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quarta-feira, 4 de abril de 2018

Saia da caixa #001 - Introdução (alguns pontos que precisam estar bem claros)

Antes que as pedras aprendam a voar é melhor abrir o jogo pra que ninguém se sinta iludido
Bem vindo a primeira temporada da série Saia da Caixa. Minha pretensão é apresentar uma coleção de assuntos que propõe criarmos uma terceira via, uma outra opção além das que já estamos habituados e que na grande maioria das vezes não promovem nenhuma ou quase nenhuma solução viável para um viver mais livre e com mais resultados positivos.  Mas antes de entrar nestes temas, preciso que fique muito claro, para os leitores, o conjunto de valores que estão embutidos nesta coletânea de artigos. Pois bem: creio que a maioria dos meus leitores tem a consciência de que sou cristão e como tal, tenho uma cosmovisão cristã da vida. Minhas opiniões, ideias e ideais são, e provavelmente continuarão sendo, influenciadas pelos princípios que eu creio e procuro seguir. Evidentemente, isto não impede que, mesmo aqueles que não seguem esta regra de fé, não possam ser beneficiados pela leitura e também não estão, de forma alguma, impedidos de opinar, discordar e contribuir para que possamos crescer juntos. Apenas considero válido este tipo de elucidação para que ninguém seja pego de surpresa.

Vamos lá: nós que vivemos neste quinhão de terra, cercados por uma linha imaginária que delimita um território que alguém resolveu chamar de Brasil, temos assistido, principalmente nos últimos trinta anos, uma espécie de degradação social, cultural e política, responsável por ânimos acirrados e envolvidos numa espécie de loop existencial  que parece nunca chegar ao fim. Como vivemos naquilo que se chama, república democrática, estamos habituados a tentar, pelas tais vias democráticas, promover as mudanças necessárias, através do voto, nas já não tão confiáveis urnas eletrônicas. Acontece que ano após ano, aquilo que era para mudar e melhorar parece ter tido um efeito indesejável. Fomos e somos ensinados a depender do establishment para sanar nossas demandas da vida cotidiana, esperando do ineficiente aparato estatal uma solução que se mostra cada vez mais longe de se materializar. Por outro lado, parte da população ainda esperançosa, continua alimentando seu sonho de nação apostando suas fichas sempre na próxima eleição e uma outra parte já perdeu a esperança e parece estar anestesiada. Mas será que existe uma outra solução? Uma outra forma de contornar as dificuldades e seguir em frente?

É sobre isto que iremos discutir e aprender, juntos, nesta série de textos. É óbvio que eu não possuo uma solução mágica, mas tenho alguns conceitos, aprendidos ao longo do anos, que desejo compartilhar com você para uma análise, aplicação e melhoria. Por isso estou te convidando para acompanhar esta coleção de visões que batizei de: Saia da Caixa, com direito a hashtag e tudo! Então, #SaiaDaCaixa

quinta-feira, 29 de março de 2018

É melhor agir do que discutir

Debates que não produzem nada, nos tiram tempo, vigor e empenho intelectual daquilo que realmente é relevante.
No início do ano eu tomei a decisão de não entrar em debates com petistas, por uma razão simples: a maioria não aceita o debate e prefere o embate. Hoje, 29 de março de 2018, resolvi dar um passo além: Não discuto mais com esquerdistas em geral, bem como a galera da "direita" e nem entro em debates sobre eleição. A razão é muito simples. Prefiro utilizar meu tempo e meu cérebro com questões mais objetivas e que possam, de alguma forma, apontar para uma alternativa viável a todo este quadro caótico que tem se construído no Brasil dos últimos vinte anos.

No que diz respeito aos partidos políticos, sejam de esquerda ou não, considero uma enorme perda de tempo entrar em debates pois, nenhum deles está, de fato, interessado em uma mudança que promova crescimento econômico, social e intelectual para o todo. As únicas razões que movem estas organizações políticas, na direção de uma disputa, são: a paixão, o amor, o apego e a necessidade viciada pelo poder.

Já nos debates acerca de candidatos, o princípio é o mesmo utilizado para os partidos, uma vez que, mesmo que um determinado candidato possua um discurso mais liberal e até mesmo libertário, não podemos esquecer que ele tem um vínculo e um compromisso com o seu partido. Isto sem falar que quando analisamos o discurso eleitoreiro e comparamos com as práticas políticas a quase totalidade dos que pleiteiam o poder, entra em fortes contradições.

Outra decisão que tomei é a de não responder, em postagens sobre estes assuntos. É bem verdade que muitas vezes a vontade de teclar quase me consome, mas vou resistir, pois a maioria das pessoas, está tão obcecada por suas convicções que não consegue digerir um pensamento contrário e criar argumentos que sejam úteis. Na maior parte dos casos, a única atitude que os opositores conhecem é a do insulto que não promove nada de útil para ambos os lados.

No lugar disso, vou concentrar meus esforços no sentido de apresentar de forma lenta e gradual, alternativas a este cenário em que "vivemos". Farei isso ao longo dos próximos meses para que possamos, juntos, debater ideias que possam, de alguma maneira, promover uma libertação, cada vez maior, das organizações estatais que tem nos aprisionado e roubado ao longos dos anos.

Então fique atento, pois este blog será o principal canal para esta missão. E se você tem sugestões alternativas para promovermos uma ruptura como o sistema, não se acanhe. Traga suas ideias para debatermos em conjunto. Até a próxima postagem.

domingo, 4 de fevereiro de 2018

Sonhe Grande, Pois Sonhar Pequeno dá o Mesmo Trabalho

Está cansado de terminar todo ano da mesma maneira? Então está na hora de reverter este quadro!
Desde que o ser humano venceu a barreira da sobrevivência e passou a transmitir suas ideias e ideais para outros seres humanos, iniciou-se uma busca constante pela sonhada, cantada, exaltada e desejada felicidade. De acordo com o dicionário, felicidade é a qualidade ou estado de feliz; estado de uma consciência plenamente satisfeita; satisfação, contentamento, bem-estar. Mas afinal, o que significa ter uma consciência plenamente satisfeita? É justamente neste ponto que a questão começa a ganhar uma maior complexidade, pois percebemos que a tal felicidade é algo subjetivo que está intimamente ligado ao indivíduo, logo a percepção de felicidade é um sentimento individual que varia de pessoa para pessoa. Em outras palavras: o que me faz feliz não é necessariamente o mesmo que te leva a este mesmo estado de consciência.

Analisando deste ponto, percebemos que a busca pela felicidade individual pode, e com certeza irá, interferir nos outros indivíduos a nossa volta, uma vez que estamos conectados e dependemos uns dos outros para sobrevivermos. Isto nos leva a uma conclusão não muito feliz: não podemos atingir a felicidade plena neste plano da nossa existência. Temos que nos contentar em obter momentos de felicidade e substituímos a busca da felicidade pela busca do bem-estar e do conforto. Substituímos nossos anseios subjetivos por desejos objetivos e, no lugar de satisfazermos a alma e o espírito nos contentamos em atender aos desejos da carne para diminuir o sofrimento de uma vida infeliz. Mas porque somos infelizes?

Note que mesmo aqueles que levam uma vida abastada, cercada de mimos e confortos e abundância de bens, muitas vezes se mostram insatisfeitos, tristes e deprimidos. Isto acontece pelo fato de sermos seres feitos de corpo, alma e espírito. Se atendemos apenas as necessidade materiais que atingem o corpo, nossas almas e espíritos ficam enfraquecidos e ficamos doentes. Esta constatação nos ensina que devemos atender todos os aspectos do nosso ser para termos equilíbrio e bem estar. Resolver esta equação, requer esforço, concentração e raciocínio. Requer um planejamento de vida.

Tenho observado, ao longo dos meus mais de cinquenta anos, que grande parte das pessoas não vive o que gostaria de estar vivendo. Nascemos com aptidões, dons e talentos que se forem bem canalizados podem nos fornecer um pouco desta tão almejada felicidade na forma de concretização dos nossos sonhos. Isto tem haver com metas. Trata-se do famoso: o que você quer ser quando crescer? O problema é que: ou esquecemos de crescer ou esquecemos do que queríamos. Vivemos numa sociedade que dita regras e para nos adequarmos a elas matamos sonhos. Estes dias ouvi uma frase que me impactou, era assim: "sonhe grande, pois sonhar pequeno dá o mesmo trabalho".

