Sim, eu sei que o Messias não nasceu em 25 de dezembro. Mas o que importa é que Ele nasceu!
Todos os anos, na época do Natal, assistimos e lemos um calhamaço de opiniões a respeito desta data que é celebrada em todos os cantos da terra. Entre os cristãos sempre existiu uma grande divisão. Uns são favoráveis, alegando que o que importa é comemorar o nascimento do Salvador. Na outra extremidade estão os que alegam que esta é uma festa pagã que não deve ser comemorada por cristãos. Em ambos os lados existem verdades mas também muitos exageros e na maioria dos casos pouco equilíbrio.
Uma das máximas que as Sagradas Escrituras recomendam aos que professam a fé no Cristo da cruz é que devemos crescer em graça e conhecimento. Ou seja: excesso de espiritualidade gera muita demonização e excesso de razão pode descambar para um ceticismo quase ateu. O cristão autêntico e zeloso sempre irá buscar um ponto de equilíbrio de modo a não profanar o que é sagrado e nem sacralizar o que é profano. Isto requer sabedoria e entendimento do plano de Deus para nossas vidas. Então vamos fazer uma breve análise dos fatos para buscar um consenso.
O Nascimento de Jesus
A chegada do Filho do Altíssimo a este mundo é um acontecimento tão importante quanto o seu sacrifício, na cruz, que nos reconciliou com o Pai. Um evento preparado pelo próprio Criador desde antes da criação. Anunciado por profetas e aguardado até mesmo por aqueles que não faziam parte do povo de Deus. Um momento tão marcante da história que foi capaz de dividi-la em antes e depois dele. Mas a despeito de tudo isso, não se sabe ao certo em que dia isto ocorreu. O fato é que ninguém tem conhecimento da data exata da chegada do Bom Pastor.
Como cristão, não creio em coincidências ou acasos pois entendo que todas as coisas ocorrem pela soberana vontade do Eterno e em todas elas existe um propósito firme e uma razão específica na forma em como ocorrem. Se não sabemos a data de nascimento do nosso Redentor é porque não devemos saber. No entanto, o fato de não termos uma data não é um impedimento de comemorar a chegada do Bom Mestre aqui no mundo em que vivemos. Tendo isto em mente, não existe mal algum em você celebrar a vinda do Príncipe da Paz no dia 25 de dezembro. Aliás creio que trata-se de uma oportunidade para reunirmos parentes e amigos e lembrar que o Todo Poderoso nos deu seu filho em sacrifício para nos livrar da condenação pelo pecado.
A Origem do Natal
Mas afinal; de onde surgiu a importância do dia 25 de dezembro? Existem várias origens, nas culturas pagãs que dizem respeito a esta data tão lembrada nos calendários. As mais conhecidas são as que relacionam este dia a comemoração do festejo conhecido como Natalis Solis Invictus e marcava a volta dos dias mais longos depois do solstício de inverno. Esta festa ocorria logo após a Saturnália, outra festividade muito popular na Roma antiga, durante a qual a população participava de festas e banquetes e ocorriam trocas de presentes.
Este dia também marcava a comemoração do aniversário de uma divindade conhecida como Mitra, que era popular deus de luz e lealdade, largamente cultuado pelos soldados romanos. Muitas outras divindades pagãs estão associadas a esta data em diversas culturas anteriores ao cristianismo. Estes fatos tem levado muitos seguidores do nosso Sumo Sacerdote a satanizarem este dia e protagonizarem intermináveis embates na mídia, nos púlpitos e, mais recentemente, nas redes sociais.
O Equilíbrio
Ao longo da minha caminhada após a minha conversão ao Evangelho, procurei e procuro manter a sanidade e entender que, assim como podemos utilizar uma determinada obra artística para exaltar a soberania e majestade do nosso Rei e Senhor também podemos utilizar a mesma obra para simplesmente proferir blasfêmias. Este mesmo princípio se estende as datas. O Filho de Deus, antes de partir para o seu reino, nos deu uma missão: Pregar as boas novas do Reino. Para o discípulo toda oportunidade é uma grande oportunidade.
Evidentemente, isso não significa que devemos aderir a costumes duvidosos e a simbologia oculta por trás dos signos oriundos das culturas avessas ao cristianismo e que, muitas vezes, são muito presentes no Natal. Mas com sabedoria e bom senso, podemos e devemos mostrar ao mundo que, para nós, o Natal é trazer a memória a verdade mais absoluta que existe: Nosso Criador, do alto de suas misericórdias, nos amou de uma maneira tão inexplicável, a despeito de nossa inimizade e rebeldia, que nos deu seu Único Filho, para ser entregue em sacrifício santo e perfeito e nos livrar do inferno e da morte e nos conceder um eternidade em sua presença.
Evidentemente, isso não significa que devemos aderir a costumes duvidosos e a simbologia oculta por trás dos signos oriundos das culturas avessas ao cristianismo e que, muitas vezes, são muito presentes no Natal. Mas com sabedoria e bom senso, podemos e devemos mostrar ao mundo que, para nós, o Natal é trazer a memória a verdade mais absoluta que existe: Nosso Criador, do alto de suas misericórdias, nos amou de uma maneira tão inexplicável, a despeito de nossa inimizade e rebeldia, que nos deu seu Único Filho, para ser entregue em sacrifício santo e perfeito e nos livrar do inferno e da morte e nos conceder um eternidade em sua presença.
FELIZ NATAL