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sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

O punk não morreu; calçou um coturno e foi a igreja...

Entre Bíblias & Coturnos é uma aula de história, daquelas que quando terminam, você quer mais!
Quando o Eduardo Teixeira lançou o documentário Cristo Suburbano, em 7 de maio de 2014, talvez não imaginasse a repercussão que um vídeo amador, simples e sincero iria ter, ao contar a história de algumas bandas da cena punk cristã nacional. Agora, quase quatro anos depois e com muito mais experiência, Edu nos brinda com um novo trabalho, desta vez, mais bem construído, mais dinâmico e com uma trilha sonora que é uma pedrada no ouvido para acordar esta geração entorpecida. Tive o prazer de assistir a obra finalizada, antes do seu lançamento, programado para 13 de janeiro de 2018. e tenho algo a dizer: vale cada minuto!

Diferente do trabalho anterior, este filme apresenta um panorama da caminhada que muitos punks fizeram e continuam fazendo das ruas para a igreja. Através de depoimentos de uma galera, de várias regiões do país, que viveu e vive o punk rock; o autor nos conta a história da formação e consolidação do movimento Cristianismo & Punk Rock em terras tupiniquins. São ativistas, membros de bandas, donos de selos, fanzineiros e líderes de coletivos que descobriram, na fé em Cristo, a atitude mais punk de suas vidas. Com uma dinâmica invejável, conseguida através de uma edição inspirada, os depoimentos se complementam e parecem ter sido escritos num único roteiro. Não é cansativo e você nem percebe que se passaram duas horas. 

Eduardo A. Teixeira
Feito com equipamentos simples como celulares, o resultado final  é um encontro equilibrado entre a singeleza do Faça Você Mesmo e a seriedade do profissional. Não tenho dúvidas de que este vídeo coloca o Eduardo Teixeira na condição de documentarista e, com certeza, outros trabalhos virão. Para fechar com chave de ouro, é preciso mencionar a excelente trilha sonora, lançada simultaneamente, em formato digital, pelo selo Cristo Suburbano Records nas principais plataformas musicais e que trás boa parte da produção musical do gênero.

Tive a honra de participar deste trabalho e confesso que fui surpreendido com o resultado final. No apagar das luzes, a lição que fica é: O que faz um bom documentário não é um bom equipamento e nem uma boa história sozinha. Um bom documentário é aquele que sai das mãos de um apaixonado e este trabalho deixa claro que o Eduardo ama o que faz. Tenho certeza que você vai curtir!
Assista Agora:

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Underground Cristão #004 - Legacy Of Kain - I.N.V.E.R.S.O

Um álbum que consegue te prender da primeira até a última música
O Legacy Of Kain foi uma banda que me impressionou desde a primeira audição com o EP Greta lançado em 2016 com três músicas de tremer a terra. Agora eles estão de volta com o álbum I.N.V.E.R.S.O, um petardo de peso e conteúdo forte de suas doze faixas impecavelmente bem gravadas. Só para refrescar sua memória, a banda é um projeto dos guitarristas Angelo Torquetto e Karim Serri. Dois garotos com pouco mais de vinte anos de estrada em bandas como: Crosskill, Devil Tourturer, Desertor, Messianic Cry, Seven Angels e Doomsday Hymn. Além dos guitarristas, o grupo é completado por Markos Franzmann (voz), Leandro Paiva (baixo) e Tiago Rodrigues (bateria).

Com uma ótima capa  do artista plástico Carlos Fides do ArtSide Studio e produção, mixagem e masterização feita pelo guitarrista Karim Serri no Silent Music Studio o disco trás uma sonoridade que soa moderna, possui identidade própria e um peso impressionante. Outro detalhe: é uma das poucas bandas do gênero onde, apesar do vocal bem agressivo, é possível entender perfeitamente o conteúdo das letras.

Metal de primeira grandeza, com arranjos arrasadores. Vale a pena a audição de cada faixa. Já ouvi um par de vezes e está difícil escolher uma preferida, pois cada nova canção te captura e te deixa meio embriagado. Excelente. E olha que eu nem sou um fã do gênero.

A banda disponibilizou o download do álbum em: http://bit.ly/2gHQUKW. Você também pode visitar o canal da banda no Youtube em: https://www.youtube.com/legacyofkainbrazil

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Cristianismo & Punk Rock - Só Jesus salva o punk rock

Será que os novos cristãos é que tem a responsabilidade de manter vivo os antigos ideais do punk?
Quando o movimento punk surgiu, no final dos anos 70 e ganhou corpo no início dos anos 80, ele era um movimento anti-tudo. Contra o sistema, contra o governo, contra o estado, contra as religiões, contra tudo e contra todos. Basicamente um espectro do caos, inconformado com o status quo que reinava e ainda reina nas esferas mais "intelectualizadas" da intelligentsia. Este punk mais root, não estava nem aí para convenções e levantava o dedo para o politicamente correto, era malvisto, odiado, detestado mas seguia em frente gritando as verdades que ninguém queria ouvir, eram taxados de burros e ignorantes, que não sabiam tocar, que não entendiam de nada. O que aconteceu?