Então galera! Que tal começar a transformar seu sonho em realidade? O primeiro passo, se você for alguém que crê em Deus e quer agradá-lo é perguntar a ele se ele aprova seu projeto. Se ele disser sim, vá em frente, coloque no papel seus sonhos, seus projetos pessoais e veja o que pode ser feito a curto, médio e longo prazo. Arquitete ações que levem a determinadas etapas do processo até que todo ele esteja resolvido. Um passo de cada vez mantendo um ritmo constante, suportável e agradável para não desistir no meio do caminho. Que tal mudarmos nosso futuro, este ano? Eu já comecei e você? Então, mãos a obra e boa sorte!

domingo, 31 de dezembro de 2017

Adeus ano velho...

Reflexão para um ano melhor...
Tecnicamente falando, é só mais um dia com 24 horas de duração, mas a transição de um ano para outro, na nossa humana maneira de contar o tempo, é sempre uma oportunidade de refletir sobre o que fizemos, o que deixamos de fazer, o que queríamos fazer e o que deveríamos ter feito. Um momento na frente do espelho para estabelecer novas metas, reavaliar planos, reestruturar projetos. É bem verdade que a maioria das pessoas parece ter uma forte dose de esquecimento daquilo que foi planificado para o ano que irá começar, provavelmente devido a ressaca herdada da festa. Mas o certo é que trata-se de um momento propício para uma meditação avaliativa do eu que insiste em sabotar nossos projetos.

Creio que muitas das projeções e listas de desejos que se desmantelam ao longo dos dias carecem de um ingrediente fundamental para o sucesso da receita. Chama-se sinceridade. Temos que ser sinceros com nós mesmos, pois somente uma auto-compreensão do ser que somos é que irá determinar o sucesso ou o fracasso do roteiro. A bíblia afirma que o diabo é o pai da mentira e isto é, certamente, uma grande verdade, e provavelmente, a mentira mais letal é aquela que tenta enganar o ser que está no espelho. Por isso a minha recomendação é: fique nu diante deste espelho e contemple quem realmente você é.

É óbvio que não estou me referindo somente a nudez física, mas também, a nudez da alma. Observe e analise, sem mascaras e nem montagens, o indivíduo a sua frente. Faça uma avaliação sincera sobre quem é este ser, como pensa, o que quer e deseja, num quadro geral e abrangente, como gostaria de estar vivendo, o que lhe trás alguma forma de satisfação, alegria e senso de realização. Estude atentamente o perfil psicológico, como pensa, no que crê de fato e compare com quem está tentando ser. É espantoso perceber que na grande maioria dos nossos fracassos a razão não está no que nos cerca mas em nós mesmos.

Quantos e quantos de nós, vivem uma vida amarga e cruel tentando ser o que não são, viver o que não suportam, fazer o que não traz sentido de realização? E o pior, quantos de nós não ficam, ano após ano, creditando nossas decepções às agruras do caminho. Adiando a verdade e esperando o dia em que poderemos dizer que estamos velhos demais para mudar. Ninguém é tão velho que não possa mudar! Afinal, o pulso ainda pulsa. 

Pra não encerrar este artigo de uma maneira tão melancólica, depois dessa autoanálise, estabeleça uma única meta para o ano que está começando: ser você mesmo. Levante, comece a andar, faça o que tem que ser feito, caminhe na verdade, ainda que esta venha a chocar muita gente. Deus te mandou pra este mundo com um propósito de vida e de realização. O plano Dele está bem aí, martelando em sua mente, dia após dia. Você está vivo, respirando e pensando? Então é porque ainda dá tempo. Vá em frente e faça valer, para o Criador, a criatura que você é. Feliz ano novo!

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Sem origem não existe destino

Se formos fruto de um absoluto nada, estamos destinados a nada ser
Tenho observado, nas redes sociais, uma incapacidade para o diálogo, em grande parte das pessoas. Qualquer assunto, por mais simples que seja, gera uma enxurrada de xingamentos, acusações mútuas e ódio destilado. Todos queremos ter mais razão do que o outro e dificilmente paramos para ler e meditar nos argumentos contrários. Minha pergunta é: Afinal, o que está acontecendo? Bom, não sei se a minha opinião tem alguma relevância para você, mas se você está lendo este artigo é porque deve ter uma, por menor que seja. Acredito que estas manifestações quase bélicas se devem a um afastamento cada vez maior do ser humano em relação a Deus.

Um dos aspectos fundamentais do nosso relacionamento com Deus é a compreensão plena de que Ele é o Criador e Mantenedor de toda a vida. Quando se tem a consciência de que: somos seres criados e que o próprio Deus é quem garante que continuemos vivos, compreendemos que Ele, e somente Ele, é o nosso tudo e sem a Sua presença não somos absolutamente nada e consequentemente nada podemos. É justamente aí que começam os problemas. Pensamos que sabemos o que é bom para nós. Acreditamos que temos a capacidade de solucionar nossos problemas sem a ajuda de ninguém. Cremos que somos autossuficientes quando na verdade estamos longe de o sermos. Por conta disso, agimos como crianças rebeldes que se julgam melhores que os pais e não desejamos sequer ouvir seus conselhos.

Concordo que conselhos de outros humanos, falhos como nós, podem nem sempre ser úteis, mas em geral, mesmo vindo de pessoas cheias de falhas e erros, os conselhos dos pais sãos, normalmente, fundamentados em experiências pessoais. O problema é que criamos, uma aversão ao passado. Claro que olhar para frente é importante, mas quando não se conhece a origem, o destino se torna incerto. É interessante como a cultura judaica dá uma grande importância as genealogias. Esta tabulação das gerações anteriores estabelece uma linha do tempo solida que permite uma melhor compreensão da nossa própria existência. Se formos fundo até a origem de tudo fica fácil estabelecer o destino final de todos.

Se na nossa volta a origem primordial não houver nada, então nosso destino final será um imenso e incompreensível nada, uma eterna inexistência, um absoluto vazio de tudo, sem história e sem memória. Neste cenário triste, não importa como tenha sido sua vida nesta terra, pois tanto faz ter sido o maior e melhor ou o menor e pior, bom ou mau, não haverá recordação, não haverá uma história a ser contada, não haverá, sequer, uma razão plausível para a nossa existência. Ficamos reduzidos a uma espécie sem sentido. Se este fosse o nosso destino não haveria a necessidade de consciência.

Ter uma consciência nos diferencia de tudo, pois nos leva a buscar um sentido, uma razão, um propósito para nossas vidas. Esta capacidade única nos leva a perguntar de onde viemos e para onde vamos. Trata-se de uma pergunta fundamental, pois o destino está diretamente ligado a origem. Somente uma origem tangível, real e consciente nos levará a um destino igualmente tangível, real e consciente. Nesta linha de raciocínio, somente uma origem em um Deus supremo, sábio e poderoso nos garantirá a esperança de um destino válido. Quando olhamos as coisas por este prisma, ser consciente, acumular conhecimento, filosofar sobre a vida, buscar uma origem e tentar compreender o que somos passa a ter sentido.

Somente em Deus pode haver uma razão para estarmos aqui e sermos quem somos. Nossa capacidade de amar, de olhar para o outro, de criar, de sonhar com um futuro melhor, está intimamente ligada a nossa origem. Fomos criados por Deus, para aprendermos com Ele, crescermos e voltarmos a Ele conscientes do nosso papel neste plano tão sublime. Quanto mais o buscamos mais o compreendemos. Esta compreensão vai moldando o nosso caráter e nos capacita para amar o próximo a medida que aprendemos a amar um Deus que é o próprio amor. Pense nisso!

domingo, 5 de novembro de 2017

Um mundo com Deus é sempre melhor! Até para os ateus!

Nas leis estabelecidas por Deus existe um senso de liberdade e respeito que privilegia até os que não creem!
Qualquer pessoa, com o mínimo de inteligência, percebe que existe uma ordem natural das coisas, um princípio que norteia a existência do ser humano e que nos dá a exata noção de certo e errado, bom ou ruim, bem e mal e tantas outras comparações que eu poderia citar. Para alguns, estes princípios são naturais, para outros, como eu, eles foram impressos em nós para que pudéssemos viver, neste mundinho complicado, de uma maneira mais amena e mais produtiva. Como cristão, não tenho a menor dúvida que que foi Deus quem estabeleceu estes códigos de conduta, que, caso fossem seguidos, garantiriam ao homo sapiens, uma convivência digna e pacífica, com seus pares e com a natureza em seu entorno.

