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quinta-feira, 7 de março de 2024

OS VERDADEIROS ADORADORES



“No entanto, está chegando a hora, e de fato já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade. São estes os adoradores que o Pai procura.” (João 4:23)

Este é, sem dúvida, um versículo bíblico bastante conhecido entre os cristãos. Já perdi a conta das inúmeras pregações e citações que ouvi a respeito desta passagem do Novo Testamento. Mas a minha pergunta é: Você já parou para analisar este texto?

Caso não tenha feito, é exatamente isso que iremos fazer e se já o fez, aproveite para ter mais um ponto de vista e ampliar a sua compreensão do mesmo. Neste caso, sem mais delongas, vamos ao que interessa.

A primeira parte é bem interessante. Nela lemos: NO ENTANTO, ESTÁ CHEGANDO A HORA, E DE FATO JÁ CHEGOU. Note que há uma urgência na afirmação, o escritor deixa claro que o momento a que o texto se refere, mesmo se tratando de algo que pode não estar acontecendo deveria ser natural, e corriqueiro na vida do crente. É como se ele estivesse dizendo: Vai lá cara, não espere, faça já, agora, sempre. Pois, mais que uma atividade, trata-se de uma necessidade na vida do crente.

Na sequência lemos o seguinte: EM QUE OS VERDADEIROS ADORADORES. Esta é uma parte muito profunda e reveladora, pois se o autor frisa que existem adoradores verdadeiros, fica subentendido que também existem falsos. Temos que estar atentos para não cair no grupo dos falsos e assim perder o nosso ingresso para o Reino de Deus..

Continuando observamos que, estes adoradores que são verdadeiros, ADORARÃO O PAI. Mais uma vez a peça literária se ilumina e nos faz entender que existem adoradores que não adoram o Pai, o Altíssimo, o Eterno. Sim existem adoradores que são fervorosos, sinceros mas que adoram outros deuses e mais uma vez isto nos serve de alerta para que possamos fazer um autoexame no sentido de identificar a quem ou a que estamos adorando.

Dando prosseguimento o versículo segue afirmando que, estes verdadeiros adoradores, que adoram o Pai, fazem isso EM ESPÍRITO E EM VERDADE. Mas afinal. O que é adorar em ESPÍRITO E VERDADE?

Para entendermos o significado das palavras de Jesus na passagem que lemos precisamos nos ater ao contexto. Nesta passagem o Mestre estava conversando com uma mulher Samaritana e esta o havia indagado sobre o lugar certo para adorar a Deus. Jesus deixa claro que a verdadeira adoração não está vinculada a uma coordenada geográfica, a um lugar físico mas que deve partir de dentro para fora do indivíduo. Este formato de adoração que é pessoal e parte do coração leva automaticamente ao segundo ponto que a adoração verdadeira, sem ostentações.

Isto também deixa evidente que existem adorações que estão mais preocupadas em dar uma demonstração pública e que, portanto, não são verdadeiras.

Para completar o verso, João escreve: SÃO ESTES OS ADORADORES QUE O PAI PROCURA. Ora! você só procura algo que não está encontrando. Se o Pai está procurando este tipo de adorador é porque está difícil de encontrar.

A conclusão que eu chego é a seguinte: Primeiro temos um problema que é a escassez de adoradores genuínos que se enquadrem nas diretrizes estabelecidas por Deus para uma adoração satisfatória e eficaz. Mas a boa notícia é que esta categoria de adoradores tem uma capacidade especial de atrair Deus para perto de si.

E então? Que tal começar a se esforçar para ser um verdadeiro adorador que pode ser encontrado pelo Criador?

quinta-feira, 16 de abril de 2020

Lições Virais - Ser é Melhor que Estar

Como esta pandemia está mudando a terra e a nossa percepção do Evangelho de Jesus Cristo!
Imagem de Paula Helit por Pixabay 
Depois de algum tempo observando as reações e o comportamento das pessoas durante este um mês e meio que estamos vivendo sob a sombra da incerteza, diante da ameaça invisível que parou o mundo, podemos tirar algumas lições importantes e, porque não dizer, alarmantes sobre o povo de Deus e seus mais diversos comportamentos e atitudes neste novo cenário global. E pasmem, meus amados, as conclusões não são nem um pouco animadoras.

A Crise da Fé


Se existe algo que ficou perceptível nos últimos 45 dias da pandemia é a crise de fé que se abateu, ou que já se abatia, sobre a igreja brasileira. Sem citar nomes, para não expor pessoas, vou descrever acontecimentos do meu entorno que me deixaram bastante preocupado com a qualidade do engajamento cristão neste século. Mas para que possamos entender melhor o que ocorre, é preciso definir as características da igreja atual.

Ir a Igreja ou ser Igreja


Durante as últimas décadas os crentes foram doutrinados ou acostumados a ir á Igreja e a frequentar um prédio como quem frequenta um clube social. A igreja física e geográfica ganhou uma importância que, em muitos casos, extrapola os limites da sanidade, passando a ocupar uma posição acima do próprio Cristo. Este ensino obscuro criou na membresia uma sensação de que a frequência a um determinado local facilita a ação do Espírito Santo e transmite a falsa ideia de um Deus limitado às quatro paredes do prédio.

Entenda que eu não estou afirmando que não devemos frequentar um espaço físico para nos reunirmos com outros parceiros de fé. Mas reduzir a comunhão dos Santos a isto é de uma pobreza espiritual extremamente grande. Mais importante do que ir a igreja é SER IGREJA em qualquer lugar.

Tempos Modernos


Quando Jesus viveu, fisicamente, entre nós ele não apenas fez um sacrifício que quitou a nossa dívida com o Eterno, ele também promoveu um upgrade no ser humano. Como diria uma antiga canção: "O véu que separava, já não separa mais". Se no tempo da lei, o Seu Santo Espírito estava sobre nós, na Graça ele se encontra em nós, nos levando para um novo patamar, no que diz respeito ao nosso relacionamento com o Deus Eterno.

Quando o Mestre afirmou que: onde estivessem dois ou mais Ele se faria presente, foi exatamente isso que Ele quis dizer. É evidente que, quando Ele proferiu estas palavras, nenhum ser humano imaginava que chegaríamos ao ponto de nos reunir virtualmente, mas com certeza Ele sabia.

A Bíblia nos adverte que chegará um tempo em que não teremos mais a liberdade de nos reunirmos presencialmente, mas isso não pode ser um impedimento para permanecermos em comunhão uns com os outros.

Precisamos Crescer

De volta ao início desta postagem, tenho visto, não poucos crentes, com medo de não poder ir a igreja (O Prédio), muitos praticamente em pânico, até mesmo com medo de perder a salvação. Isto é alarmante, pois mostra o quão inconsistente são os alicerces da nossa fé. Crentes sem nenhum preparo para perder, para sofrer e para serem afligidos.

Mas se, por um lado estas verdades são alarmantes e extremamente preocupantes, por outro nos mostra que precisamos repensar nossos conceitos. Creio, sem medo de errar, que estes acontecimentos que estamos vivendo como: a quarentena, o isolamento social, etc, não são apenas uma permissão de Deus, mas ouso ir além e entendo como o próprio agir de Deus no intuito de acordar seu povo.

O desfecho dos planos de Deus se aproxima e com ele tempos difíceis para o corpo de Cristo. Carecemos de um evangelho que cave fundo na palavra, que não seja superficial, mas que nos dê um choque de realidade a ponto de nos arrancar da Matrix do engano gospel, com sua religiosidade de R$ 1,99.

Que mais lições venham e com elas o crescimento que nos garantirá a vitória!



Crédito da Imagem:
Imagem de Paula Helit por Pixabay

sábado, 4 de janeiro de 2020

Mais Perto do Fim - 001 - Mudança de Hábitos

Você não vai mudar a sua vida fazendo as coisas sempre da mesma maneira!
Imagem de Cristian Vazquez por Pixabay
Conforme eu havia prometido na postagem "2020 - O Ano da Decisão", este é o primeiro de uma série de artigos sobre atitudes e práticas para nossa preservação e dos nossos familiares, frente aos acontecimentos que irão ocorrer nos próximos anos e que antecedem os últimos dias da raça humana, da maneira como estamos acostumados. Se de um lado, não tenho nenhuma dúvida de que os agentes do mal estão seguindo seus planos de forma milimétrica e cronometrada para destruir a coroa da criação, também tenho absoluta convicção de que Deus tem tudo sob controle e proporciona um meio eficaz para aqueles que estiverem dispostos a se submeter às suas instruções.

No entanto, apenas aguardar no Eterno, não é o suficiente pois não é o que Ele espera de nós. O Criador nos fez com as ferramentas intelectuais, físicas e espirituais necessárias para agirmos e buscarmos soluções funcionais para os nossos problemas. É fato que, com a queda do ser humano, no Jardim do Éden, nosso DNA foi corrompido e, consequentemente, nossas ações se tornaram problemáticas e voltadas para o mal. Mas, apesar das más notícias, quando fomos convencidos do pecado e nos arrependemos, entregando nossas existências ao Messias que pagou o preço do resgate de nossas vidas fomos reconectados ao Supremo e, desde então, nossa programação vem sendo atualizada, no processo que chamamos de santificação.

Este processo contínuo de restauração só estará completo quando tivermos nossos corpos transformados e então seremos iguais ao nosso Mestre, o primogênito de Deus, nosso Senhor e Salvador Yahushua, o Filho do Deus Altíssimo. Mas a cada nova informação, nos tornarmos mais capacitados para enfrentar os dias maus e executar as medidas necessárias para sobreviver e ajudar outros a conseguirem o mesmo.

