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quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

2020 - O Ano da Decisão!

O último ano da década pode ser seu último momento de liberdade ou a virada para ser livre de fato. A escolha é totalmente sua!
Não sou nenhum mestre em economia, mas leio as notícias e aprendi, com a vida e o tempo, a observar os acontecimentos e tirar conclusões bastante assertivas sobre a realidade que nos cerca. O ano de 2020, que encerra mais uma década, aponta para uma nova era na história da humanidade. Duas questões, em particular, tem se mostrado bastante relevantes para os acontecimentos que estão por vir.

A primeira delas é o que chamamos de Revolução Digital, que agora caminha para um desenvolvimento, cada vez mais acelerado, da Inteligência Artificial. Sabemos, se observarmos a história, que a humanidade avança de forma cíclica. Uma espécie de roda, que no seu giro, repete, infinitamente, os mesmos eventos mudando apenas a roupagem e o intervalo de tempo entre estes eventos, intervalos estes, cada vez mais curtos a cada novo ciclo. A Revolução Industrial, em meados do século XIX, trouxe em seu bojo grandes avanços técnicos e uma considerável melhoria na qualidade de vida do cidadão comum, permitindo as pessoas, prolongarem sua existência muio além do que era comum na idade média. No entanto, estes avanços chegaram carregados de outros problemas como: evasão do campo, aumento da densidade demográfica nos grandes centros urbanos e, com as máquinas efetuando o trabalho de muitos homens e mulheres, houve uma necessidade de diminuição das famílias. 

Valendo-se do apelo religioso, mudanças de hábitos alimentares e uma arquitetura projetada para diminuir os espaços e, consequentemente, o tamanho das famílias, parte do problema foi resolvido mas não por completo, pois as pessoas insistiam em procriar. A solução foi colocar as mulheres no mercado de trabalho, o que não foi difícil face a explosão de consumo. Com ambos, homem e mulher, ocupando seu dia em produzir bens de consumo, o núcleo familiar foi relegado a um segundo plano. Mas como nem tudo são flores, mesmo com todo o planejamento, a população mundial continuou e continua a crescer.

Agora nos deparamos com uma nova revolução tecnológica: a Revolução Digital. Aliada direta da Inteligência Artificial, vem paulatinamente, invadindo o território dos humanos, substituindo-os com mais velocidade e precisão em grande parte dos seus afazeres. Sabemos que quando uma nova tenologia chega ao consumidor final é porque algo muito mais avançado e além da nossa imaginação já está nas mãos das grandes corporações que controlam a economia e sabe-se lá mais o que. Em breve não haverá mais espaço para tantos bilhões de habitantes que insistem em viver nesse mundo. É neste ponto que entra o segundo item da lista que eu lhes apresento.

Revolução Cultural. Com um contingente cada vez maior de pessoas apinhadas nas grandes metrópoles, a pergunta é: porque não incentivar as pessoas a voltarem para o campo, cultivar e criar seu alimento, etc? A resposta é simples e cruel. Não interessa ao donos do poder, o bem estar dessas pessoas. Quanto mais aglomeradas maior a incidência de conflitos, e quanto mais conflitos, mais crimes, mais mortes. Drogas, alimentação modificada, medicamentos duvidosos, economia em colapso são um prato cheio para alimentar insurgências. Mesmo tendo uma população desarmada na maioria dos países, chega-se a um ponto que é natural a revolta. E é evidente que, num caso desses, em proporções mundiais, o uso da força estatal se faz necessário e muitos terão que sacrificar suas vidas de gado em favor da tão sonhada paz mundial.

Se haverá uma crise mundial a partir do ano de 2021? Sim, acontecerá. Isto desencadeará revoltas populares? Com certeza, pois, se até pouco tempo a maioria estava anestesiada, atualmente com o volume de informação circulante, muitos estão acordando e acordando outros. Todo este conjunto de fatores levará a humanidade para uma guerra mundial? Sinto dizer que sim. Mas existe uma outra pergunta que precisa ser feita: Você! Sim, você mesmo! Vai se conformar, dizer que não há o que fazer ou vai ao menos tentar sobreviver e ajudar outros a fazerem o mesmo?

Se você é um dos que ficarão quietos sem fazer nada, é uma decisão pessoal sua. Mas se você é dos que vai fazer algo para evitar ou minimizar, ainda que localmente, os efeitos disso tudo, então este blog vai ser útil, pois vamos estudar, aqui e em outras plataformas, métodos de como sobreviver nos tempos difíceis que estão por vir.

Seja bem vindo!

quinta-feira, 4 de abril de 2019

Vamos deixar 1964 em 1964

A Bíblia Sagrada afirma na primeira carta de Paulo aos Corintios, no capítulo 13 versículo 6 que: O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Então vamos deixar 1964 em 1964.
Uma coisa que precisa ficar patente na mente dos brasileiros é que: independente das motivações, da ameaça comunista, do terrorismo praticado pelos movimentos revolucionários, do nacionalismo e do desejo de construir uma nação forte e relevante, o governo militar que regeu o Brasil de 1964 até 1985, foi sim um governo ditatorial, houve sim um golpe para a tomada de poder e muitos antagonistas do governo realmente foram perseguidos, torturados e mortos. Quero te convidar, neste artigo, a fazer uma análise baseada em uma visão pessoal do que, supostamente, ocorreu para que você entenda que não foi um período paradisíaco como muitos tentam mostrar e tão pouco aconteceu um inferno na terra como outros tantos querem que acreditemos. Vamos lá?

O Golpe


Na verdade, aconteceram três golpes. O 1º era o que estava sendo arquitetado por Goulart, então presidente, que ocupou a vacância deixada por Jânio Quadros quando de sua renúncia. João Goulart, mostrava claramente que conduziria o país para um regime totalitário de viés comunista e caminhava a passos largos para isso com apoio de Leonel Brizola e de governos comunistas. Isto gerou descontentamento na população, parte dos políticos, entidades e da imprensa da época.

Quando não havia mais o que fazer, veio o segundo golpe, ou contra-golpe, que foi efetuado pelos militares com apoio da mídia, população e do congresso. Formou-se um junta militar para preparar uma transição e convocar eleições para a presidência.

Foi aí que veio o terceiro golpe, os militares, através de atos institucionais acabaram não efetuando a transição, sabotando o plano inicial e permaneceram no poder por 21 anos.

Então, independente das razões e justificativas, houve sim um golpe.

Ditadura


Apesar do apoio popular que durou até o presidente Geisel, dos avanços na infraestrutura e do crescimento econômico não se pode negar que um governo mantido utilizando estratégias que impediam o surgimento de uma oposição relevante não pode ser classificado de democrático. Neste contexto houve sim uma ditadura militar no Brasil. Apesar da aparente sensação de segurança, progresso e liberdade que pairava no ar, ainda assim era uma ditadura. Comparada a outras ditaduras bem conhecidas da história, pareceu ser extremamente branda mas ainda assim uma ditadura.

Tortura


Apesar da violência dos grupos terroristas que atuavam na época e de sabermos que força se combate com força superior, tortura é algo inadmissível. Nos 21 anos do regime estima-se que mais de 400 pessoas foram presas e muitas foram torturadas e mortas. Sei que este número não chega nem perto das atrocidades praticadas pelos regimes comunistas ao redor do planeta mas independente da quantidade é um fato que aconteceu de verdade.

Conclusão


Entendo que vivemos um período de caos em nosso país. Durante muitos anos a nação foi sugada por governos inescrupulosos e mais ainda quando os políticos de esquerda assumiram o controle. Não há como negar que existe doutrinação nas escolas e um processo de emburrecimento da população que vem sendo tratada como gado e massa de manobra. Compreendo que as pessoas de bem deste país anseiam por mudanças que levem o Brasil ao crescimento econômico, geração de empregos e que todos possam desfrutar de uma existência digna.

Mas eu quero fazer uma pergunta, principalmente àqueles que clamam por uma intervenção militar. Você realmente quer um governo que tome as rédeas com mão de ferro, você realmente deseja que o suposto inimigo seja tratado de forma truculenta. Você quer realmente isso? Eu não.