Quando examinamos as Sagradas Escrituras, fica claro e evidente que, o projeto de Deus para nós, aponta para uma organização libertária. As regras são simples, objetivas e contemplam o conjunto das liberdades naturais inerentes ao ser humano. É na compilação recebida por Moisés, no monte Sinai, na forma de mandamentos, também conhecida como Decálogo, que encontramos o cerne destas liberdades e direitos naturalmente estabelecidos pelo Criador. Não vou citar em ordem mas apenas tecer alguns comentários para que você compreenda melhor estes princípios.

Quando Deus nos orienta a não matar outros seres humanos, fica evidente o direito de viver. A existência humana possui um ciclo de nascer, viver e morrer onde nascer é o ato inicial e morrer o ato final, entre estes dois eventos situa-se a existência do ser social que não pode ser interrompida através de uma ação externa pois isso violaria um ciclo natural pré estabelecido. Assim como interferir neste evento fere um principio natural, impedir que ele aconteça também se constitui um crime, no caso do aborto, pois impede uma ocorrência que é fruto de uma associação humana pré consentida.

Da mesma forma, quando a Palavra de Deus nos diz para não roubar, vemos aí mais um direito natural, que é o de propriedade. Uma propriedade se estabelece quando você coloca parte do seu trabalho sobre um recurso escasso fazendo com que este recurso, legitimamente, por ação do seu trabalho, passe a ter parte de você e, portanto, torne-se sua propriedade, fazendo dela um bem inviolável. Por isso Deus deixa claro que a propriedade de alguém, pertence a este alguém e não pode ser tomada a força.

Da mesma forma, quando Deus diz para não desejar a mulher de outra pessoa vemos aí mais um princípio, que é o da livre associação e que também não pode e não deve ser violado. No caso específico do casamento, esta é uma associação feita de comum acordo, com vistas a constituição de um núcleo familiar que objetiva a proteção do núcleo e a perpetuação da espécie humana. Também já vemos aí a ideia da união monogâmica entre homem e mulher.

Honrar pai e mãe também é um mandamento que diz respeito a questão da família e mais uma vez reforça a ideia de que esta é iniciada na união estável de um homem e uma mulher e, consequentemente, sua prole. A necessidade de honrar ao núcleo primeiro (pai e mãe) é óbvia, pois sem aquela união os filhos não existiriam, logo, eles devem a sua existência àquele casal.

No caso do falso testemunho, temos ai, novamente, o princípio da não agressão, também no campo das idéias, pois um testemunho mentiroso pode causar danos, muitas vezes irreversíveis, a outro indivíduo.

O decálogo também fala da questão do trabalho como a forma de obtenção de propriedade e de manutenção do próprio ser e da família que este constituiu e ainda toca na necessidade do descanso e do lazer e do culto a Deus para refletir a sua existência.

Mas o mais importante é o primeiro preceito. Amar a Deus acima de tudo. Esta é a base, pois somente um conjunto de regras éticas e morais que procedam de um ser acima dos seres humanos pode abarcar todos os seres humanos, sendo ético e imune as falhas e erros típicos de tais seres. Uma dedicação total e irrestrita a esta entidade maior, leva o indivíduo a seguir a risca todos estes preceitos proporcionando aos demais seres uma sociedade justa. Portanto, para termos uma vida digna e feliz, neste mundo, necessitamos de uma coletânea de ordenanças que norteiem a nossa conduta em relação a nós mesmos e no relacionamento com os demais seres humanos e a melhor coleção de preceitos é o Decálogo. Grande abraço!

terça-feira, 10 de outubro de 2017

Cuidado! Vidro Quebrado!

Será que estamos, todos, nos tornando animais selvagens e insensíveis?
Outro dia, desses, quebrou um pote de vidro aqui em casa. Imediatamente pegamos uma embalagem de leite longa vida para colocar os cacos dentro e depois selar com fita adesiva. Fazemos para que, no descarte, ninguém se corte ao recolher o lixo. Aprendi isto com a minha madrinha, a dona Niva, que já é falecida. Sempre que havia algum perfuro cortante para ir ao lixo, era tudo cuidadosamente embalado, reforçado com fita crepe e ainda havia um aviso escrito com aquele pinceis atômicos: "Vidro Quebrado". Era uma preocupação para que o lixeiro não se machucasse ao recolher o nosso lixo. Uma preocupação com a segurança e a integridade de alguém que não conhecíamos. Cuidar do próximo! O que houve com a gente?

Confesso que não sei explicar o porque de perdermos a empatia com as pessoas. Parece que vivemos um tempo onde não temos tempo para nos preocuparmos com os outros em nosso entorno. Nossos vizinhos ficam doentes e se curam sem receber uma única visita de nossa parte. Cruzamos todos os dias com os necessitados e passamos ao largo como se eles não existissem. Coisificamos seres humanos e os vemos como se fossem apenas parte da paisagem. Assistimos, diariamente, no jornal do almoço, histórias de injustiça, enquanto engolimos nossa comida ligeira pra não perder o horário do ponto. Conhecemos, apenas de vista, a mulher que apanha do marido, o cara que teve tudo roubado, a criança que foi violada, o mendigo que dorme na marquise da esquina e que agora se chama morador de rua, como se esta fosse a sua melhor opção.

Com a mesma rapidez que nos chocamos com as manchetes, esquecemos os personagens. Esquecemos a moça que serviu de alimento de cães, os pais surpreendidos pelo ódio da filha, e menina lançada pela janela num ataque de fúria assim como nos esqueceremos das crianças queimadas. Fomos treinados para consumir, descartar e desejar a próxima novidade. E como produtos baratos vamos vivendo nossa vidinha estúpida, até o próximo pagamento. Somos religiosos e não deixamos de dar a oferta, mas não ofertamos o nosso melhor para aqueles que nos rodeiam. Assistimos todas as séries mas não assistimos os necessitados. Sempre em busca da selfie, do like e de carinhas felizes, mesmo que sejam apenas bytes e bits.

Será que chegamos ao fim?

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Cristianismo & Punk Rock - Só Jesus salva o punk rock

Será que os novos cristãos é que tem a responsabilidade de manter vivo os antigos ideais do punk?
Quando o movimento punk surgiu, no final dos anos 70 e ganhou corpo no início dos anos 80, ele era um movimento anti-tudo. Contra o sistema, contra o governo, contra o estado, contra as religiões, contra tudo e contra todos. Basicamente um espectro do caos, inconformado com o status quo que reinava e ainda reina nas esferas mais "intelectualizadas" da intelligentsia. Este punk mais root, não estava nem aí para convenções e levantava o dedo para o politicamente correto, era malvisto, odiado, detestado mas seguia em frente gritando as verdades que ninguém queria ouvir, eram taxados de burros e ignorantes, que não sabiam tocar, que não entendiam de nada. O que aconteceu?

Hoje vemos os novos punks, defendendo as agendas do politicamente correto, partidários, punks de esquerda e até punks de direita, punks socialistas, comunistas, anarco-capitalistas, budistas, exotéricos, espíritas, umbandistas, ateus, agnósticos, empresários, empregadores, empreendedores, políticos, transgêneros, transtornados e transformados por um programa que os faz pensar que ainda estão na contra-mão do sistema mas, na realidade, uma grande parte serve a este mesmo sistema que é tão bem elaborado que cria seus próprios contrários, numa realidade onde até os rebeldes são fabricados em linhas de produção com componentes baratos.

Olhando este cenário triste e desesperançoso parece que não sobrou ninguém que se oponha ao stablishment da vida. Clama, ainda existe um grupo, pequeno, mas consciente, que é taxado de louco até pelos seus próprios pares. Ainda existe um grupo que não se conforma com as injustiças e entende que é preciso falar. Um grupo que não segue as regras impostas por um sistema maligno e dominador e sabe que precisa agir, ainda que esta ação coloque em risco a sua própria existência. Um grupo disposto ao enfrentamento, disposto a dizer não e que mantém acesa a chama da rebeldia contra esta nova ordem mundial, mesmo sabendo que é odiado, malvisto, detestado, considerado retrógrado e ignorante mas que segue em frente crendo que não se pode ficar calado, parado, estagnado. Um grupo que carrega a bandeira da verdadeira liberdade, uma liberdade que não é imposta por estatutos e constituições, uma liberdade que não se obtém pela ação de organizações de esquerda ou direita. Um grupo que entende o real significado do que é amor. São os punks que encontraram em Cristo o verdadeiro ideal do movimento, da luta e do desejo de mudar o mundo.

