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quarta-feira, 15 de março de 2017

Uma vez Punk, Sempre Punk!

Sou mais punk hoje do que era no passado!
Quando eu mudei do Rio de Janeiro para Curitiba, em 1984, tudo o que eu sabia sobre Punk Rock era do álbum The Great Rock'n Roll Swindle, dos Sex Pistols, que um grande amigo, Ganso, havia me presenteado. Mas ao chegar na Capital Paranaense conheci, através de meu primo Edson de Vulcanis, os punks de CWB que frequentavam o Lino's Bar, uma espécie de CBGB da Cidade "Sorriso".

Aos poucos fui me enturmando com os caras e também aprendendo mais sobre o movimento, sua música e sua ideologia. Foi um grande impacto na minha cultura musical, pois até então, meu universo musical era do Hard Rock de bandas como: Led Zeppelin, Deep Purple, Uriah Heep e o complexo Rock Progressivo de virtuoses como: Emerson, Lake & Palmer, Triumvirat, Yes, Focus, PFM, etc. Escutar aquelas músicas minimalistas ao extremo, com suas mensagens diretas, sem frescurar e nem solos intermináveis me ensinou algo que até hoje carrego comigo: Conhecimento e técnica são importantes, mas vontade e convicção são mais importantes. Eu descobri que podia tocar.

Eu sempre quiz tocar, mas nunca fui um bom instrumentista, meu conhecimento na guitarra limitava-se a uns poucos acordes e nenhuma habilidade com escalas e solos. Havia feito uma música para um festival escolar que até ficou legalzinha mas nada mais que isso. Uma vez fui fazer um teste para uma banda, no Rio de Janeiro. Foi uma das experiências mais desesperadoras da minha vida! Os caras me trataram bem e foram super simpáticos mas eu fiquei decepcionado comigo mesmo por entender que eu não tocava nada. Troquei minha guitarra, na época, por um toca discos.

Mas ao ouvir álbuns como: SUB, O Começo do Fim do Mundo, Ataque Sonoro, entre outros, minha visão começou a mudar. Ai conheci o Gustavo, o Careca e o saudoso Edilson Del Grossi, eles queriam montar uma banda e precisavam de um guitarrista. Não pensei duas vezes: comprei uma passagem, fui ao Rio de Janeiro, adquiri um exemplar do jornal Balcão e achei uma guitarra a venda. Fiz a compra, voltei para Curitiba e falei com os caras que eu podia tocar guitarra na banda. Fizemos uns ensaios e montamos a banda Maus Elementos. Foi feito um registro em fita de rolo mas nunca achei esta gravação. A banda era muito ruim mas a nossa vontade de tocar era maior do que a nossa incapacidade.

Depois do fim dos Maus Elementos, montamos o Paz Armada que foi bem bacana e fazíamos um hardcore bem legal. Ainda toquei nas bandas O Corte e no Resistência Nacional, mas por questões financeiras acabei parando por um bom tempo. Mas o que restou desta época foi a certeza de que é possível fazer quando você realmente quer e tem uma razão para fazer. Também ficaram a eterna paixão por bandas como: Cólera, Lixomania, Olho Seco, GBH, Discharge, Dead Kennedys e muitas outras.

Atualmente sou cristão mas aprendi no cristianismo uma coisa muito bacana: Jesus não quer destruir culturas, mas iluminá-las. Continuo curtindo o bom e velho punk rock, continuo adepto do DIY (Do It Yourself), continuo gostando do Lo-Fi mas com uma cosmovisão cristã. Ainda ouço muitas bandas antigas e novas e muitas com conteúdo cristão. Sei que uma grande parte dos punks não aceita o cristianismo e muito menos cristãos tocando punk rock, mas também sei que este pré-conceito existe por duas razões: 1) O péssimo testemunho de vida de alguns "cristãos". 2) Por desconhecerem o Evangelho de Jesus Cristo.

O que fica é: Punk's Not Dead

Deixo aqui, dois álbuns para você curtir: Uma antiga gravação da banda Paz Armada e uma da minha banda atual... Curte aí...





sábado, 22 de outubro de 2016

Experimentar é preciso!