Hoje vemos os novos punks, defendendo as agendas do politicamente correto, partidários, punks de esquerda e até punks de direita, punks socialistas, comunistas, anarco-capitalistas, budistas, exotéricos, espíritas, umbandistas, ateus, agnósticos, empresários, empregadores, empreendedores, políticos, transgêneros, transtornados e transformados por um programa que os faz pensar que ainda estão na contra-mão do sistema mas, na realidade, uma grande parte serve a este mesmo sistema que é tão bem elaborado que cria seus próprios contrários, numa realidade onde até os rebeldes são fabricados em linhas de produção com componentes baratos.

Olhando este cenário triste e desesperançoso parece que não sobrou ninguém que se oponha ao stablishment da vida. Clama, ainda existe um grupo, pequeno, mas consciente, que é taxado de louco até pelos seus próprios pares. Ainda existe um grupo que não se conforma com as injustiças e entende que é preciso falar. Um grupo que não segue as regras impostas por um sistema maligno e dominador e sabe que precisa agir, ainda que esta ação coloque em risco a sua própria existência. Um grupo disposto ao enfrentamento, disposto a dizer não e que mantém acesa a chama da rebeldia contra esta nova ordem mundial, mesmo sabendo que é odiado, malvisto, detestado, considerado retrógrado e ignorante mas que segue em frente crendo que não se pode ficar calado, parado, estagnado. Um grupo que carrega a bandeira da verdadeira liberdade, uma liberdade que não é imposta por estatutos e constituições, uma liberdade que não se obtém pela ação de organizações de esquerda ou direita. Um grupo que entende o real significado do que é amor. São os punks que encontraram em Cristo o verdadeiro ideal do movimento, da luta e do desejo de mudar o mundo.

Sei que vou angariar inimigos mas isto é uma consequência natural de ser cristão e de ser punk. Sim, somos punks, vadios, párias numa sociedade que não cabe em nós, somos mal vistos porque não nos moldamos ao mundo, somos os excluídos, fazemos nossas músicas, escrevemos nossos textos, anunciamos a nossa fé, com ou sem recursos, não queremos suas drogas, suas teorias, suas filosofias, mas estamos ai, incomodando, afrontando seus conceitos porque cremos que existe uma verdade única e superior, cremos em uma moral sublime e que a liberdade plena pode ser alcançada mas que a única porta de entrada para ela é o Evangelho de Jesus Cristo.

SOMOS PUNKS, SOMOS CRENTES, estamos em todos os lugares e estamos avançando, não para dominar mas para iluminar à sua frente para que você enxergue o terreno perigoso por ande anda! Quer ficar do outro lado? Tudo bem, respeitamos suas decisões. Quer juntar-se a nós? Seja bem vindo, mas tenha consciência de que não será fácil, mas é possível, em nome de Jesus!

Cristianismo & Punk Rock








domingo, 24 de setembro de 2017

Underground Cristão #004 - Justa Advertência - Mateus 5-V-30

Pioneiros do Punk Rock cristão nacional, nada mais justo do que dar a esta banda o reconhecimento que ela merece
Se os anos 80 assistiram a explosão do rock nacional, nos anos 90 foi a vez do rock cristão. Um incontável número de bandas começaram a surgir e no cenário punk não foi diferente. É nesse clima de empolgação, impulsionados por ministérios underground e igrejas mais abertas, musicalmente falando, que surge uma das primeiras bandas de punk rock cristão que se tem notícia. A banda Justa Advertência.

Originários da cidade paulista de Campinas, Christian (baixo), Riuchard (Bateria e Vocal) e Elison (Guitarra e Vocal) traziam para os palcos um Punk Rock/Crossover simples, cru e direto com mensagens fortes e também bem humoradas. Era uma época difícil, pois se de um lado havia a rejeiçao do público secular ainda precisavam lutar contra o preconceito de dentro das igrejas que não aceitavam e tão pouco compreendiam a proposta dos garotos.

A banda participou da coletânea Refúgio do Rock com outras nove bandas e lançou um álbum no formato k-7, que é o objeto desta matéria. Além de músico no Justa, Christian era um dos editores do White Metal Detonation.