O que Mudar Primeiro?


Toda mudança é difícil, pois nos tira da nossa pseudo "zona de conforto" e nos conduz ao desconhecido e inesperado. Por outro lado, uma vez que mudamos algo em nossas vidas, vislumbramos novas possibilidades que estavam obscurecidas. Nosso Pai Eterno nos deu capacidades extraordinárias para assimilar novas situações e aprender com elas. A primeira e mais importante mudança que podemos fazer, e que nos ajudará com as demais, é aprender a falar com nosso Deus. Isso se dá através da oração, que nada mais é do que, comunicar ao Soberano, nossos anseios, dúvidas e necessidades. É como um casamento, a medida que nos relacionamos, aprendemos mais sobre o outro. Por isso Jesus disse que é preciso ser um com o Pai.

Uma vida de oração, inevitavelmente se tornará em uma vida de comunhão com o Altíssimo. Não estou dizendo que você precisa ficar horas de joelho. Não é isso. Orar é dialogar e isso pode ser feito em qualquer lugar. Em casa, no trabalho, na rua, no trânsito, enquanto está desempenhando alguma tarefa, enfim, em qualquer situação podemos iniciar nossa conversa com nosso Pai. Pois somente quando aprendermos a falar com Ele é que começaremos a ouvir a Sua voz e compreenderemos o que Ele fala para cada um de nós.

Não sabe por onde começar? Comece com a oração que o seu Filho nos ensinou. Medite em cada palavra, procurando absorver os significados dessa oração tão simples mas ao mesmo tempo profunda e carregada de ensinamentos. Que tal agora mesmo? Vamos Lá?

Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu; O pão nosso de cada dia nos dá hoje; E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores; E não nos conduzas à tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém. Mateus 6:9-13
É evidente que você não irá ficar repetindo esta oração a vida toda, mas ela é uma chave para aprender a orar, pois nesta pequena oração encontramos os elementos fundamentais de uma oração eficaz. Reconhecendo a paternidade e soberania de Deus, desejando ser parte do Seu reino, submetendo-se à sua vontade, pedindo a provisão necessária para viver cada dia por vez, aprendendo a prática do perdão, pedindo orientação para não cair nas armadilhas do maligno e ainda que isto aconteça, tendo confiança na proteção divina e reconhecendo que Ele é o Único e Soberano Deus de nossas vidas.

Com o tempo você saberá utilizar suas próprias palavras e terá uma conversa cada vez mais amigável com o nosso Pai, entendendo que faz parte de uma família muito especial, ao contrário do que o mundo tenta nos convencer.

Lição de Casa


Escolha alguns horários do seu dia para conversar com o Pai. Conte a Ele seus problemas, suas dúvidas, seus anseios, revele a Ele seus medos, confesse suas fraquezas. Transforme esta prática em um hábito. E caso esqueça, não se ache a pior das pessoas. Apenas admita que vacilou mas continue. Em alguns momento vai parecer que Ele não te escuta, mas na verdade é você que não o percebe. Mas com o tempo você irá perceber, mais facilmente a Sua presença e ouvirá a Sua voz.

Quer mudanças? Comece mudando!

terça-feira, 24 de dezembro de 2019

Ressignificando Significados - Natal

Sim, eu sei que o Messias não nasceu em 25 de dezembro. Mas o que importa é que Ele nasceu!

Todos os anos, na época do Natal, assistimos e lemos um calhamaço de opiniões  a respeito desta data que é celebrada em todos os cantos da terra. Entre os cristãos sempre existiu uma grande divisão. Uns são favoráveis, alegando que o que importa é comemorar o nascimento do Salvador. Na outra extremidade estão os que alegam que esta é uma festa pagã que não deve ser comemorada por cristãos. Em ambos os lados existem verdades mas também muitos exageros e na maioria dos casos pouco equilíbrio.

Uma das máximas que as Sagradas Escrituras recomendam aos que professam a fé no Cristo da cruz é que devemos crescer em graça e conhecimento. Ou seja: excesso de espiritualidade gera muita demonização e excesso de razão pode descambar para um ceticismo quase ateu. O cristão autêntico e zeloso sempre irá buscar um ponto de equilíbrio de modo a não profanar o que é sagrado e nem sacralizar o que é profano. Isto requer sabedoria e entendimento do plano de Deus para nossas vidas. Então vamos fazer uma breve análise dos fatos para buscar um consenso.

O Nascimento de Jesus


A chegada do Filho do Altíssimo a este mundo é um acontecimento tão importante quanto o seu sacrifício, na cruz, que nos reconciliou com o Pai. Um evento preparado pelo próprio Criador desde antes da criação. Anunciado por profetas e aguardado até mesmo por aqueles que não faziam parte do povo de Deus. Um momento tão marcante da história que foi capaz de dividi-la em antes e depois dele. Mas a despeito de tudo isso, não se sabe ao certo em que dia isto ocorreu. O fato é que ninguém tem conhecimento da data exata da chegada do Bom Pastor. 

Como cristão, não creio em coincidências ou acasos pois entendo que todas as coisas ocorrem pela soberana vontade do Eterno e em todas elas existe um propósito firme e uma razão específica na forma em como ocorrem. Se não sabemos a data de nascimento do nosso Redentor é porque não devemos saber. No entanto, o fato de não termos uma data não é um impedimento de comemorar a chegada do Bom Mestre aqui no mundo em que vivemos. Tendo isto em mente, não existe mal algum em você celebrar a vinda do Príncipe da Paz no dia 25 de dezembro. Aliás creio que trata-se de uma oportunidade para reunirmos parentes e amigos e lembrar que o Todo Poderoso nos deu seu filho em sacrifício para nos livrar da condenação pelo pecado.

A Origem do Natal


Mas afinal; de onde surgiu a importância do dia 25 de dezembro? Existem várias origens, nas culturas pagãs que dizem respeito a esta data tão lembrada nos calendários. As mais conhecidas são as que relacionam este dia a comemoração do festejo conhecido como Natalis Solis Invictus e marcava a volta dos dias mais longos depois do solstício de inverno. Esta festa ocorria logo após a Saturnália, outra festividade muito popular na Roma antiga, durante a qual a população participava de festas e banquetes e ocorriam trocas de presentes.

Este dia também marcava a comemoração do aniversário de uma divindade conhecida como Mitra, que era popular deus de luz e lealdade, largamente cultuado pelos soldados romanos. Muitas outras divindades pagãs estão associadas a esta data em diversas culturas anteriores ao cristianismo. Estes fatos tem levado muitos seguidores do nosso Sumo Sacerdote a satanizarem este dia e protagonizarem intermináveis embates na mídia, nos púlpitos e, mais recentemente, nas redes sociais. 

O Equilíbrio


Ao longo da minha caminhada após a minha conversão ao Evangelho, procurei e procuro manter a sanidade e entender que, assim como podemos utilizar uma determinada obra artística para exaltar a soberania e majestade do nosso Rei e Senhor também podemos utilizar a mesma obra para  simplesmente proferir blasfêmias. Este mesmo princípio se estende as datas. O Filho de Deus, antes de partir para o seu reino, nos deu uma missão: Pregar as boas novas do Reino. Para o discípulo toda oportunidade é uma grande oportunidade.

Evidentemente, isso não significa que devemos aderir a costumes duvidosos e a simbologia oculta por trás dos signos oriundos das culturas avessas ao cristianismo e que, muitas vezes, são muito presentes no Natal. Mas com sabedoria e bom senso, podemos e devemos mostrar ao mundo que, para nós, o Natal é trazer a memória a verdade mais absoluta que existe: Nosso Criador, do alto de suas misericórdias, nos amou de uma maneira tão inexplicável, a despeito de nossa inimizade e rebeldia, que nos deu seu Único Filho, para ser entregue em sacrifício santo e perfeito e nos livrar do inferno e da morte e nos conceder um eternidade em sua presença.

FELIZ NATAL

terça-feira, 7 de maio de 2019

O Triunfo do Fracasso

Infelizmente, o triunfo do fracasso se dá pelos ensinos equivocados e sem fundamentação nas Escrituras que tem arrastado muitos cristãos para o lamaçal da desistência e abandono da fé!
Imagem de Peter H por Pixabay
Uma das razões, que eu tenho observado, de tantas pessoas abandonarem a fé cristã, no meio da caminhada, aqui no Brasil, é a combinação de dois pensamentos que causam muito mais mal do que bem: O Triunfalismo e a famigerada Teologia da Prosperidade. Estas duas linhas de pensamento, embora possuam respaldo bíblico em alguns de seus pontos tem sofrido enormes distorções doutrinárias provocadas, na maioria das vezes, por ideias humanistas e pelo intenso relativismo que vem inundando as mentes dos irmãos em Cristo. Neste pequeno texto, quero analisar, junto com você, alguns tópicos destas narrativas para compreender a falência eclesiástica que estamos assistindo, bem como reforçar nossas defesas contra estas heresias.

Triunfalismo


Antes de mais nada, é preciso entender o conceito de Triunfo da Igreja. A Igreja de Jesus, já nasceu vitoriosa, já nasceu vencedora e o seu triunfo final é inegável e incontestável. Mas entre seu nascimento e triunfo existe uma longa jornada de dor, sofrimento, perseguição e martírio. A pergunta é: se a igreja é sofredora, porque o crente não seria? É neste ponto que encontramos diversos desvios doutrinários. Existe um ensino triunfalista e sem nenhum respaldo nas escrituras que prega que a vida do crente deve ser vitoriosa. Jorgões comuns como: de vitória em vitória, você vai passar por cima, determine sua benção, você vai conquistar, e tantos outros que compõe um verdadeiro glossário de charlatanismo gospel, tem levado multidões a crer que basta estar na igreja e tudo na sua vida dará certo.