A Bíblia diz que as coisas passadas devem permanecer no passado e que devemos seguir em frente. Devemos aprender com os erros para não cometê-los novamente. Como Paulo diz: Já está na hora de sair da mamadeira e comer uma feijoada. Deixe 1964 em 1964. Estamos no século 21. O que está por vir não será nada fácil e não será parado com fuzis.

sábado, 12 de janeiro de 2019

Todo Fanatismo é Louco

Por vezes, a defesa do bem pode ser tão prejudicial quanto a defesa do mal!
Tenho observado nas redes sociais, um fenômeno que, a princípio, parecia ser de um único grupo, mas que se tem mostrado ser comum a todos os segmentos da sociedade. Trata-se do fanatismo político, fruto de uma polarização ideológica além do aceitável.

Nosso país viveu, nos últimos anos, graças a internet, um ressurgimento dos pensamentos mais conservadores e o renascimento da direita política, que apesar de nunca haver morrido encontrava-se isolada e sem representatividade em virtude do domínio da esquerda sobre os meios de comunicação. No bojo deste revival politico e intelectual veio, de carona, uma galera nada receosa em demonstrar seu fanatismo partidário que beira a religiosidade, quando se trata de defender seus valores e seus ídolos. Se à esquerda da espinha dorsal que sustenta o establishment nacional, temos os Lulo/Petistas com sua cegueira moral, incapacidade de realizar um mea culpa e absoluta convicção da inocência e honestidade inabalável do presidiário que já foi presidente, na outra extremidade temos os chamados Bolsominions com seu ódio de tudo que não se alinha com o capitão, a incapacidade de admitir que o novo governo pode errar e a crença de que o Jair Messias é um santo enviado dos céus para salvar a pátria amada.

Ao analisar estes dois grupos, percebemos que funcionam como uma espécie de espelho a refletir um negativo de si mesmo. São as mesmas nuances, os mesmos perfis e as mesmas características militando em lados diferentes. Em resumo: parece que a dupla tem mais coisas em comum do que diferenças. Vamos ver algumas destas coincidências.

Donos da Verdade


Ambos os ajuntamentos se julgam donos da verdade. Com isso, qualquer divergência, por menor que seja, é automaticamente tratada como burrice, ignorância, demência e outros adjetivos não tão amigáveis. Tanto os Bolsominions quanto os Esquerdopatas, acreditam possuir o conhecimento absoluto de tudo e, portanto, todas as divergências estão erradas e não se discute. É obvio que isto é loucura, pois ideais humanos sempre apresentarão falhas assim como qualidades. Mesmo em ideologias com as quais não concordamos, existem pressupostos que contém valores positivos.

Como cristão, prefiro seguir as orientações bíblicas em 1ª Tessalonicences, capítulo 5, versículo 21 que diz: "mas ponham à prova todas as coisas e fiquem com o que é bom". Este ensinamento nos dá a entender que, em tudo existem pontos positivos e negativos e a sabedoria nos orienta a aproveitar aquilo que é produtivo e descartar as coisas destrutivas. Ou seja, a palavra chave é equilíbrio.

Cultivam o Ódio


Nas narrativas de ambas as turmas, é comum ler e ouvir discursos carregados de ódio contra os opositores. Expressões como: "Fascistas malditos, devem morrer" de um lado e "Vagabundos safados, queimem no inferno", estão entre as mais corriqueiras e nem tão agressivas quanto outras que me reservo o direito de não reproduzir aqui. A falta de amor e empatia para com os outros tem levado os mesmos a ter um olhar sobre o outro como se não fossem humanos e semelhantes.

Mais uma vez recorremos as Sagradas Escrituras para entender o que o Apóstolo Paulo afirma em Efésios 6.12 quando escreve: "pois a nossa luta não é contra pessoas, mas contra os poderes e autoridades, contra os dominadores deste mundo de trevas, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais." Temos que entender que estes comportamentos exagerados não provém apenas do caráter destas pessoas mas das influências que sofreram e sofrem. Entenda: Não existe ódio do bem!

Totalitários


No campo político, um e outro, igualmente defendem a utilização de uma máquina estatal grande, forte e poderosa, para impor suas convicções a ferro e fogo e garantir a subserviência dos contrários. Se pelo viés coletivista temos a mordaça do politicamente correto, na outra ponta da corda nos deparamos como o moralmente aceitável, cada um defendendo seu próprios interesses.  Como diriam os Sex Pistols: "Ninguém é inocente" nesta bagaça.

Conclusão


Este rápido passeio por estes poucos aspectos da questão, nos levam a entender que se tratam de indivíduos embriagados pela ilusão do mundo perfeito, a ponto de não discernir entre lutar por um ideal e impor este ideal. Todo tipo de imposição, independente de que lado venha será sempre um passo rápido para o caos. Quando criamos ídolos desta natureza estamos erigindo uma muralha entre nós e o Eterno e já não enxergamos o Criador mas apenas a criatura que ocupa um lugar que não lhe pertence.

É imprescindível que tenhamos a consciência de que todos os seres humanos são falhos e falíveis. A estabilidade emocional não é algo fácil de se conquistar mas é possível e desejável, para que possamos crescer em todos os aspectos de nossa vida. Construir um mundo melhor não pode ser baseado apenas nas suas conclusões no tocante ao tema. Uma sociedade regida pelo homem, nunca será perfeita mas pode perfeitamente ser melhor a cada dia. Isto nos faz lembrar que: somente haverá mudança, de fato, se esta começar por nós mesmos. Devemos cultivar em nossas vidas a sensibilidade para não se deixar levar pelas paixões que obscurecem nossa visão. Para isso carecemos de agir sempre com sabedoria e discernimento.

Ser moderado, é uma virtude que nos capacita a não cometer exageros e, consequentemente, injustiças. Pense Nisso!

Grande abraço.

quinta-feira, 29 de março de 2018

É melhor agir do que discutir

Debates que não produzem nada, nos tiram tempo, vigor e empenho intelectual daquilo que realmente é relevante.
No início do ano eu tomei a decisão de não entrar em debates com petistas, por uma razão simples: a maioria não aceita o debate e prefere o embate. Hoje, 29 de março de 2018, resolvi dar um passo além: Não discuto mais com esquerdistas em geral, bem como a galera da "direita" e nem entro em debates sobre eleição. A razão é muito simples. Prefiro utilizar meu tempo e meu cérebro com questões mais objetivas e que possam, de alguma forma, apontar para uma alternativa viável a todo este quadro caótico que tem se construído no Brasil dos últimos vinte anos.

No que diz respeito aos partidos políticos, sejam de esquerda ou não, considero uma enorme perda de tempo entrar em debates pois, nenhum deles está, de fato, interessado em uma mudança que promova crescimento econômico, social e intelectual para o todo. As únicas razões que movem estas organizações políticas, na direção de uma disputa, são: a paixão, o amor, o apego e a necessidade viciada pelo poder.

Já nos debates acerca de candidatos, o princípio é o mesmo utilizado para os partidos, uma vez que, mesmo que um determinado candidato possua um discurso mais liberal e até mesmo libertário, não podemos esquecer que ele tem um vínculo e um compromisso com o seu partido. Isto sem falar que quando analisamos o discurso eleitoreiro e comparamos com as práticas políticas a quase totalidade dos que pleiteiam o poder, entra em fortes contradições.

Outra decisão que tomei é a de não responder, em postagens sobre estes assuntos. É bem verdade que muitas vezes a vontade de teclar quase me consome, mas vou resistir, pois a maioria das pessoas, está tão obcecada por suas convicções que não consegue digerir um pensamento contrário e criar argumentos que sejam úteis. Na maior parte dos casos, a única atitude que os opositores conhecem é a do insulto que não promove nada de útil para ambos os lados.

No lugar disso, vou concentrar meus esforços no sentido de apresentar de forma lenta e gradual, alternativas a este cenário em que "vivemos". Farei isso ao longo dos próximos meses para que possamos, juntos, debater ideias que possam, de alguma maneira, promover uma libertação, cada vez maior, das organizações estatais que tem nos aprisionado e roubado ao longos dos anos.