Experimento Holy Factor - Logo Oficial

Minha escola musical começa lá nos anos 70 com muito Pink Floyd, Deep Purple e Led Zeppelin. Depois foram vindo outras bandas como: Uriah Heep, Focus, Emerson Lake Palmer, Yes, Triumvirat, Supertramp, Mutantes, etc. Muita coisa mesmo complementada com rock nacional, MPB, chorinho e por ai vai. Nos anos oitenta veio a fase punk que me levou a tocar.

Montamos as bandas Maus Elementos (Punk Rock) e Paz Armada (Hardcore Oldschool), ainda passei pelo Resistência Nacional (Oi) e O Corte (Pós Punk).

No final dos anos noventa descobri a beleza que existe no Evangelho de Jesus. Através do cristianismo comecei a tocar em grupos de louvor até que em 2002 montamos o CHC (Punk Rock) e em 2010 o Safra Vintage (Hard Rock) em 2013 veio o Holy Factor (Punk Rock) que foi a realização de um sonho que resultou em um Álbum e um EP digitais e a participação em três coletâneas, sendo uma delas internacional, pela Thumper Punk Records da Califórnia.

Com o crescimento da cena Underground cristã e do Punk Cristão poderia continuar na mesma linha com a certeza de mais participações em coletâneas e, quem sabe, um álbum físico. No entanto, devido as muitas influências musicais veio a vontade de fazer um trabalho mais diversificado sem estar atrelado a um rótulo.

Por essa razão o Holy Factor agora se chama Experimento Holy Factor assumiu uma nova identidade visual e está preparando um novo material com novas canções e releitura de algumas antigas.

Confira nos vídeos abaixo um trecho do que estamos preparando...




terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Coletânea Cristo Suburbano Volume 2


Após um ano do lançamento da primeira coletânea da Cristo Suburbano Records, o início de 2016 foi brindado com a segunda edição da compilação idealizada por Eduardo Teixeira.

Com uma reunião de 42 bandas, o álbum abrange a nata do punk, hardcore e ska, de vertente cristã, produzido em solo nacional. É muita gente boa reunida. Nomes fortes como Living Fire, Archote, No More Zombies, Onix8, Novaprole, Small Fish, entre outros figuram ao lado de clássicos como Ressurreição, entre outros.

Minha banda, a Holy Factor, também foi incluída com a música Existe Solução. Um lançamento de peso para agradar a todos os gostos e anunciar o Evangelho a todos quantos queiram ouvir.

Esta joia preciosa está disponível no site do selo do Cristo Suburbano em: https://cristosuburbanorecords.bandcamp.com/album/cristo-suburbano-volume-2.

Se você não teve contato com o Volume 1, segue o link:

Boa audição.

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Coletânea - United We Skate Benefit Compilation

A Thumper Punk Records em parceria com a Sky Burn Black Records lançaram, no dia 17 de junho de 2015, a coletânea United We Skate Benefit Compilation. Trata-se de um trabalho, cuja renda será em benefício de dois ministérios que envolvem a prática do skate e o cristianismo. Um é o Roots of Hope Ministry em Jaco, na Costa Rica (dirigido por Aaron “Liberty” Wells da banda True Liberty) o outro é o Christian Skaters International em Paarl, África do Sul (dirigido por Dave Emmerson da banda The Old-Timers).