Pastores e supostos ensinadores, tem levado muitos ao engano, quer por má intensão ou por terem sido ensinados de forma equivocada. Preparam os fiéis para vencer, para receber, mas nunca para perder. Mas as Sagradas Escrituras nos ensinam exatamente o contrário. Não são poucas as passagens em que Jesus nos alerta sobre dor, sofrimento, aflições, perseguições, perdas e toda sorte de injustiças que recaem sobre aqueles que optam por segui-lo. Aprendemos a olhar apenas para o momento imediato e desaprendemos a vislumbrar o porvir. Com isso esquecemos e já não sabemos mensurar a diferença entre esta vida, curta e finita com a vindoura que é eterna.

Ficamos indignados com as agruras que nos atingem e não atentamos para o martírio de Cristo. Apagamos da memória a realidade de um Deus que despiu-se de sua glória e vestiu-se da carne fraca, que chorou, sofreu, angustiou-se, sentiu fome, sede, frio, que foi abandonado, traído, injustiçado, incompreendido, cuspido, esmurrado, espancado e morto de forma cruel e insana, em nosso lugar, para que nos tornássemos justificados diante de Deus. Nos tornamos arrogantes e pensamos que somos dignos do quer que seja a ponto de exigir de Deus providências em nossas vidas medíocres. Já não lembramos que: sofrer por Cristo é um privilégio e não uma tortura. Por conta disso abandonamos a caminhada por qualquer razão.

Basta um fracasso na vida conjugal, um insucesso financeiro, uma decepção qualquer e pronto: começam as lamúrias sem fim. Deus não me ama, Deus me abandonou, Deus não me ouve e blá blá blá. Crianças mimadas e insuportáveis causando vergonha nos pais com seus escândalos por conta de uma bugiganga qualquer. Pensamos que Deus deve ser como nós e não o contrário. E por conta deste pensamento ridículo e por sermos país impotentes e sem autoridade, exigimos que Ele ceda, assim como nós cedemos, por qualquer birra. Entenda: Deus não é seu empregado. é você que deve servi-lo e não o contrário.

Estas são apenas algumas mazelas do triunfalismo. Mas vamos a tal da prosperidade.

Teologia da Prosperidade


Você tem alguma dúvida de que a maioria esmagadora dos crentes não passa de um bando de  materialistas fúteis? Eu não! Quer um exemplo? Sempre que pensamos em céu e reino, a quase totalidade de nós lembra primeiro das ruas de ouro e das mansões celestiais. O último pensamento que nos chega a mente, quando chega, é sobre a Presença de Deus. A Teologia da Prosperidade vai fundo nessa nossa característica e explora ao máximo nosso desejo de ter, possuir, poder e conquistar, incutindo nas mentes frágeis a ideia, anti bíblica, de que o crente que é fiel também é próspero. Exagero meu? Então me diga sinceramente: Na sua igreja, quando alguém vai contar um testemunho, a maioria é sobre, cura, emprego, casamento, causa na justiça, dinheiro, casa nova, etc, ou sobre quantas almas conseguiu trazer para perto de Deus?

É lógico que Deus tem poder para prosperar, materialmente, quem quer que seja, mas biblicamente, esta não é a Sua prioridade. A Bíblia nos adverte de forma clara que: não podemos servir a Deus e a Mamon (dinheiro) ao mesmo tempo. A maior prova de que isto é verdadeiro é que a maioria das pessoas que possuem muitas riquezas não tem nenhum compromisso com Deus!

Um dos textos básicos da Teologia da Prosperidade é o que se encontra em Isaías 1.19: "Se quiserdes e me ouvirdes, comereis o melhor desta terra". Temos que entender duas coisas fundamentais neste texto: primeiro, ele é direcionado ao povo de Israel e faz parte do compêndio doutrinário da antiga aliança que foi cumprida em Cristo e que inaugura uma nova aliança que nos livra dos preceitos da Lei. Em segundo lugar, mesmo que se aplique a nós é preciso definir uma coisa: O que é o Melhor Desta Terra? Sabemos que com a entrada do pecado na humanidade, a terra foi amaldiçoada, produzindo espinhos e abrolhos e aguarda a sua redenção (o que ainda não ocorreu). Logo, se ligarmos este texto a bens materiais então sabemos que não há nada de bom neste mundo. Mas se olharmos pelo aspecto espiritual, então o Melhor desta terra é a Presença de Deus em nossas vidas nos alimentando com o Pão Vivo que desceu do céu. "Pois o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo" (Romanos 14:17).

Conclusão


Precisamos, com urgência, rever nossos conceitos e valores cristãos para não tropeçarmos durante a caminhada. Não é errado ter dinheiro, conquistas materiais, etc. Mas colocar estas coisas acima de Deus a ponto de abandoná-lo por elas é pecado de idolatria. Jesus nos deu inúmeros exemplos de que devemos viver de forma simples, sincera e honesta. Trabalhando para nosso sustento e acima de tudo orando e vigiando e anunciando a Salvação. Dígitos em contas bancárias não compram nossa passagem para o Reino de Deus. Relacionamentos de Contos de Fadas não são pré-requisitos para uma vida de comunhão com nosso Criador. Precisamos voltar a essência do Evangelho e viver uma vida dedicada ao nosso Pai que está nos céus, confiantes, pela fé, de que um dia estaremos para sempre com Deus, com Jesus e com o seu Santo Espírito.

Pense nisso...

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

Só é Problema se Você for Evangélico

É mais fácil acreditar num ET massagista do que no Cristo consolando uma criança a beira do suicídio!

Embora a maioria das pessoas afirmem defender a liberdade de expressão e de culto religioso, não é o que  demonstram quando se trata de experiências sobrenaturais relatadas por evangélicos. Nesta hora, até a piada agressiva é permitida! Foi o que aconteceu recentemente com a futura Ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves.

Advogada, Jurista, Educadora e Pastora, Damares atua desde os 13 anos na luta contra a violência, desigualdades, drogas e pelo reconhecimento dos menos favorecidos, principalmente das mulheres. Vítima de abuso sexual aos seis anos de idade, tormento que continuou a sofrer até os oito anos, a futura  Ministra relata que aos 10 anos, destruída emocionalmente e fisicamente decidiu dar cabo sua própria vida. Foi nesta ocasião que, ao subir em uma goiabeira, teve uma experiência sobrenatural em que afirma ter conversado com Jesus que a fez desistir do suicídio. Foi esta experiência pessoal que levou a jovem a trilhar seu caminho na luta pela justiça e pela honra.  No entanto, nem mesmo a dor de uma menina, vítima de pedofilia, impediu que o ódio e a ignorância a transformassem em motivo de piada.

Obviamente a piada, em si, não é algo tão ruim. Em muitos casos, a graça, a brincadeira pode até ser um alívio para minimizar situações de tensão. Mas o que nos chamou a atenção, neste caso, foi a diferença na abordagem de experiências sobrenaturais quando o protagonista é um cristão protestante. Então vejamos:

A apresentadora Daniela Albuquerque relatou que foi abduzida por seres extraterrestres, sendo inclusive massageada por um deles e não sofreu este tipo de escárnio. A atriz, cantora e apresentadora Xuxa afirma ter visto duendes, o que rendeu até uma canção (Xuxa e os Duendes). A cantora Elba Ramalho, diz ter sido abduzida por ETs e que um chip foi implantado em seu corpo. Miguel Falabela contou que esteve com seu amigo, José Wilker, após o falecimento do mesmo. O quadrinista, Maurício de Souza, revelou ter avistado OVNIs, desde 1977 que o teriam inspirado a criar o personagem "Astronauta".

São inúmeros os relatos, e tomariam muito espaço nesta pequena postagem, mas o curioso, é o fato de nenhum deles ter recebido  tratamento pejorativo por parte de celebridades e da mídia como o caso da Ministra. A pergunta que fica no ar é: será que esta avalanche de críticas, injúrias e difamações tem relação com a sua fé Evangélica? Se a experiência fosse contata por alguém de outra corrente religiosa, a receptividade seria diferente? Podemos afirmar que se no lugar de Jesus fosse alguma divindade de outra corrente de fé a piada seria tão forte? E se fosse Maomé, iriam ridicularizar o relato de uma criança vitima de abuso, ou iriam respeitar com medo perder a cabeça?

São questões que somente o tempo e a eternidade poderão esclarecer, mas que não nos impedem de refletir na hipocrisia do relativismo que tenta, como todas as suas forças, separar os seres humanos de sua origem!

domingo, 15 de julho de 2018

Vivendo e aprendendo a adorar!

O triunfalismo à brasileira, da igreja, tem nos tornado meros barganhadores no lugar de adoradores.
Existe uma espécie de onda triunfalista na igreja brasileira que nos dá uma sensação de que nada pode dar errado na vida do crente. Confesso que não sei de onde vem essa ideia e muito menos quando começou mas o certo é que por conta desta visão equivocada do viver em Cristo, muita gente acaba se distanciando de Deus quando as coisas não vão bem. Quando Jesus estava perto da sua partida, deste mundo, ele orou por seus discípulos. Está registrado no Evangelho de Jesus escrito por João, no capítulo 17, versículo 15 que diz: "Não rogo que os tire do mundo, mas que os proteja do maligno". 

