho ficará num padrão bem abaixo do que poderia ser. Nem vou comentar a foto que a pessoa queria que fosse colocada no trabalho. Prefiro os ignorantes e os sábios.

terça-feira, 1 de maio de 2018

Saia da Caixa #003 - A Solução Está nas Nuvens

Quando eu era criança, aprendi que Deus vivia no céu. Na minha mente infantil, o céu era este imenso azul povoado por nuvens que pareciam de algodão, e Deus estava lá, nestas nuvens ou um pouco acima delas. Mas não é sobre isso que eu quero meditar nesta postagem, afinal com o tempo, descobri que o céu de Deus vai além de onde a vista alcança. Mas vamos lá!

Desde que o mundo é mundo e os seres humanos caminham sobre o orbe terrestre, existe uma tentativa, muitas vezes frustrada, de uma convivência pacífica entre os membros desta imensa humanidade. Fato que, dada a nossa natureza  pecaminosa, nem sempre isto é possível. Uma das ferramentas utilizadas para manter esta harmonia entre os homo sapiens, são os acordos, celebrados entre os viventes interessados em preservar esta convivência, agradável para todos os envolvidos. Estes acordos por conta das quebras, evoluíram para a forma de contratos. Creio que todos sabem o que é um contrato. Resumidamente, é um documento em que as partes comprometidas com algo, estabelecem regras e meios para que o que foi contratado se concretize. Os implicados assinam, normalmente na presença de testemunhas, e o contrato passa a valer.

No entanto, muitas vezes, contratos são quebrados e descumpridos. Neste caso a parte prejudicada irá recorrer a uma autoridade superior para que haja uma intervenção no sentido de que se cumpra o que foi acordado entre as partes. O problema é que pode acontecer desta autoridade não ser tão idônea quanto deveria e, mediante algum tipo de compensação, tomar partido da outra parte. Embora pareça absurdo, acontece com mais frequência do que podemos imaginar.

Estas anomalias se devem ao fato que os mecanismos criados para garantir que contratos sejam honrados, como: cartórios, órgãos oficiais de justiça, etc, são formados na sua essência por pessoas que, por sua vez, podem ser corrompidas, compradas. Para que um sistema desses funcione de forma idônea e imparcial, a manutenção dos dados precisa ser executada por uma entidade não corrompível e que não busque nenhum tipo de vantagem. Que sua missão seja manter a integridade das informações e garantir a execução dos contratos respeitando suas cláusulas. Esta solução parecia ser algo inatingível, pois repositórios físicos podem ser roubados ou destruídos e os digitais podem ser hackeados e modificados ou até mesmo destruídos. Mas temos uma luz no fim do túnel. Esta luz se chama Blockchain.

Mas o que é uma Blockchaim. Em termos bem simples, trata-se de uma espécie de livro razão, ou livro caixa, onde são registradas operações financeiras ou não. A diferença é que, a cada nova transação adicionada no livro, são enviadas cópias desta operação para todos os usuários da rede, que possuem uma cópia do livro. Tecnicamente, seria possível alterar uma informação de um bloco, mas para que esta alteração não fosse detectada ela teria que ser feita em todos os blocos e nos seus posteriores de todas as cópias da blockchain espalhadas por todo o planeta. Isto torna a tarefa praticamente impossível pois seria necessário um aparato tecnológico maior que o existente e um poder de compra de todos os detentores das cópias. Ou seja, o benefício de uma fraude sempre será menor que o custo tornando a fraude impraticável. Pensando nesta possibilidade que as Blockchains possuem surgiu o Etherium. Etherium?

Trata-se de uma plataforma, baseada na blockchain, que disponibiliza além do seu ativo (Ether), a possibilidade criar, registrar e executar contratos inteligentes que basicamente não podem ser quebrados, pois a execução dos mesmos é automática. Seria o fim dos cartórios? Sim, a longo prazo sim! Mas e se alguém descumprir as cláusulas de um contrato, afinal os contratantes são humanos, certo? Isso também já foi pensado. Dentro da plataforma, num caso destes, as partes poderiam nomear árbitros para julgar o caso. Seriam, Juízes, Magistrados integrados a rede. Mas e a confiabilidade? Afinal Juízes também são pessoas! Também já foi pensado. Um sistema de reputação que pontua aqueles que agem corretamente e desqualifica aquele que possa ter agido de má fé. E quem iria indicar um intermediados com má reputação? Bacana, mas você pode estar perguntando. Tá, legal, parece ser perfeito mas quando que algo assim pode começar a existir? O que você está esperando?

A aboa notícia? Já existe, já funciona e depende unica e exclusivamente de nós passarmos a utilizar e, com isso, eliminar, pouco a pouco, o Estado sempre ineficiente e de reputação duvidosa. Mas o que tudo isso tem a ver com o título desta postagem? Tudo isso tem sido possível, em parte, graças as tecnologias de computação na nuvem. Esta é a ironia do destino. A humanidade tem se afastado cada vez mais de Deus e das coisas do alto e agora, a tecnologia vem e nos mostra que a solução vem do alto.

Esta matéria foi motivada pelo vídeo do Rafael Lima do Canal Ideias Radicais. Assista o vídeo para entender melhor a proposta.


Para saber mais:

quinta-feira, 12 de abril de 2018

Saia da Caixa #002 - As Bolhas e os Blogs

Quando tudo parecia que iria dar certo, inventaram as redes sociais!
Antes do advento da internet, a divulgação de informações, notícias, ideias e ideais, em grandes proporções, era um privilégio de uma indústria da informação e do entretenimento que possuía o controle do que deveria e poderia chegar as massas. Para conseguir levar um conhecimento fora dos padrões era preciso esforço e criatividade. Mesmo assim o alcance das atitudes alternativas e independentes era pequeno. Tudo era mais difícil.

Quando a internet se tornou accessível a praticamente todos, a maneira de disseminar pensamentos passou a ter um crescimento exponencial através de sites e posteriormente dos blogs. Neste território livre, cada ser humano pode experimentar o prazer de ter voz para falar e ouvidos à escutar. Tá certo que grande parte do que é publicado não serve para praticamente nada, mas muita gente que não tinha acesso aos veículos de comunicação tem conseguido disponibilizar conteúdo para outras pessoas.

Mas aí vieram as redes sociais. No início, tudo era lindo e maravilhoso. Encontrar velhos amigos, fazer novas amizades, ver em tempo real a foto do neto distante que acabou de nascer e muitas outras coisas. Mas aquilo que parecia tão inofensivo acabou se constituindo em uma armadilha. Fomos capturados pelos algoritmos. Mas o que são estes tais algoritmos?  Em resumo, algoritmos são um conjunto de regras que analisam tudo o que você faz em seu computador, tablet ou smartphone. O que você procura, compartilha, curte, etc. Os algoritmos servem para direcionar a você as informações que são mais relevantes e que atendem os seus anseios. Pode parecer bom mas isto acaba criando uma espécie de bolha que isola as pessoas em grupos de similaridades.

Estas ferramentas, ao entregar a você aquilo que se encaixa dentro das suas convicções e anseios, acabam lhe negando outras informações que poderiam ajudá-lo a formar melhor a sua consciência sobre o mundo que o cerca. Da mesma forma, as suas opiniões a respeito de determinados assuntos terminam por não atingir uma gama maior de receptores, uma vez que esbarram nas decisões tomadas por estes algoritmos. No entanto existe algo ainda mais preocupante! O que?

