quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Modos & Estilos #07 - Renaissance - Ashes Are Burning

Se existe uma banda que eu curti muito na minha adolescência foi o Renaissance. O grupo britânico formado em 1969 pelos ex-integrantes do Yardbirds; Keith Relf e Jim McCarty, teve várias formações até chegar a chamada formação clássica com: Annie Haslam nos vocais, Jon Camp o baixo e voz, John Tout nos teclados e vocal, Terence Sullivan na bateria e vocais e Michael Dunford nos violões.

É com está equipe de peso que surge o magnífico álbum Ashes Are Burning em 1973 além de mais cinco discos simplesmente brilhantes.

O Disco


Ashes Are Burning é o quarto álbum de estúdio do grupo e o primeiro a contar com apoio de uma orquestra. Além da banda contou com a participação do guitarrista Andy Powell na faixa título do disco. O trabalho foi lançado pela EMI no Reino Unido e pela Capitol Records nos USA onde chegou ao número 171 no Billboard 200 inaugurando a fase americana da banda.

As músicas


Com apenas seis músicas o álbum tem uma duração de aproximadamente 40 minutos de prog rock da melhor qualidade.

O álbum inicia com Can You Understand e seus apelos transcendentais de libertação da mente e da alma, numa pela mistura de folk, rock e uma pegada bem clássica com mudanças de ritmo e tempo e a voz quase hipnótica de Annie acompanhada de belíssimos arranjos de cordas. detalhe para o belo trabalho do baixo. Aliás está é uma característica comum nas bandas de prog.

Em seguida temos Let It Grow que inicia como uma caixinha de música nas mãos de uma pessoa apaixonada. E é sobre isso mesmo que a canção fala: do amor. Arranjo simples e belo com uma bateria bem marcada que transmite um sentimento de paz interior muito bacana.

Na sequencia temos On the Frontier. Trata-se de um típico hino da geração Flower Power que acreditava na possibilidade de um mundo melhor através de uma revolução feita pacificamente. Excelente canção com uma introdução de violão bem folk e toda cantada em coro.

Logo em seguida temos Carpet of the Sun que dá sequencia a vibe hippie da obra. Mais uma vez o violão se destaca mas acompanhado pelos arranjos de cordas da orquestra e a voz magistral de Annie.

Em seguida um forte mudança de clima com o piano forte de At the Harbour que da lugar a um dedilhado melancólico com uma história de medo e morte nos lembrando que nem tudo são flores. Uma canção para se ouvir e refletir sobre as razões da vida.

Finalmente chegamos a canção que se tornou um dos hinos da banda: Ashes are Burning. Épica! Não encontro outro termo mais adequado para definir a última faixa deste álbum. Tinha que ser a última do disco pois fala de destino. Um destino incerto que é construído ao longo da nossa caminhada. Como diria o Milho: Sensacional!

Conclusão


Este é um álbum que não pode faltar em qualquer discoteca de respeito. Não apenas para os amantes do rock progressivo mas para qualquer um que aprecie boa música. Sem dúvida um disco que não será esquecido e nem repetido.

A banda ainda se encontra na ativa e você pode obter mais informações no site oficial em: http://renaissancetouring.com/. Esta obra prima está disponível também no Spotfy, logo abaixo.


quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Os cinco A's das Necessidades Humanas


Numa sociedade frenética onde todos correm de um lado para o outro não medindo esforços para conquistar uma posição e um título de bem sucedido, eu me pergunto: de onde surgiu esta necessidade? Porque temos que vencer na vida? Quando analiso está máxima entendo que vitórias são resultados de batalhas e portanto para vencer é preciso entrar numa competição e isto transforma os que estão ao meu redor em adversários. É isto que me incomoda.

Vivemos uma realidade social onde o próximo, que deveria ser amado, é visto como um inimigo a ser derrotado, um adversário a ser vencido, um empecilho a ser eliminado. Mas o que nos leva a comprar esta ideia? Resposta: Esta nossa absurda necessidade de ter, de possuir, de ostentar. Vivemos uma geração onde somos avaliados pelo que temos e possuímos e não pelo que somos e sentimos. 

É uma ciranda insana que funciona mais ou menos assim: o indivíduo adquire uma casa. Ele mobília acasa. Troca de carro. Reforma a garagem por causa do carro. Pinta a casa para combinar com a reforma. Troca os móveis para se adequar ao novo visual. Reforma a área que ficou antiquada. Compra equipamentos novos para a lavanderia. Muda os equipamentos da cozinha porque destoam da lavanderia. Troca os móveis da cozinha porque ficaram feios e por ai vai. O mesmo acontece com roupas, com Gadgets, com alimentação, com trabalho, formação acadêmica e tantas outras demandas. Desesperado, ele trabalha 18 horas por dia para suprir tudo isso, não conhece seus filhos tudo porque foi doutrinado a acreditar que ele precisa vencer. Será que precisa mesmo?

Outro dia assisti um vídeo do Eduardo Marinho onde descobri que só necessitamos de cinco coisas para viver neste  mundo e coincidentemente as cinco meçam com a letra "a".

AR, ÁGUA, ALIMENTO, AGASALHO e ABRIGO.

Quando Deus nos criou (eu creio nisso) e nos colocou para morar neste planeta ele providenciou estes cinco elementos de forma direta ou nos dando capacidades para obtê-los. O Ar está aí para respirar, a água vinha dos rios, o alimento era caçado ou cultivado por nós mesmos, o agasalho nos tecíamos a partir de fibras naturais ou da lã de animais e o abrigo podíamos optar por cavernas ou construir com troncos de árvore que Deus plantou no nosso jardim.

Infelizmente a ganância fez com que o homem desejasse muito além disso, o que ocasionou a implantação de um sistema maligno (1 Jo 5.19) que cria no ser humano um desejo por ter e conquistar (1 Jo 2.16), transformando pessoas em reféns de um plano perverso para dominar o homem. Esta fome de poder tomou aquilo que era de graça e de direito e das cinco necessidades a única que ainda não foi privatizada é o AR. Mas eles estão se esforçando para tornar nossa atmosfera irrespirável até o ponto em que teremos que compra oxigênio para sobreviver.

O que vivemos hoje não é vida. É apenas loucura...