quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Sem origem não existe destino

Se formos fruto de um absoluto nada, estamos destinados a nada ser
Tenho observado, nas redes sociais, uma incapacidade para o diálogo, em grande parte das pessoas. Qualquer assunto, por mais simples que seja, gera uma enxurrada de xingamentos, acusações mútuas e ódio destilado. Todos queremos ter mais razão do que o outro e dificilmente paramos para ler e meditar nos argumentos contrários. Minha pergunta é: Afinal, o que está acontecendo? Bom, não sei se a minha opinião tem alguma relevância para você, mas se você está lendo este artigo é porque deve ter uma, por menor que seja. Acredito que estas manifestações quase bélicas se devem a um afastamento cada vez maior do ser humano em relação a Deus.

Um dos aspectos fundamentais do nosso relacionamento com Deus é a compreensão plena de que Ele é o Criador e Mantenedor de toda a vida. Quando se tem a consciência de que: somos seres criados e que o próprio Deus é quem garante que continuemos vivos, compreendemos que Ele, e somente Ele, é o nosso tudo e sem a Sua presença não somos absolutamente nada e consequentemente nada podemos. É justamente aí que começam os problemas. Pensamos que sabemos o que é bom para nós. Acreditamos que temos a capacidade de solucionar nossos problemas sem a ajuda de ninguém. Cremos que somos autossuficientes quando na verdade estamos longe de o sermos. Por conta disso, agimos como crianças rebeldes que se julgam melhores que os pais e não desejamos sequer ouvir seus conselhos.

Concordo que conselhos de outros humanos, falhos como nós, podem nem sempre ser úteis, mas em geral, mesmo vindo de pessoas cheias de falhas e erros, os conselhos dos pais sãos, normalmente, fundamentados em experiências pessoais. O problema é que criamos, uma aversão ao passado. Claro que olhar para frente é importante, mas quando não se conhece a origem, o destino se torna incerto. É interessante como a cultura judaica dá uma grande importância as genealogias. Esta tabulação das gerações anteriores estabelece uma linha do tempo solida que permite uma melhor compreensão da nossa própria existência. Se formos fundo até a origem de tudo fica fácil estabelecer o destino final de todos.

Se na nossa volta a origem primordial não houver nada, então nosso destino final será um imenso e incompreensível nada, uma eterna inexistência, um absoluto vazio de tudo, sem história e sem memória. Neste cenário triste, não importa como tenha sido sua vida nesta terra, pois tanto faz ter sido o maior e melhor ou o menor e pior, bom ou mau, não haverá recordação, não haverá uma história a ser contada, não haverá, sequer, uma razão plausível para a nossa existência. Ficamos reduzidos a uma espécie sem sentido. Se este fosse o nosso destino não haveria a necessidade de consciência.

Ter uma consciência nos diferencia de tudo, pois nos leva a buscar um sentido, uma razão, um propósito para nossas vidas. Esta capacidade única nos leva a perguntar de onde viemos e para onde vamos. Trata-se de uma pergunta fundamental, pois o destino está diretamente ligado a origem. Somente uma origem tangível, real e consciente nos levará a um destino igualmente tangível, real e consciente. Nesta linha de raciocínio, somente uma origem em um Deus supremo, sábio e poderoso nos garantirá a esperança de um destino válido. Quando olhamos as coisas por este prisma, ser consciente, acumular conhecimento, filosofar sobre a vida, buscar uma origem e tentar compreender o que somos passa a ter sentido.

Somente em Deus pode haver uma razão para estarmos aqui e sermos quem somos. Nossa capacidade de amar, de olhar para o outro, de criar, de sonhar com um futuro melhor, está intimamente ligada a nossa origem. Fomos criados por Deus, para aprendermos com Ele, crescermos e voltarmos a Ele conscientes do nosso papel neste plano tão sublime. Quanto mais o buscamos mais o compreendemos. Esta compreensão vai moldando o nosso caráter e nos capacita para amar o próximo a medida que aprendemos a amar um Deus que é o próprio amor. Pense nisso!

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Underground Cristão #004 - Legacy Of Kain - I.N.V.E.R.S.O

Um álbum que consegue te prender da primeira até a última música
O Legacy Of Kain foi uma banda que me impressionou desde a primeira audição com o EP Greta lançado em 2016 com três músicas de tremer a terra. Agora eles estão de volta com o álbum I.N.V.E.R.S.O, um petardo de peso e conteúdo forte de suas doze faixas impecavelmente bem gravadas. Só para refrescar sua memória, a banda é um projeto dos guitarristas Angelo Torquetto e Karim Serri. Dois garotos com pouco mais de vinte anos de estrada em bandas como: Crosskill, Devil Tourturer, Desertor, Messianic Cry, Seven Angels e Doomsday Hymn. Além dos guitarristas, o grupo é completado por Markos Franzmann (voz), Leandro Paiva (baixo) e Tiago Rodrigues (bateria).