Estes recursos tecnológicos utilizados para te entregar conteúdo, podem facilmente servir para manipular resultados de buscas e vigiar as pessoas. Lembre-se que a quase totalidade dos dispositivos possuem recursos de captura e transmissão de imagem e som além de localização. Não estou dizendo que tem um cara na outra ponta da corda anotando tudo o que você faz ou deixa de fazer. Não há necessidade disso, pois os códigos fazem isso, filtrando cada informação, cada clique, compartilhamento, comentário, grupo de amigos, preferências, informações sociais e econômicas, orientações políticas, morais e religiosas.

Óbvio que o objetivo maior por trás de todo este esforço é pela demanda financeira mas eu sinceramente não creio que seja apenas isto. Algoritmos bem estruturados baseados em redes neurais que podem aprender cada vez mais sobre as pessoas são úteis para todo tipo de propósito, seja ele louvável ou reprovável.

Minha pergunta é: quais as alternativas para não ficar restrito a estas bolhas e levar as ideias para um numero maior de pessoas? Se você tem alguma, compartilhe ai nos comentários.

Antes de você ir embora, recomendo que assista um vídeo não muito longo que exemplifica de forma didática o que eu tentei mostrar mo texto. Trata-se do Monólogo do Algoritmo, produzido por Vladan Joler (SHARE Lab) e Katarzyna Szymielewicz (Panoptykon Foundation). descobri este vídeo através de um cara que admiro e que manja muito desses assuntos, o Manoel Neto. Divirta-se ou surpreenda-se!



quarta-feira, 4 de abril de 2018

Saia da caixa #001 - Introdução (alguns pontos que precisam estar bem claros)

Antes que as pedras aprendam a voar é melhor abrir o jogo pra que ninguém se sinta iludido
Bem vindo a primeira temporada da série Saia da Caixa. Minha pretensão é apresentar uma coleção de assuntos que propõe criarmos uma terceira via, uma outra opção além das que já estamos habituados e que na grande maioria das vezes não promovem nenhuma ou quase nenhuma solução viável para um viver mais livre e com mais resultados positivos.  Mas antes de entrar nestes temas, preciso que fique muito claro, para os leitores, o conjunto de valores que estão embutidos nesta coletânea de artigos. Pois bem: creio que a maioria dos meus leitores tem a consciência de que sou cristão e como tal, tenho uma cosmovisão cristã da vida. Minhas opiniões, ideias e ideais são, e provavelmente continuarão sendo, influenciadas pelos princípios que eu creio e procuro seguir. Evidentemente, isto não impede que, mesmo aqueles que não seguem esta regra de fé, não possam ser beneficiados pela leitura e também não estão, de forma alguma, impedidos de opinar, discordar e contribuir para que possamos crescer juntos. Apenas considero válido este tipo de elucidação para que ninguém seja pego de surpresa.

Vamos lá: nós que vivemos neste quinhão de terra, cercados por uma linha imaginária que delimita um território que alguém resolveu chamar de Brasil, temos assistido, principalmente nos últimos trinta anos, uma espécie de degradação social, cultural e política, responsável por ânimos acirrados e envolvidos numa espécie de loop existencial  que parece nunca chegar ao fim. Como vivemos naquilo que se chama, república democrática, estamos habituados a tentar, pelas tais vias democráticas, promover as mudanças necessárias, através do voto, nas já não tão confiáveis urnas eletrônicas. Acontece que ano após ano, aquilo que era para mudar e melhorar parece ter tido um efeito indesejável. Fomos e somos ensinados a depender do establishment para sanar nossas demandas da vida cotidiana, esperando do ineficiente aparato estatal uma solução que se mostra cada vez mais longe de se materializar. Por outro lado, parte da população ainda esperançosa, continua alimentando seu sonho de nação apostando suas fichas sempre na próxima eleição e uma outra parte já perdeu a esperança e parece estar anestesiada. Mas será que existe uma outra solução? Uma outra forma de contornar as dificuldades e seguir em frente?

É sobre isto que iremos discutir e aprender, juntos, nesta série de textos. É óbvio que eu não possuo uma solução mágica, mas tenho alguns conceitos, aprendidos ao longo do anos, que desejo compartilhar com você para uma análise, aplicação e melhoria. Por isso estou te convidando para acompanhar esta coleção de visões que batizei de: Saia da Caixa, com direito a hashtag e tudo! Então, #SaiaDaCaixa

quinta-feira, 29 de março de 2018

É melhor agir do que discutir

Debates que não produzem nada, nos tiram tempo, vigor e empenho intelectual daquilo que realmente é relevante.
No início do ano eu tomei a decisão de não entrar em debates com petistas, por uma razão simples: a maioria não aceita o debate e prefere o embate. Hoje, 29 de março de 2018, resolvi dar um passo além: Não discuto mais com esquerdistas em geral, bem como a galera da "direita" e nem entro em debates sobre eleição. A razão é muito simples. Prefiro utilizar meu tempo e meu cérebro com questões mais objetivas e que possam, de alguma forma, apontar para uma alternativa viável a todo este quadro caótico que tem se construído no Brasil dos últimos vinte anos.

No que diz respeito aos partidos políticos, sejam de esquerda ou não, considero uma enorme perda de tempo entrar em debates pois, nenhum deles está, de fato, interessado em uma mudança que promova crescimento econômico, social e intelectual para o todo. As únicas razões que movem estas organizações políticas, na direção de uma disputa, são: a paixão, o amor, o apego e a necessidade viciada pelo poder.

Já nos debates acerca de candidatos, o princípio é o mesmo utilizado para os partidos, uma vez que, mesmo que um determinado candidato possua um discurso mais liberal e até mesmo libertário, não podemos esquecer que ele tem um vínculo e um compromisso com o seu partido. Isto sem falar que quando analisamos o discurso eleitoreiro e comparamos com as práticas políticas a quase totalidade dos que pleiteiam o poder, entra em fortes contradições.

Outra decisão que tomei é a de não responder, em postagens sobre estes assuntos. É bem verdade que muitas vezes a vontade de teclar quase me consome, mas vou resistir, pois a maioria das pessoas, está tão obcecada por suas convicções que não consegue digerir um pensamento contrário e criar argumentos que sejam úteis. Na maior parte dos casos, a única atitude que os opositores conhecem é a do insulto que não promove nada de útil para ambos os lados.

No lugar disso, vou concentrar meus esforços no sentido de apresentar de forma lenta e gradual, alternativas a este cenário em que "vivemos". Farei isso ao longo dos próximos meses para que possamos, juntos, debater ideias que possam, de alguma maneira, promover uma libertação, cada vez maior, das organizações estatais que tem nos aprisionado e roubado ao longos dos anos.

Então fique atento, pois este blog será o principal canal para esta missão. E se você tem sugestões alternativas para promovermos uma ruptura como o sistema, não se acanhe. Traga suas ideias para debatermos em conjunto. Até a próxima postagem.

domingo, 4 de fevereiro de 2018

Sonhe Grande, Pois Sonhar Pequeno dá o Mesmo Trabalho

Está cansado de terminar todo ano da mesma maneira? Então está na hora de reverter este quadro!
Desde que o ser humano venceu a barreira da sobrevivência e passou a transmitir suas ideias e ideais para outros seres humanos, iniciou-se uma busca constante pela sonhada, cantada, exaltada e desejada felicidade. De acordo com o dicionário, felicidade é a qualidade ou estado de feliz; estado de uma consciência plenamente satisfeita; satisfação, contentamento, bem-estar. Mas afinal, o que significa ter uma consciência plenamente satisfeita? É justamente neste ponto que a questão começa a ganhar uma maior complexidade, pois percebemos que a tal felicidade é algo subjetivo que está intimamente ligado ao indivíduo, logo a percepção de felicidade é um sentimento individual que varia de pessoa para pessoa. Em outras palavras: o que me faz feliz não é necessariamente o mesmo que te leva a este mesmo estado de consciência.