Sei que vou angariar inimigos mas isto é uma consequência natural de ser cristão e de ser punk. Sim, somos punks, vadios, párias numa sociedade que não cabe em nós, somos mal vistos porque não nos moldamos ao mundo, somos os excluídos, fazemos nossas músicas, escrevemos nossos textos, anunciamos a nossa fé, com ou sem recursos, não queremos suas drogas, suas teorias, suas filosofias, mas estamos ai, incomodando, afrontando seus conceitos porque cremos que existe uma verdade única e superior, cremos em uma moral sublime e que a liberdade plena pode ser alcançada mas que a única porta de entrada para ela é o Evangelho de Jesus Cristo.

SOMOS PUNKS, SOMOS CRENTES, estamos em todos os lugares e estamos avançando, não para dominar mas para iluminar à sua frente para que você enxergue o terreno perigoso por ande anda! Quer ficar do outro lado? Tudo bem, respeitamos suas decisões. Quer juntar-se a nós? Seja bem vindo, mas tenha consciência de que não será fácil, mas é possível, em nome de Jesus!

Cristianismo & Punk Rock








sexta-feira, 22 de setembro de 2017

O que está acontecendo com os casamentos?

Não! Casamentos não irão resolver nossos problemas mas são o melhor exercício de convivência que existe.
Por mais que tentem afirmar o contrário, e até existam as exceções, homens e mulheres são seres que carregam tantas diferenças entre si que as vezes chega-se a pensar que é impossível colocar um homem e uma mulher debaixo de um mesmo teto.  No entanto, quis a sabedoria divina que está união fosse vital para a continuidade da existência humana e para fundamentar a sociedade num aglomerado que se denomina família. Quando um homem e uma mulher se unem, eles tipificam uma espécie de Reino de Deus em escala reduzida. No entanto, como este Reino é uma imagem embaçada do Reino verdadeiro, ele carrega consigo, as imperfeições e conflitos da natureza humana, decaída, pecadora e afastada do seu criador.

Estamos assistindo uma derrocada da instituição que convencionou-se chamar de casamento. Relacionamentos desfeitos na mesma velocidade em que são executados. Um desinteresse geral pelo assunto e uma ideia coletiva de que se trata de algo ultrapassado e sem sentido. O que ocorre, na verdade, é que o individualismo dos seres humanos tem distanciado, cada vez mais, homens e mulheres, além de uma tentativa inútil de fazer parecer que tanto homens quanto mulheres são seres idênticos, quando na verdade isto não é verdadeiro. Para piorar as coisas, com as chamadas ideologias de gênero, tratam as exceções como se fossem regras desvirtuando conceitos milenares de família que são a base da nossa civilização.

Neste jogo sórdido de fragilização do estofo basilar da espécie humana, invertem a demanda de poder jogando instituições familiares sobre a tutela, responsabilidade e designação do Estado, que é um poder posterior e portanto não pode definir ou legislar sobre as bases anteriores que lhe deram origem. Como ser racional e prático, não consigo conceber que motivação tem levado as pessoas a ingressar num caminho que aponta para a auto destruição da raça humana. Entretanto, como homem de fé, posso afirmar, sem medo de cometer equívocos, que se trata de um plano maligno, engendrado pelas forças do inferno, no sentido de impulsionar a criatura humana para longe de seu Criador.

Precisamos, com a máxima urgência, reavaliar nossos posicionamento frente a está problemática e examinarmos, com a máxima cautela, as raízes destas realidade decadente para, ao menos, tentarmos reverter o quadro sintomático da instituição do casamento, que jaz na UTI da história. Se não agirmos, enquanto ainda resta um fio, ainda que tênue, de esperança, corremos o sério risco de nos tornarmos uma espécie extinta. Pois se acabarmos com a família, teremos acabado com a espinha dorsal da humanidade que não poderá mais se manter de pé e certamente tombará.

Creio, ainda, que esta falsa busca por uma felicidade embasada em satisfações pessoais e materiais também é um dos fatores de enfraquecimento. Quando damos mais importância ao TER do que ao SER acabamos coisificando pessoas que passam a ter uma função única e exclusiva de satisfazer nosso ego inchado e doente. Pense Nisso!

Indo Além do Texto






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segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Será possível construir uma sociedade livre e autônoma.

Será que numa sociedade sem a presença do Estado as coisas seriam melhores do que são ou é só mais uma utopia?
Olhe para o Brasil. Mas olhe atentamente. Observe as pessoas e perceba como elas são criativas, como conseguem sobreviver, mesmo nas piores condições. Ande pelas ruas das grandes cidades e veja a quantidade de homens, mulheres e crianças que vivem e moram nas ruas. Mas mesmo assim estão lá, vivos, dia após dia, ainda esperançosos. Agora voe para os grandes aterros sanitários e se depare com centenas de homens, mulheres e crianças, garimpando alguma coisa de valor para transformar em um pouco de proteína, para permanecerem vivos. Em seguida, coloque um colete a prova de balas e faça uma incursão nas comunidades onde o medo é uma constante e a ordem é mantida pelos criminosos, e no entanto, homens, mulheres e crianças sobem e descem as escadas todos os dias par continuar sendo cidadãos do bem.

Todos sabemos que o Brasil vive uma situação de precariedade absoluta, onde a criminalidade aumenta a cada dia, a falta de segurança afeta a todos em todos os lugares, a saúde pública se transformou num caos, a educação é pífia, os salários são baixos e o custo de vida é exorbitante. O Estado que deveria garantir aos cidadãos, seus direitos básicos, simplesmente não o faz pois, os que manipulam a máquina estatal usam o dinheiro arrecadado dos tributos impostos à sociedade, em benefício próprio, através de um conluio político imoral. Ma e se este mecanismo regulatório deixasse de existir, ou pelo menos fosse reduzido a um mínimo suportável. Quais as consequências de uma mudança tão drástica num país como o nosso. Resposta: Caos. Um grande, profundo e turbulento oceano de desespero e obscuridade. Mas calma, não se assuste, com o tempo as coisas se ajeitam.

Vamos divagar um pouco numa situação: Uma empresa tem cem funcionário que recebem mil reais de salario cada um, então a empresa tem uma despesa de cem mil reais com a folha de pagamento. Certo? Não, a empresa tem uma série de encargos e despesas para manter estes funcionários e ela tem uma despesa de duzentos mil reais mensais com seus cem trabalhadores. Os funcionários também não recebem os mil reais integrais, pois com os descontos acabam recebendo somente R$ 900,00 (este cálculo é por cima, na prática eles recebem menos) Digamos que cada funcionário destes 900 que ele vai gastar, quarenta por cento será para os impostos que somarão R$ 360,00 além de outras taxas, então podemos arredondar para R$ 400,00 reais. O que sobra, e eu estou sendo otimista são R$ 500,00 ao mês. Agora vamos imaginar uma sociedade sem a figura do estado e sem os impostos. Esta empresa poderia pagar um salário de R$ 1.500,00 e ainda assim ter uma redução na sua despesa na ordem de cinquenta mil reais mensais. e cada trabalhador teria um ganho real de R$ 1.000,00 a mais. Lógico que estes números são hipotéticos mas isto é apenas para se ter uma ideia do quanto cada um de nós é roubado pelo estado.

Certo, agora você deve estar pensando: mas e a segurança, a saúde, a educação? Como ficam? Vamos por partes: Segurança: contratamos empresas de segurança. Já fazemos isto, justamente porque o estado não consegue nos fornecer a segurança que precisamos. Saúde: com mais dinheiro no bolso podemos pagar. E num sistema assim, as clínicas populares são inevitáveis além do fato de serem muito lucrativas. Educação: segue o mesmo princípio, sem cartilhas doutrinárias e com a opção de escolher aquela que melhor se encaixa em nosso conjunto de valores. A verdade é que, numa sociedade livre, o empreendedorismo sempre irá beneficiar aqueles que fazem melhor e com mais dedicação. Melhor do que ter direitos que não são respeitados é ter acesso. Por exemplo: de que adianta os cidadãos brasileiros terem direito a saúde mas esta ser de péssima qualidade, seria bem melhor ter o acesso, isto é, as condições de pagar e escolher um serviço.