Então fique atento, pois este blog será o principal canal para esta missão. E se você tem sugestões alternativas para promovermos uma ruptura como o sistema, não se acanhe. Traga suas ideias para debatermos em conjunto. Até a próxima postagem.

domingo, 4 de fevereiro de 2018

Sonhe Grande, Pois Sonhar Pequeno dá o Mesmo Trabalho

Está cansado de terminar todo ano da mesma maneira? Então está na hora de reverter este quadro!
Desde que o ser humano venceu a barreira da sobrevivência e passou a transmitir suas ideias e ideais para outros seres humanos, iniciou-se uma busca constante pela sonhada, cantada, exaltada e desejada felicidade. De acordo com o dicionário, felicidade é a qualidade ou estado de feliz; estado de uma consciência plenamente satisfeita; satisfação, contentamento, bem-estar. Mas afinal, o que significa ter uma consciência plenamente satisfeita? É justamente neste ponto que a questão começa a ganhar uma maior complexidade, pois percebemos que a tal felicidade é algo subjetivo que está intimamente ligado ao indivíduo, logo a percepção de felicidade é um sentimento individual que varia de pessoa para pessoa. Em outras palavras: o que me faz feliz não é necessariamente o mesmo que te leva a este mesmo estado de consciência.

Analisando deste ponto, percebemos que a busca pela felicidade individual pode, e com certeza irá, interferir nos outros indivíduos a nossa volta, uma vez que estamos conectados e dependemos uns dos outros para sobrevivermos. Isto nos leva a uma conclusão não muito feliz: não podemos atingir a felicidade plena neste plano da nossa existência. Temos que nos contentar em obter momentos de felicidade e substituímos a busca da felicidade pela busca do bem-estar e do conforto. Substituímos nossos anseios subjetivos por desejos objetivos e, no lugar de satisfazermos a alma e o espírito nos contentamos em atender aos desejos da carne para diminuir o sofrimento de uma vida infeliz. Mas porque somos infelizes?

Note que mesmo aqueles que levam uma vida abastada, cercada de mimos e confortos e abundância de bens, muitas vezes se mostram insatisfeitos, tristes e deprimidos. Isto acontece pelo fato de sermos seres feitos de corpo, alma e espírito. Se atendemos apenas as necessidade materiais que atingem o corpo, nossas almas e espíritos ficam enfraquecidos e ficamos doentes. Esta constatação nos ensina que devemos atender todos os aspectos do nosso ser para termos equilíbrio e bem estar. Resolver esta equação, requer esforço, concentração e raciocínio. Requer um planejamento de vida.

Tenho observado, ao longo dos meus mais de cinquenta anos, que grande parte das pessoas não vive o que gostaria de estar vivendo. Nascemos com aptidões, dons e talentos que se forem bem canalizados podem nos fornecer um pouco desta tão almejada felicidade na forma de concretização dos nossos sonhos. Isto tem haver com metas. Trata-se do famoso: o que você quer ser quando crescer? O problema é que: ou esquecemos de crescer ou esquecemos do que queríamos. Vivemos numa sociedade que dita regras e para nos adequarmos a elas matamos sonhos. Estes dias ouvi uma frase que me impactou, era assim: "sonhe grande, pois sonhar pequeno dá o mesmo trabalho".

Então galera! Que tal começar a transformar seu sonho em realidade? O primeiro passo, se você for alguém que crê em Deus e quer agradá-lo é perguntar a ele se ele aprova seu projeto. Se ele disser sim, vá em frente, coloque no papel seus sonhos, seus projetos pessoais e veja o que pode ser feito a curto, médio e longo prazo. Arquitete ações que levem a determinadas etapas do processo até que todo ele esteja resolvido. Um passo de cada vez mantendo um ritmo constante, suportável e agradável para não desistir no meio do caminho. Que tal mudarmos nosso futuro, este ano? Eu já comecei e você? Então, mãos a obra e boa sorte!

terça-feira, 10 de outubro de 2017

Cuidado! Vidro Quebrado!

Será que estamos, todos, nos tornando animais selvagens e insensíveis?
Outro dia, desses, quebrou um pote de vidro aqui em casa. Imediatamente pegamos uma embalagem de leite longa vida para colocar os cacos dentro e depois selar com fita adesiva. Fazemos para que, no descarte, ninguém se corte ao recolher o lixo. Aprendi isto com a minha madrinha, a dona Niva, que já é falecida. Sempre que havia algum perfuro cortante para ir ao lixo, era tudo cuidadosamente embalado, reforçado com fita crepe e ainda havia um aviso escrito com aquele pinceis atômicos: "Vidro Quebrado". Era uma preocupação para que o lixeiro não se machucasse ao recolher o nosso lixo. Uma preocupação com a segurança e a integridade de alguém que não conhecíamos. Cuidar do próximo! O que houve com a gente?

Confesso que não sei explicar o porque de perdermos a empatia com as pessoas. Parece que vivemos um tempo onde não temos tempo para nos preocuparmos com os outros em nosso entorno. Nossos vizinhos ficam doentes e se curam sem receber uma única visita de nossa parte. Cruzamos todos os dias com os necessitados e passamos ao largo como se eles não existissem. Coisificamos seres humanos e os vemos como se fossem apenas parte da paisagem. Assistimos, diariamente, no jornal do almoço, histórias de injustiça, enquanto engolimos nossa comida ligeira pra não perder o horário do ponto. Conhecemos, apenas de vista, a mulher que apanha do marido, o cara que teve tudo roubado, a criança que foi violada, o mendigo que dorme na marquise da esquina e que agora se chama morador de rua, como se esta fosse a sua melhor opção.

Com a mesma rapidez que nos chocamos com as manchetes, esquecemos os personagens. Esquecemos a moça que serviu de alimento de cães, os pais surpreendidos pelo ódio da filha, e menina lançada pela janela num ataque de fúria assim como nos esqueceremos das crianças queimadas. Fomos treinados para consumir, descartar e desejar a próxima novidade. E como produtos baratos vamos vivendo nossa vidinha estúpida, até o próximo pagamento. Somos religiosos e não deixamos de dar a oferta, mas não ofertamos o nosso melhor para aqueles que nos rodeiam. Assistimos todas as séries mas não assistimos os necessitados. Sempre em busca da selfie, do like e de carinhas felizes, mesmo que sejam apenas bytes e bits.

Será que chegamos ao fim?

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

O que está acontecendo com os casamentos?

Não! Casamentos não irão resolver nossos problemas mas são o melhor exercício de convivência que existe.
Por mais que tentem afirmar o contrário, e até existam as exceções, homens e mulheres são seres que carregam tantas diferenças entre si que as vezes chega-se a pensar que é impossível colocar um homem e uma mulher debaixo de um mesmo teto.  No entanto, quis a sabedoria divina que está união fosse vital para a continuidade da existência humana e para fundamentar a sociedade num aglomerado que se denomina família. Quando um homem e uma mulher se unem, eles tipificam uma espécie de Reino de Deus em escala reduzida. No entanto, como este Reino é uma imagem embaçada do Reino verdadeiro, ele carrega consigo, as imperfeições e conflitos da natureza humana, decaída, pecadora e afastada do seu criador.

Estamos assistindo uma derrocada da instituição que convencionou-se chamar de casamento. Relacionamentos desfeitos na mesma velocidade em que são executados. Um desinteresse geral pelo assunto e uma ideia coletiva de que se trata de algo ultrapassado e sem sentido. O que ocorre, na verdade, é que o individualismo dos seres humanos tem distanciado, cada vez mais, homens e mulheres, além de uma tentativa inútil de fazer parecer que tanto homens quanto mulheres são seres idênticos, quando na verdade isto não é verdadeiro. Para piorar as coisas, com as chamadas ideologias de gênero, tratam as exceções como se fossem regras desvirtuando conceitos milenares de família que são a base da nossa civilização.