Analisando deste ponto, percebemos que a busca pela felicidade individual pode, e com certeza irá, interferir nos outros indivíduos a nossa volta, uma vez que estamos conectados e dependemos uns dos outros para sobrevivermos. Isto nos leva a uma conclusão não muito feliz: não podemos atingir a felicidade plena neste plano da nossa existência. Temos que nos contentar em obter momentos de felicidade e substituímos a busca da felicidade pela busca do bem-estar e do conforto. Substituímos nossos anseios subjetivos por desejos objetivos e, no lugar de satisfazermos a alma e o espírito nos contentamos em atender aos desejos da carne para diminuir o sofrimento de uma vida infeliz. Mas porque somos infelizes?

Note que mesmo aqueles que levam uma vida abastada, cercada de mimos e confortos e abundância de bens, muitas vezes se mostram insatisfeitos, tristes e deprimidos. Isto acontece pelo fato de sermos seres feitos de corpo, alma e espírito. Se atendemos apenas as necessidade materiais que atingem o corpo, nossas almas e espíritos ficam enfraquecidos e ficamos doentes. Esta constatação nos ensina que devemos atender todos os aspectos do nosso ser para termos equilíbrio e bem estar. Resolver esta equação, requer esforço, concentração e raciocínio. Requer um planejamento de vida.

Tenho observado, ao longo dos meus mais de cinquenta anos, que grande parte das pessoas não vive o que gostaria de estar vivendo. Nascemos com aptidões, dons e talentos que se forem bem canalizados podem nos fornecer um pouco desta tão almejada felicidade na forma de concretização dos nossos sonhos. Isto tem haver com metas. Trata-se do famoso: o que você quer ser quando crescer? O problema é que: ou esquecemos de crescer ou esquecemos do que queríamos. Vivemos numa sociedade que dita regras e para nos adequarmos a elas matamos sonhos. Estes dias ouvi uma frase que me impactou, era assim: "sonhe grande, pois sonhar pequeno dá o mesmo trabalho".

Então galera! Que tal começar a transformar seu sonho em realidade? O primeiro passo, se você for alguém que crê em Deus e quer agradá-lo é perguntar a ele se ele aprova seu projeto. Se ele disser sim, vá em frente, coloque no papel seus sonhos, seus projetos pessoais e veja o que pode ser feito a curto, médio e longo prazo. Arquitete ações que levem a determinadas etapas do processo até que todo ele esteja resolvido. Um passo de cada vez mantendo um ritmo constante, suportável e agradável para não desistir no meio do caminho. Que tal mudarmos nosso futuro, este ano? Eu já comecei e você? Então, mãos a obra e boa sorte!

domingo, 31 de dezembro de 2017

Adeus ano velho...

Reflexão para um ano melhor...
Tecnicamente falando, é só mais um dia com 24 horas de duração, mas a transição de um ano para outro, na nossa humana maneira de contar o tempo, é sempre uma oportunidade de refletir sobre o que fizemos, o que deixamos de fazer, o que queríamos fazer e o que deveríamos ter feito. Um momento na frente do espelho para estabelecer novas metas, reavaliar planos, reestruturar projetos. É bem verdade que a maioria das pessoas parece ter uma forte dose de esquecimento daquilo que foi planificado para o ano que irá começar, provavelmente devido a ressaca herdada da festa. Mas o certo é que trata-se de um momento propício para uma meditação avaliativa do eu que insiste em sabotar nossos projetos.

Creio que muitas das projeções e listas de desejos que se desmantelam ao longo dos dias carecem de um ingrediente fundamental para o sucesso da receita. Chama-se sinceridade. Temos que ser sinceros com nós mesmos, pois somente uma auto-compreensão do ser que somos é que irá determinar o sucesso ou o fracasso do roteiro. A bíblia afirma que o diabo é o pai da mentira e isto é, certamente, uma grande verdade, e provavelmente, a mentira mais letal é aquela que tenta enganar o ser que está no espelho. Por isso a minha recomendação é: fique nu diante deste espelho e contemple quem realmente você é.

É óbvio que não estou me referindo somente a nudez física, mas também, a nudez da alma. Observe e analise, sem mascaras e nem montagens, o indivíduo a sua frente. Faça uma avaliação sincera sobre quem é este ser, como pensa, o que quer e deseja, num quadro geral e abrangente, como gostaria de estar vivendo, o que lhe trás alguma forma de satisfação, alegria e senso de realização. Estude atentamente o perfil psicológico, como pensa, no que crê de fato e compare com quem está tentando ser. É espantoso perceber que na grande maioria dos nossos fracassos a razão não está no que nos cerca mas em nós mesmos.

Quantos e quantos de nós, vivem uma vida amarga e cruel tentando ser o que não são, viver o que não suportam, fazer o que não traz sentido de realização? E o pior, quantos de nós não ficam, ano após ano, creditando nossas decepções às agruras do caminho. Adiando a verdade e esperando o dia em que poderemos dizer que estamos velhos demais para mudar. Ninguém é tão velho que não possa mudar! Afinal, o pulso ainda pulsa. 

Pra não encerrar este artigo de uma maneira tão melancólica, depois dessa autoanálise, estabeleça uma única meta para o ano que está começando: ser você mesmo. Levante, comece a andar, faça o que tem que ser feito, caminhe na verdade, ainda que esta venha a chocar muita gente. Deus te mandou pra este mundo com um propósito de vida e de realização. O plano Dele está bem aí, martelando em sua mente, dia após dia. Você está vivo, respirando e pensando? Então é porque ainda dá tempo. Vá em frente e faça valer, para o Criador, a criatura que você é. Feliz ano novo!

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

O punk não morreu; calçou um coturno e foi a igreja...

Entre Bíblias & Coturnos é uma aula de história, daquelas que quando terminam, você quer mais!
Quando o Eduardo Teixeira lançou o documentário Cristo Suburbano, em 7 de maio de 2014, talvez não imaginasse a repercussão que um vídeo amador, simples e sincero iria ter, ao contar a história de algumas bandas da cena punk cristã nacional. Agora, quase quatro anos depois e com muito mais experiência, Edu nos brinda com um novo trabalho, desta vez, mais bem construído, mais dinâmico e com uma trilha sonora que é uma pedrada no ouvido para acordar esta geração entorpecida. Tive o prazer de assistir a obra finalizada, antes do seu lançamento, programado para 13 de janeiro de 2018. e tenho algo a dizer: vale cada minuto!

Diferente do trabalho anterior, este filme apresenta um panorama da caminhada que muitos punks fizeram e continuam fazendo das ruas para a igreja. Através de depoimentos de uma galera, de várias regiões do país, que viveu e vive o punk rock; o autor nos conta a história da formação e consolidação do movimento Cristianismo & Punk Rock em terras tupiniquins. São ativistas, membros de bandas, donos de selos, fanzineiros e líderes de coletivos que descobriram, na fé em Cristo, a atitude mais punk de suas vidas. Com uma dinâmica invejável, conseguida através de uma edição inspirada, os depoimentos se complementam e parecem ter sido escritos num único roteiro. Não é cansativo e você nem percebe que se passaram duas horas. 