Ao todo são cinco volumes com 113 bandas de mais de 12 países com canções em inglês, portugues, alemão e espanhol que enviaram suas músicas para ajudar esta causa nobre. Os estilos também são os mais variados. A coleção foi dividida em cinco volumes da seguinte forma:
  • Volume 1 (Punk) com as bandas Christ’s Sake, Metanoia, Banda Grano, Peter118, Darak HC, CPR, Dsarme?, Over Mortal, Novaprole, Heart Like War, A Broken Line, No More Zombies, The Bruised, Mr. Mustache, The Bricks, Plank Eyed Saints, Santa Cruz (SxCx), Street Corner Gospel, Archote, Jesus-Worshiper, A Common Goal e False Idle.
  • Volume 2 (Punk) com as bandas The Old-timers, Living Fire, Blast From Oblivion, Grave Robber, True Liberty, Reforma Protestante, INFIRMITIES, No Punk Influences, Praiser, Transboard, Broken, Platoon 1107, The Hoax, Ambassadors of Shalom, Foolish Things, No Lost Cause, The Bedlam Saints, The WAY, The Lonely Revolts, Saint Hooligan, Holy Factor, The Inhumans, Madero, Refuge, Grace & Thieves e  Their Throats are Open Tombs!
  • Volume 3 (Hardcore) com as bandas Dangerous Minds, LIV., Rapture, Siervos, Stick Tight, Take Heart, Kings & Daughters, Nossa Fúria, No Complaints, Revivalist, Made Worthy, Judgement Day, Every Knee Shall Bow, Final Surrender, Poured Out, Bloodline Severed, O Wretched Man, Messflesh, Scream at the Sky, Partaker, Far From Sanity, Flawed By Design e Anschluss Amor.
  • Volume 4 (Metal) com as bandas Aceldama, Adorned in Ash, Azorrague, Black Leather, Broken Jail, Ceremonial Sacred, Demoniciduth, Dies Mortem, Hate Evil, Hawthorn, Intercession, Light to Dead, Mediadhor, Primitive Church, The Right Wing Conspiracy, Saul of Tarsus, Screaming Your Name, Soul Embraced, Soul Factor, Straight from the Grave, The Synics Awakening e Tenere.
  • Volume 5 (Metal) com as bandas Abated Mass of Flesh, Above the Storm, Armath Sargon, Ascendant, Be Not Betrayed, Blood Thirsty, Broken Flesh, Christageddon, Consuming Fire, Cryptic Rising, Elgibbor, Flukt, Hilastherion, Immortal Souls, Numbered with the Transgressors, Pantokrator, Parallax Withering, Skald in Veum, They Wither e Throne of Awful Splendor.

Bandas Brasileiras

É imensa a quantidade de bandas brasileiras na compilação mostrando a força da cena underground cristã nacional. Entre elas: Metanoia, Banda Grano, Darak HC, Dsarme?, Novaprole, No More Zombies, Mr. Mustache, Santa Cruz (SxCx), Archote, Living Fire, Reforma Protestante, Transboard, Holy Factor, Nossa Fúria, Azorrague e outras.

Especiais para mim

Duas bandas são especiais para mim. A primeira é a No More Zombies Rock do meu amigo Eduardo Teixeira, punk das antigas, companheiro de podcast, autor do documentário Cristo Suburbano, que fala sobre a cena punk cristã nacional, e responsavel pelo selo Cristo Suburbano Records que distribui material underground cristão autorizado. O Eduardo ainda mantém um vlog chamado Idéia Suburbana onde apresenta um pouco de teologia e o blog Cristo Suburbano onde você encontra entrevistas com bandas entre outras coisas legais.
A outra é a banda paranaense, da cidade de Ponta Grossa, Holy Factor que está no volume 2 da coletãnea. A música, Assassinos, foi gravada num momento bastante turbulento da banda em que o baterista anterior, Raphael, havia anunciado sua saída e a banda não tinha um novo batera definido, mas deu tudo certo, graças a Deus e para fechar com chave de ouro, saiu no mesmo volume do Grave Robber, da qual são fans. A Holy Factor é mantida pelo baixista, vocalista, blogueiro e podcaster, Luis Vulcanis, que além deste blog, mantém o Eu Escuto Podcast. Também atua como host no Podcast do Esconderijo Underground.

Para adquirir as mídias digitais entre na página da Thumper Punk Records, onde é possível comprar todos os volumes, com desconto, ou cada volume separadamente. Para as mídias físicas entre em: http://thumperpunkrecords.storenvy.com/. Vale a pena! Abaixo os players para escutar cada volume da coletânea. Na página da coletânea também é possível ouvir as músicas.

Nosso desejo é que Deus abençoe este trabalho e que as vendas sejam muitas pois é para uma causa justa em que acreditamos e estamos muito felizes em ter participado deste momento histórico.

segunda-feira, 23 de março de 2015

Home Studio #05 - Assassinos

Seguindo na saga de montar um Home Studio com quase nenhuma grana apresentamos mais uma produção totalmente feita em casa, com recursos mínimos. Desta vez é a música Assassinos da banda Holy Factor que é uma das músicas que fará parte do álbum da banda. Vamos a música:



Ficha Técnica

Artista - Holy Factor
Autoria - Luis Vulcanis
Músicos - Luis Vulcanis: vocal, baixo e bateria. David Vulcanis: guitarras.
Data de Gravação - Março de 2015.
Software de Gravação - Reaper e Hydrogen
Equipamentos: Microfone Shure 8700, Amp Moug 30w, Guitarra Phoenix Strato, Baixo Tagima B4, Pelaleira Zoom G1, Adaptador P10-P2, Notebook Sansung RV-411.