Neste jogo sórdido de fragilização do estofo basilar da espécie humana, invertem a demanda de poder jogando instituições familiares sobre a tutela, responsabilidade e designação do Estado, que é um poder posterior e portanto não pode definir ou legislar sobre as bases anteriores que lhe deram origem. Como ser racional e prático, não consigo conceber que motivação tem levado as pessoas a ingressar num caminho que aponta para a auto destruição da raça humana. Entretanto, como homem de fé, posso afirmar, sem medo de cometer equívocos, que se trata de um plano maligno, engendrado pelas forças do inferno, no sentido de impulsionar a criatura humana para longe de seu Criador.

Precisamos, com a máxima urgência, reavaliar nossos posicionamento frente a está problemática e examinarmos, com a máxima cautela, as raízes destas realidade decadente para, ao menos, tentarmos reverter o quadro sintomático da instituição do casamento, que jaz na UTI da história. Se não agirmos, enquanto ainda resta um fio, ainda que tênue, de esperança, corremos o sério risco de nos tornarmos uma espécie extinta. Pois se acabarmos com a família, teremos acabado com a espinha dorsal da humanidade que não poderá mais se manter de pé e certamente tombará.

Creio, ainda, que esta falsa busca por uma felicidade embasada em satisfações pessoais e materiais também é um dos fatores de enfraquecimento. Quando damos mais importância ao TER do que ao SER acabamos coisificando pessoas que passam a ter uma função única e exclusiva de satisfazer nosso ego inchado e doente. Pense Nisso!

Indo Além do Texto






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quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Cinquenta postagens - Meta de 2017 cumprida!

Uma meta de crescimento, independente da área, não deve ser facilmente alcançada e nem impossível de ser atingida
Um método bastante eficaz de conseguirmos crescimento em qualquer área de nossa vida é o estabelecimento de metas. Com isso cria-se uma espécie de escada. Subir, ou descer uma escada implica em galgar um degrau por vez para evitar riscos desnecessários. Com nossos projetos pessoais, profissionais, espirituais, relacionais e todo um cabedal de rumos desejados, não é diferente. Uma meta por vês. Mas entenda: isto não quer dizer que você só poderá ter uma atividade a cada passo. Não é isso, na sua meta estabelecida, podem co-existir inúmeras atividades que fazem parte de um mesmo alvo a ser atingido. Mas para que isto funcione é preciso planejamento.

No final de 2016, encerrei o ano com 35 postagens neste blog, sendo que, em 2015 havia feito 42 postagens. Foi preocupante, pois foi um resultado negativo. Foi quando percebi que estes números fracos eram o resultado de uma falta de objetividade e de metas a serem atingidas. Então pensei e estabeleci um alvo de cinquenta postagens para 2017. Um alvo atingível, pois bastaria uma postagem por semana, porém não tão simples pois demanda uma certa disciplina na produção do conteúdo. Bom, agora que já possuía a meta, era necessário estabelecer o método. Afinal, de nada vale ter um objetivo sem saber como alcança-lo.

É neste ponto que muitos projetos encalham. Ideias excelentes com metas bem definidas mas sem um método de como alcançá-las. No meu caso, o método consiste em manter uma periodicidade, reservando um tempo determinado para as tarefas, além de escrever material extra para suprir alguma eventualidade que venha a surgir no meio do caminho. Também entendo que não se trata apenas de alcançar a meta mas sim atingir o objetivo. Ou seja, de nada vale ter uma meta sem um objetivo claro e definido. No meu caso, isto quer dizer que: Não quero apenas produzir 50 postagens, mas sim 50 conteúdos que sejam relevantes e qualitativamente aceitáveis. Este é um processo bem mais difícil que requer um aprendizado constante. Neste ponto, ouvir críticas, se inspirar nos casos de sucesso e ser honesto, são práticas fundamentais. Por esta razão, eu não produzo nenhum conteúdo que seja contrário aquilo que eu creio, pois seria rapidamente percebido. É como aquele vendedor que tenta te empurrar um bem ou serviço que ele não acredita ser útil. Vão lhe faltar argumentos

Finalmente, depois dos passos anteriores é necessário partir para a ação, colocar o plano em prática para evitar a criação de uma gaveta de idéias geniais que nunca foram levadas a cabo. Muitas ótimas ideias morrem neste ponto. A meta é possível, o método é viável mas o empreendimento não é sustentável. Já desisti de muitos planos por falta de empenho pessoal. Depois de um tempo vi alguém colocando uma ideia igual ou semelhante em prática e aí vem um arrependimento que não é nada agradável.

Mas nada disso funcionaria sem alguém que compre o seu trabalho. No caso do blog, não teria nenhum sentido manter este trabalho se não houvessem leitores. Então, esta postagem é para te agradecer, por estar nos acompanhando e partilhando das ideias, por nos ajudar a melhorar com seus elogios e suas crítica e nos posicionar mais firmemente naquilo que é relevante para o consumidor e não nos deixar desistir. Obrigado e um grande abraço.

terça-feira, 12 de setembro de 2017

O Caso Santander e a Eminente Queda da Civilização

Será que estamos assistindo os últimos instantes da humanidade? E creio que sim, e você?
Há poucos dias, assistimos a um episódio que mexeu com os brasileiros, em todos os aspectos. Foi a exposição Queermuseu organizada pelo espaço Santander Cultural que fica no centro histórico de Porto Alegre, RS. Não vou entrar aqui nos méritos e desméritos da exposição, pois isso já foi amplamente discutido. Com relação ao material exposto existe lei para isso, basta aplicar. Então vamos lá.

O artigo 241 do Estatuto da Criança e do Adolescente classifica como crime a divulgação de material que contenha imagens de crianças em situações de contexto sexual, também diz que é crime expor crianças a imagens de sexo explícito (haviam crianças visitando a mostra acompanhada de professores) e por aí vai. Tais crimes são passiveis de detenção estipulada no referido artigo.

Já o artigo 208 do código penal afirma ser crime vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso. Perceba que os dois crimes foram praticados no local da exposição e isso por si só já bastaria para o cancelamento da mesma e prisão dos organizadores. Não é uma questão de intolerância, homofobia, ultra conservadorismo, etc. É uma questão de Lei.

Mas vamos em frente. A ensaísta, crítica de arte e crítica social americana, professora da University of the Arts em Philadelphia, Pennsylvania, desde 1984, acadêmica e Ph.D pela Universidade de Yale, Camille Anna Paglia que também é feminista, homossexual e ateia, baseada em estudos sérios afirma que esta explosão transgênero é uma característica histórica que precede o fim de grandes civilizações e após este fim, homens voltam a ser homens, mulheres voltam a ser mulheres para que uma nova civilização possa surgir. No final da postagem há um vídeo onde ela mesma afirma isso.

Um dos argumentos dos defensores dessas mudanças todas é que na antiguidade era comum as praticas que agora são consideradas abusivas. Então, a humanidade evoluiu e foi percebendo que estes atos eram cruéis, principalmente em se tratando de crianças, que no consenso são indefesas. Mas agora parece que temos um retrocesso destes valores que ergueram a civilização ocidental. Ora, se os valores que levantaram uma civilização são colocados de lado o caminho natural desta mesma civilização é cair.

Esta exposição que causou tanto espanto, na verdade é um pálido reflexo de algo muito maior que permeia a sociedade contemporânea, que é a falência dos valores éticos e morais que vem corroendo a existência humana. Não fosse pelo fato dela ser financiada com o meu e o seu dinheiro, ela passaria despercebida. O grande, e maior problema é justamente o fato de financiarmos aquilo que não aprovamos sem ao menos sermos consultados. Este sim é um problema bem mais sério. Faça o que você quiser com seu dinheiro, mas não me obrigue a fazer o que eu não quero, com o meu.

Sou contra financialmente público para o que quer que seja, inclusive para o que eu aprovo, pois não quero carregar a culpa de ter gasto o dinheiro de outras pessoas, contra a vontade deles, em algo que eu quero fazer. Afinal, foi para isto que foi inventado o financiamento coletivo.

A opinião de Camile



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sexta-feira, 28 de julho de 2017

Não sou pessimista, sou realista...