Parece utopia, construir uma sociedade assim, não é mesmo? Concordo que é uma tarefa quase impossível e praticamente improvável mas não deixa de ser uma possibilidade. Acontece que para esta possibilidade se tornar realidade existem uma série de barreiras que devem ser transpostas. A primeira delas é cultural. Vivemos numa sociedade dependente do estado, regulamentada pelo estado e controlada por este mesmo estado. Para que surja uma sociedade nestes moldes, o primeiro passo é apresentá-la as pessoas. Uma sociedade onde a liberdade de cada indivíduo é respeitada indiferente de qualquer coisa. Onde aqueles que pensam de uma determinada forma podem formar suas próprias comunidades que permanecem abertas a quem desejar conhecer. O crime não é apresentar uma ideia revolucionária, o crime é tentar impedir que ela seja exposta para apreciação.

Este assunto não termina aqui... existem muitas variáveis a serem consideradas que não cabem em um único texto, mas isto é assunto para outra postagem. Até lá, espero ter dado um start para que você, no mínimo, se atenha ao assunto. Grande abraço.

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

A Arte de Odiar a Arte

Eles patrocinam o que não é para que você odeie o que realmente é!
Arte é, na sua etimologia, a técnica empregada para realizar alguma coisa. Com o tempo ascendeu ao status de designar um tipo de técnica relacionada à produção de objetos com beleza estética, ou aquilo que é esteticamente agradável aos sentidos humanos. A arte também é uma manifestação filosófica da estética perfeita que apresenta, de forma cognitiva, uma visão do autor daquilo que é agradável e belo. Esta manifestação é individual. A arte parte do indivíduo que através do seu talento natural e das técnicas absorvidas demonstra de forma magistral a sua visão pessoal das coisas, do mundo e do ideal de beleza e existência. Quando ouvimos uma peça de Bach, Chopim e muitos compositores clássicos, estamos ouvindo a expressão do ego destes indivíduos que demostram para nós a sua visão individual do que é um ideal de música. O mesmo acontece com a pintura, a escultura, e outras formas de arte.

Esta produção artística que parte do indivíduo acaba por formar em cada ser, gradativamente, uma consciência ética e estética, que liberta a mente e a alma. Quando temos a consciência do belo, caminhamos para a transcendência do indivíduo em direção ao perfeito e eterno. A arte serve então de ponte para um estágio superior da consciência que se torna livre e percebe a existência de um modelo absoluto. Ao se deparar com o absoluto, cada indivíduo deixa de se submeter ao que é relativo e isto não interessa para quem detêm o poder ou está no comando ou ainda, que deseja o poder.

Foi exatamente isto que a intelligentsia percebeu. A arte pura minava seus anseios coletivistas de domínio. Mas como impedir que os indivíduos consumissem esta arte que os levaria a romper a submissão. Proibir seria um tiro nos pés, pois todos sabemos que proibições geram interesses e procura. A técnica adotada, e devo reconhecer que é brilhante, foi fazer as pessoas perderem o interesse pela arte. Como? Patrocinando e exaltando o que não é arte. Paulatinamente o establishment estatal foi elevando a categoria de grandes artistas uma safra de produtores de lixo. Isto levou as pessoas a ter uma visão distorcida da arte e com o tempo uma aversão a esta. E hoje chegamos a um estágio onde aqueles que produzem a verdadeira arte do belo, do esteticamente perfeito e do crescimento libertador estão relegados aos subterrâneos. 

Só que, todo sistema possui uma falha...  Mas isto é uma outra história...

Para elucidar melhor este assunto, deixo aqui o vídeo que me levou a escrevê-lo.


quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Cinquenta postagens - Meta de 2017 cumprida!

Uma meta de crescimento, independente da área, não deve ser facilmente alcançada e nem impossível de ser atingida
Um método bastante eficaz de conseguirmos crescimento em qualquer área de nossa vida é o estabelecimento de metas. Com isso cria-se uma espécie de escada. Subir, ou descer uma escada implica em galgar um degrau por vez para evitar riscos desnecessários. Com nossos projetos pessoais, profissionais, espirituais, relacionais e todo um cabedal de rumos desejados, não é diferente. Uma meta por vês. Mas entenda: isto não quer dizer que você só poderá ter uma atividade a cada passo. Não é isso, na sua meta estabelecida, podem co-existir inúmeras atividades que fazem parte de um mesmo alvo a ser atingido. Mas para que isto funcione é preciso planejamento.

No final de 2016, encerrei o ano com 35 postagens neste blog, sendo que, em 2015 havia feito 42 postagens. Foi preocupante, pois foi um resultado negativo. Foi quando percebi que estes números fracos eram o resultado de uma falta de objetividade e de metas a serem atingidas. Então pensei e estabeleci um alvo de cinquenta postagens para 2017. Um alvo atingível, pois bastaria uma postagem por semana, porém não tão simples pois demanda uma certa disciplina na produção do conteúdo. Bom, agora que já possuía a meta, era necessário estabelecer o método. Afinal, de nada vale ter um objetivo sem saber como alcança-lo.

É neste ponto que muitos projetos encalham. Ideias excelentes com metas bem definidas mas sem um método de como alcançá-las. No meu caso, o método consiste em manter uma periodicidade, reservando um tempo determinado para as tarefas, além de escrever material extra para suprir alguma eventualidade que venha a surgir no meio do caminho. Também entendo que não se trata apenas de alcançar a meta mas sim atingir o objetivo. Ou seja, de nada vale ter uma meta sem um objetivo claro e definido. No meu caso, isto quer dizer que: Não quero apenas produzir 50 postagens, mas sim 50 conteúdos que sejam relevantes e qualitativamente aceitáveis. Este é um processo bem mais difícil que requer um aprendizado constante. Neste ponto, ouvir críticas, se inspirar nos casos de sucesso e ser honesto, são práticas fundamentais. Por esta razão, eu não produzo nenhum conteúdo que seja contrário aquilo que eu creio, pois seria rapidamente percebido. É como aquele vendedor que tenta te empurrar um bem ou serviço que ele não acredita ser útil. Vão lhe faltar argumentos

Finalmente, depois dos passos anteriores é necessário partir para a ação, colocar o plano em prática para evitar a criação de uma gaveta de idéias geniais que nunca foram levadas a cabo. Muitas ótimas ideias morrem neste ponto. A meta é possível, o método é viável mas o empreendimento não é sustentável. Já desisti de muitos planos por falta de empenho pessoal. Depois de um tempo vi alguém colocando uma ideia igual ou semelhante em prática e aí vem um arrependimento que não é nada agradável.

Mas nada disso funcionaria sem alguém que compre o seu trabalho. No caso do blog, não teria nenhum sentido manter este trabalho se não houvessem leitores. Então, esta postagem é para te agradecer, por estar nos acompanhando e partilhando das ideias, por nos ajudar a melhorar com seus elogios e suas crítica e nos posicionar mais firmemente naquilo que é relevante para o consumidor e não nos deixar desistir. Obrigado e um grande abraço.

terça-feira, 12 de setembro de 2017

O Caso Santander e a Eminente Queda da Civilização

Será que estamos assistindo os últimos instantes da humanidade? E creio que sim, e você?
Há poucos dias, assistimos a um episódio que mexeu com os brasileiros, em todos os aspectos. Foi a exposição Queermuseu organizada pelo espaço Santander Cultural que fica no centro histórico de Porto Alegre, RS. Não vou entrar aqui nos méritos e desméritos da exposição, pois isso já foi amplamente discutido. Com relação ao material exposto existe lei para isso, basta aplicar. Então vamos lá.

O artigo 241 do Estatuto da Criança e do Adolescente classifica como crime a divulgação de material que contenha imagens de crianças em situações de contexto sexual, também diz que é crime expor crianças a imagens de sexo explícito (haviam crianças visitando a mostra acompanhada de professores) e por aí vai. Tais crimes são passiveis de detenção estipulada no referido artigo.

Já o artigo 208 do código penal afirma ser crime vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso. Perceba que os dois crimes foram praticados no local da exposição e isso por si só já bastaria para o cancelamento da mesma e prisão dos organizadores. Não é uma questão de intolerância, homofobia, ultra conservadorismo, etc. É uma questão de Lei.

Mas vamos em frente. A ensaísta, crítica de arte e crítica social americana, professora da University of the Arts em Philadelphia, Pennsylvania, desde 1984, acadêmica e Ph.D pela Universidade de Yale, Camille Anna Paglia que também é feminista, homossexual e ateia, baseada em estudos sérios afirma que esta explosão transgênero é uma característica histórica que precede o fim de grandes civilizações e após este fim, homens voltam a ser homens, mulheres voltam a ser mulheres para que uma nova civilização possa surgir. No final da postagem há um vídeo onde ela mesma afirma isso.