Perceba que o Mestre não pediu ao pai que nos desse vitórias e conquistas, mas sim proteção contra o mal. Estar protegido não significa que não haverão lutas, dificuldades e até mesmo derrotas. Também temos que entender que a proteção prometida é contra o maligno e não contra os reveses naturais da vida humana.

Existem muitas situações difíceis na nossa vida que não são obras do maligno. São consequências das dificuldades naturais da existência humana e também frutos de decisões prematuras que tomamos ao longo da nossa caminhada.

O fato de determinadas coisas não saírem de acordo com aquilo que planejamos não nos torna amaldiçoados, como muitos julgam. Já cansei de ouvir pessoas falando que o fulano está passando por uma luta porque pecou, porque não é dizimista, porque faltou o culto e outras acusações do gênero. Falam estas bobagens como se Deus fosse uma espécie de bolsa de valores que irá me dar mais lucro a medida que eu investir nele.

O que precisamos entender, de uma vez por todas, é que Deus não tem nenhuma obrigação para conosco. Não existe mérito que nos torne merecedores de uma maior atenção do Criador. Se Ele te escolheu para fazer parte do Seu Reino, apenas agradeça a Ele, ciente de que não é merecedor. Adore-o pelo que Ele É e não pelo que Ele pode fazer por você.

A verdade é que estamos contaminados pelo vírus de Mamom e nos tornamos doentes neste mundo onde o ter é mais importante do que ser. Estamos sempre preocupados em como pagar contas, em adquirir algo, em conseguir um bom emprego e uma boa promoção. Esquecemos das palavras de Jesus que diz para não nos preocuparmos com comida, com vestuário, etc. Perdemos a fé naquele que conhece e supre nossas necessidades e queremos nós mesmos resolver nossos problemas deixando Deus de fora de nossas vidas.

Vamos ao culto no domingo e cantamos, louvamos, adoramos, erguemos mãos santas e na segunda feira maldizemos o serviço que não deu certo, o cliente que não pagou, esquecendo do Deus que dizemos seguir.

Não estou dizendo que é fácil viver por fé. Pelo menos para mim não é! Mas é necessário, pois a fé é justamente isso, ter a certeza daquilo que se espera e crer sem ver. Viver por fé é ter a convicção de que, independente das coisas serem boas ou más, elas são exatamente como devem ser. Mesmo as piores experiências, mesmo as maiores perdas ou as feridas mais profundas não acontecem para que sejamos infelizes sofredores mas para que possamos crescer. A Bíblia nos ensina que o Reino de Deus não é formado por covardes, mas por aqueles que vão até o fim como diz a cação: "Nem sempre ganhando, nem sempre perdendo, mas aprendendo a jogar".

Há um versículo na Bíblia que diz que todas as coisas colaboram para o bem daqueles que amam a Deus. Então, se você é um dos que amam a Deus, pare de reclamar e assuma logo a sua posição no Reino e agradeça a Ele por te permitir fazer parte de todo este processo. 

Jesus nunca disse que seria fácil mas sempre deixou claro que é possível!

quinta-feira, 12 de julho de 2018

Ovelhas não são feitas de plástico!

Enquanto uns te querem ver livre, outros só desejam te controlar!
Quando eu tomei consciência da existência de Deus, que me proporcionou uma experiência sobrenatural e impactante a ponto de transformar a pessoa que eu era, meus primeiros passos me levaram para uma instituição religiosa tradicional e pentecostal onde eu aprendi muita coisa e da qual eu não me arrependo de ter feito parte. Entretanto, esta sede de servir a Deus a qualquer custo, motivada pelo primeiro amor, como costumamos nominar, me levou a seguir, quase que cegamente, tudo o que me era ensinado. 

Eu queria ser como eles, falar como eles, andar como eles, vestir como eles e pensar como eles sem me dar conta do porque eu havia sido escolhido e convocado pelo Eterno. Certo de que deveria me despojar dos talentos, aptidões e características que faziam de mim a pessoa que eu era, travei uma luta ensandecida buscando assumir o personagem de um roteiro, que me haviam dado e que eu precisava, desesperadamente, incorporar e executar com perfeição.

Este processo fez com que a nova criatura, que estava sendo gerada, em meu interior, pelo Altíssimo, fosse abortada dando lugar a uma espécie de fantoche forjado por humanos tão falhos quanto eu. Não é o caso de que meus líderes fossem mal intencionados; pelo contrário: suas motivações eram as melhores possíveis. Eram e são pessoas sérias, comprometidas em servir a Deus, mas que foram moldadas para enxergar um Deus diferente daquele que está contido nas Sagradas Letras.

Creio que o primeiro erro cometido por grande parte das pessoas que abraçam o cristianismo é: Pensar que a Bíblia Sagrada contém um Deus completo. Eu explico: embora o Texto Sagrado seja, no meu entendimento, a palavra do próprio Deus, registrada por seres humanos inspirados pelo Espírito Santo, é muita inocência pressupor que um livro possa conter a totalidade do Criador Supremo de todas as coisas.

A Bíblia é um manual de reconciliação do indivíduo caído com o seu Criador e abarca em seu bojo as informações necessárias para que este indivíduo entenda o plano e se mantenha focado em sua nova condição de redimido. Um conjunto de ensinamentos, conselhos e práticas, elaborados para garantir que tudo corra conforme o planejamento do autor.

O problema surge quando homens e mulheres procuram ajudar um Deus que não carece de ajuda, pois é suficiente em si mesmo. Nesta ânsia de dar um empurrão, acabam criando regras baseadas em interpretações pessoais, esquecendo-se que o cerne da obra redentora da cruz é nos fazer livres e não mais escravos, uma vez que esta era a nossa condição anterior.

Deus não quer que você deixe de ser você mesmo, mas que o seja para a Glória Dele. Se o que você fazia antes de sua conversão, não era ilícito e não fere a ética e a moral estabelecida por Deus, não há porque abandonar seus dons e talentos em nome de uma nova vida definida por alguém que nem te conhece direito.

Precisamos entender que Deus não convoca médicos para se tornarem advogados, ou músicos para virarem pedreiros ou pescadores para se tornarem donos de bar. As escrituras deixam claro isto. O que muda não é a sua profissão ou aptidão, mas sim o foco. Se antes você jogava futebol apenas pelo prazer e pelo dinheiro agora você joga para que Deus seja glorificado através de sua vida. Lembre-se, não dá para ser sal em um alimento que já esta temperado e nem ser luz em um lugar amplamente iluminado. Pense nisso!

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Sem origem não existe destino

Se formos fruto de um absoluto nada, estamos destinados a nada ser
Tenho observado, nas redes sociais, uma incapacidade para o diálogo, em grande parte das pessoas. Qualquer assunto, por mais simples que seja, gera uma enxurrada de xingamentos, acusações mútuas e ódio destilado. Todos queremos ter mais razão do que o outro e dificilmente paramos para ler e meditar nos argumentos contrários. Minha pergunta é: Afinal, o que está acontecendo? Bom, não sei se a minha opinião tem alguma relevância para você, mas se você está lendo este artigo é porque deve ter uma, por menor que seja. Acredito que estas manifestações quase bélicas se devem a um afastamento cada vez maior do ser humano em relação a Deus.

Um dos aspectos fundamentais do nosso relacionamento com Deus é a compreensão plena de que Ele é o Criador e Mantenedor de toda a vida. Quando se tem a consciência de que: somos seres criados e que o próprio Deus é quem garante que continuemos vivos, compreendemos que Ele, e somente Ele, é o nosso tudo e sem a Sua presença não somos absolutamente nada e consequentemente nada podemos. É justamente aí que começam os problemas. Pensamos que sabemos o que é bom para nós. Acreditamos que temos a capacidade de solucionar nossos problemas sem a ajuda de ninguém. Cremos que somos autossuficientes quando na verdade estamos longe de o sermos. Por conta disso, agimos como crianças rebeldes que se julgam melhores que os pais e não desejamos sequer ouvir seus conselhos.

Concordo que conselhos de outros humanos, falhos como nós, podem nem sempre ser úteis, mas em geral, mesmo vindo de pessoas cheias de falhas e erros, os conselhos dos pais sãos, normalmente, fundamentados em experiências pessoais. O problema é que criamos, uma aversão ao passado. Claro que olhar para frente é importante, mas quando não se conhece a origem, o destino se torna incerto. É interessante como a cultura judaica dá uma grande importância as genealogias. Esta tabulação das gerações anteriores estabelece uma linha do tempo solida que permite uma melhor compreensão da nossa própria existência. Se formos fundo até a origem de tudo fica fácil estabelecer o destino final de todos.

Se na nossa volta a origem primordial não houver nada, então nosso destino final será um imenso e incompreensível nada, uma eterna inexistência, um absoluto vazio de tudo, sem história e sem memória. Neste cenário triste, não importa como tenha sido sua vida nesta terra, pois tanto faz ter sido o maior e melhor ou o menor e pior, bom ou mau, não haverá recordação, não haverá uma história a ser contada, não haverá, sequer, uma razão plausível para a nossa existência. Ficamos reduzidos a uma espécie sem sentido. Se este fosse o nosso destino não haveria a necessidade de consciência.

Ter uma consciência nos diferencia de tudo, pois nos leva a buscar um sentido, uma razão, um propósito para nossas vidas. Esta capacidade única nos leva a perguntar de onde viemos e para onde vamos. Trata-se de uma pergunta fundamental, pois o destino está diretamente ligado a origem. Somente uma origem tangível, real e consciente nos levará a um destino igualmente tangível, real e consciente. Nesta linha de raciocínio, somente uma origem em um Deus supremo, sábio e poderoso nos garantirá a esperança de um destino válido. Quando olhamos as coisas por este prisma, ser consciente, acumular conhecimento, filosofar sobre a vida, buscar uma origem e tentar compreender o que somos passa a ter sentido.

