Quando eu era criança, aprendi que Deus vivia no céu. Na minha mente infantil, o céu era este imenso azul povoado por nuvens que pareciam de algodão, e Deus estava lá, nestas nuvens ou um pouco acima delas. Mas não é sobre isso que eu quero meditar nesta postagem, afinal com o tempo, descobri que o céu de Deus vai além de onde a vista alcança. Mas vamos lá!
Desde que o mundo é mundo e os seres humanos caminham sobre o orbe terrestre, existe uma tentativa, muitas vezes frustrada, de uma convivência pacífica entre os membros desta imensa humanidade. Fato que, dada a nossa natureza pecaminosa, nem sempre isto é possível. Uma das ferramentas utilizadas para manter esta harmonia entre os homo sapiens, são os acordos, celebrados entre os viventes interessados em preservar esta convivência, agradável para todos os envolvidos. Estes acordos por conta das quebras, evoluíram para a forma de contratos. Creio que todos sabem o que é um contrato. Resumidamente, é um documento em que as partes comprometidas com algo, estabelecem regras e meios para que o que foi contratado se concretize. Os implicados assinam, normalmente na presença de testemunhas, e o contrato passa a valer.
No entanto, muitas vezes, contratos são quebrados e descumpridos. Neste caso a parte prejudicada irá recorrer a uma autoridade superior para que haja uma intervenção no sentido de que se cumpra o que foi acordado entre as partes. O problema é que pode acontecer desta autoridade não ser tão idônea quanto deveria e, mediante algum tipo de compensação, tomar partido da outra parte. Embora pareça absurdo, acontece com mais frequência do que podemos imaginar.
Estas anomalias se devem ao fato que os mecanismos criados para garantir que contratos sejam honrados, como: cartórios, órgãos oficiais de justiça, etc, são formados na sua essência por pessoas que, por sua vez, podem ser corrompidas, compradas. Para que um sistema desses funcione de forma idônea e imparcial, a manutenção dos dados precisa ser executada por uma entidade não corrompível e que não busque nenhum tipo de vantagem. Que sua missão seja manter a integridade das informações e garantir a execução dos contratos respeitando suas cláusulas. Esta solução parecia ser algo inatingível, pois repositórios físicos podem ser roubados ou destruídos e os digitais podem ser hackeados e modificados ou até mesmo destruídos. Mas temos uma luz no fim do túnel. Esta luz se chama Blockchain.
Mas o que é uma Blockchaim. Em termos bem simples, trata-se de uma espécie de livro razão, ou livro caixa, onde são registradas operações financeiras ou não. A diferença é que, a cada nova transação adicionada no livro, são enviadas cópias desta operação para todos os usuários da rede, que possuem uma cópia do livro. Tecnicamente, seria possível alterar uma informação de um bloco, mas para que esta alteração não fosse detectada ela teria que ser feita em todos os blocos e nos seus posteriores de todas as cópias da blockchain espalhadas por todo o planeta. Isto torna a tarefa praticamente impossível pois seria necessário um aparato tecnológico maior que o existente e um poder de compra de todos os detentores das cópias. Ou seja, o benefício de uma fraude sempre será menor que o custo tornando a fraude impraticável. Pensando nesta possibilidade que as Blockchains possuem surgiu o Etherium. Etherium?
Trata-se de uma plataforma, baseada na blockchain, que disponibiliza além do seu ativo (Ether), a possibilidade criar, registrar e executar contratos inteligentes que basicamente não podem ser quebrados, pois a execução dos mesmos é automática. Seria o fim dos cartórios? Sim, a longo prazo sim! Mas e se alguém descumprir as cláusulas de um contrato, afinal os contratantes são humanos, certo? Isso também já foi pensado. Dentro da plataforma, num caso destes, as partes poderiam nomear árbitros para julgar o caso. Seriam, Juízes, Magistrados integrados a rede. Mas e a confiabilidade? Afinal Juízes também são pessoas! Também já foi pensado. Um sistema de reputação que pontua aqueles que agem corretamente e desqualifica aquele que possa ter agido de má fé. E quem iria indicar um intermediados com má reputação? Bacana, mas você pode estar perguntando. Tá, legal, parece ser perfeito mas quando que algo assim pode começar a existir? O que você está esperando?
A aboa notícia? Já existe, já funciona e depende unica e exclusivamente de nós passarmos a utilizar e, com isso, eliminar, pouco a pouco, o Estado sempre ineficiente e de reputação duvidosa. Mas o que tudo isso tem a ver com o título desta postagem? Tudo isso tem sido possível, em parte, graças as tecnologias de computação na nuvem. Esta é a ironia do destino. A humanidade tem se afastado cada vez mais de Deus e das coisas do alto e agora, a tecnologia vem e nos mostra que a solução vem do alto.
Esta matéria foi motivada pelo vídeo do Rafael Lima do Canal Ideias Radicais. Assista o vídeo para entender melhor a proposta.
Mas o que é uma Blockchaim. Em termos bem simples, trata-se de uma espécie de livro razão, ou livro caixa, onde são registradas operações financeiras ou não. A diferença é que, a cada nova transação adicionada no livro, são enviadas cópias desta operação para todos os usuários da rede, que possuem uma cópia do livro. Tecnicamente, seria possível alterar uma informação de um bloco, mas para que esta alteração não fosse detectada ela teria que ser feita em todos os blocos e nos seus posteriores de todas as cópias da blockchain espalhadas por todo o planeta. Isto torna a tarefa praticamente impossível pois seria necessário um aparato tecnológico maior que o existente e um poder de compra de todos os detentores das cópias. Ou seja, o benefício de uma fraude sempre será menor que o custo tornando a fraude impraticável. Pensando nesta possibilidade que as Blockchains possuem surgiu o Etherium. Etherium?
Trata-se de uma plataforma, baseada na blockchain, que disponibiliza além do seu ativo (Ether), a possibilidade criar, registrar e executar contratos inteligentes que basicamente não podem ser quebrados, pois a execução dos mesmos é automática. Seria o fim dos cartórios? Sim, a longo prazo sim! Mas e se alguém descumprir as cláusulas de um contrato, afinal os contratantes são humanos, certo? Isso também já foi pensado. Dentro da plataforma, num caso destes, as partes poderiam nomear árbitros para julgar o caso. Seriam, Juízes, Magistrados integrados a rede. Mas e a confiabilidade? Afinal Juízes também são pessoas! Também já foi pensado. Um sistema de reputação que pontua aqueles que agem corretamente e desqualifica aquele que possa ter agido de má fé. E quem iria indicar um intermediados com má reputação? Bacana, mas você pode estar perguntando. Tá, legal, parece ser perfeito mas quando que algo assim pode começar a existir? O que você está esperando?
A aboa notícia? Já existe, já funciona e depende unica e exclusivamente de nós passarmos a utilizar e, com isso, eliminar, pouco a pouco, o Estado sempre ineficiente e de reputação duvidosa. Mas o que tudo isso tem a ver com o título desta postagem? Tudo isso tem sido possível, em parte, graças as tecnologias de computação na nuvem. Esta é a ironia do destino. A humanidade tem se afastado cada vez mais de Deus e das coisas do alto e agora, a tecnologia vem e nos mostra que a solução vem do alto.
Esta matéria foi motivada pelo vídeo do Rafael Lima do Canal Ideias Radicais. Assista o vídeo para entender melhor a proposta.