Eduardo A. Teixeira
Feito com equipamentos simples como celulares, o resultado final  é um encontro equilibrado entre a singeleza do Faça Você Mesmo e a seriedade do profissional. Não tenho dúvidas de que este vídeo coloca o Eduardo Teixeira na condição de documentarista e, com certeza, outros trabalhos virão. Para fechar com chave de ouro, é preciso mencionar a excelente trilha sonora, lançada simultaneamente, em formato digital, pelo selo Cristo Suburbano Records nas principais plataformas musicais e que trás boa parte da produção musical do gênero.

Tive a honra de participar deste trabalho e confesso que fui surpreendido com o resultado final. No apagar das luzes, a lição que fica é: O que faz um bom documentário não é um bom equipamento e nem uma boa história sozinha. Um bom documentário é aquele que sai das mãos de um apaixonado e este trabalho deixa claro que o Eduardo ama o que faz. Tenho certeza que você vai curtir!
Assista Agora:

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Sem origem não existe destino

Se formos fruto de um absoluto nada, estamos destinados a nada ser
Tenho observado, nas redes sociais, uma incapacidade para o diálogo, em grande parte das pessoas. Qualquer assunto, por mais simples que seja, gera uma enxurrada de xingamentos, acusações mútuas e ódio destilado. Todos queremos ter mais razão do que o outro e dificilmente paramos para ler e meditar nos argumentos contrários. Minha pergunta é: Afinal, o que está acontecendo? Bom, não sei se a minha opinião tem alguma relevância para você, mas se você está lendo este artigo é porque deve ter uma, por menor que seja. Acredito que estas manifestações quase bélicas se devem a um afastamento cada vez maior do ser humano em relação a Deus.

Um dos aspectos fundamentais do nosso relacionamento com Deus é a compreensão plena de que Ele é o Criador e Mantenedor de toda a vida. Quando se tem a consciência de que: somos seres criados e que o próprio Deus é quem garante que continuemos vivos, compreendemos que Ele, e somente Ele, é o nosso tudo e sem a Sua presença não somos absolutamente nada e consequentemente nada podemos. É justamente aí que começam os problemas. Pensamos que sabemos o que é bom para nós. Acreditamos que temos a capacidade de solucionar nossos problemas sem a ajuda de ninguém. Cremos que somos autossuficientes quando na verdade estamos longe de o sermos. Por conta disso, agimos como crianças rebeldes que se julgam melhores que os pais e não desejamos sequer ouvir seus conselhos.

Concordo que conselhos de outros humanos, falhos como nós, podem nem sempre ser úteis, mas em geral, mesmo vindo de pessoas cheias de falhas e erros, os conselhos dos pais sãos, normalmente, fundamentados em experiências pessoais. O problema é que criamos, uma aversão ao passado. Claro que olhar para frente é importante, mas quando não se conhece a origem, o destino se torna incerto. É interessante como a cultura judaica dá uma grande importância as genealogias. Esta tabulação das gerações anteriores estabelece uma linha do tempo solida que permite uma melhor compreensão da nossa própria existência. Se formos fundo até a origem de tudo fica fácil estabelecer o destino final de todos.

Se na nossa volta a origem primordial não houver nada, então nosso destino final será um imenso e incompreensível nada, uma eterna inexistência, um absoluto vazio de tudo, sem história e sem memória. Neste cenário triste, não importa como tenha sido sua vida nesta terra, pois tanto faz ter sido o maior e melhor ou o menor e pior, bom ou mau, não haverá recordação, não haverá uma história a ser contada, não haverá, sequer, uma razão plausível para a nossa existência. Ficamos reduzidos a uma espécie sem sentido. Se este fosse o nosso destino não haveria a necessidade de consciência.

Ter uma consciência nos diferencia de tudo, pois nos leva a buscar um sentido, uma razão, um propósito para nossas vidas. Esta capacidade única nos leva a perguntar de onde viemos e para onde vamos. Trata-se de uma pergunta fundamental, pois o destino está diretamente ligado a origem. Somente uma origem tangível, real e consciente nos levará a um destino igualmente tangível, real e consciente. Nesta linha de raciocínio, somente uma origem em um Deus supremo, sábio e poderoso nos garantirá a esperança de um destino válido. Quando olhamos as coisas por este prisma, ser consciente, acumular conhecimento, filosofar sobre a vida, buscar uma origem e tentar compreender o que somos passa a ter sentido.

Somente em Deus pode haver uma razão para estarmos aqui e sermos quem somos. Nossa capacidade de amar, de olhar para o outro, de criar, de sonhar com um futuro melhor, está intimamente ligada a nossa origem. Fomos criados por Deus, para aprendermos com Ele, crescermos e voltarmos a Ele conscientes do nosso papel neste plano tão sublime. Quanto mais o buscamos mais o compreendemos. Esta compreensão vai moldando o nosso caráter e nos capacita para amar o próximo a medida que aprendemos a amar um Deus que é o próprio amor. Pense nisso!

domingo, 5 de novembro de 2017

Um mundo com Deus é sempre melhor! Até para os ateus!

Nas leis estabelecidas por Deus existe um senso de liberdade e respeito que privilegia até os que não creem!
Qualquer pessoa, com o mínimo de inteligência, percebe que existe uma ordem natural das coisas, um princípio que norteia a existência do ser humano e que nos dá a exata noção de certo e errado, bom ou ruim, bem e mal e tantas outras comparações que eu poderia citar. Para alguns, estes princípios são naturais, para outros, como eu, eles foram impressos em nós para que pudéssemos viver, neste mundinho complicado, de uma maneira mais amena e mais produtiva. Como cristão, não tenho a menor dúvida que que foi Deus quem estabeleceu estes códigos de conduta, que, caso fossem seguidos, garantiriam ao homo sapiens, uma convivência digna e pacífica, com seus pares e com a natureza em seu entorno.

Quando examinamos as Sagradas Escrituras, fica claro e evidente que, o projeto de Deus para nós, aponta para uma organização libertária. As regras são simples, objetivas e contemplam o conjunto das liberdades naturais inerentes ao ser humano. É na compilação recebida por Moisés, no monte Sinai, na forma de mandamentos, também conhecida como Decálogo, que encontramos o cerne destas liberdades e direitos naturalmente estabelecidos pelo Criador. Não vou citar em ordem mas apenas tecer alguns comentários para que você compreenda melhor estes princípios.

Quando Deus nos orienta a não matar outros seres humanos, fica evidente o direito de viver. A existência humana possui um ciclo de nascer, viver e morrer onde nascer é o ato inicial e morrer o ato final, entre estes dois eventos situa-se a existência do ser social que não pode ser interrompida através de uma ação externa pois isso violaria um ciclo natural pré estabelecido. Assim como interferir neste evento fere um principio natural, impedir que ele aconteça também se constitui um crime, no caso do aborto, pois impede uma ocorrência que é fruto de uma associação humana pré consentida.

Da mesma forma, quando a Palavra de Deus nos diz para não roubar, vemos aí mais um direito natural, que é o de propriedade. Uma propriedade se estabelece quando você coloca parte do seu trabalho sobre um recurso escasso fazendo com que este recurso, legitimamente, por ação do seu trabalho, passe a ter parte de você e, portanto, torne-se sua propriedade, fazendo dela um bem inviolável. Por isso Deus deixa claro que a propriedade de alguém, pertence a este alguém e não pode ser tomada a força.