Somente em Deus pode haver uma razão para estarmos aqui e sermos quem somos. Nossa capacidade de amar, de olhar para o outro, de criar, de sonhar com um futuro melhor, está intimamente ligada a nossa origem. Fomos criados por Deus, para aprendermos com Ele, crescermos e voltarmos a Ele conscientes do nosso papel neste plano tão sublime. Quanto mais o buscamos mais o compreendemos. Esta compreensão vai moldando o nosso caráter e nos capacita para amar o próximo a medida que aprendemos a amar um Deus que é o próprio amor. Pense nisso!

domingo, 5 de novembro de 2017

Um mundo com Deus é sempre melhor! Até para os ateus!

Nas leis estabelecidas por Deus existe um senso de liberdade e respeito que privilegia até os que não creem!
Qualquer pessoa, com o mínimo de inteligência, percebe que existe uma ordem natural das coisas, um princípio que norteia a existência do ser humano e que nos dá a exata noção de certo e errado, bom ou ruim, bem e mal e tantas outras comparações que eu poderia citar. Para alguns, estes princípios são naturais, para outros, como eu, eles foram impressos em nós para que pudéssemos viver, neste mundinho complicado, de uma maneira mais amena e mais produtiva. Como cristão, não tenho a menor dúvida que que foi Deus quem estabeleceu estes códigos de conduta, que, caso fossem seguidos, garantiriam ao homo sapiens, uma convivência digna e pacífica, com seus pares e com a natureza em seu entorno.

Quando examinamos as Sagradas Escrituras, fica claro e evidente que, o projeto de Deus para nós, aponta para uma organização libertária. As regras são simples, objetivas e contemplam o conjunto das liberdades naturais inerentes ao ser humano. É na compilação recebida por Moisés, no monte Sinai, na forma de mandamentos, também conhecida como Decálogo, que encontramos o cerne destas liberdades e direitos naturalmente estabelecidos pelo Criador. Não vou citar em ordem mas apenas tecer alguns comentários para que você compreenda melhor estes princípios.

Quando Deus nos orienta a não matar outros seres humanos, fica evidente o direito de viver. A existência humana possui um ciclo de nascer, viver e morrer onde nascer é o ato inicial e morrer o ato final, entre estes dois eventos situa-se a existência do ser social que não pode ser interrompida através de uma ação externa pois isso violaria um ciclo natural pré estabelecido. Assim como interferir neste evento fere um principio natural, impedir que ele aconteça também se constitui um crime, no caso do aborto, pois impede uma ocorrência que é fruto de uma associação humana pré consentida.

Da mesma forma, quando a Palavra de Deus nos diz para não roubar, vemos aí mais um direito natural, que é o de propriedade. Uma propriedade se estabelece quando você coloca parte do seu trabalho sobre um recurso escasso fazendo com que este recurso, legitimamente, por ação do seu trabalho, passe a ter parte de você e, portanto, torne-se sua propriedade, fazendo dela um bem inviolável. Por isso Deus deixa claro que a propriedade de alguém, pertence a este alguém e não pode ser tomada a força.

Da mesma forma, quando Deus diz para não desejar a mulher de outra pessoa vemos aí mais um princípio, que é o da livre associação e que também não pode e não deve ser violado. No caso específico do casamento, esta é uma associação feita de comum acordo, com vistas a constituição de um núcleo familiar que objetiva a proteção do núcleo e a perpetuação da espécie humana. Também já vemos aí a ideia da união monogâmica entre homem e mulher.

Honrar pai e mãe também é um mandamento que diz respeito a questão da família e mais uma vez reforça a ideia de que esta é iniciada na união estável de um homem e uma mulher e, consequentemente, sua prole. A necessidade de honrar ao núcleo primeiro (pai e mãe) é óbvia, pois sem aquela união os filhos não existiriam, logo, eles devem a sua existência àquele casal.

No caso do falso testemunho, temos ai, novamente, o princípio da não agressão, também no campo das idéias, pois um testemunho mentiroso pode causar danos, muitas vezes irreversíveis, a outro indivíduo.

O decálogo também fala da questão do trabalho como a forma de obtenção de propriedade e de manutenção do próprio ser e da família que este constituiu e ainda toca na necessidade do descanso e do lazer e do culto a Deus para refletir a sua existência.

Mas o mais importante é o primeiro preceito. Amar a Deus acima de tudo. Esta é a base, pois somente um conjunto de regras éticas e morais que procedam de um ser acima dos seres humanos pode abarcar todos os seres humanos, sendo ético e imune as falhas e erros típicos de tais seres. Uma dedicação total e irrestrita a esta entidade maior, leva o indivíduo a seguir a risca todos estes preceitos proporcionando aos demais seres uma sociedade justa. Portanto, para termos uma vida digna e feliz, neste mundo, necessitamos de uma coletânea de ordenanças que norteiem a nossa conduta em relação a nós mesmos e no relacionamento com os demais seres humanos e a melhor coleção de preceitos é o Decálogo. Grande abraço!

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

É impossível ser ecumênico?

Existe uma grande diferença entre respeitar e aceitar diferentes confissões de fé...
Confesso que sou um grande admirador do pastor Tiago Cavaco. Pela sua inteligência, por ser cristão, assim como eu e por sua postura punk. Sua firmeza e convicção, no que diz respeito a fé cristã é louvável. Mas ser inabalável na fé, geralmente nos leva a situações delicadas, principalmente nesta era do politicamente correto, e a questão do ecumenismo é uma delas. No seu sentido original o ecumenismo é a busca da união das diferentes organizações religiosas que professam a fé cristã. Neste sentido, é algo perfeitamente possível, viável e, até mesmo, necessário para o fortalecimento da cultura cristã no orbe terrestre. As diferenças rituais e de interpretação teológica são perfeitamente aceitáveis uma vez que são tentativas humanas de uma melhor compreensão de Deus e que não são absolutas em si mesmas. Neste caso o elo de ligação ecumênica é composto da ortodoxia cristã formando uma base solida para criar uma espécie de unidade nas diferenças e comunhão nos propósitos.

Por outro lado, quando se tenta aplicar a lógica do ecumenismo à todas as correntes religiosas e filosóficas, como meio de promover uma unificação do pensamento espiritual, isto se torna impossível, pois cada crença encontra-se alicerçada em um conjunto doutrinário diferente e tido como verdadeiro em cada grupo e ao abraçarmos uma confissão de fé e espiritualidade que divirja daquela que professamos isto se converte em uma negação da nossa própria fé. Neste aspecto, a prática ecumênica nos levaria a uma anulação coletiva de todos estes compêndios doutrinários, algo extremamente perigoso num mundo tão caótico e cada vez mais, desprovido de espiritualidade. 

Devemos entender, principalmente em se tratando da fé cristã, que o Evangelho é um conjunto de crenças firmes e basilares na existência de um Deus Soberano e na impossibilidade do ser humano, por seus próprios meios, estabelecer um relacionamento positivo e duradouro com este Deus. Cremos no pecado como um ato de rebeldia, comum a todos os homens que já nascem destituídos de qualquer ligação com seu Criador e que vivem numa condição de inimizade com este Deus, o que leva a humanidade a um estado de condenação que só pode ser revertida através de uma intervenção do próprio Senhor. Aceitar um ensinamento que descarte qualquer um desses fundamentos é impensável dentro do escopo da fé cristã.

Não obstante a tudo isto, a nossa crença também prega o amor universal o que nos leva a um posicionamento de respeito àqueles que creem de uma forma diferente da nossa. Mas devemos entender que respeitar e conviver não significa concordar e submeter-se. Uma das características do pensamento cristão é justamente a irredutibilidade do nosso conjunto de crenças e a insubmissão ao doutrinamento que nos leve a negar aquilo que cremos, ainda que isto coloque em risco a nossa integridade física. Pois, no nosso esforço para atingir o status de cristãos verdadeiros, levamos em consideração a regra de sempre agradar a Deus ainda que isto desagrade a humanidade.

Mais que uma religião bacaninha, o cristianismo carrega no seu bojo uma boa dose de subversão e contracultura, posicionando-se em contraponto aos valores éticos e morais do mundo moderno, sem no entanto, impor de forma tirânica, aquilo que cremos, pois ainda é o amor e a compaixão que norteia nossas ações. Sabemos e cremos que conhecemos a verdade revelada de Deus para a humanidade e temos o desejo de levá-la ao maior número possível de pessoas mas entendemos que isto não se dá por força ou coerção, mas pelo nosso testemunho de vida e fé inabalável. Para que esse testemunho possa ser eficaz precisamos resguardar nossos valores impedindo que eles venham ser contaminados por ensinamentos que contradigam os fundamentos da nossa fé em Jesus Cristo.