As Gravações

Devido ao fato de estarmos sem baterista na época da gravação optei pela utilização de um simulador de bateria. Gosto muito do Hydrogen que é um aplicativo Open Source, fácil de usar e bastante versátil. Ele simula inclusive dinâmica e falhas. Montei toda a linha da bateria. O próximo passo foi colocar o baixo. Gravei o baixo em linha ligado direto ao PC e utilizei apenas plugins de equalização e compressão. Depois coloquei um segundo baixo fazendo apenas as tônicas com um lowpass bem agressivo apenas para preencher espaços. Gravei também uma trilha com um vocal provisório para guiar o guitarrista.

Para a gravação das guitarras utilizamos um cubo de estudo para baixo da Moug com o microfone colocado bem próximo ao alto falante (foto).

Moug BS-30 + Shure 8700
Na gravação da guitarra utilizei um limitador já que o som estava estourando muito e jogamos uma equalização por cima.

Para a gravação da voz encontrei uma solução extremamente barata para evitar as reflexões das paredes e móveis, já que gravei em um quarto sem nenhum tratamento acústico. Coloquei o microfone dentro de uma caixa de papelão forrada com espuma de colchão (foto) e o resultado foi surpreendente.

Tecnologia de ponta na gravação de voz!
Na captação utilizei compressão e equalização e depois apliquei um reverb para ambiência. Gostei do resultado final. Depois de tudo gravado foi só mixar, acrescentar mais um efeito aqui ou ali. Fico imaginando o que vamos conseguir quando puder comprar uma interface de áudio profissional!

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

DIY Lo-Fi Is Not a Lie #1 - O Mixer

Desde que resolvemos gravar um álbum no melhor estilo Lo-Fi e ainda por cima por conta própria pelo método DIY (Faça Você Mesmo) temos feito alguns testes mas sempre falta alguma coisa. Mas finalmente vamos começar pois chegou o nosso mixer (foto).

Mixer Staner BUX-14
Trata-se de um mixer Staner BUX-14 com 12 canais sendo: dez canais mono e dois stereo. E o mais legal disso é que este mixer foi uma doação e veio de quebra um Digital Delay, um Equalizador Gráfico de 15 bandas stereo e dois microfones. Agora temos quatro mics. Vamos providenciar os cabos XLR balanceados para os mics. Se conseguirmos mais microfones melhor. A mesa será utilizada para gravar a bateria. A principio será um mic no bumbo, outro pegando caixa e chimbal e dois over, mas se conseguirmos mais microfones conseguiremos fazer uma distribuição mais adequada. Será um trabalhão pois a bateria irá em L/R para o aplicativo de gravação.

Estive lendo sobre esta mesa e sei que ela tem bons pré-amplificadores e isto me animou bastante. Espero conseguir um resultado legal com ela.

Infelizmente, um dos microfones está com problemas, então fizemos um teste com um over apenas. Confesso que fiquei surpreso ainda faltam aluns ajustes mas já deu pra perceber que o caminho é este. Segue o teste de bateria:


É isso ai. Estamos chegando na sonoridade que estamos procurando. mais uns ajustes para obter o resultado que estamos procurando.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Por que gravar um álbum DIY?

Você sabe o que é DIY? Trata-se do da abreviação de Do It Yourself, algo como: Faça Você Mesmo. A prática embora seja algo que sempre existiu, ganhou força com a cena punk inglesa no fim dos nos 70 e início dos 80. Basicamente o DIY acontece quando o indivíduo realiza algo fora dos padrões "convencionais" ou a margem dos meios "oficiais". É bastante utilizado na produção cultural mas vem ganhando força em outras áreas: tecnologia, construção, etc. A iniciativa do Linux é um ótimo exemplo disso. Mas vamos nos ater a produção cultural.