Da mesma forma, quando Deus diz para não desejar a mulher de outra pessoa vemos aí mais um princípio, que é o da livre associação e que também não pode e não deve ser violado. No caso específico do casamento, esta é uma associação feita de comum acordo, com vistas a constituição de um núcleo familiar que objetiva a proteção do núcleo e a perpetuação da espécie humana. Também já vemos aí a ideia da união monogâmica entre homem e mulher.

Honrar pai e mãe também é um mandamento que diz respeito a questão da família e mais uma vez reforça a ideia de que esta é iniciada na união estável de um homem e uma mulher e, consequentemente, sua prole. A necessidade de honrar ao núcleo primeiro (pai e mãe) é óbvia, pois sem aquela união os filhos não existiriam, logo, eles devem a sua existência àquele casal.

No caso do falso testemunho, temos ai, novamente, o princípio da não agressão, também no campo das idéias, pois um testemunho mentiroso pode causar danos, muitas vezes irreversíveis, a outro indivíduo.

O decálogo também fala da questão do trabalho como a forma de obtenção de propriedade e de manutenção do próprio ser e da família que este constituiu e ainda toca na necessidade do descanso e do lazer e do culto a Deus para refletir a sua existência.

Mas o mais importante é o primeiro preceito. Amar a Deus acima de tudo. Esta é a base, pois somente um conjunto de regras éticas e morais que procedam de um ser acima dos seres humanos pode abarcar todos os seres humanos, sendo ético e imune as falhas e erros típicos de tais seres. Uma dedicação total e irrestrita a esta entidade maior, leva o indivíduo a seguir a risca todos estes preceitos proporcionando aos demais seres uma sociedade justa. Portanto, para termos uma vida digna e feliz, neste mundo, necessitamos de uma coletânea de ordenanças que norteiem a nossa conduta em relação a nós mesmos e no relacionamento com os demais seres humanos e a melhor coleção de preceitos é o Decálogo. Grande abraço!

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Cristianismo & Punk Rock - Só Jesus salva o punk rock

Será que os novos cristãos é que tem a responsabilidade de manter vivo os antigos ideais do punk?
Quando o movimento punk surgiu, no final dos anos 70 e ganhou corpo no início dos anos 80, ele era um movimento anti-tudo. Contra o sistema, contra o governo, contra o estado, contra as religiões, contra tudo e contra todos. Basicamente um espectro do caos, inconformado com o status quo que reinava e ainda reina nas esferas mais "intelectualizadas" da intelligentsia. Este punk mais root, não estava nem aí para convenções e levantava o dedo para o politicamente correto, era malvisto, odiado, detestado mas seguia em frente gritando as verdades que ninguém queria ouvir, eram taxados de burros e ignorantes, que não sabiam tocar, que não entendiam de nada. O que aconteceu?

Hoje vemos os novos punks, defendendo as agendas do politicamente correto, partidários, punks de esquerda e até punks de direita, punks socialistas, comunistas, anarco-capitalistas, budistas, exotéricos, espíritas, umbandistas, ateus, agnósticos, empresários, empregadores, empreendedores, políticos, transgêneros, transtornados e transformados por um programa que os faz pensar que ainda estão na contra-mão do sistema mas, na realidade, uma grande parte serve a este mesmo sistema que é tão bem elaborado que cria seus próprios contrários, numa realidade onde até os rebeldes são fabricados em linhas de produção com componentes baratos.

Olhando este cenário triste e desesperançoso parece que não sobrou ninguém que se oponha ao stablishment da vida. Clama, ainda existe um grupo, pequeno, mas consciente, que é taxado de louco até pelos seus próprios pares. Ainda existe um grupo que não se conforma com as injustiças e entende que é preciso falar. Um grupo que não segue as regras impostas por um sistema maligno e dominador e sabe que precisa agir, ainda que esta ação coloque em risco a sua própria existência. Um grupo disposto ao enfrentamento, disposto a dizer não e que mantém acesa a chama da rebeldia contra esta nova ordem mundial, mesmo sabendo que é odiado, malvisto, detestado, considerado retrógrado e ignorante mas que segue em frente crendo que não se pode ficar calado, parado, estagnado. Um grupo que carrega a bandeira da verdadeira liberdade, uma liberdade que não é imposta por estatutos e constituições, uma liberdade que não se obtém pela ação de organizações de esquerda ou direita. Um grupo que entende o real significado do que é amor. São os punks que encontraram em Cristo o verdadeiro ideal do movimento, da luta e do desejo de mudar o mundo.

Sei que vou angariar inimigos mas isto é uma consequência natural de ser cristão e de ser punk. Sim, somos punks, vadios, párias numa sociedade que não cabe em nós, somos mal vistos porque não nos moldamos ao mundo, somos os excluídos, fazemos nossas músicas, escrevemos nossos textos, anunciamos a nossa fé, com ou sem recursos, não queremos suas drogas, suas teorias, suas filosofias, mas estamos ai, incomodando, afrontando seus conceitos porque cremos que existe uma verdade única e superior, cremos em uma moral sublime e que a liberdade plena pode ser alcançada mas que a única porta de entrada para ela é o Evangelho de Jesus Cristo.

SOMOS PUNKS, SOMOS CRENTES, estamos em todos os lugares e estamos avançando, não para dominar mas para iluminar à sua frente para que você enxergue o terreno perigoso por ande anda! Quer ficar do outro lado? Tudo bem, respeitamos suas decisões. Quer juntar-se a nós? Seja bem vindo, mas tenha consciência de que não será fácil, mas é possível, em nome de Jesus!

Cristianismo & Punk Rock








quarta-feira, 27 de setembro de 2017

É impossível ser ecumênico?

Existe uma grande diferença entre respeitar e aceitar diferentes confissões de fé...
Confesso que sou um grande admirador do pastor Tiago Cavaco. Pela sua inteligência, por ser cristão, assim como eu e por sua postura punk. Sua firmeza e convicção, no que diz respeito a fé cristã é louvável. Mas ser inabalável na fé, geralmente nos leva a situações delicadas, principalmente nesta era do politicamente correto, e a questão do ecumenismo é uma delas. No seu sentido original o ecumenismo é a busca da união das diferentes organizações religiosas que professam a fé cristã. Neste sentido, é algo perfeitamente possível, viável e, até mesmo, necessário para o fortalecimento da cultura cristã no orbe terrestre. As diferenças rituais e de interpretação teológica são perfeitamente aceitáveis uma vez que são tentativas humanas de uma melhor compreensão de Deus e que não são absolutas em si mesmas. Neste caso o elo de ligação ecumênica é composto da ortodoxia cristã formando uma base solida para criar uma espécie de unidade nas diferenças e comunhão nos propósitos.

Por outro lado, quando se tenta aplicar a lógica do ecumenismo à todas as correntes religiosas e filosóficas, como meio de promover uma unificação do pensamento espiritual, isto se torna impossível, pois cada crença encontra-se alicerçada em um conjunto doutrinário diferente e tido como verdadeiro em cada grupo e ao abraçarmos uma confissão de fé e espiritualidade que divirja daquela que professamos isto se converte em uma negação da nossa própria fé. Neste aspecto, a prática ecumênica nos levaria a uma anulação coletiva de todos estes compêndios doutrinários, algo extremamente perigoso num mundo tão caótico e cada vez mais, desprovido de espiritualidade. 