O Brasil caminha a passos largos em direção a uma falência ampla, total e irrestrita da máquina estatal, mas calma, isso talvez não seja tão ruim.
A crise do Estado Brasileiro não é recente, na verdade ela se inicia com a implementação da república, ainda de forma tímida, e vai se intensificando aos poucos com o passar dos anos, mas é depois do governo militar que ela ganha corpo para aportar neste caos que estamos vivendo. O movimento final se inicia em 1995 com Fernando Henrique, se consolida em 2003 com o Lula, descamba geral a partir de 2011 com a Dilma e agora agoniza com o Temer levando o país a mergulhar, neste últimos 22 anos, em um oceano de lama e esgoto. Não tenho dados concretos, mas creio que roubou-se a nação, nestes últimos vinte anos, mais do que em toda a história desde o "descobrimento". Não existem inocentes: PSDB, PT, PMDB e seus satélites transformaram o que restava de alguma ética e moral em um rolo compressor de corrupção e criminalidade que estão matando o Brasil e os brasileiros, numa escala onde não existe a menor possibilidade de reversão.

O Fato é que: o país está caminhando para uma falência do Estado nos próximos anos. Pode acontecer já em 2018 ou daqui uns dez anos, mas vai acontecer. Em alguns estados já está acontecendo e em outros os efeitos ainda não são tão perceptíveis. Mas os sinais estão aí: Educação doutrinadora e de péssima qualidade que tem preparado apenas militantes e não pensadores, sistema de saúde em frangalhos, segurança inexistente, criminalidade crescente, desemprego, desunião, falta de brasilidade e civismo, decadência moral, etc, etc, etc. Mas voltemos ao estado: A máquina estatal engordou e hoje alimenta um batalhão de sanguessugas que irão beber até a última gota antes que o monstro caia morto e depois de morto ainda tentarão ver o que dá para aproveitar para saciar sua fome insaciável. Para tentar prolongar a vida do moribundo cortes começarão a ser efetuados em todos os lados, menos, é claro, aonde deveriam acontecer.

Serviços, hoje fundamentais, deixarão de ser prestados, financiamentos serão cortados, calotes serão dados e mais impostos serão criados. Não haverá revolução pois já previam isto e desarmaram a população, não haverá intervenção militar pois as forças armadas estão sucateadas e desmotivadas, não haverá um salvador da pátria pois o país já está ingovernável. Talvez, diante deste quadro tão terrível, o leitor pense que não pode haver nada de bom nisto tudo, mas eu te afirmo que existe. 

Diante deste cenário horripilante podemos prever uma desestatização da Nação, ou seja: serviços que, hoje são prestados de forma precária pela União tendem a ser transferidos para a iniciativa privada. Por exemplo: na área da Educação já existe uma tendência de migrar para um sistema comunitário e também para o chamado Homeschool (educação em casa). Com o advento da internet e suas tecnologias podemos levar conhecimento e formação a distância. No campo da saúde podemos migrar para as clinicas populares onde o custo por atendimento individual é acessível e o empreendedor lucra pela demanda. Também é viável investir em segurança privada, geração de eletricidade por vias limpas e alternativas, transporte público por aplicativos, transferência de capital por meios eletrônicos, fora da rede bancária, que geram rapidez e menos encargos e muitas outras atividades que não caberiam neste artigo.

Não sabemos se temos dois anos ou dez, mas já entendemos que é possível criar um Brasil Paralelo, que funcione, em meio ao caos do Brasil oficial. É perfeitamente possível, mas para dar os resultados esperados temos um trabalho gigantesco pela frente que é a transformação ética e moral da mente do brasileiro. Eu não tenho dúvida de que estes existem muitos cidadão dispostos a isso e cabe a nós darmos os primeiros passos começando a mudança pela parte mais difícil que é mudar a nós mesmos. Mudar nossos hábitos corrompidos, nossos ânimos abalados e incendiar nossa força e nossa garra. Se conseguirmos dar este primeiro passo o resto é fácil.

quarta-feira, 29 de março de 2017

O Mundo Ocidental Se Esqueceu de Onde Veio!

Formado e fundamentado no cristianismo, o ocidente está enterrando sua história e colocando em risco sua sobrevivência!
Estou lendo "Uma Breve História do Cristianismo" de Geoffrey Blainey. Estou na metade do livro entrando na Reforma Protestante, mas desde já recomendo a leitura do livro. Evidentemente não se trata de um tratado sobre uma história tão rica como a da construção da religião cristã no mundo que certamente não caberiam em suas 328 páginas. Mas traz um panorama da evolução da Igreja, suas divisões e ramificações e alguns de seus personagens principais, ao longo das eras. O livro foi escrito em uma linguagem bastante acessível e é bastante útil, principalmente para quem está se iniciando no assunto. Blainey é um escritor, professor e historiador australiano que ficou famoso pelos livros: Uma Breve História do Mundo e Uma Breve História do Século XX. Mas vamos ao que interessa.

Se olharmos a história, devidamente documentada ao longo das épocas, percebemos que a civilização ocidental foi, toda ela, constituída pelo pensamento cristão. Foram as instituições religiosas que fomentaram a arte, a música, a pesquisa científica, o saber humano. Graças ao incansável trabalho de muitos cristãos, boa parte do conhecimento produzido pelo homem foi preservado em intermináveis bibliotecas com seus enormes volumes copiados a mão pelas mãos de padres dedicados. Foi a igreja que implementou hospitais, escolas e universidades. Dedicando-se a Teologia, artes, filosofia e medicina. Patrocinou músicos, pintores, escultores, desenvolveu a arquitetura e a engenharia. Foi graças ao cristianismo e principalmente a reforma protestante que a indústria gráfica pode se desenvolver.

Também foi a igreja que nos deu o sentido de serviço social e outros grandes avanços da humanidade, assim como foram muitos cristãos, reformados que ajudaram a conceber o conceito de laicidade para permitir que todos os pensamentos, mesmo contrários, pudessem ser ouvidos. Mas atualmente vemos a civilização ocidental se esforçando para banir a igreja e o cristianismo da face da terra. A criatura se rebelando contra o criador. Ora. Se a base da sociedade ocidental é o cristianismo, ao enfraquecer esta base cria-se um problema estrutural que torna instável todo o edifício, pois é a base que mantém a construção firme. Se comprometemos a base tudo o que está firmado neste alicerce pode cair. E o que estamos assistindo.

Exatamente isso! A decadência do ocidente. Estamos assistindo a norte lenta e gradual do mundo ocidental. Como um organismo sem imunidade, a cada dia novas doenças sociais vão surgindo e se alastrando pelo corpo criando uma inevitável falência dos órgãos que o mantém vivo. É triste mas é real e inevitável. E você? O que pensa a respeito deste assunto? De sua opinião, ela é importante!

Se tiver interesse no livro citado, segue o link:
http://www.saraiva.com.br/uma-breve-historia-do-cristianismo-4053181.html

domingo, 26 de março de 2017

Sem Memória, Não Há História

Quando destruímos um passado de glórias, talvez estejamos apontando para um futuro de incertezas.
Foto 1 - Antigo Templo
Esta semana fui surpreendido pela notícia da demolição do antigo templo sede da Igreja Evangélica Assembleia de Deus da cidade de Ponta Grossa, PR. Trata-se de um prédio simples de linhas sóbrias (foto 1) que ficava na Rua do Rosário, no centro, e que por muitos anos assistiu a conversões, batismos, curas, casamentos e toda sorte de acontecimentos da comunidade assembleiana residente na Princesa dos Campos Gerais do Paraná. A decisão de por abaixo o prédio, partiu da cúpula da igreja e dividiu opiniões. Os contrários lamentando não apenas a perda material, mas principalmente a sentimental visto que muitas pessoas nasceram, cresceram, casaram e apresentaram seus filhos ali. Também há os que lamentaram por ser uma edificação que faz parte da história da denominação e do município. Já os favoráveis se valem de citações de textos bíblicos e da soberana decisão da presidência da igreja e de que o novo Templo sede (foto 2) é maior , mais bonito, e mais moderno.