Um dos argumentos dos defensores dessas mudanças todas é que na antiguidade era comum as praticas que agora são consideradas abusivas. Então, a humanidade evoluiu e foi percebendo que estes atos eram cruéis, principalmente em se tratando de crianças, que no consenso são indefesas. Mas agora parece que temos um retrocesso destes valores que ergueram a civilização ocidental. Ora, se os valores que levantaram uma civilização são colocados de lado o caminho natural desta mesma civilização é cair.

Esta exposição que causou tanto espanto, na verdade é um pálido reflexo de algo muito maior que permeia a sociedade contemporânea, que é a falência dos valores éticos e morais que vem corroendo a existência humana. Não fosse pelo fato dela ser financiada com o meu e o seu dinheiro, ela passaria despercebida. O grande, e maior problema é justamente o fato de financiarmos aquilo que não aprovamos sem ao menos sermos consultados. Este sim é um problema bem mais sério. Faça o que você quiser com seu dinheiro, mas não me obrigue a fazer o que eu não quero, com o meu.

Sou contra financialmente público para o que quer que seja, inclusive para o que eu aprovo, pois não quero carregar a culpa de ter gasto o dinheiro de outras pessoas, contra a vontade deles, em algo que eu quero fazer. Afinal, foi para isto que foi inventado o financiamento coletivo.

A opinião de Camile



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terça-feira, 29 de agosto de 2017

Cristão Fraudulento. Existe Isso?

Seja o seu ‘sim’, ‘sim’, e o seu ‘não’, ‘não’; o que passar disso vem do Maligno. Mateus 5.37
O Canal Dois Dedos de Teologia, mantido pelo Yago Martins, publicou um vídeo intitulado: COMO OS CRISTÃOS ESTRAGAM E FRAUDAM O YOUTUBE. O Vídeo dá uma série de dicas a respeito de canais do youtube e alertas sobre práticas que visam apenas angariar views e likes sem se preocupar com o cerne da mensagem. Mas o mais grave é uma denúncia de vários canais que praticam fraude para conseguir isto, utilizando hashtags que não se enquadram no conteúdo, apenas para angariar views. No final deste post você pode conferir o vídeo citado, mas antes vamos conversar sobre um assunto muito sério que é a integridade do caráter cristão.

Quando abraçamos uma ideia, uma causa, uma filosofia de vida, uma ideologia, enfim; quando nos engajamos em algum tipo de grupo, a lógica é a de que iremos seguir as regras e comportamentos daquele grupo. No cristianismo não é diferente; quando optamos pela proposta da caminhada cristã, estamos assumindo um compromisso com as regras e práticas do Evangelho, pois é somente agindo conforme as instruções de Cristo que seremos, realmente, cristãos autênticos e reconhecidos como tal. Ser cristão, mais do que frequentar uma denominação religiosa, é servir de exemplo para que outros possam conhecer melhor o cristianismo. Ser cristão é ser uma testemunha, viva, do Jesus Cristo de Nazaré.

Entre as práticas comuns ao cristão as que se destacam, em relação a nossa condição de seres sociais, são: Moral, bons costumes, honestidade, compromisso com a verdade, ou seja, fazer a diferença num mundo tão carente de valores objetivos. Na verdade, os não cristãos esperam isto de nós. E quando não encontram, o que não é difícil, ficam espantados e cada vez mais descrentes nas nossas crenças. Esta crise moral que permeia o universo dos religiosos de vertente cristã tem arruinado as instituições, pessoas e o próprio Deus dos adeptos de Jesus. Não é o caso de Deus ter uma crise de identidade, mas a sua imagem é prejudicada porque refletimos de forma distorcida quem Ele realmente é. Com isso, deixamos de levar a cura e nos tornamos o câncer que contribui, ainda mais, com a degeneração da humanidade.

Precisamos acordar, lavar o rosto, voltar as Escrituras, rever nossos conceitos, redefinir nossos objetivos e entender que não estamos aqui para satisfazer nossos desejos pessoais ou alcançar fama e sucesso. Nossa missão é anunciar ao mundo a boa notícia de que existe uma forma melhor de viver e buscar o Reino de Deus para que ele seja manifesto já neste tempo presente. Para sermos chamados de cristãos devemos agir como tal. Que Deus tenha misericórdia de nós!

Segue, abaixo: o vídeo do Dois Dedos de Teologia, que motivou esta postagem:



Bate papo entre Eu e o Eduardo Teixeira do Cristo Suburbano sobre esta postagem...





domingo, 13 de agosto de 2017

Toda dependência é problemática

Vivemos uma geração viciada em estimulantes que só estimulam o emburrecimento!
Recentemente o caso do vazamento de um áudio de uma cantora "gospel" dependente de drogas, vazou na internet causando muitos comentários em todos os sentidos. Em se tratando da cantora, creio que ajuda espiritual e psicológica podem ser bem mais úteis do que exposição e acusações. Também faço questão de acrescentar que: o fato da artista estar passando por um problema não a faz melhor e nem pior do que os outros e, falando como cristão, o seu talento continua  sendo uma dádiva divina. Mas não é sobre a celebridade que quero comentar e sim sobre esta dependência crônica que os cristãos contemporâneos desenvolveram nos últimos tempos. A dependência das estrelas.

Vivemos num país onde a cultura e a informação foram banidas da coletividade e a elite cultural não passa de um bando de doutrinadores em sua perene missão de banir, a todo custo, a moral e os bons costumes. Nas instituições religiosas, esta característica acaba se refletindo na membresia e o que temos são instituições rasas com líderes inaptos e uma desinformação crescente no que diz respeito ao cerne do Evangelho do Jesus Cristo de Nazaré. Esta absoluta falta de estofo teológico formou toda uma geração que desconhece as Sagradas Escrituras e, consequentemente, ignora o que é ser cristão, não conseguindo levar uma vida conforme os ensinamentos do Mestre.

Este vácuo intelectual e espiritual produziu uma geração oca que preenche o seu apetite religioso com qualquer coisa que possua esta espécie de "Selo de Qualidade Gospel". Isto é tão verdade que é comum escutarmos conversas de irmãos te convidando para o culto porque vai ter um pregador de fora e uma cantora ou cantor famoso. Neste cenário grotesco, a ação do espírito (com "e" minúsculo mesmo) fica condicionada as cantorias e pregações de fogo que quase nada diferem dos rituais pagãos, importados do norte europeu e do continente africano. Enquanto isso o Espírito Santo observa. A conclusão que chegamos é de que temos uma geração dependente das celebridades gospel, onde o culto só será bom quando uma delas estiver presente. Ao final do espetáculo ainda tem a venda de livros, CDs e DVDs com direito a autógrafos e sessão de fotos.

Entenda que não tenho nada contra a atividade artística feita por cristãos. Não é isso! Também não sou contra que tenhamos nossos artistas preferidos, pregadores que apreciamos mais, etc. O problema surge quando condicionamos nosso culto a Deus à presença destas estrelas religiosas e esquecemos do verdadeiro propósito da vida cristã e do culto ao Senhor. Este tipo de dependência produz uma comunidade doente que não tem apreço pela Palavra. Crentes incapazes de digerir uma alimentação substancial, imaturos e superficiais que pensam que ser abençoado é conseguir casa, carro e bens materiais diversos, que pensam que o melhor desta terra é comida farta e passeios a Disney. Que vivem um evangelho enganoso, fraco e medíocre. Crentes sem amor, que acham mais importante compartilhar a desgraça alheia do que interceder pelos fracos, que choram com os que riem e gargalham com os que choram, contrariando, em todos os aspectos, a Palavra de Deus.