Devemos entender, principalmente em se tratando da fé cristã, que o Evangelho é um conjunto de crenças firmes e basilares na existência de um Deus Soberano e na impossibilidade do ser humano, por seus próprios meios, estabelecer um relacionamento positivo e duradouro com este Deus. Cremos no pecado como um ato de rebeldia, comum a todos os homens que já nascem destituídos de qualquer ligação com seu Criador e que vivem numa condição de inimizade com este Deus, o que leva a humanidade a um estado de condenação que só pode ser revertida através de uma intervenção do próprio Senhor. Aceitar um ensinamento que descarte qualquer um desses fundamentos é impensável dentro do escopo da fé cristã.

Não obstante a tudo isto, a nossa crença também prega o amor universal o que nos leva a um posicionamento de respeito àqueles que creem de uma forma diferente da nossa. Mas devemos entender que respeitar e conviver não significa concordar e submeter-se. Uma das características do pensamento cristão é justamente a irredutibilidade do nosso conjunto de crenças e a insubmissão ao doutrinamento que nos leve a negar aquilo que cremos, ainda que isto coloque em risco a nossa integridade física. Pois, no nosso esforço para atingir o status de cristãos verdadeiros, levamos em consideração a regra de sempre agradar a Deus ainda que isto desagrade a humanidade.

Mais que uma religião bacaninha, o cristianismo carrega no seu bojo uma boa dose de subversão e contracultura, posicionando-se em contraponto aos valores éticos e morais do mundo moderno, sem no entanto, impor de forma tirânica, aquilo que cremos, pois ainda é o amor e a compaixão que norteia nossas ações. Sabemos e cremos que conhecemos a verdade revelada de Deus para a humanidade e temos o desejo de levá-la ao maior número possível de pessoas mas entendemos que isto não se dá por força ou coerção, mas pelo nosso testemunho de vida e fé inabalável. Para que esse testemunho possa ser eficaz precisamos resguardar nossos valores impedindo que eles venham ser contaminados por ensinamentos que contradigam os fundamentos da nossa fé em Jesus Cristo.

A conclusão que chegamos é que podemos conviver pacificamente com os contrários mas devemos resguardar o cerne daquilo que cremos, sem misturas que venham a turvar a cristalinidade daquilo que professamos. É evidente que o assunto não se encerra aqui e pode ser desdobrado em muitas outras pautas futuras, mas por hora é isto. Abaixo um vídeo do pastor Tiago a respeito deste assunto. É bem curto, sintético e eficaz. Grande abraço.


sexta-feira, 22 de setembro de 2017

O que está acontecendo com os casamentos?

Não! Casamentos não irão resolver nossos problemas mas são o melhor exercício de convivência que existe.
Por mais que tentem afirmar o contrário, e até existam as exceções, homens e mulheres são seres que carregam tantas diferenças entre si que as vezes chega-se a pensar que é impossível colocar um homem e uma mulher debaixo de um mesmo teto.  No entanto, quis a sabedoria divina que está união fosse vital para a continuidade da existência humana e para fundamentar a sociedade num aglomerado que se denomina família. Quando um homem e uma mulher se unem, eles tipificam uma espécie de Reino de Deus em escala reduzida. No entanto, como este Reino é uma imagem embaçada do Reino verdadeiro, ele carrega consigo, as imperfeições e conflitos da natureza humana, decaída, pecadora e afastada do seu criador.

Estamos assistindo uma derrocada da instituição que convencionou-se chamar de casamento. Relacionamentos desfeitos na mesma velocidade em que são executados. Um desinteresse geral pelo assunto e uma ideia coletiva de que se trata de algo ultrapassado e sem sentido. O que ocorre, na verdade, é que o individualismo dos seres humanos tem distanciado, cada vez mais, homens e mulheres, além de uma tentativa inútil de fazer parecer que tanto homens quanto mulheres são seres idênticos, quando na verdade isto não é verdadeiro. Para piorar as coisas, com as chamadas ideologias de gênero, tratam as exceções como se fossem regras desvirtuando conceitos milenares de família que são a base da nossa civilização.

Neste jogo sórdido de fragilização do estofo basilar da espécie humana, invertem a demanda de poder jogando instituições familiares sobre a tutela, responsabilidade e designação do Estado, que é um poder posterior e portanto não pode definir ou legislar sobre as bases anteriores que lhe deram origem. Como ser racional e prático, não consigo conceber que motivação tem levado as pessoas a ingressar num caminho que aponta para a auto destruição da raça humana. Entretanto, como homem de fé, posso afirmar, sem medo de cometer equívocos, que se trata de um plano maligno, engendrado pelas forças do inferno, no sentido de impulsionar a criatura humana para longe de seu Criador.

Precisamos, com a máxima urgência, reavaliar nossos posicionamento frente a está problemática e examinarmos, com a máxima cautela, as raízes destas realidade decadente para, ao menos, tentarmos reverter o quadro sintomático da instituição do casamento, que jaz na UTI da história. Se não agirmos, enquanto ainda resta um fio, ainda que tênue, de esperança, corremos o sério risco de nos tornarmos uma espécie extinta. Pois se acabarmos com a família, teremos acabado com a espinha dorsal da humanidade que não poderá mais se manter de pé e certamente tombará.

Creio, ainda, que esta falsa busca por uma felicidade embasada em satisfações pessoais e materiais também é um dos fatores de enfraquecimento. Quando damos mais importância ao TER do que ao SER acabamos coisificando pessoas que passam a ter uma função única e exclusiva de satisfazer nosso ego inchado e doente. Pense Nisso!

Indo Além do Texto






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segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Será possível construir uma sociedade livre e autônoma.

Será que numa sociedade sem a presença do Estado as coisas seriam melhores do que são ou é só mais uma utopia?
Olhe para o Brasil. Mas olhe atentamente. Observe as pessoas e perceba como elas são criativas, como conseguem sobreviver, mesmo nas piores condições. Ande pelas ruas das grandes cidades e veja a quantidade de homens, mulheres e crianças que vivem e moram nas ruas. Mas mesmo assim estão lá, vivos, dia após dia, ainda esperançosos. Agora voe para os grandes aterros sanitários e se depare com centenas de homens, mulheres e crianças, garimpando alguma coisa de valor para transformar em um pouco de proteína, para permanecerem vivos. Em seguida, coloque um colete a prova de balas e faça uma incursão nas comunidades onde o medo é uma constante e a ordem é mantida pelos criminosos, e no entanto, homens, mulheres e crianças sobem e descem as escadas todos os dias par continuar sendo cidadãos do bem.

Todos sabemos que o Brasil vive uma situação de precariedade absoluta, onde a criminalidade aumenta a cada dia, a falta de segurança afeta a todos em todos os lugares, a saúde pública se transformou num caos, a educação é pífia, os salários são baixos e o custo de vida é exorbitante. O Estado que deveria garantir aos cidadãos, seus direitos básicos, simplesmente não o faz pois, os que manipulam a máquina estatal usam o dinheiro arrecadado dos tributos impostos à sociedade, em benefício próprio, através de um conluio político imoral. Ma e se este mecanismo regulatório deixasse de existir, ou pelo menos fosse reduzido a um mínimo suportável. Quais as consequências de uma mudança tão drástica num país como o nosso. Resposta: Caos. Um grande, profundo e turbulento oceano de desespero e obscuridade. Mas calma, não se assuste, com o tempo as coisas se ajeitam.