A conclusão que chegamos é que podemos conviver pacificamente com os contrários mas devemos resguardar o cerne daquilo que cremos, sem misturas que venham a turvar a cristalinidade daquilo que professamos. É evidente que o assunto não se encerra aqui e pode ser desdobrado em muitas outras pautas futuras, mas por hora é isto. Abaixo um vídeo do pastor Tiago a respeito deste assunto. É bem curto, sintético e eficaz. Grande abraço.


sábado, 9 de setembro de 2017

Cristianismo e Punk Rock - Bem Mais Próximos do que Você Imagina

Não tem como ser um punk sem ter fé e não há como manter a fé sem uma atitude punk!
Quem me conhece pessoalmente sabe da minha vida pregressa no movimento punk assim como sabe que em 1996 eu me converti ao Evangelho do Jesus Cristo de Nazaré e sabe que mesmo após isto eu continuo com uma atitude punk em muitos aspectos da minha vida. Não estou me referindo à roupas rasgadas, moicanos e correntes, mas aos princípios que encontramos nas duas correntes que parecem ser tão antagônicas mas que ao mesmo tempo são tão próximas. Mas lembre-se, esta é uma percepção pessoal. É lógico que no movimento punk, uma grande parte dos adeptos, só queria mesmo era sexo, drogas e música alta. Mas as ferramentas que vieram a tona, com a explosão do punk, tem um paralelo muito intimamente ligado ao modus operandi do Evangelho de Jesus. Então vejamos:

Apartidarismo


Punks são basicamente anarquistas e não tomam partido nem de esquerda e nem de direita, não tem engajamento partidário e são contrários ao estado controlador. Já os cristãos não devem ser de esquerda ou direita, pois tem como autoridade máxima o próprio Deus e pregam a instauração do Reino de Deus já aqui, o que se contrapõe a ideia de um estado meramente humano e político. Os punks são adeptos do libertarianismo e o cristianismo primitivo optava pelas comunidades onde todos ajudavam a todos. Embora o cristianismo nos oriente a seguir as leis e orar pelos governantes ele se coloca acima do estado sempre que este contrariar as leis divinas. Portanto, ambos são apartidários.

Contra-cultura


O movimento punk foi e continua andando na contra-mão do sistema e da cultura institucional pois compreende que está é manipulada para garantir os interesses do estado dominador. Da mesma forma, os cristãos sabem que toda a produção cultural, moral e educacional, patrocinada pelo estado é uma ferramenta para afastar as pessoas de Deus e isto faz com que o cristianismo também mantenha uma atitude contra-cultural, não no sentido de se abster, mas de produzir um movimento cultural que vá de encontro as suas filosofias da mesma forma que o movimento punk sempre produziu a sua própria cultura. Coincidência?

DIY - Faça Você Mesmo


Uma das grandes características da cena punk é o famoso "Do It Yourself", ou seja, a capacidade de suprir as necessidades por conta própria. Selos, gravadoras, revistas (fanzines), comunidades, etc, o movimento trouxe a tona este ideal. Algo do tipo: ninguém publica o que queremos ler então nós mesmo vamos publicar. No cristianismo temos as mesmas coisas, as comunidades primitivas, as cartas de Paulo, as traduções por Lutero e outros, gravadoras, editoras e muito mais. Tanto o movimento punk como o ideal cristão utilizam estas mesmas armas na propagação de suas ideias.

A Perseguição


Nem precisa falar muito. Ambos os grupos sempre foram incompreendidos e perseguidos pelo establishment, justamente por terem uma postura que representa perigo para o sistema e continuam mal vistos (os autênticos) pela mídia e pela massa desinformada. Assim como no mundo os cristãos são vistos como retrógrados e ignorantes, na cena cultural os punks são tidos como a escória que não sabe tocar.

A Absorção do Sistema


Uma das coisas que o sistema fez com o punk ao perceber seu crescimento foi absorvê-lo. Criando um estereótipo que nada tem a ver com o original transformando o que deveria ser revolucionário em algo da moda. Da mesma forma forma o cristianismo tem sido absorvido pelo sistema e distorcido em seus ideais transformando-se em algo aceitável e moderninho, mas sem o conteúdo que é realmente relevante.

Conclusão


É obvio que existem diferenças gritantes nas ideias e ideias destes dois movimentos. O que eu estou tratando aqui são as características de comportamento e atitude de ambos que os colocam em um mesmo patamar. A firmeza de princípios, a atitude ousada, o posicionamento irredutível, a simplicidade, além de outros aspectos, carregam muitas semelhanças entre os dois grupos e me faz perceber que um precisa aprender mais com o outro para não sucumbirem, pois assim como vemos punks artificiais e fora de contexto também encontramos cristãos totalmente fora do Evangelho. Minha conclusão é que o verdadeiro cristianismo e o verdadeiro punk caminham lado a lado ainda que muitas vezes se odeiem.

Que Deus nos dê forças para prosseguir, pois o punk não morreu e Jesus morreu e ressuscitou e continua vivo!

Desdobramentos deste post





sábado, 2 de setembro de 2017

O Exemplo de Daniel!

O texto bíblico que narra a história de Daniel na cova dos leões é uma projeção da vida de um seguidor de Cristo nesta terra. A propósito, os leões não estavam dormindo!
Se você é cristão, já conhece a história do profeta Daniel, que foi lançado na cova dos leões e sobreviveu ileso. Se você não é cristão, é provável que já tenha ouvido falar a respeito, pois trata-se de uma peça literária bastante difundida dentro e fora do cristianismo e do judaísmo. Mas uma das característica que sempre me impressionam nos textos sagrados é que, a cada re-leitura uma nova porta se abre para que mergulhemos mais profundamente na mensagem. É justamente o meu último mergulho que vou compartilhar com os leitores deste blog.

O Texto citado se encontra no antigo concerto, ou velho testamento, no livro do profeta Daniel. Não quero me ater a história literal mas naquilo que pode ser revelado através dela, transpondo o cenário para uma realidade maior atrelada aos nossos dias, dentro da era da Igreja de Cristo. Entendo, num rápido e pobre resumo, que a cova dos leões é uma representação do mundo em que vivemos, Daniel é uma imagem dos fiéis a Deus e os leões traduzem o mal que quer extirpar a fé deste planeta. Mas se ampliarmos o leque de informações contidas no enunciado, enxergaremos vários aspectos da vida neste plano e quero pontuar apenas alguns.

A primeira questão que me vem a mente é: Daniel sentiu medo? Creio que sim. Afinal ele estava em um lugar onde o cheiro da morte deveria ser insuportável, o ambiente desagradável e a presença das feras não contribuíam, em nada, para cultivar momentos de paz e tranquilidade. Não tenho dúvidas de que não foi fácil pois o próprio Jesus nos garante, no Evangelho escrito por João (capítulo 16 e verso 33), que este mundo é um lugar de aflições e insegurança para aqueles que optam pela fidelidade a Ele.

Em segundo lugar a pergunta é: Os leões queriam atacá-lo? Não tenho nenhuma dúvida quanto a isso. Deveriam estar famintos e sedentos por carne fresca e por estarem impedidos de o fazer deveriam estar mais raivosos ainda. Afirmo isso, mais uma vez, com base em outro texto bíblico que está na primeira epístola de Pedro, no capítulo 5 e verso 8 que diz: "Sede sóbrios, vigiai. O vosso adversário, o Diabo, anda em derredor, rugindo como leão, e procurando a quem possa tragar; ...". Ao contrário do que diz uma canção, os leões não viraram travesseiros. No texto fica claro que Deus apenas fechou a boca dos leões, mas não os colocou para dormir e certamente eles passaram todo o período esperando uma oportunidade para devorá-lo.

O texto é uma instrução para nós, que tentamos viver em concordância com o Evangelho. Estamos na cova, rodeados de leões famintos, prontos para nos devorar. Não cabe a nós tentar pará-los, pois não possuímos a força necessária para tal. Temos que seguir o exemplo de Daniel e apenas confiar que o nosso Deus irá tomar as providências necessárias para sobrevivermos e ao final sairmos da cova para a alegria do Rei.

A vida cristã não é um mar de rosas. Não estamos neste mundo para sermos queridos, para sermos estrelas, mas para sermos os protagonistas de um conto permeado de dificuldades mas, com um final feliz. Que o mesmo Deus de Daniel possa nos fortalecer para encaramos os leões que aparecerão em nossa caminhada. Deus abençoe a todos!

domingo, 27 de agosto de 2017

O Evangelho de Cristo Incomoda Muita Gente

Depois de mais de vinte anos de conversão ao Evangelho de Jesus Cristo de Nazaré, a grande lição que fica e que me dá a certeza de que este é o caminho para a redenção do ser humano, não apenas no campo da espiritualidade mas também da humanidade. Esta certeza está ligada a uma constatação em contraponto com a maioria das religiões, que de uma certa forma, sempre contemplam a capacidade do ser humano de crescer, evoluir, atingir o pleno funcionamento de sua centelha divina, etc, etc, etc. Isto difere do Evangelho que expõe nossas fraquezas e escancara nossa dependência e incapacidade. Ora! Um pensamento religioso que não dá ao ser humano nenhum mérito, no meu parco entendimento, só pode ter vindo de Deus. Eu explico:

Nós, seres humanos, somos extremamente egoístas, soberbos e sempre nos achamos a última cereja do bolo. Mesmo quando tentamos ser humildes e altruístas, procuramos, de várias maneiras, encontrar algum mérito em nossas ações. Na nossa religiosidade isso não é diferente. Se formos olhar a maioria das correntes religiosas espalhadas pelo mundo, elas sempre contemplam nossas iniciativas, nosso esforço e o nosso sacrifício, ou seja, mesmo apontando para uma ou mais divindades, a maioria desses pensamentos converge para a capacidade do ser humano em realizar feitos grandiosos.

Quando olhamos para o Evangelho anunciado por Jesus de Nazaré, percebemos que não existe mérito, que não cabe a nós mudar nosso destino quanto ao nosso futuro na eternidade e que somos completamente dependentes da intervenção divina. Esta exposição explícita da nossa incapacidade aliada a uma certeza plena de que somos pecadores sem qualquer condição de alterar nossa natureza, não pode ter vindo de uma mente humana. Somente uma mente divina poderia nos apresentar uma realidade tão dura e cruel sem, no entanto, nos ferir. Pois é isso que o Evangelho promove em nós; desnuda nossa condição terrível mas faz isto de uma maneira que não nos agride pois, toma para si a dor que deveria permanecer em nós.