O K-7 Mateus V-30, lançado em 1996 apresenta um panorama bastante completo do som da banda. com letras fortes e bem humoradas, carregadas de descontentamento com a sociedade. Uma banda cuja mensagem soa muito atual mesmo após tantos anos que depois..

Apesar da pouca duração a banda, sua existência foi fundamental para a cena e junto com outros grupos da época, abriram caminho para o underground cristão nacional. O Material disponível na internet é bem escasso e distribuído de forma aleatória, mas existe uma playlist no Youtube com quase todas as músicas que estamos disponibilizando aqui.



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quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Underground Cristão #003 - Antidemon - Demonocídio

Há quem ame e há quem odeie, mas ninguém pode negar que esta banda revolucionou a cena underground cristã nacional.
A história da banda paulistana Antidemon se confunde com a própria história do pastor Carlos Batista. Nascido em berço evangélico, Batista sequer conhecia a cena metal e tudo que queria era ser missionário entre os índios, mas por uma intervenção divina começou a sonhar com uma música estranha e barulhenta que ele não conhecia. Num certo dia, ao passar em frente a Galeria do Rock ele ouviu um som que se parecia com o que ele vinha sonhando e descobriu a cena underground, a galera underground e seu chamado missionário.

Com muitas lutas e dificuldades, Carlos montou a banda que passou por diversas formações até chegar a atual que conta com o próprio Batista (baixo e vocal), Marcelo Alves (guitarra) e Juliana Batista (bateria). A banda, formada em janeiro de 1994, foi, pouco a pouco, ganhando espaço. Logo vieram as demo-tapes: Antidemon (1995), Confinamento Eterno (1997) e Antidemon 4 Anos (1998). Em 1999 finalmente foi lançado o primeiro álbum, intitulado Demonocídio, considerado até hoje, uma marco no metal cristão nacional e com distribuição por diversos países da Europa e América Latina. Várias canções deste disco foram incluídas em inúmeras coletâneas internacionais consagrando a banda no cenário underground.

Em 2009 a banda lançou Satanichaos pelo selo Rythm Rock e em 2012 lançam o álbum ApocalipseNow pelo selo australiano Rowe Records do lendário Steve Rowe da banda Mortification. O grupo ainda gravou um álbum no México, em 2002, intitulado Annilo de Fuego. Além dos quatro álbuns a banda participou de incontáveis coletâneas em todos os cantos do mundo adquirindo o status de grande nome do Death/Grind, não apenas entre os cristãos. Por tudo isso e muito mais, o Antidemon é um grupo que merece nosso respeito e apoio, sempre!

Demonocídio


Lançado em 1999, este álbum foi produzido de forma independente com material das demos anteriores e outras composições, totalizando 27 petardos sonoros de tirar o folego. O disco conta com Batista no baixo e voz, Elke na bateria e Kleber na guitarra. Com músicas como: Suicídio, Holocausto, Guerra ao Inferno e a polêmica e corajosa Apodrecida além de Massacre, faixa que se tornou um hino oficial da banda e é obrigatória em todas as apresentações, e que é executada por outras bandas. Uma coleção sonora bem recebida pelos fans e pela crítica e que quebrou barreiras dentro e fora da cena cristã underground.

Não vou comentar música a música, para não alongar muito esta postagem. Vou apenas listar as que eu mais curto e deixar para que você mesmo ouça e se delicie com este álbum tão emblemático. Destaque também para a arte da capa. Das músicas eu gosto de todas, pois cada uma tem sua qualidade especial e sua mensagem avassaladora, mas as que se enquadram mais no meu estilo eu destaco as faixas: Demonocídio, Usuário, Causas Alcoólicas, Massacre, Holocausto, Guerra ao Inferno, Cadáver, Drogas e Libertação II.

Ouça




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Aproveite também para ler a matéria sobre o Motification em: Underground Cristão #001 - Mortification - Primitive Rhythm Machine

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terça-feira, 11 de julho de 2017

Coletânea Brazilian Extreme Metal Bands

O underground cristão nacional dá as caras com mais uma coletânea reunindo treze bandas da cena brazuca, pelo selo Evig Morke Prod
Que o underground nacional nordestino é forte a gente já sabe. O que, talvez, muita gente não tenha conhecimento é de que ele é forte e atuante também entre os cristãos. E para comprovar isso, acaba de sair mais uma coletânea de bandas de metal extremos de todo o Brasil. Desta vez a iniciativa é do selo independente Evig Mørke Productions, de Fortaleza, CE. O Título da compilação é Brazilian Extreme Metal Bands e trás 13 bandas de diversos lugares. A ótima arte da capa é o designer Daniel Dutra.

