Se não me falha a memória, o ano éra 1975, um ano após o fiasco da seleção na Alemanha. Eu com meus 13 anos passei em frente a uma loja de aparelhos de som na avenida Nª Srª de Copacabana, no bairro homônimo, no Rio de Janeiro, quando fui atingido por um petardo que vinha das caixas de som de um belo e potente gradiente. Imediatamente fui embriagado pelo ritmo marcante e perturbador que vinha da loja. Entrei e perguntei ao vendedor que som era aquele e ele me mostrou uma capa cheia de rostos distorcidos. Anotei o nome da banda e o nome do disco. Fui a uma loja e gastei toda a minha mesada. Corri para casa para escutar a bolacha. Era o Machine Head da banda inglesa Deep Purple.
Machine Head - Capa |
O Álbum
Machine Head foi lançado oficialmente em 1972 e foi gravado em dezembro de 1971 em um hotem na Suiça (Montreaux) sem overdubs. Trata-se de um clássico não apenas da banda mas da própria história do rock. Todas as sete faixas foram compostas por todos os membros sa banda: Ritchie Blackmore, Ian Gillan, Roger Glover, Jon Lord e Ian Paice.
As Músicas
O Álbum abre com a fantástica Highway Star sua batida constante, baixo marcante, vocal rasgado e um solo arrasador de orgão Hammond. A letra fala sobra a paixão entre o homem e seu carro. O solo de Blackmore é simples e preciso e a linha de baixo e marcante, resumindo: um clássico que serviu de escola para muitas bandas. A segunda faixa é Maybe I'm a Leo, que já inicia com um riff marcante para contar a história de uma paixão perdida. É interessante a combinação da bateria em 4x4 e o riff em 2x4. O solo de guitarra é simples e perfeito seguido de uma seguência de acordes de um Rhodes. A Bateria de Ian Paice é precisa com intervençoes sempre no momento certo da música. A próxima música é Pictures Of Home que traça um quadro sobre a solidão. Mais uma vez o riff constante está presente. É a música onde cada um mostra seu talento. O virtuosismo de Jon Lord é evidente em toda a faixa. Há um solo de Glover mostrando seu talento nas quatro cordas. É quase um instrumental. Na sequência temos Never Bofore que mais uma vez volta ao tema do amor perdido. Apesar da letra fraca a música inicia com uma levada Soul passando a um rock'n roll dançante muito popular na década de 70 com mudanças ritmicas. O destaque vai para a guitarra de Blackmore que mostra claramente suas influências do negro blues. Chegamos a faixa número cinco. Smoke On The Water. Nem é preciso dizer que se trata de uma das melhores e mais populares cações do rock produzido nos anos setenta, o riff marcante, batidas, tudo perfeito. A letra fala de um cara muito preguiçoso e sem ambições mas está ali apenas para preencher um espaço. Jon Lord da um show que se completa com a guitarra blues de Blackmore. Finalmente chegamos a última faixa. Space Truckin é uma brincadeira divertida e que ao vivo chega a ter vinte minutos para que todos tenham tempo de sobra para mostrar seus talentos musicais.
Conclusão
Machine Head foi um disco que me levou a uma nova dimensão do que é rock. Inesquecível.