Num primeiro momento, a mensagem de Jesus nos assusta, pois funciona como um espelho que reflete o nosso verdadeiro caráter e isto nos aterroriza e incomoda pois nos dá uma certeza de que só poderemos prosseguir com Cristo se permitirmos que ELE  mate o nosso EU para que um NÓS venha a nascer. A maioria das pessoas corre no primeiro encontro, pois não suporta olhar para este espelho mágico que não nos chama de belos. E todos nós correríamos se não fosse a própria ação divina para nos manter ali, olhando e compreendendo a necessidade de morrermos.

Com o passar do tempo vamos observando o trabalho do Espírito em nós e começamos a contemplar as mudanças que Ele, pacientemente, vai promovendo em nosso ser. Gradativamente a beleza vai surgindo no meio da podridão de forma semelhante a que foi mostrada ao profeta Ezequiel. Não é uma operação rápida e muito menos prazerosa, mas o resultado é animador. Pois a cada dia podemos vislumbrar o tipo de ser que está sendo construído em nós para que, o Criador, ao final do trabalho, possa olhar e afirmar que ficou muito bom!

Que o bom Deus continue nos lapidando e transformando pois já não tenho nenhuma dúvida de que o Evangelho é real, é divino e é a única fonte de comunhão com Deus.

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domingo, 13 de agosto de 2017

Toda dependência é problemática

Vivemos uma geração viciada em estimulantes que só estimulam o emburrecimento!
Recentemente o caso do vazamento de um áudio de uma cantora "gospel" dependente de drogas, vazou na internet causando muitos comentários em todos os sentidos. Em se tratando da cantora, creio que ajuda espiritual e psicológica podem ser bem mais úteis do que exposição e acusações. Também faço questão de acrescentar que: o fato da artista estar passando por um problema não a faz melhor e nem pior do que os outros e, falando como cristão, o seu talento continua  sendo uma dádiva divina. Mas não é sobre a celebridade que quero comentar e sim sobre esta dependência crônica que os cristãos contemporâneos desenvolveram nos últimos tempos. A dependência das estrelas.

Vivemos num país onde a cultura e a informação foram banidas da coletividade e a elite cultural não passa de um bando de doutrinadores em sua perene missão de banir, a todo custo, a moral e os bons costumes. Nas instituições religiosas, esta característica acaba se refletindo na membresia e o que temos são instituições rasas com líderes inaptos e uma desinformação crescente no que diz respeito ao cerne do Evangelho do Jesus Cristo de Nazaré. Esta absoluta falta de estofo teológico formou toda uma geração que desconhece as Sagradas Escrituras e, consequentemente, ignora o que é ser cristão, não conseguindo levar uma vida conforme os ensinamentos do Mestre.

Este vácuo intelectual e espiritual produziu uma geração oca que preenche o seu apetite religioso com qualquer coisa que possua esta espécie de "Selo de Qualidade Gospel". Isto é tão verdade que é comum escutarmos conversas de irmãos te convidando para o culto porque vai ter um pregador de fora e uma cantora ou cantor famoso. Neste cenário grotesco, a ação do espírito (com "e" minúsculo mesmo) fica condicionada as cantorias e pregações de fogo que quase nada diferem dos rituais pagãos, importados do norte europeu e do continente africano. Enquanto isso o Espírito Santo observa. A conclusão que chegamos é de que temos uma geração dependente das celebridades gospel, onde o culto só será bom quando uma delas estiver presente. Ao final do espetáculo ainda tem a venda de livros, CDs e DVDs com direito a autógrafos e sessão de fotos.

Entenda que não tenho nada contra a atividade artística feita por cristãos. Não é isso! Também não sou contra que tenhamos nossos artistas preferidos, pregadores que apreciamos mais, etc. O problema surge quando condicionamos nosso culto a Deus à presença destas estrelas religiosas e esquecemos do verdadeiro propósito da vida cristã e do culto ao Senhor. Este tipo de dependência produz uma comunidade doente que não tem apreço pela Palavra. Crentes incapazes de digerir uma alimentação substancial, imaturos e superficiais que pensam que ser abençoado é conseguir casa, carro e bens materiais diversos, que pensam que o melhor desta terra é comida farta e passeios a Disney. Que vivem um evangelho enganoso, fraco e medíocre. Crentes sem amor, que acham mais importante compartilhar a desgraça alheia do que interceder pelos fracos, que choram com os que riem e gargalham com os que choram, contrariando, em todos os aspectos, a Palavra de Deus.

Que Deus tenha misericórdia de todos nós!

domingo, 9 de julho de 2017

País cristão não tem corrupção

Como pode, a maior nação cristã do mundo ter índices tão absurdos de corrupção e imoralidade em todos os setores da sociedade?
Com 55% de católicos e 25% de evangélicos, o Brasil soma um total de 80% de cristãos no conjunto da população. A pergunta que fica é: qual a razão de um país, onde oito em cada dez habitantes se dizem cristãos, ser um dos mais corruptos da história? Se levarmos em consideração apenas os ensinamentos de Cristo, que é o cerne do cristianismo, deveríamos viver no país mais pacífico e honesto da história da humanidade! Então o que está errado? Este é um assunto longo e complexo com muitas variáveis e que não se esgota em uma postagem de um leigo, mas quem sabe, pela misericórdia de Deus, consigamos lançar alguma luz sobre este grave problema que enfrentamos.

Não vou negar que existe uma forte manipulação da mídia no sentido de por de lado os valores morais, doutrinários e de conduta dos Evangelhos, também não posso negar que existe uma manipulação no âmbito da cultura e da educação que faz um massacre ideológico contra estes valores classificando aqueles que os defendem como retrógrados e ignorantes. Mas não creio que uma consciência bem formada e firmada em bases sólidas possa ser tão facilmente manipulada. Neste caso, só consigo entender, que o grande culpado por este descalabro comportamental seja a própria igreja que tem se distanciado, mais e mais, a cada dia, do verdadeiro propósito dos ensinamentos de Jesus.

Não consigo ver nos Evangelhos, e creio que qualquer um que seja sincero também não consegue, um Jesus dando instruções para que a igreja seja rica e poderosa nos moldes deste mundo. Em momento algum das Sagradas Escrituras encontramos o Mestre ensinando seus seguidores a impor sua vontade, construir impérios, edificar templos luxuosos, se destacar na política, conquistar fama, fortuna e domínio sobre outros seres humanos. Não vemos o Cristo arrecadando dízimos e ofertas mas sim repartindo, doando-se e curando. O Filho de Deus nos ensina e orienta a sermos sal e luz. Esta é uma reflexão que sempre me chama a atenção.

Vamos até a cozinha para preparar um prato agradável. Sabemos que sem sal ele ficará sem gosto, com muito sal não dará para comer, mas com o sal na medida certa, ficará saboroso e teremos vontade de repetir. Mas note que não vemos o sal em um alimento bem preparado e sequer sentimos seu gosto mas sim o do alimento. Isto me leva a entender que ser sal é ser um influenciador para que as pessoas descubram o prazer de uma vida plena. Não somos nós que temos que aparecer, nossa função é mostrar que a resposta já está nelas mesmas, nós apenas vamos ajudá-las a sentir o sabor. Da mesma forma, a luz não existe para ficarmos olhando para ela, mas para que ilumine o caminho e assim possamos evitar os acidentes do percurso.

Ao meditar nos ensinamentos do Messias, percebo que somos a maior nação cristã do planeta, mas é bem provável que sejamos a menor nação em número de seguidores de Jesus Cristo. Pois não andamos como ele andou, não falamos como ele falou, não vivemos como ele viveu, não somos como ele é. Pois se fossemos seguidores de Cristo em espírito e em verdade, certamente teríamos transformado este país em um paraíso na terra.

sexta-feira, 30 de junho de 2017

Músicos Para a Glória de Deus

Toda criação artística é um dom de Deus!
Quando uma pessoa descobre a fé cristã e aceita a Jesus Cristo como único e suficiente Salvador de sua vida, este indivíduo continuará exercendo sua profissão normalmente, ou seja: Se era um médico continuará médico, a professora continuará dando aulas, o pedreiro continuará construindo casas e assim por diante. Não vemos um médico que se tornou cristão passar a clinicar apenas para crentes ou a professora pedir as contas na escola e passar a dar aulas apenas na igreja ou o pedreiro deixar de construir casas para os que não são irmãos na fé. Todos irão continuar exercendo suas profissões apenas com uma diferença. É que a partir de sua conversão, passam a ter consciência de que tudo o que fazem, deve ser para a Glória de Deus, a partir de uma cosmovisão cristã de vida e de existência. Existe até um incentivo eclesiástico para que sejam os melhores em suas atividades com vistas a dar um bom testemunho e exercer sua vocação de sal e luz para este mundo. Mas então, porque as pessoas ligadas a arte são praticamente obrigadas a abandonar suas profissões, por muitos líderes, ao abraçarem a fé cristã?

É obvio que algumas práticas devem ser deixadas de lado em virtude de um novo entendimento da vida. Por exemplo: se o médico praticava abortos não irá fazê-lo por uma questão moral e compromissal com a sua fé, a professora ensinará sua matéria de forma isenta e apontando aquilo que acata e o que não acata, o pedreiro construirá com mais zelo e sem enganos. Temos que entender que o Evangelho é um conjunto de valores válidos para todas as áreas da nossa vida, que irá gerar um reflexo em tudo o que fizermos. Da mesma forma o artista plástico, o ator, o escritor ou o músico, continuará vivendo da sua arte que agora certamente irá refletir seu novo status comportamental e só evitará eventos ou conteúdos que agridam seu conjunto de crenças e o deixem constrangido. 