Com uma ótima capa  do artista plástico Carlos Fides do ArtSide Studio e produção, mixagem e masterização feita pelo guitarrista Karim Serri no Silent Music Studio o disco trás uma sonoridade que soa moderna, possui identidade própria e um peso impressionante. Outro detalhe: é uma das poucas bandas do gênero onde, apesar do vocal bem agressivo, é possível entender perfeitamente o conteúdo das letras.

Metal de primeira grandeza, com arranjos arrasadores. Vale a pena a audição de cada faixa. Já ouvi um par de vezes e está difícil escolher uma preferida, pois cada nova canção te captura e te deixa meio embriagado. Excelente. E olha que eu nem sou um fã do gênero.

A banda disponibilizou o download do álbum em: http://bit.ly/2gHQUKW. Você também pode visitar o canal da banda no Youtube em: https://www.youtube.com/legacyofkainbrazil

domingo, 5 de novembro de 2017

Um mundo com Deus é sempre melhor! Até para os ateus!

Nas leis estabelecidas por Deus existe um senso de liberdade e respeito que privilegia até os que não creem!
Qualquer pessoa, com o mínimo de inteligência, percebe que existe uma ordem natural das coisas, um princípio que norteia a existência do ser humano e que nos dá a exata noção de certo e errado, bom ou ruim, bem e mal e tantas outras comparações que eu poderia citar. Para alguns, estes princípios são naturais, para outros, como eu, eles foram impressos em nós para que pudéssemos viver, neste mundinho complicado, de uma maneira mais amena e mais produtiva. Como cristão, não tenho a menor dúvida que que foi Deus quem estabeleceu estes códigos de conduta, que, caso fossem seguidos, garantiriam ao homo sapiens, uma convivência digna e pacífica, com seus pares e com a natureza em seu entorno.

Quando examinamos as Sagradas Escrituras, fica claro e evidente que, o projeto de Deus para nós, aponta para uma organização libertária. As regras são simples, objetivas e contemplam o conjunto das liberdades naturais inerentes ao ser humano. É na compilação recebida por Moisés, no monte Sinai, na forma de mandamentos, também conhecida como Decálogo, que encontramos o cerne destas liberdades e direitos naturalmente estabelecidos pelo Criador. Não vou citar em ordem mas apenas tecer alguns comentários para que você compreenda melhor estes princípios.

Quando Deus nos orienta a não matar outros seres humanos, fica evidente o direito de viver. A existência humana possui um ciclo de nascer, viver e morrer onde nascer é o ato inicial e morrer o ato final, entre estes dois eventos situa-se a existência do ser social que não pode ser interrompida através de uma ação externa pois isso violaria um ciclo natural pré estabelecido. Assim como interferir neste evento fere um principio natural, impedir que ele aconteça também se constitui um crime, no caso do aborto, pois impede uma ocorrência que é fruto de uma associação humana pré consentida.

Da mesma forma, quando a Palavra de Deus nos diz para não roubar, vemos aí mais um direito natural, que é o de propriedade. Uma propriedade se estabelece quando você coloca parte do seu trabalho sobre um recurso escasso fazendo com que este recurso, legitimamente, por ação do seu trabalho, passe a ter parte de você e, portanto, torne-se sua propriedade, fazendo dela um bem inviolável. Por isso Deus deixa claro que a propriedade de alguém, pertence a este alguém e não pode ser tomada a força.

Da mesma forma, quando Deus diz para não desejar a mulher de outra pessoa vemos aí mais um princípio, que é o da livre associação e que também não pode e não deve ser violado. No caso específico do casamento, esta é uma associação feita de comum acordo, com vistas a constituição de um núcleo familiar que objetiva a proteção do núcleo e a perpetuação da espécie humana. Também já vemos aí a ideia da união monogâmica entre homem e mulher.

Honrar pai e mãe também é um mandamento que diz respeito a questão da família e mais uma vez reforça a ideia de que esta é iniciada na união estável de um homem e uma mulher e, consequentemente, sua prole. A necessidade de honrar ao núcleo primeiro (pai e mãe) é óbvia, pois sem aquela união os filhos não existiriam, logo, eles devem a sua existência àquele casal.

No caso do falso testemunho, temos ai, novamente, o princípio da não agressão, também no campo das idéias, pois um testemunho mentiroso pode causar danos, muitas vezes irreversíveis, a outro indivíduo.

O decálogo também fala da questão do trabalho como a forma de obtenção de propriedade e de manutenção do próprio ser e da família que este constituiu e ainda toca na necessidade do descanso e do lazer e do culto a Deus para refletir a sua existência.

Mas o mais importante é o primeiro preceito. Amar a Deus acima de tudo. Esta é a base, pois somente um conjunto de regras éticas e morais que procedam de um ser acima dos seres humanos pode abarcar todos os seres humanos, sendo ético e imune as falhas e erros típicos de tais seres. Uma dedicação total e irrestrita a esta entidade maior, leva o indivíduo a seguir a risca todos estes preceitos proporcionando aos demais seres uma sociedade justa. Portanto, para termos uma vida digna e feliz, neste mundo, necessitamos de uma coletânea de ordenanças que norteiem a nossa conduta em relação a nós mesmos e no relacionamento com os demais seres humanos e a melhor coleção de preceitos é o Decálogo. Grande abraço!