Vamos divagar um pouco numa situação: Uma empresa tem cem funcionário que recebem mil reais de salario cada um, então a empresa tem uma despesa de cem mil reais com a folha de pagamento. Certo? Não, a empresa tem uma série de encargos e despesas para manter estes funcionários e ela tem uma despesa de duzentos mil reais mensais com seus cem trabalhadores. Os funcionários também não recebem os mil reais integrais, pois com os descontos acabam recebendo somente R$ 900,00 (este cálculo é por cima, na prática eles recebem menos) Digamos que cada funcionário destes 900 que ele vai gastar, quarenta por cento será para os impostos que somarão R$ 360,00 além de outras taxas, então podemos arredondar para R$ 400,00 reais. O que sobra, e eu estou sendo otimista são R$ 500,00 ao mês. Agora vamos imaginar uma sociedade sem a figura do estado e sem os impostos. Esta empresa poderia pagar um salário de R$ 1.500,00 e ainda assim ter uma redução na sua despesa na ordem de cinquenta mil reais mensais. e cada trabalhador teria um ganho real de R$ 1.000,00 a mais. Lógico que estes números são hipotéticos mas isto é apenas para se ter uma ideia do quanto cada um de nós é roubado pelo estado.

Certo, agora você deve estar pensando: mas e a segurança, a saúde, a educação? Como ficam? Vamos por partes: Segurança: contratamos empresas de segurança. Já fazemos isto, justamente porque o estado não consegue nos fornecer a segurança que precisamos. Saúde: com mais dinheiro no bolso podemos pagar. E num sistema assim, as clínicas populares são inevitáveis além do fato de serem muito lucrativas. Educação: segue o mesmo princípio, sem cartilhas doutrinárias e com a opção de escolher aquela que melhor se encaixa em nosso conjunto de valores. A verdade é que, numa sociedade livre, o empreendedorismo sempre irá beneficiar aqueles que fazem melhor e com mais dedicação. Melhor do que ter direitos que não são respeitados é ter acesso. Por exemplo: de que adianta os cidadãos brasileiros terem direito a saúde mas esta ser de péssima qualidade, seria bem melhor ter o acesso, isto é, as condições de pagar e escolher um serviço.

Parece utopia, construir uma sociedade assim, não é mesmo? Concordo que é uma tarefa quase impossível e praticamente improvável mas não deixa de ser uma possibilidade. Acontece que para esta possibilidade se tornar realidade existem uma série de barreiras que devem ser transpostas. A primeira delas é cultural. Vivemos numa sociedade dependente do estado, regulamentada pelo estado e controlada por este mesmo estado. Para que surja uma sociedade nestes moldes, o primeiro passo é apresentá-la as pessoas. Uma sociedade onde a liberdade de cada indivíduo é respeitada indiferente de qualquer coisa. Onde aqueles que pensam de uma determinada forma podem formar suas próprias comunidades que permanecem abertas a quem desejar conhecer. O crime não é apresentar uma ideia revolucionária, o crime é tentar impedir que ela seja exposta para apreciação.

Este assunto não termina aqui... existem muitas variáveis a serem consideradas que não cabem em um único texto, mas isto é assunto para outra postagem. Até lá, espero ter dado um start para que você, no mínimo, se atenha ao assunto. Grande abraço.

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

A Arte de Odiar a Arte

Eles patrocinam o que não é para que você odeie o que realmente é!
Arte é, na sua etimologia, a técnica empregada para realizar alguma coisa. Com o tempo ascendeu ao status de designar um tipo de técnica relacionada à produção de objetos com beleza estética, ou aquilo que é esteticamente agradável aos sentidos humanos. A arte também é uma manifestação filosófica da estética perfeita que apresenta, de forma cognitiva, uma visão do autor daquilo que é agradável e belo. Esta manifestação é individual. A arte parte do indivíduo que através do seu talento natural e das técnicas absorvidas demonstra de forma magistral a sua visão pessoal das coisas, do mundo e do ideal de beleza e existência. Quando ouvimos uma peça de Bach, Chopim e muitos compositores clássicos, estamos ouvindo a expressão do ego destes indivíduos que demostram para nós a sua visão individual do que é um ideal de música. O mesmo acontece com a pintura, a escultura, e outras formas de arte.

Esta produção artística que parte do indivíduo acaba por formar em cada ser, gradativamente, uma consciência ética e estética, que liberta a mente e a alma. Quando temos a consciência do belo, caminhamos para a transcendência do indivíduo em direção ao perfeito e eterno. A arte serve então de ponte para um estágio superior da consciência que se torna livre e percebe a existência de um modelo absoluto. Ao se deparar com o absoluto, cada indivíduo deixa de se submeter ao que é relativo e isto não interessa para quem detêm o poder ou está no comando ou ainda, que deseja o poder.

Foi exatamente isto que a intelligentsia percebeu. A arte pura minava seus anseios coletivistas de domínio. Mas como impedir que os indivíduos consumissem esta arte que os levaria a romper a submissão. Proibir seria um tiro nos pés, pois todos sabemos que proibições geram interesses e procura. A técnica adotada, e devo reconhecer que é brilhante, foi fazer as pessoas perderem o interesse pela arte. Como? Patrocinando e exaltando o que não é arte. Paulatinamente o establishment estatal foi elevando a categoria de grandes artistas uma safra de produtores de lixo. Isto levou as pessoas a ter uma visão distorcida da arte e com o tempo uma aversão a esta. E hoje chegamos a um estágio onde aqueles que produzem a verdadeira arte do belo, do esteticamente perfeito e do crescimento libertador estão relegados aos subterrâneos. 

Só que, todo sistema possui uma falha...  Mas isto é uma outra história...

Para elucidar melhor este assunto, deixo aqui o vídeo que me levou a escrevê-lo.


quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Cinquenta postagens - Meta de 2017 cumprida!

Uma meta de crescimento, independente da área, não deve ser facilmente alcançada e nem impossível de ser atingida
Um método bastante eficaz de conseguirmos crescimento em qualquer área de nossa vida é o estabelecimento de metas. Com isso cria-se uma espécie de escada. Subir, ou descer uma escada implica em galgar um degrau por vez para evitar riscos desnecessários. Com nossos projetos pessoais, profissionais, espirituais, relacionais e todo um cabedal de rumos desejados, não é diferente. Uma meta por vês. Mas entenda: isto não quer dizer que você só poderá ter uma atividade a cada passo. Não é isso, na sua meta estabelecida, podem co-existir inúmeras atividades que fazem parte de um mesmo alvo a ser atingido. Mas para que isto funcione é preciso planejamento.

No final de 2016, encerrei o ano com 35 postagens neste blog, sendo que, em 2015 havia feito 42 postagens. Foi preocupante, pois foi um resultado negativo. Foi quando percebi que estes números fracos eram o resultado de uma falta de objetividade e de metas a serem atingidas. Então pensei e estabeleci um alvo de cinquenta postagens para 2017. Um alvo atingível, pois bastaria uma postagem por semana, porém não tão simples pois demanda uma certa disciplina na produção do conteúdo. Bom, agora que já possuía a meta, era necessário estabelecer o método. Afinal, de nada vale ter um objetivo sem saber como alcança-lo.