Que Deus tenha misericórdia de todos nós!

domingo, 6 de agosto de 2017

O Leão Surdo


Certa vez, um aventureiro estava desbravando o continente africano e resolveu acampar. Pela manhã ao sair de sua barraca deparou-se com um enorme leão. Sem fazer alarde, foi tateando tentando encontrar sua arma mas a única coisa que encontrou foi o seu violino que costumava levar onde quer que fosse. Sem muitas alternativas, abriu cuidadosamente o case, sob o olhar atento do felino e começou a tocar o instrumento. Para sua surpresa, o enorme e selvagem animal pareceu ter gostado da música e deitou-se calmamente para ouvir o concerto. Outros leões foram surgindo e formaram um circulo ao redor no músico que prosseguiu com sua apresentação para esta platéia tão inusitada. Em certos momentos o cansaço quase o levava a parar de tocar, mas ao perceber que os animais começavam a rugir retomava a toada e tudo se normalizava. Com alguma sorte, em algumas horas, uma equipe deveria chegar para encontrá-lo e tudo seria resolvido. Após algum tempo, um outro leão, surgiu como que do nada e saltou por cima dos companheiros atirando-se sobre o talentoso musicista matando-o e garantido uma farta refeição. Os outros animais levantaram-se e foram saindo calmamente do local, quando um jovem felino disse, na linguagem dos leões, para o seu companheiro: - Que pena, estava tão bom, mas o surdinho tinha que estragar tudo!!!

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Infelizmente, em nossas rotinas diárias, muitas vezes nos deparamos com os leões surdos. São aquelas pessoas incapazes de apreciar o mundo que as rodeia, pois só conseguem ouvir a voz de seu ego. Esta incapacidade de ouvir os outros, ouvir os diferentes, ouvir os contrários, lhes torna solitárias e egoístas. Se sentem donas da verdade absoluta e tendem a destruir tudo o que não venha delas mesmas. Como diria Caetano Veloso, na belíssima "Sampa": Narciso acha feio o que não é espelho.

Precisamos entender que somos seres relacionais e que sempre temos o que aprender com os que estão em nosso entorno e com aqueles que passam por nós como um vento ligeiro. Lembro-me de um senhor que conheci em Ponta Grossa: o irmão Miguel. Um negro alto, magro, lindo e de cabelos brancos, com um linguajar típico da roça, lia com certa dificuldade mas falava com uma sabedoria impressionante. Uma saber adquirido com o tempo e com muita inspiração vinda de Deus.

Uma coisa que aprendi, principalmente quando ministrava aulas, é que as pessoas sempre tem algo a nos ensinar e que quanto mais aprendemos vamos descobrindo que sabemos menos do que imaginávamos.

A humildade é uma virtude, difícil de ser praticada, mas necessária para o nosso crescimento. Ela é fundamentada no respeito e no amor aos demais seres humanos. O nosso maior risco de uma queda fatal começa justamente quando nos achamos superiores aos outros. Este sentimento de superioridade leva as pessoas a desprezarem as lições que podem ser aprendidas e quando isto ocorre, os riscos de uma queda aumentam. Existe uma comparação, popular, muito simples, mas que ilustra muito bem a regra para nosso comportamento: Temos dois ouvidos, dois olhos e uma só boca, logo, devemos observar mais, ouvir mais e falar menos. Uma regra que a princípio parece até um pouco boba mas que carrega uma grande sabedoria.

Não estou escrevendo isso para esgotar o assunto, mas para compartilhar um pouco daquilo que tem me ajudado a ser mais compreensivo e consciente de que a soma sempre é melhor que a divisão.

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Este texto foi baseado na fábula: O Leão e a Flauta (Autor desconhecido)

sexta-feira, 28 de julho de 2017

Não sou pessimista, sou realista...

O Brasil caminha a passos largos em direção a uma falência ampla, total e irrestrita da máquina estatal, mas calma, isso talvez não seja tão ruim.
A crise do Estado Brasileiro não é recente, na verdade ela se inicia com a implementação da república, ainda de forma tímida, e vai se intensificando aos poucos com o passar dos anos, mas é depois do governo militar que ela ganha corpo para aportar neste caos que estamos vivendo. O movimento final se inicia em 1995 com Fernando Henrique, se consolida em 2003 com o Lula, descamba geral a partir de 2011 com a Dilma e agora agoniza com o Temer levando o país a mergulhar, neste últimos 22 anos, em um oceano de lama e esgoto. Não tenho dados concretos, mas creio que roubou-se a nação, nestes últimos vinte anos, mais do que em toda a história desde o "descobrimento". Não existem inocentes: PSDB, PT, PMDB e seus satélites transformaram o que restava de alguma ética e moral em um rolo compressor de corrupção e criminalidade que estão matando o Brasil e os brasileiros, numa escala onde não existe a menor possibilidade de reversão.

O Fato é que: o país está caminhando para uma falência do Estado nos próximos anos. Pode acontecer já em 2018 ou daqui uns dez anos, mas vai acontecer. Em alguns estados já está acontecendo e em outros os efeitos ainda não são tão perceptíveis. Mas os sinais estão aí: Educação doutrinadora e de péssima qualidade que tem preparado apenas militantes e não pensadores, sistema de saúde em frangalhos, segurança inexistente, criminalidade crescente, desemprego, desunião, falta de brasilidade e civismo, decadência moral, etc, etc, etc. Mas voltemos ao estado: A máquina estatal engordou e hoje alimenta um batalhão de sanguessugas que irão beber até a última gota antes que o monstro caia morto e depois de morto ainda tentarão ver o que dá para aproveitar para saciar sua fome insaciável. Para tentar prolongar a vida do moribundo cortes começarão a ser efetuados em todos os lados, menos, é claro, aonde deveriam acontecer.

Serviços, hoje fundamentais, deixarão de ser prestados, financiamentos serão cortados, calotes serão dados e mais impostos serão criados. Não haverá revolução pois já previam isto e desarmaram a população, não haverá intervenção militar pois as forças armadas estão sucateadas e desmotivadas, não haverá um salvador da pátria pois o país já está ingovernável. Talvez, diante deste quadro tão terrível, o leitor pense que não pode haver nada de bom nisto tudo, mas eu te afirmo que existe. 

Diante deste cenário horripilante podemos prever uma desestatização da Nação, ou seja: serviços que, hoje são prestados de forma precária pela União tendem a ser transferidos para a iniciativa privada. Por exemplo: na área da Educação já existe uma tendência de migrar para um sistema comunitário e também para o chamado Homeschool (educação em casa). Com o advento da internet e suas tecnologias podemos levar conhecimento e formação a distância. No campo da saúde podemos migrar para as clinicas populares onde o custo por atendimento individual é acessível e o empreendedor lucra pela demanda. Também é viável investir em segurança privada, geração de eletricidade por vias limpas e alternativas, transporte público por aplicativos, transferência de capital por meios eletrônicos, fora da rede bancária, que geram rapidez e menos encargos e muitas outras atividades que não caberiam neste artigo.

Não sabemos se temos dois anos ou dez, mas já entendemos que é possível criar um Brasil Paralelo, que funcione, em meio ao caos do Brasil oficial. É perfeitamente possível, mas para dar os resultados esperados temos um trabalho gigantesco pela frente que é a transformação ética e moral da mente do brasileiro. Eu não tenho dúvida de que estes existem muitos cidadão dispostos a isso e cabe a nós darmos os primeiros passos começando a mudança pela parte mais difícil que é mudar a nós mesmos. Mudar nossos hábitos corrompidos, nossos ânimos abalados e incendiar nossa força e nossa garra. Se conseguirmos dar este primeiro passo o resto é fácil.

domingo, 9 de julho de 2017

País cristão não tem corrupção

Como pode, a maior nação cristã do mundo ter índices tão absurdos de corrupção e imoralidade em todos os setores da sociedade?
Com 55% de católicos e 25% de evangélicos, o Brasil soma um total de 80% de cristãos no conjunto da população. A pergunta que fica é: qual a razão de um país, onde oito em cada dez habitantes se dizem cristãos, ser um dos mais corruptos da história? Se levarmos em consideração apenas os ensinamentos de Cristo, que é o cerne do cristianismo, deveríamos viver no país mais pacífico e honesto da história da humanidade! Então o que está errado? Este é um assunto longo e complexo com muitas variáveis e que não se esgota em uma postagem de um leigo, mas quem sabe, pela misericórdia de Deus, consigamos lançar alguma luz sobre este grave problema que enfrentamos.

Não vou negar que existe uma forte manipulação da mídia no sentido de por de lado os valores morais, doutrinários e de conduta dos Evangelhos, também não posso negar que existe uma manipulação no âmbito da cultura e da educação que faz um massacre ideológico contra estes valores classificando aqueles que os defendem como retrógrados e ignorantes. Mas não creio que uma consciência bem formada e firmada em bases sólidas possa ser tão facilmente manipulada. Neste caso, só consigo entender, que o grande culpado por este descalabro comportamental seja a própria igreja que tem se distanciado, mais e mais, a cada dia, do verdadeiro propósito dos ensinamentos de Jesus.