Foto 2 - Novo Templo
Que o novo edifício é maior e mais moderno não há dúvida, quanto a ser mais bonito depende do gosto de cada um. Muitos alegam que o antigo prédio tinha falhas estruturais que colocavam em risco a integridade física de seus ocupantes. Sabemos que hoje existem técnicas que podem ser utilizadas para recuperar falhas. Poderiam reconstruir um interior moderno e otimizado e manter a fachada original. Não sei o que será feito no lugar, mas o fato é que pouco a pouco a história vai sendo apagada deixando saudades, lembranças que aos poucos serão esquecidas. Parece ser uma característica da denominação, pois existem mais casos como este envolvendo antigas edificações da Assembleia de Deus, como é o caso da AD de Criciúma que não respeitou sequer a população que pediu o tombamento do antigo templo conhecido como Igreja do Relógio. Mas nem tudo está perdido.

Foto 3 - Igr. Luterana de Dois Irmãos
Este é o caso da Igreja Luterana de Dois Irmãos que teve seu primeiro templo, totalmente restaurado e preservado (foto 3) ou ainda a igreja Luterana de Brusque (foto 4) que mantém viva a sua memória no belíssimo templo devidamente preservado. E outras por aí a fora que tem esta consciência. Curiosamente, as igrejas históricas são mais preservacionistas que as pentecostais. Não sei se existe uma razão para isso mas me parece que o movimento pentecostal não dá muito valor aos seus templos. Tudo bem que é só tijolo, areia e pedra, mas por trás do aparato solido existe um legado histórico e comunitário que precisa e deve ser levado em consideração sempre que surgir este tipo de decisão ser tomada. Mas atrelado a este episódio posso perceber outras mensagens nas entrelinhas. E que mensagens são estas.

Foto 4 - Igr. Luterana de Brusque
De um lado vemos pessoas simples, lamentando o fota e saudosos dos tempos em que a comunidade era menor e mais unida, onde todos se conheciam pelos nomes e o calor humano aquecia a frieza do mundo exterior. Do outro vemos instituições a cada dia mais distantes de seus membros onde a preocupação é com a eficácia, a administração e a relação custo-benefício. Já não existe mais o líder que visita seus liderados. A vida em comunidade onde cada um atenta para a necessidade do outro vai sendo departamentalizada e os avisos são dados pelo telão e pelas redes sociais. Muitos doutores e senhores de si e poucos amigos e irmãos de fé.

Uma pena que seja assim. Já não verei mais o lugar onde me decidi por Cristo e onde desci as águas. Sinceramente, espero não voltar lá, outra vez, e não ter que passar e olhar para algo que não veria estar ali.

quarta-feira, 8 de março de 2017

Escravas da Liberdade

No dia internacional da mulher é bom lembrar que as mulheres são seres maravilhosos pelo simples fato de serem mulheres!

Eu conheço uma pessoa, que vou preservar a identidade, que quando engravidou, tomou uma decisão: largar o emprego e dedicar-se a criação de sua prole, mesmo sabendo que isso deixaria o casal numa situação financeira mais complicada. Foi uma escolha dela e acordada pelo seu esposo. Ao compartilhar sua alegria e sua escolha com suas companheiras de trabalho ele recebeu uma chuva de críticas dizendo que ela não podia fazer isso pois estaria diminuindo a força das mulheres, etc, etc, etc. Minha pergunta é a seguinte; que tipo de liberdade é esta que te impede de tomar uma decisão e que prega que você não pode fazer desta forma?

É evidente que a luta pelos direitos das mulheres é importante. Que muitas coisas foram conquistadas ao longo da história. É uma luta não apenas importante, mas também necessária para garantir às mulheres seus direitos de ir e vir, como qualquer cidadão. Deve haver a luta, principalmente em sistemas sociais onde as mulheres são tratadas como se fosse de uma classe inferior. O problema não é a luta em si. O problema é quando direitos se tornam deveres a ponto de suprimir outros direitos, como o de fazer uma escolha diferente.

Este é o grande problema do feminismo contemporâneo, ele assume uma visão utópica de um mundo perfeito que na realidade não existe, pois o ser humano, de um modo geral é mau. Tanto para o pensamento criacionista que ve os seres humanos como seres caídos como para o pensamento evolucionista que enxerga os seres humanos como animais mais evoluídos, mais ainda assim animais.

Que neste oito de março, cada um de nós possa rever os nossos conceitos e perceber que na humanidade existem traços que nos fazem iguais mas também existem aqueles que nos tornam diferentes. Precisamos entender que: neste mundo de homens e mulheres o mais importante não é sermos iguais, mas compreender as nossas diferenças respeitando-nos mutuamente para construirmos juntos uma sociedade melhor. Então, feliz DIA INTERNACIONAL DA MULHER.

Então, para não ficar nas minhas palavras deixo aqui um pequeno trecho de uma entrevista com Camille Paglia: feminista, lésbica e ateia. Vale a pena assistir.


segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Música de Protesto. Existe Ainda?

Nas favelas, no Senado
Sujeira pra todo lado
Ninguém respeita a Constituição
Mas todos acreditam no futuro da nação

Banda Aborto Elétrico
Nos anos 80, o Brasil se viu invadido pelo fenômeno do Punk Rock, de norte a sul do país. Longe das mentiras propagadas pela mídia oficial, com suas matérias absurdas que retratavam os punks como garotos que vomitavam em velhinhas, uma cena underground baseada na música, arte e cultura urbana vinha se desenvolvendo. Rapidamente, bandas pipocavam por todos os lados, trazendo na sua bagagem, letras como "Que País é Este" da brasiliense Aborto Elétrico (embrião do Legião Urbana). Na cena paulistana, meninos da periferia descobriam uma forma de ter a sua visão de mundo ouvida através das músicas e dos fanzines.

Havia uma preocupação, real, com a situação da época. Havia um grito no ar, de uma sociedade sufocada, mas ainda consciente: "Não dá mais pra aguentar, Essa vida ruim, Essa vida de pião, Você anda sem nenhum tostão, Eles pedem dinheiro emprestado, E tiram do pobre coitado, Essa EXPLORAÇÃO, Vai acabar com a população" (Vida Ruim - Ratos de Porão). Bandas como Cólera, Inocentes, Lixomania ecoavam as vozes sufocadas de um povo sofrido. É lógico que havia a zoeira e a diversão também, mas existia um desejo de mudança e uma esperança de que isso pudesse acontecer. "Às vezes tenho raiva, Às vezes sinto que a ilusão, Me faz recuar, Pois muita gente mente, Pois muita gente dá a mão, Só pra empurrar." (Medo - Cólera). Mesmo a cena Mainstream, mantida pela indústria da música encontrava espaço para uma crítica social consciente com nomes como: Legião Urbana, Titãs, Paralamas, Ultraje, Lobão, etc. "A gente não sabemos escolher presidente, A gente não sabemos tomar conta da gente, A gente não sabemos nem escovar os dente, Tem gringo pensando que nóis é indigente. Inútil! A gente somos inútil. Inútil! A gente somos inútil" (Inútil - Ultraje a Rigor)

Banda Cólera (ainda com o Redson)
Tudo levava a crer que algo iria acontece e aconteceu, mas não como se pensava. Ao contrário de uma virada no jogo, o sistema foi quem deu o troco, levando alguns "protestantes" para o seu lado, com contratos lucrativos, fama, mulheres e drogas. Muitos daqueles garotos cheios de ideias e ideais se conformaram, outros aderiram ao modo de vida do sistema, uns poucos continuaram a caminhada, e tudo foi sendo sufocado ao mesmo tempo em que o establishment tratava de criar uma "cultura" de massa baseada na banalidade primeiramente com musicalidade e letras idiotas e posteriormente até a musicalidade foi perdendo espaço chegando aos nossos dias.

Hoje, nosso país vive, mais uma vez, uma crise política e social sem precedentes e as palavras de protesto se restringem a postagens, muitas vezes, duvidosas nas redes sociais. O protesto através da arte deu lugar a apologia da marginalidade e da decadência moral. Vemos paulatinamente nascer uma geração de zumbis famintos por lixo.