É neste ponto que muitos projetos encalham. Ideias excelentes com metas bem definidas mas sem um método de como alcançá-las. No meu caso, o método consiste em manter uma periodicidade, reservando um tempo determinado para as tarefas, além de escrever material extra para suprir alguma eventualidade que venha a surgir no meio do caminho. Também entendo que não se trata apenas de alcançar a meta mas sim atingir o objetivo. Ou seja, de nada vale ter uma meta sem um objetivo claro e definido. No meu caso, isto quer dizer que: Não quero apenas produzir 50 postagens, mas sim 50 conteúdos que sejam relevantes e qualitativamente aceitáveis. Este é um processo bem mais difícil que requer um aprendizado constante. Neste ponto, ouvir críticas, se inspirar nos casos de sucesso e ser honesto, são práticas fundamentais. Por esta razão, eu não produzo nenhum conteúdo que seja contrário aquilo que eu creio, pois seria rapidamente percebido. É como aquele vendedor que tenta te empurrar um bem ou serviço que ele não acredita ser útil. Vão lhe faltar argumentos

Finalmente, depois dos passos anteriores é necessário partir para a ação, colocar o plano em prática para evitar a criação de uma gaveta de idéias geniais que nunca foram levadas a cabo. Muitas ótimas ideias morrem neste ponto. A meta é possível, o método é viável mas o empreendimento não é sustentável. Já desisti de muitos planos por falta de empenho pessoal. Depois de um tempo vi alguém colocando uma ideia igual ou semelhante em prática e aí vem um arrependimento que não é nada agradável.

Mas nada disso funcionaria sem alguém que compre o seu trabalho. No caso do blog, não teria nenhum sentido manter este trabalho se não houvessem leitores. Então, esta postagem é para te agradecer, por estar nos acompanhando e partilhando das ideias, por nos ajudar a melhorar com seus elogios e suas crítica e nos posicionar mais firmemente naquilo que é relevante para o consumidor e não nos deixar desistir. Obrigado e um grande abraço.

terça-feira, 12 de setembro de 2017

O Caso Santander e a Eminente Queda da Civilização

Será que estamos assistindo os últimos instantes da humanidade? E creio que sim, e você?
Há poucos dias, assistimos a um episódio que mexeu com os brasileiros, em todos os aspectos. Foi a exposição Queermuseu organizada pelo espaço Santander Cultural que fica no centro histórico de Porto Alegre, RS. Não vou entrar aqui nos méritos e desméritos da exposição, pois isso já foi amplamente discutido. Com relação ao material exposto existe lei para isso, basta aplicar. Então vamos lá.

O artigo 241 do Estatuto da Criança e do Adolescente classifica como crime a divulgação de material que contenha imagens de crianças em situações de contexto sexual, também diz que é crime expor crianças a imagens de sexo explícito (haviam crianças visitando a mostra acompanhada de professores) e por aí vai. Tais crimes são passiveis de detenção estipulada no referido artigo.

Já o artigo 208 do código penal afirma ser crime vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso. Perceba que os dois crimes foram praticados no local da exposição e isso por si só já bastaria para o cancelamento da mesma e prisão dos organizadores. Não é uma questão de intolerância, homofobia, ultra conservadorismo, etc. É uma questão de Lei.

Mas vamos em frente. A ensaísta, crítica de arte e crítica social americana, professora da University of the Arts em Philadelphia, Pennsylvania, desde 1984, acadêmica e Ph.D pela Universidade de Yale, Camille Anna Paglia que também é feminista, homossexual e ateia, baseada em estudos sérios afirma que esta explosão transgênero é uma característica histórica que precede o fim de grandes civilizações e após este fim, homens voltam a ser homens, mulheres voltam a ser mulheres para que uma nova civilização possa surgir. No final da postagem há um vídeo onde ela mesma afirma isso.

Um dos argumentos dos defensores dessas mudanças todas é que na antiguidade era comum as praticas que agora são consideradas abusivas. Então, a humanidade evoluiu e foi percebendo que estes atos eram cruéis, principalmente em se tratando de crianças, que no consenso são indefesas. Mas agora parece que temos um retrocesso destes valores que ergueram a civilização ocidental. Ora, se os valores que levantaram uma civilização são colocados de lado o caminho natural desta mesma civilização é cair.

Esta exposição que causou tanto espanto, na verdade é um pálido reflexo de algo muito maior que permeia a sociedade contemporânea, que é a falência dos valores éticos e morais que vem corroendo a existência humana. Não fosse pelo fato dela ser financiada com o meu e o seu dinheiro, ela passaria despercebida. O grande, e maior problema é justamente o fato de financiarmos aquilo que não aprovamos sem ao menos sermos consultados. Este sim é um problema bem mais sério. Faça o que você quiser com seu dinheiro, mas não me obrigue a fazer o que eu não quero, com o meu.

Sou contra financialmente público para o que quer que seja, inclusive para o que eu aprovo, pois não quero carregar a culpa de ter gasto o dinheiro de outras pessoas, contra a vontade deles, em algo que eu quero fazer. Afinal, foi para isto que foi inventado o financiamento coletivo.

A opinião de Camile



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terça-feira, 29 de agosto de 2017

Cristão Fraudulento. Existe Isso?

Seja o seu ‘sim’, ‘sim’, e o seu ‘não’, ‘não’; o que passar disso vem do Maligno. Mateus 5.37
O Canal Dois Dedos de Teologia, mantido pelo Yago Martins, publicou um vídeo intitulado: COMO OS CRISTÃOS ESTRAGAM E FRAUDAM O YOUTUBE. O Vídeo dá uma série de dicas a respeito de canais do youtube e alertas sobre práticas que visam apenas angariar views e likes sem se preocupar com o cerne da mensagem. Mas o mais grave é uma denúncia de vários canais que praticam fraude para conseguir isto, utilizando hashtags que não se enquadram no conteúdo, apenas para angariar views. No final deste post você pode conferir o vídeo citado, mas antes vamos conversar sobre um assunto muito sério que é a integridade do caráter cristão.

Quando abraçamos uma ideia, uma causa, uma filosofia de vida, uma ideologia, enfim; quando nos engajamos em algum tipo de grupo, a lógica é a de que iremos seguir as regras e comportamentos daquele grupo. No cristianismo não é diferente; quando optamos pela proposta da caminhada cristã, estamos assumindo um compromisso com as regras e práticas do Evangelho, pois é somente agindo conforme as instruções de Cristo que seremos, realmente, cristãos autênticos e reconhecidos como tal. Ser cristão, mais do que frequentar uma denominação religiosa, é servir de exemplo para que outros possam conhecer melhor o cristianismo. Ser cristão é ser uma testemunha, viva, do Jesus Cristo de Nazaré.

Entre as práticas comuns ao cristão as que se destacam, em relação a nossa condição de seres sociais, são: Moral, bons costumes, honestidade, compromisso com a verdade, ou seja, fazer a diferença num mundo tão carente de valores objetivos. Na verdade, os não cristãos esperam isto de nós. E quando não encontram, o que não é difícil, ficam espantados e cada vez mais descrentes nas nossas crenças. Esta crise moral que permeia o universo dos religiosos de vertente cristã tem arruinado as instituições, pessoas e o próprio Deus dos adeptos de Jesus. Não é o caso de Deus ter uma crise de identidade, mas a sua imagem é prejudicada porque refletimos de forma distorcida quem Ele realmente é. Com isso, deixamos de levar a cura e nos tornamos o câncer que contribui, ainda mais, com a degeneração da humanidade.

Precisamos acordar, lavar o rosto, voltar as Escrituras, rever nossos conceitos, redefinir nossos objetivos e entender que não estamos aqui para satisfazer nossos desejos pessoais ou alcançar fama e sucesso. Nossa missão é anunciar ao mundo a boa notícia de que existe uma forma melhor de viver e buscar o Reino de Deus para que ele seja manifesto já neste tempo presente. Para sermos chamados de cristãos devemos agir como tal. Que Deus tenha misericórdia de nós!

Segue, abaixo: o vídeo do Dois Dedos de Teologia, que motivou esta postagem:



Bate papo entre Eu e o Eduardo Teixeira do Cristo Suburbano sobre esta postagem...