Quando resolvemos gravar nosso primeiro álbum, após muita conversa optamos pelo método DIY, ou seja, nós mesmos vamos executar todo o processo de gravação, mixagem e masterização das faixas do álbum bem como a produção dos CDs, capas, etc. Porque optamos por isso? Porque é honesto e legal. Poder ver este álbum acontecer, cada passo, cada erro, cada acerto é como criar um filho. Não temos ideia do resultado final, mas temos a certeza de que será honesto e terá o nosso DNA impregnado em todo o processo de produção. Tivemos até uma proposta, muito boa, de pessoas altamente capacitadas tanto tecnicamente quanto musicalmente e podem até dizer que somos loucos o que é verdade. Mas recusamos, não porque somos melhores, não é isso! Mas porque queremos realizar algo que seja nosso de verdade.

Desvantagens

Creio que a maior desvantagem em gravar um álbum sem a produção de alguém que já está no ramo é que você terá que aprender aquilo que ele já sabe. Este aprendizado implica em mais tempo para atingir os resultados desejados. Outro fator são os equipamentos pois com seus próprios recursos você não terá a sua disposição tantos modelos de mics, amps, etc. Mas quem disse que isso é problema, veja um exemplo do produtor Paulo Anhaia em seu projeto Mix In The Box. Mas existem as vantagens.

Vantagens

Por outro lado eu vejo muitas vantagens em se optar pela produção própria. Então vamos a elas:

  • Aprendizado - O conhecimento que podemos adquirir com uma empreitada destas não tem preço, pense quantos cursos seriam necessários.
  • Controle - Se a sua curva de aprendizado for boa, seu controle sobre o resultado final será melhor, pois por mais que um produtor seja bom só você sabe o som que está na sua cabeça.
  • Satisfação - É algo que também não tem preço. O prazer de apresentar algo que você mesmo fez é muito massa. Recentemente soube de um grupo que lançou um CD mas grande parte do instrumental foi gravado por músicos de estúdio. Ficou tufo perfeito, lindo e maravilhoso mas não são os caras que estão tocando! Que graça existe nisso?
  • É totalmente Punk - Essa coisa de meter a mão na massa e sair do establishment é totalmente punk rock.
Então, essas são as razões pelas quais resolvemos gravar por nossa própria conta e risco. E pode ter certeza. Vai ficar bom!

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Porque Resolvemos Gravar um Álbum

Não sei se vocês sabem, mas eu faço parte de uma banda. Chama-se Holy Factor. Fazemos um estilo Punk Rock Old School com temática cristã. Apesar do projeto ser antigo a banda é bem nova. Começamos a ensaiar em agosto de 2013 e nossa estréia foi em 17 de novembro daquele ano. Na metade deste ano (2014), nosso guitarrista Rafael Tonetti sofreu um acidente que o deixou impossibilitado de tocar  por algum tempo. Por conta disso, nosso então baterista David Vulcanis (Meu filho) assumiu a guitarra o baterista Raphael Wilbert (outro Raphael) assumiu as baquetas da banda. Estamos com esta formação: Luis Vulcanis - baixo e voz, David Vulcanis - guitarra e Raphael Wilbert - bateria, aguardando o retorno do Rafael Tonetti.

Banda Holy Factor
Com essa formação a banda ganhou um feeling totalmente novo que nos levou a tomar uma decisão: vamos gravar um álbum. Mas nós somos pessoas comuns com famílias e nossa condição financeira não lá estas coisas. Então como fazer? Foi aí que surgiu a ideia de arrecadar o dinheiro, junto aos nossos amigos e incentivadores, uma prática comum, atualmente, conhecida como crowdfunding. Nesta prática cada valor doado corresponde a um tipo de recompensa para o patrocinador ou financiador. Fizemos um vídeo explicativo que você pode conferir abaixo: O Vídeo foi retirado do ar pela própria banda.
-{}-
Você pode fazer sua contribuição diretamente no site através do  link a seguir: holyfactor.com/patrocinio.php. Se preferir contribuir diretamente pode entrar em contato pelo nosso canal no Facebook em facebook.com/holyfactor ou pelo twitter em twitter.com/holyfactor

Estamos na fase de escolhas das músicas design das capas pois o álbum tera mais de uma capa desenhadas por artistas diferentes, definição do material para capa e encarte, tudo para te oferecer um trabalho diferenciado e de ótima qualidade.