Os treze grupos que formam esta coleção nos trazem um leque bem abrangente do metal extremo passando por vários segmentos, do sinfônico ao crossover num álbum visceral e muto bom de se ouvir. O trabalho está disponível para download gratuito (link no final do post) deixando claro que o objetivo é divulgar o trabalho das bandas. Participam da empreitada os seguintes nomes:

  1. Ceifadores - Anjo Maldito (Manaus - AM) 
  2. Mediadhor - Princípio do Fim (Teresina - PI)
  3. Cerimonial Sacred - The Choice Of The Wise (Santa Bárbara d'Oeste - SP)
  4. Antidemon - Não Tardará (São Paulo - SP)
  5. Edificador - Maldição Hereditária (Valença - RJ)
  6. Exortta - David's Lyre (Belo Horizonte - MG)
  7. Satan Decapitated - Apocaliptic Chaos (Salvador - BA)
  8. Vozes Noturnas - Ave Yeshua (Fortaleza - CE)
  9. Sabactâni - Instincts (Manaus - AM)
  10. Sebaoth - Fogo Dos Céus (Fortaleza - CE)
  11. Pulcro - Alone (Juiz de Fora - MG)
  12. Display Of Agony - Agony (???)
  13. Darkaliel - Floresta Obscura (Fortaleza - CE)
Como já se era de esperar, há uma ausência de bandas da Região Sul e não se deve ao fato da coletânea ter sido produzida no Nordeste, Temos um selo aqui no Paraná, estamos convocando bandas para um trabalho mas só as do sudeste, norte e nordeste se manifestam. mas voltando ao álbum, confesso que me surpreendi. Apesar de não ser da cena extrema e conhecer muito pouco do estilo curti bastante este álbum. Meu destaque vai para a banda Satan Decapitated com Apocaliptica Chaos, muito boa e energética e Mediadhor. Todas as faixas são muito bem gravadas e com certeza vão agradar os fãs do gênero.

sexta-feira, 7 de julho de 2017

Underground Cristão #002 - Grave Robber - Be Afraid

Quando se ouve o Grave Robber pela primeira vez o pensamento recorrente é: como eu não descobri esta banda antes?
A cena underground cristã tem produzido pérolas de valor e a banda americana Grave Robber é uma delas. Seguindo a linha Horror Punk, o GR lembra o som do Misfits mas sem deixar de ter uma identidade própria. Sua base operacional fica em Fort Wayne, Indiana. Formada em 2005 lançou seu primeiro álbum, Be Afraid, em abril de 2008 pela Retroative Records, gravadora pela qual ainda lançaram seu segundo disco, Inner Sanctum em janeiro de 2009. Atualmente a banda pertence ao selo Rotweiller Records por onde publicaram os álbuns: Exhumed em dezembro de 2010 e You're All Gonna Die! em novembro de 2011. Seu mais recente trabalho é o EP Straight to Hell de janeiro de 2015 também pela Rotweiller.

Além de ser uma excelente banda cristã, o Grave Robber é uma banda performática onde os integrantes são personagens que nunca mudam mas os atores por trás das mascaras podem mudar. Sua formação constante é: Wretched (vocals), Carcass (bass, vocals), Viral (guitar, vocals), Grimm (guitar, vocals) e Plague (drums).

A ideia da banda surgiu simultaneamente para Wretched e Carcass, durante um culto onde a palavra pregada era Romanos 6 que fala sobre estar morto para o mundo, estar morto para si mesmo e estar morto para o pecado, imediatamente os dois músicos ligaram isso a comunhão onde basicamente nos alimentamos do corpo e do sangue de Cristo. Isto foi o suficiente: Mortos que se alimentam de carne e sangue. Mas o compromisso com o Evangelho os levou a orar durante dois anos até que finalmente a banda iniciou os ensaios.

Neste post vamos apresentar o seu primeiro álbum, Be Afraid, um petardo sonoro que torna impossível não se apaixonar. O grupo evoluiu muito e cada trabalho está melhor, mas vamos ao álbum:

As Músicas


  1. The Exorcist / Intro - Essa intro já deixa bem claro o clima do álbum, que remete aos filmes de terror das décadas de 50 e 60 com direito a órgão e tudo o mais.
  2. Skeletons - Hardcore oldschool na veia, fala sobre ódio e assassinato e a necessidade de uma limpeza para se livrar de tudo isso.
  3. Burn Witch, Burn - De uma forma alegórica este Punk Rock fala sobre a necessidade de queimar a bruxa do mal que habita em cada um de nós.
  4. Bloodbath - Banho de sangue. O Nome já diz tudo. É preciso derramar sangue para haver limpeza. É obvio que se refere ao sacrifício que redime o ser humano. Os coros a lá Misfits são sensacionais.
  5. Rigor Mortis - Mais uma que fala do mal que nos assombra e nos acusa. A batida é sensacional.
  6. Buried Alive - Mais uma que fala da nossa condição miserável e questiona o fato de não sermos merecedores do sangue inocente que foi derramado por nós. O Clima é hardcore mais atual. 
  7. Screams Of The Voiceless - Rock com pegada mais hard que fala sobre o aborto e o fato da vítima não ter nenhuma escolha. Faz você pensar muito.
  8. Golgotha / Instrumental - Tema instrumental com sons incidentais que remetem a crucificação de Jesus. Uma pausa para o que vem a seguir. Bastante peso criando um clima tenso e melancólico.
  9. Reanimator - Uma ode ao sacrifício de Jesus e sua obra redentora que culmina com a sua ressurreição. Hardcore das antigas que dá vontade de sair pogando.
  10. Schizofiend - Mais uma levada para o hard que vira hardcore, se refere a mente dividida, onde a parte ruim precisa ser estirpada.
  11. Dark Angel - Hardcore acido sobre o demônio mostrando que não há nada de positivo no anjo caído. Sonzeira.
  12. I Wanna Kill You Over And Over Again - Amo esta música. Com uma levada mais Hard e Blues fala sobre a necessidade de matar o velho homem para que possamos viver uma nova vida.
  13. I, Zombie - Outra sensacional. Bateria bem marcada com vocais bem colocados para lembrar que enquanto servos de Cristo somos como mortos vivos que se alimentam da carne e do sangue enquanto aguardamos a volta do nosso Mestre.
  14. Army Of The Dead - E para fechar a fantástica Army Of The Dead que faz um convite para fazer parte deste exército de mortos, para o mundo, que vai saqueando o inferno em busca de almas.

Conclusão:


Be Afraid é um álbum cativante, sensorial e frenético que faz você querer se mexer. As linhas melódicas são bem construídas e mostram que existem músicos competentes por trás das máscaras. Além disso, são pessoas realmente comprometidas com seus ideias e com o Evangelho. Um álbum bom do início ao fim  e te leva a querer ouvir os outros trabalhos. Vale a pena.




sexta-feira, 2 de junho de 2017

Underground Cristão #001 - Mortification - Primitive Rhythm Machine

Quando eu me converti ao Evangelho de Jesus Cristo uma das coisas que não me agradou muito foi a qualidade da produção musical, mas esta má impressão inicial foi quebrada ao escutar este álbum. Foi como uma luz no fim do túnel.
A banda australiana Mortification, começou, oficialmente, em 1990, mas a sua formação se inicia em 1984 quando o baixista e vocalista Steve Rowe monta as bandas Rugged Cross (1984) e  Axiz (1985). Apesar da vida curta destas bandas, elas foram estímulo para que Steve não desistisse de seu projeto de banda. Em 1986 nascia a banda LightForce que grava seu primeiro álbum, Battlezone, em 1987 e o Mystical Thieves em 1988. Já em 1989 quando se preparavam para o terceiro trabalho, Steve assume a direção da banda que passa a se chamar Mortification.

Com Steve Rowe (baixo e vocal), Cameron Hall (guitarra) e Jayson Sherlok (bateria) a nova banda lança o álbum Break The Curse, ainda com o nome de LightForce. Este álbum foi remixado e relançado como Mortification, em 1994, com uma faixa bônus. Oficialmente o primeiro trabalho é: Motification, de 1991, com Michael Carlisle na guitarra.

A banda passou por diversas formações e tendências e atualmente o time é composto por Steve, o guitarrista Lincon Bowen e o baterista Andrew Esnouf. O álbum Primitive Rhythm Machine foi lançado em 1995 e é sobre ele que iremos falar nesta postagem.

Lançado em 1995 pelo selo Intense Records e Nuclear Blast no formato CD e remasterizado e relançado em 2008 pela Metal Mind Productions, produzido por Steve Rowe conta co o próprio Steve (baixo e vocal), George Ochoa (guitarras e teclados), Bill Rice (bateria), Jason Campbell (guitarra base) e Dave Kellogg (guitarra solo).

O álbum tem uma pegada excelente e em certos momentos lembra o Sepultura, dos bons tempos, mas sem perder a identidade característica do Mortification. Trata-se de um trabalho mais experimental, com vocal mais limpo e que mostra uma boa evolução musical da banda que deixa o death, um pouco de lado, e soa mais metal.

Vale a pena conferir.


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