Este costume impositivo de obrigar o artista, principalmente o músico, a abandonar sua habilidade profissional, tem matado talentos que nós, enquanto cristãos, cremos que foram dados por Deus. E o pior de tudo é que, para tentar minimizar o problema, as instituições religiosas tentam absorver estes profissionais criando uma indústria da música cristã que em nada difere da, tão combatida, e chamada, música secular. Com isso, cultos que deveriam ser objetos de exaltação e adoração ao nosso Deus, tem se transformado em palcos de eventos perdendo a única característica que não deveriam perder, que é: ser um Culto a Deus. A função da arte na adoração deve ser apenas de coadjuvante, no sentido de proporcionar um mero auxiliar de ambiência para o que é principal, mas o que temos visto é um palco onde celebridades rivalizam com o próprio Criador para buscar os holofotes sobre si e garantir um lugar no shopping dos vendilhões do templo. Quando o púlpito vira um palco, músicos viram estrelas e pregadores se transformam em animadores, podemos dizer que tomos um espetáculo, um show ou um circo, mas não podemos afirmar que temos um culto.

Precisamos rever, com a máxima urgência, nossos conceitos de serviço a Deus para não confundirmos as coisas. Quanto aos músicos, pintores, atores, poetas, etc, devem continuar a viver de sua arte e através dela lançarem luz sobre as trevas e, como sal, dar um novo sabor a este mundo amargo. Até a próxima!

sábado, 27 de maio de 2017

O Cristianismo que Sofre

Embora o ato de ser cristão signifique ser incompreendido, muitas vezes a incompreensão é fruto dos nossos erros.
Que existe uma cruzada contra o cristianismo em todo o planeta, não resta nenhuma dúvida. A cada dia que passa vemos os valores da mensagem da cruz sendo postos de lado, não apenas no comportamento das pessoas, de uma maneira geral, mas também de forma institucional. Se isso não bastasse, a cada dia, ser cristão é visto como algo retrógrado e tipico de pessoas sem cultura. Mas de onde vem isto?

Como cristão, que sou, creio que existe um mundo espiritual dividido entre o bem e o mal e que há uma batalha acontecendo e que estes mundos influenciam pessoas a seguirem os preceitos de um ou de outro. Mas também entendo que a nossa percepção do Evangelho de Jesus Cristo é muito equivocada e termina por alimentar estas divisões de classes.

Me parece que nós, os crentes em Cristo, não compreendemos qual seja verdadeira mensagem do Homem de Nazaré. Nossos sonhos egoístas, nossos projetos pessoais, nossas conquistas nos levam a crer em um Deus que nos quer sempre acima de tudo e todos. Esta crença equivocada nos tem transformado e pessoas presunçosas e arrogantes e, consequentemente, detestáveis.

O viver cristão, não é, como muitos pensam, uma coleção de conquistas mas sim um acúmulo de renuncias em favor do próximo. Bradamos que Deus é Amor, mas esquecemos de demonstrar o amor de Deus, em nossas vidas, por aqueles que carecem e não conhecem este amor. Isto é o viver cristão: renunciar a nós mesmos e dedicar-se aos próximos de nós que são justamente aqueles que se encontram ao alcance de nossas atitudes e ações.

Precisamos mudar, não em defesa do Deus Todo Poderoso, pois ele não precisa disso, mas em defesa da fé que anunciamos, pois é mais fácil e prático demonstrar nossa fé com atitudes do que com palavras lançadas ao vento. Que Deus tenha misericórdia de nós!

domingo, 7 de maio de 2017

Desejamos ir lá, só que não

Existe uma canção na Harpa Cristã que a letra fala: Desejamos ir lá... Mas será que realmente desejamos?
Na carta do apóstolo Paulo aos Filipenses, no capítulo 1, versículos 23 e 24 ele diz: "Estou pressionado dos dois lados: desejo partir e estar com Cristo, o que é muito melhor; contudo, é mais necessário, por causa de vocês, que eu permaneça no corpo". Paulo sentia um profundo desejo de partir logo desta vida para estar com Cristo por toda a eternidade. No entanto, por amor das almas ele desejava continuar aqui para seguir fazendo a obra do Senhor. Mas e nós? O que nos impede de partir desta vida? Que desejos nos impulsionam a desejar continuar neste mundo?

Outro dia, eu conversava com uma pessoa sobre o Reino de Deus e ela me falou que ainda é muito jovem para morrer e que precisava aproveitar a vida. E percebo na maioria das pessoas um desejo muito forte pelos prazeres que o mundo oferece. Uns querem construir suas carreiras profissionais, outros querem possuir bens materiais, outros querem fama e fortuna, outros só a fama e há até aqueles que não querem nada disso mas almejam um mundo melhor, mais justo. Mas em todos estes casos sempre existe um desejo de permanecer aqui. É aquela velha máxima: todo mundo quer ir pro céu, mas ninguém quer morrer. Mas não há outra maneira de ir pro céu!

A Bíblia Sagrada não diz muita coisa sobre como é o céu mas deixa bem claro o que ele não é. De acordo com as Sagradas Escrituras, lá não existe tristeza, doenças, inveja, despesas, e nem toda sorte de males e empecilhos que são comuns neste nosso mundo. Mas mesmo sabendo que lá é um lugar melhor (muito melhor) do que este, não queremos partir desta vida. Não estou me referindo àqueles que não creem em Deus, pelo contrário, me refiro aos que professam a fé cristã e que propagam que o céu é um lugar melhor. Só existem dois motivos para um crente em Jesus não desejar partir: ou é por conta de um profundo amor pelo próximo ou apenas um desejo egoísta de quem ainda não compreendeu, verdadeiramente, quem é Deus e a importância do sacrifício feito por Jesus, na cruz do calvário.

Se aquilo que nos move em direção a este mundo é apenas o desejo de realizarmos nossos projetos pessoais e materiais, então devemos rever a nossa fé pois estamos sendo motivados erroneamente. Pense nisso!

quinta-feira, 27 de abril de 2017

Saia do templo e seja cristão!

Não vá dizer que eu estou dizendo para você abandonar a denominação que costuma frequentar. Leia a postagem para entender.
Antes que alguém venha me acusar de estar incitando as pessoas a deixarem da igreja quero deixar claro que entendo ser altamente necessário que o cristão faça parte de um grupo, de uma denominação, onde possa se reunir com outros indivíduos que partilham das mesmas ideias e ideais. Eu mesmo já frequentei algumas denominações religiosas e hoje estou a frente de um trabalho. O objetivo deste artigo é chamar a atenção para a nossa função primordial enquanto cristãos.

Depois que Jesus completou a sua missão, nesta terra, entregando a sua vida e ressuscitando ao terceiro dia, antes de partir ele nos deixou uma tarefa para ser executada por todos os seus seguidores que foi registrada no Evangelho de Jesus escrito por Mateus:
E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado. E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; Pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão. Marcos 16:15-18.
Não há como não entender este texto. Ele é explícito. A ordem é ir por todo o mundo, pregando a toda criatura. Isto não se faz dentro de um prédio, pois nem todos estarão dispostos a ir a igreja para ouvir a pregação é preciso sair para fora. Quando pensamos a igreja como um corpo composto por aqueles que seguem Jesus temos que entender que esta possui um legado social. O Evangelho precisa ser anunciado e para isso temos que estar dispostos a ir. Não é uma escolha e sim de obediência a uma ordem dada pelo próprio Jesus. Quando vejo as igrejas organizando encontros de crentes, festas pra crentes, congressos para crentes, entendo que estes encontros são importantes para transmissão de conhecimento mas não tem nenhum sentido se após o encontro não utilizarmos o conteúdo adquirido para cumprir o ordem de pregar o Evangelho.

Outra coisa que me chama a atenção é o texto "Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado." Note que a função do anunciante não é converter pessoas para levá-las a igreja e sim apenas anunciar o Evangelho. No que diz respeito a conversão, é uma decisão pessoal daquele a quem a mensagem foi anunciada.

Em seguida temos algo muito interessante: "E estes sinais seguirão aos que crerem" ou "Estes sinais acompanharão os que crerem" (NVI) ou "Estes milagres acompanharão os que crerem" (Católica) ou "Estes sinais hão de acompanhar àqueles que creem" (Soc. Bibl. Britânica). Este texto vem logo após do "quem crer e for batizado". Posso estar enganado mas para mim o texto está dizendo que aquele a quem for anunciado o Evangelho e ele der crédito os sinais já se manifestarão ao novo crente, assim como já deveriam estar se manifestando em nós desde que demos crédito a pregação.

Não vou entrar nos sinais e nos desdobramentos que eles sugerem por tratar-se de um assunto vasto e longo que irei tratar numa próxima oportunidade. O que quero com este texto é deixar evidente que a missão do crente não se restringe a pertencer a uma denominação e participar das atividades desta, mas vai muito além disso. Temos uma função social motivada pelo amor ao próximo que é a de anunciar as boas novas do reino. Não podemos em hipótese alguma, esquecer disso. Precisamos nos conscientizar desta missão e ter a convicção de utilizar todos os meios a nossa disposição para realiza-la de forma plena. Espero, sinceramente, em Cristo, que este artigo te ajude a tomar uma posição assim como está me ajudando. Grande abraço.