Não consigo ver nos Evangelhos, e creio que qualquer um que seja sincero também não consegue, um Jesus dando instruções para que a igreja seja rica e poderosa nos moldes deste mundo. Em momento algum das Sagradas Escrituras encontramos o Mestre ensinando seus seguidores a impor sua vontade, construir impérios, edificar templos luxuosos, se destacar na política, conquistar fama, fortuna e domínio sobre outros seres humanos. Não vemos o Cristo arrecadando dízimos e ofertas mas sim repartindo, doando-se e curando. O Filho de Deus nos ensina e orienta a sermos sal e luz. Esta é uma reflexão que sempre me chama a atenção.

Vamos até a cozinha para preparar um prato agradável. Sabemos que sem sal ele ficará sem gosto, com muito sal não dará para comer, mas com o sal na medida certa, ficará saboroso e teremos vontade de repetir. Mas note que não vemos o sal em um alimento bem preparado e sequer sentimos seu gosto mas sim o do alimento. Isto me leva a entender que ser sal é ser um influenciador para que as pessoas descubram o prazer de uma vida plena. Não somos nós que temos que aparecer, nossa função é mostrar que a resposta já está nelas mesmas, nós apenas vamos ajudá-las a sentir o sabor. Da mesma forma, a luz não existe para ficarmos olhando para ela, mas para que ilumine o caminho e assim possamos evitar os acidentes do percurso.

Ao meditar nos ensinamentos do Messias, percebo que somos a maior nação cristã do planeta, mas é bem provável que sejamos a menor nação em número de seguidores de Jesus Cristo. Pois não andamos como ele andou, não falamos como ele falou, não vivemos como ele viveu, não somos como ele é. Pois se fossemos seguidores de Cristo em espírito e em verdade, certamente teríamos transformado este país em um paraíso na terra.

terça-feira, 4 de julho de 2017

Lo-Fi - Quando o conteúdo é mais importante que a embalagem

Na esteira do DIY o movimento LO-FI vem como uma alternativa a idiotização da arte.
Não faz muito tempo que eu descobri o movimento Lo-Fi (pronuncia-se lou-fai) e imediatamente me apaixonei, não pela novidade, mas pelo fato de descobrir que eu já era do movimento antes de conhecê-lo. Tecnicamente, Lo-Fi é o antônimo de Hi-Fi, termo utilizado na indústria do áudio para designar equipamentos que reproduzem as ondas sonoras com alta fidelidade ao som original. Logo, Lo-fi pode ser compreendido como, baixa-fidelidade. Na produção musical, ainda tecnicamente falando, o termo serve para designar as peças musicais registradas com equipamentos simples e de baixo custo, que, teoricamente, não conseguem atingir o nível de fidelidade dos grandes, modernos e dispendiosos estúdios profissionais. Resumindo: a produção musical Lo-Fi era, na prática, um recurso de quem não tinha o aporte financeiro para custear uma grande produção. Isto era e continua sendo verdade em boa parte da criação musical alternativa e independente mas existe um outro lado desta moeda que precisamos compreender.

Não é nenhuma novidade que existe uma indústria que produz e lucra muito com a música de massa, esta que toca nas rádios, nas novelas e nos programas de auditório, destinada ao consumo rápido e facilmente descartável para ser imediatamente substituída por novas peças mantendo um ciclo interminável onde os ouvintes pensam que ouvem o que gostam, quando, na verdade, escutam o que este empreendimento comercial decide que devem consumir. Neste cenário, meramente empresarial, não existe espaço para a arte, seja esta tradicional ou de vanguarda. É óbvio que existem raras exceções, mas são apenas exceções que confirmam a regra maior. O que fazer então? Partir para a produção independente.

Neste cenário alternativo ou underground existem dois segmentos: Os que querem chegar ao mainstream e os que preferem continuar no underground. Quanto ao primeiro grupo, os poucos que obtêm sucesso, na maioria, ou se corrompem ou se frustram e voltam ao subterrâneo. Mas é do segundo grupo que estamos falando. Neste segundo grupo, que quer permanecer independente também existe uma subdivisão. De um lado os que não abrem mão da técnica e da tecnologia de ponta e só produzem e lançam algum material quando este atende uma série de requisitos técnicos que eu costumo chamar de Geração ProTools e do outro aqueles que se dão conta que o mais importante é levar a mensagem. Neste sentido o termo Lo-Fi cai como uma luva nesta turma que grava como pode, onde pode e quando pode.

Num tempo em que as agências de publicidade ditam as regras do que está na moda ou não, ser Lo-Fi vai além do recurso técnico, rompendo a barreira do establishment reinante e abraçando o legado do Faça Você Mesmo (DIY). Lo-Fi não está mais restrito a música, mas torna-se um sinônimo de liberdade criativa que atinge a arte em sua totalidade, deixando de ser um recurso para tornar-se um movimento. Mais que isso; ser Lo-Fi não prende você a uma estética comportamental ou de estilo como fazia o movimento punk, por exemplo. Trata-se de uma consciência que se aplica a todos os estilos e tribos. Abrangente, inclusivo e belo. Quase divino, se me permitem a ousadia. Então, ta esperando o que, para sair da caixa? 

sexta-feira, 30 de junho de 2017

Músicos Para a Glória de Deus

Toda criação artística é um dom de Deus!
Quando uma pessoa descobre a fé cristã e aceita a Jesus Cristo como único e suficiente Salvador de sua vida, este indivíduo continuará exercendo sua profissão normalmente, ou seja: Se era um médico continuará médico, a professora continuará dando aulas, o pedreiro continuará construindo casas e assim por diante. Não vemos um médico que se tornou cristão passar a clinicar apenas para crentes ou a professora pedir as contas na escola e passar a dar aulas apenas na igreja ou o pedreiro deixar de construir casas para os que não são irmãos na fé. Todos irão continuar exercendo suas profissões apenas com uma diferença. É que a partir de sua conversão, passam a ter consciência de que tudo o que fazem, deve ser para a Glória de Deus, a partir de uma cosmovisão cristã de vida e de existência. Existe até um incentivo eclesiástico para que sejam os melhores em suas atividades com vistas a dar um bom testemunho e exercer sua vocação de sal e luz para este mundo. Mas então, porque as pessoas ligadas a arte são praticamente obrigadas a abandonar suas profissões, por muitos líderes, ao abraçarem a fé cristã?

É obvio que algumas práticas devem ser deixadas de lado em virtude de um novo entendimento da vida. Por exemplo: se o médico praticava abortos não irá fazê-lo por uma questão moral e compromissal com a sua fé, a professora ensinará sua matéria de forma isenta e apontando aquilo que acata e o que não acata, o pedreiro construirá com mais zelo e sem enganos. Temos que entender que o Evangelho é um conjunto de valores válidos para todas as áreas da nossa vida, que irá gerar um reflexo em tudo o que fizermos. Da mesma forma o artista plástico, o ator, o escritor ou o músico, continuará vivendo da sua arte que agora certamente irá refletir seu novo status comportamental e só evitará eventos ou conteúdos que agridam seu conjunto de crenças e o deixem constrangido. 

Este costume impositivo de obrigar o artista, principalmente o músico, a abandonar sua habilidade profissional, tem matado talentos que nós, enquanto cristãos, cremos que foram dados por Deus. E o pior de tudo é que, para tentar minimizar o problema, as instituições religiosas tentam absorver estes profissionais criando uma indústria da música cristã que em nada difere da, tão combatida, e chamada, música secular. Com isso, cultos que deveriam ser objetos de exaltação e adoração ao nosso Deus, tem se transformado em palcos de eventos perdendo a única característica que não deveriam perder, que é: ser um Culto a Deus. A função da arte na adoração deve ser apenas de coadjuvante, no sentido de proporcionar um mero auxiliar de ambiência para o que é principal, mas o que temos visto é um palco onde celebridades rivalizam com o próprio Criador para buscar os holofotes sobre si e garantir um lugar no shopping dos vendilhões do templo. Quando o púlpito vira um palco, músicos viram estrelas e pregadores se transformam em animadores, podemos dizer que tomos um espetáculo, um show ou um circo, mas não podemos afirmar que temos um culto.

Precisamos rever, com a máxima urgência, nossos conceitos de serviço a Deus para não confundirmos as coisas. Quanto aos músicos, pintores, atores, poetas, etc, devem continuar a viver de sua arte e através dela lançarem luz sobre as trevas e, como sal, dar um novo sabor a este mundo amargo. Até a próxima!