Existe ainda, é claro, musica consciente, mas sem o alcance social que existia antes, e o que é pior: existe um pseudo música de protesto feita por gente comprometida por interesses de um grupo que só quer assumir o poder no lugar do anterior. No Maistream temos lixo pop e na periferia temos uma coisa que não dá nem para explicar o que é. Cabeças ocas, cheias de vento estocado, que só produzem flatulência cultural.

E você? Tem escutado músicas, atuais, que denunciam, que protestam, que alertam para toda esta decadência social que estamos vivendo. Se você conhece, então comente ai embaixo para ajudar a divulgar aqueles que ainda estão conscientes. Grande abraço!

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

A Indústria da Música Está em Crise. Que Ótimo!!!

Desde que o formato MP3 (conheça a história) chegou ao consumidor final, em 1995, a indústria da música vem reclamando da "pirataria" e dos prejuízos que a prática de compartilhar música tem gerado, e para nos convencer invoca até os "santos" dos Direitos Autorais, etc, etc, etc. Muitos artistas do mainstream também se engajam nas campanhas para conscientização. Mas a pergunta que não quer calar é: Quem perde dinheiro com a distribuição digital? Resposta: A indústria! E eu te afirmo que isto é muito bom!

Antes que você promova um ataque, contra minha pessoa, apelando para as milhares de pessoas que trabalham na indústria da música e sustentam suas famílias, permita-me compartilhar partes de uma entrevista com Steve Albini (Não conhece? Deveria!) onde ele explica como funciona a indústria da música. Se desejar ler todo o keynote ai vai o link. Mas vamos em frente.

"A indústria musical era essencialmente a indústria dos discos, em que discos e rádios eram os caminhos através dos quais as pessoas conheciam música e principalmente, a experimentavam." Perceba que a indústria da música foi formada em cima de um bem de consumo (o disco) e utilizava uma estratégia de marketing (o rádio) para impulsionar o consumidor a adquirir o produto. "Gravar era uma empreitada rara e cara, então não era comum. Até a tua demo requeria um investimento considerável." Os custos de produção e distribuição eram extremamente altos e o poder tecnológico e financeiro para isso estavam nas mãos da indústria e, consequentemente dos industriais. "Rádios eram muito influentes. Era o único lugar para ouvir música de qualquer artista e as gravadoras pagavam bastante pra influenciá-los." É aqui que a porca torce o rabo. Tudo o que chegava ao consumidor era exatamente o que a indústria decidia que deveria chegar e isto implicava em muito jabá (pratica de pagar para que determinadas músicas fossem executadas nas rádios e posteriormente na TV).

Perceba que até aqui, tudo que foi mencionado é: indústria, rádios, TV, custos, consumidor, produto e por aí vai! Em nenhum momento mencionamos os termos músicos e ouvintes. Pois é, pois é, pois é: Neste processo produtivo e lucrativo o músico é o que menos ganha e o ouvinte é o que banca tudo mas nenhum dos dois é consultado no processo. Mas calma lá, mesmo antes da internet, uma galera começou a perceber que isto poderia ser diferente. Meu Deus! Quem foram estes gênios? Pasmem! Foram os punks. Estes mesmos, com seus cabelos espetados, roupas rasgadas que mostram o dedo do meio para tudo e todos, foram eles que decidiram mandar a indústria para aquele lugar e por em prática o famoso Faça Você Mesmo (DIY). Foram eles que ensinaram ao mundo que era possível gravar por conta própria e distribuir fora do sistema e informar de forma alternativa através dos fanzines.

Mas até aí a indústria não estava sendo incomodada e até se valia da cena underground para buscar novos possíveis produtos através de seus olheiros. Mas uma revolução estava prestes a começar. É a revolução digital. O grande barato da revolução é que: tudo o que era pesado e caro foi transformado em um conjunto de zeros e uns formando bits e bytes que levaram o alto custo lá embaixo e com a internet e as suas possibilidades de compartilhamento, a comunicação entre músico e ouvinte passou a ser direta eliminando todo o monumental intermediário que havia antes. "Num piscar de olhos, a música passou de rara, cara, disponível só em mídias físicas e ambientes controlados, para ser ubíqua e de graça. Que evolução incrível!" E é incrível mesmo, pois quem ganhou com isso foi o público e os artistas. É lógico que a indústria não curtiu a ideia e iniciou uma campanha para criminalizar a distribuição gratuita mas creio que este é um caminho sem volta. Mas espere aí! Nós estamos falando de um cenário norte americano e norte europeu. Mas e no Brasil?

Não é diferente! A diferença talvez seja quantitativa no que diz respeito a cultura de consumo em nossas terras tupiniquins. Uma grande parte da população brazuca ainda está habituada a consumir o que a grande mídia espalha através das rádios e TVs. O mainstream, por aqui, ainda é muito forte, talvez pela nossa herança de dizer sim aos coronéis. Mas nem tudo está perdido. Existe um universo underground e independente bastante ativo na nossa amada colônia. Não é um grande público mas é o suficiente para manter o movimento e graças a globalização da informação, hoje, temos artistas com seus trabalhos atingindo públicos fora do Brasil.

Por isso que eu repito. Que bom que a indústria da música está em crise. Quem sabe, a partir dessa crise, os músicos, os artistas possam viver da sua arte sem vender a sua honra, e o público possa desfrutar da arte e pagar, sim, pelo que quer e gosta e não pelo que lhe é imposto e cheio de impostos.

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Nota: O Keynote de Steve Albini foi traduzido por Janaína Azevedo Lopes.

sábado, 31 de dezembro de 2016

Retrospectiva 2016

Fala galera! Chegamos ao final de mais um ano e confesso que 2016 foi um ano muito louco onde aconteceu de tudo. 



Política


Tivemos o impeachment de uma presidente, prisões, corrupção, mais prisões, delações, gente sendo solta tentativas de impedir as investigações e chegamos ao último dia do ano com uma certeza: Politicamente o Brasil está podre. Não há muito o que fazer nesta área. Creio que a melhor solução é dar um reboot, trocar todo mundo. Nem esquerda, nem direita.

Esportes


Tivemos as olimpíadas. Muitos esperavam um fracasso mas tenho que reconhecer que foi uma bela festa e deu aquela pontinha de orgulho de ser brasileiro. Ainda no meio esportivo passamos pela tragédia da chapecoense. Mas a vida continua.

Cinema


As gratas surpresas ficaram por conta do ótimo Deadpool, Rogue One, Cap América 3 (Guerra Civil) e Dr. Estranho e as decepções foram Batman Vs Superman, Esquadrão Suicida e Alice Através do Espelho. Mas cinema é mesmo assim.

Música


Não escutei nada este ano, exceto o excelente EP da banda curitibana Legacy Of Kain.

Personalidades


A lista é grande e muita gente boa, deixou este mundo: Entre os principais, para mim estão: o camaleônico David Bowie, o hilário Shaolin,  o dono da voz Caubi Peixoto, o cinematográfico Hector Babenco, o cirúrgico Ivo Pitangui, o pequeno Kenny Baker (mais conhecido como R2-D2), o fantástico Gene Wilder (eterno Wonka), o músico Greg Lake e a eterna princesa Carrie Fisher.

Conclusão


Não foi um ano fácil. Muita insegurança, intolerância, violência, escândalos, desemprego, perdas e aponta para um 2017 não muito diferente. Mas temos que ser otimistas e seguir em frente afinal somos brasileiros e não desistimos tão facilmente assim.

Feliz 2017...

sábado, 19 de março de 2016

Somos Todos Haters

Você já parou para pensar que, uma boa parte do que possuímos não serve para nada. Por exemplo: aqui em casa somos três pessoas e tem doze copos no armário. Inevitavelmente, os copos vão sendo utilizados até não ter mais nenhum no armário e nessa mesma pegada vão os pratos, canecas, talheres, panelas, etc.

Esta prática endêmica de acumular coisas se espalha em todos os aspectos da nossa vida. Roupas, calçados, celulares, bugigangas de todas as espécies e formatos, que nunca, ou quase nunca, são utilizados e tomam o lugar daquilo que realmente poderia ser relevante. Isto sem falar daquelas tralhas que ficam juntando pó nos sótãos, porões, quartinhos da bagunça e caixas de papelão.