Enquanto o álbum não sai você pode curtir um trecho da apresentação da banda, durante o último Rock com Pastel realizado em 15 de novembro deste ano.
Este vídeo foi retirado a pedido do antigo baterista da Holy Factor.
Contamos com você para que este material saia logo e fique o registro da nossa passagem nesta terra. Grande abraço!

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Home Studio #04 - Pai Eu Estou Aqui

    Prosseguindo na minha saga do Home Studio, enquanto não consigo levantar uns trocados para comprar minha interface de audio vou gravando umas coisinhas no PC usando oa placa de audio do próprio PC.
    Desta vez foi a música Pai Eu Estou Aqui, de minha autoria. Como estavamos com as coisas meio bagunçadas aqui em casa, devido a uma mudança, acabei editando a bateria no Hydrogen, ficou legal. Aprendi umas manhas no Hydrogen para que a bateria não fique artificial. Depois meu amigo Amilton Junior me ensinopu outras, mas já estava pronto.
    O Baixo foi gravado em linha em duas pistas, uma limpa e outra com drive. Gravei também uma guitarra base, bem distorcida no fundo, em linha, para acrescentar um peso.
    A guitarra principal foi gravada pelo Rafael Tonetti usando um cubinho de baixo Moug e microgone quase na borda do auto-falante.
    A voz foi um calvário, não ficou como eu queria, mas consegui eliminar ruidos usando um noise gate na entrada. Acho que devia ter feito um vocal mais pesado, com mais drive (natural).
    Mas o resultado final ficou razoável, mas posso melhorar. Estou aprendendo muito, principalmente a suprir a falta de tecnologia. Ah! Gravei tudo no Reaper com plugins gratuítos. O resultado você confere a seguir:

    

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Home Studio #03 - Se Jesus Voltasse Agora

Continuando minha saga de gravar músicas sem recursos resolvi gravar mais uma. A brincadeira começou no dia 25 de agosto e terminou no dia 1 de setembro de 2013. Desta vez resolvi fazer um macking of explicando como foi feita a gravação e quais equipamentos e instrumentos foram utilizados. Encontrei um material muito bom sobre equalização no canal do Roberto Torao
O resultado você confere logo abaixo...


terça-feira, 20 de agosto de 2013

Home Studio #02 - Compreensão.

Tem um bom tempo que quero montar um home studio para registrar minhas músicas mas a grana tá sempre curta e até agora não deu para comprar uma interface de áudio e um mic decente. Mas eu, além de cristão (tenho fé) sou punk (não estou nem aí para os obstáculos) e resolvi gravar com o que tenho mesmo.
Como eu sou um compartilhador, por excelência, vamos a receita do bolo.

Equipamento:

  • Um PC samsung RV411 com a placa de som nativa.
  • Aplicativo: REAPER e alguns plugins para tratamento de áudio.
  • Microfone: Shure 8700
  • Bateria: Uma BNB (coitadinha, tá tão acabadinha) Ataque Octagon e Rider Harpy
  • Guitarra: Uma Phoenix Strato sem mudanças.
  • Baixo: Tagima B4 (Direto na Placa).
  • Amp Guitarra: Warm Musica 30w usei a distorção do Amp 

Gravação:

Começamos com a bateria. Para captar o som posicionei o microfone de acordo com as instruções do Felipe Lisciel. Confira na foto abaixo:

Depois de captar a bateria, gravei o baixo em linha (minha caixa está queimada) e depois a guitarra. A guitarra gravamos com a distorção do amp e o microfone a uns 10 cm da tela do alto falante bem no meio. Por último gravamos a vós e o backing (as crianças ajudaram).

Tratamento

Na hora da mixagem não mexi muita coisa não. Só plugins de tratamento: Noise Gate, Compressor e Equalizador (Boot EQ MK II - foto). Na voz principal foi adicionado um reverb e no coro um delay.
É óbvio que com um mic decente (Shure 57) e uma interface boa o resultado seria muito superior. Mas levando em consideração as limitações técnicas e materiais creio que ficou bom.
Como diz o Paulo Anhaia, o mais importante é quem faz e não com o que faz. O resultado está logo abaixo. 



Resultado



Errata: No final do vídeo a data da gravação está errada. Na verdade a gravação foi realizada em 18 de agosto de 2013.
Espero que curtam...