Já comentei em outra postagem mas vou falar de novo. O ser humano tem apenas cinco necessidades básicas para viver, e todas começam com a letra A: Água, Ar, Alimento, Agasalho e Abrigo. O problema é que poluímos o ar, engarrafamos a água, modicamos o alimento, colocamos etiquetas no agasalho e entregamos nossos abrigos nas mãos das empreiteiras. Somados as essas necessidades, suficientes para viver e seguir em frente, temos mais duas que nos completam como seres humanos. É o Amor e Afeto. Mas mesmo essas conseguimos desvirtuar de sua vocação inicial. Erotizamos o amor reduzindo-o a categoria de mero e momentâneo prazer e virtualizamos os afetos em coleções de "amigos" nas redes sociais. Nisso também nos tornamos acumuladores.

Quantos amigos você tem no seu Facebook? Agora vamos rever este número. Destes tantos, quantos são realmente seus amigos? Não estou aqui pregando que devemos descartar pessoas, mas pense quantas destas pessoas são apenas um número em sua coleção de fotos de perfis. E quantas dessas fotos retratam a realidade, sem retoques, sem máscaras, sem Photoshop?

Precisamos, urgentemente, reavaliar nossos conceitos para não morrermos asfixiados por esta montanha de inutilidades e futilidades que nos fazem lutar desesperadamente pela última novidade, pelo like, pelo compartilhamento. Alcançamos uma sociedade onde tudo está interligado mas quase nada está relacionado. Estamos apagando, mais e mais, a cada dia, a única chama que precisa estar acesa em nossas vidas: o amor. Estamos todos nos tornando Haters.

sexta-feira, 18 de março de 2016

E Ainda Tem Quem Goste!

Em meio a incontáveis manifestações contra o atual governo brasileiro, em virtude do quadro que se descortina diante de nossos olhos, revelando tantas irregularidades que fica difícil nominar e contabilizar, encontramos também, manifestações a favor do governo, da presidente Dilma, do ex-presidente Lula e do Partido dos Trabalhadores, o PT. Aparentemente, não há nada de errado em se defender ideias e ideais e tomar partido de um determinado grupo por não concordar com as afirmações e métodos dos demais. A pluralidade pensamentos é algo salutar para o desenvolvimento de uma sociedade e, com certeza, um dos alicerces para construção de uma democracia solida e bem estruturada.

Mas o que me chamou a atenção foi um simples detalhe: um desses atos aconteceu na PUC-SP, onde juristas, artistas e intelectuais de esquerda fizeram um manifesto de repúdio a Operação Lava-Jato, por conta do vazamento das gravações de conversas do ex-presidente Lula, além das tradicionais críticas a elite branca. Mas vamos aos fatos: Juristas e Artistas também são uma elite. A PUC não é para classes desfavorecidas. Independente do vazamento os fatos indicam uma manobra para escapar da justiça. É impressionante como estes "intelectuais" ignoram os fatos e distorcem as informações para minar o pensamento das pessoas. Ou fazem isso por serem muito ingênuos ou porque são coniventes com a corrupção instalada no governo.

Não interessa se é o Lula, o Aécio ou seja lá quem for. Sendo culpado deve ser punido. Quer um exemplo: Eu torço pelo Fluminense (e me orgulho disso) mas se alguém roubar minha casa, ele não será menos ladrão se também for torcedor do meu Tricolor. Esta militância do PT age de maneira cega e indiferente as opiniões contrárias. Criam uma guerra de classes para promover a desordem e o caos dividindo a nação em grupos. Tratam os demais cidadão como se fossem de segunda classe, sem nenhum respeito e geralmente com um linguajar de baixo nível que só pode ser pela influência do seu líder maior. Se dizem de vanguarda mas querem voltar no tempo para implantar na Nação Brasileira um sistema falido e que não trás resultados duradouros. Tentam encobrir fatos para proteger seus comparsas mesmo que estes sejam culpados.

Não da mais. As pessoas de bem desse país tem que dar um basta nesta situação. Sei que a corrupção não foi inventada pelo PT mas através deste partido mafioso e quadrilheiro ela chegou num patamar além da lógica (se é que existe uma) e compreensão humana. Temo que uma revolução possa acontecer em nosso Brasil, mas entendo que se este for o único modo de fazer uma faxina moral em nossa pátria então que seja.

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quinta-feira, 17 de março de 2016

Liturgia Circense - Complemento #1

Recentemente, publiquei no meu canal no Youtube, um vídeo sobre o que vem acontecendo em nossas igrejas evangélicas, onde destaquei as aberrações e palhaçadas protagonizadas por "líderes" sem preparo e sem conhecimento bíblico, que servem apenas para entreter e emocionar os pagantes. Não estou falando apenas das grandes abominações (denominações), mas das pequenas e penso que estas são as piores.

Hoje, qualquer um que não concorde com seus líderes abre uma birosca gospel em uma esquina qualquer. Pessoas sem o menor preparo teológico e intelectual que já aprenderam de forma equivocada e vão acrescentando equívocos em cima de heresias e criando doutrinas absurdas e sem respaldo bíblico. Por conta disso, vemos e até rimos com as cenas grotescas encenadas nos espetáculos que ousam chamar de culto. Mas a minha preocupação é outra. Bem outra!

Quando eu me deparo com esta decadência religiosa que presenciamos na "igreja" brasileira, a primeira questão que me vem a mente é: e nós que julgamos conhecer o Evangelho de Jesus, o que estamos fazendo para reverter, ou pelo menos minimizar, os efeitos deste estado de coisas? Pior ainda! O que eu estou fazendo? Sinto que é urgente unir forças com crentes fiéis a Palavra, para difundi-la sem distorções ideológicas que visam apenas justificar heresias. Não podemos e não devemos ficar alheios a este evangelho ostentação tomado por lobos famintos. Precisamos agir. Seja escrevendo, ou indo as ruas. Buscando os prisioneiros. Não é uma empreitada fácil mas é necessária.

Um dos grandes entraves é que hoje temos uma dupla tarefa na evangelização. Pois se no passado nossos objetivos eram libertar os cativos das correntes do engano, hoje temos ainda que livrar os sedentos das fontes contaminadas. Não há mais tempo para brincadeiras. O quadro que se desenha, em todos os âmbitos da vida humana, aponta para um futuro difícil. Se estas pessoas continuarem se alimentando desta imitação barata de pão, que não sustenta o espírito, a maioria não irá suportar e declinará da fé. E aí? Vamos nessa?!

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Se você não assistiu o vídeo que deu origem a este artigo. Aproveite para fazer isto agora e deixe a sua opinião sobre o assunto. Segue  vídeo:




quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Self Me, Please!

Hoje eu me deparei com uma cena preocupante. Em uma postagem no Facebook, uma mãe publicou duas fotos de seu filho (uma criança pequena) sendo atendida no PS após uma queda que gerou um corte na cabeça. Uma foto detalhava o corte e outra a expressão de dor e medo do inocente sendo atendido.


Fiquei preocupado pensando a que ponto estamos chegando! Será que um instantâneo na internet é mais importante do que a presença consoladora de uma mãe? Quando eramos crianças, bem crianças, nossas mães nos abraçavam e assopravam o ferimento. Aquilo era mágico. Funcionava, pois ia de encontro as expectativas do nosso eu e nos dava a certeza de que estávamos protegidos. Sabíamos a quem recorrer e em quem confiar, um porto seguro onde ancorar nossas incertezas.

O que aconteceu? Viramos binários, que decidem tudo na base do zero ou um? Creio que sim! Uma geração em que as escolhas, navegam entre o "eu" ou "nada", numa espécie de manifestação prática do humanismo relativista que vem encharcando a nau dos desavisados.

Uma tribo global que não tem olhar para o outro e que está fixada em seus negros espelhos mágicos que com um toque transformam todos em capas de revista. Tudo o que importa é a quantidade de likes e views independente de quem será constrangido, humilhado ou prejudicado.

Esta espécie pensa que a solução para todas as coisas está na ponta dos dedos que apontam e desapontam os alvos da vez. O problema é que, nestes casos, o delete não deleta...