terça-feira, 24 de dezembro de 2019

Ressignificando Significados - Natal

Sim, eu sei que o Messias não nasceu em 25 de dezembro. Mas o que importa é que Ele nasceu!

Todos os anos, na época do Natal, assistimos e lemos um calhamaço de opiniões  a respeito desta data que é celebrada em todos os cantos da terra. Entre os cristãos sempre existiu uma grande divisão. Uns são favoráveis, alegando que o que importa é comemorar o nascimento do Salvador. Na outra extremidade estão os que alegam que esta é uma festa pagã que não deve ser comemorada por cristãos. Em ambos os lados existem verdades mas também muitos exageros e na maioria dos casos pouco equilíbrio.

Uma das máximas que as Sagradas Escrituras recomendam aos que professam a fé no Cristo da cruz é que devemos crescer em graça e conhecimento. Ou seja: excesso de espiritualidade gera muita demonização e excesso de razão pode descambar para um ceticismo quase ateu. O cristão autêntico e zeloso sempre irá buscar um ponto de equilíbrio de modo a não profanar o que é sagrado e nem sacralizar o que é profano. Isto requer sabedoria e entendimento do plano de Deus para nossas vidas. Então vamos fazer uma breve análise dos fatos para buscar um consenso.

O Nascimento de Jesus


A chegada do Filho do Altíssimo a este mundo é um acontecimento tão importante quanto o seu sacrifício, na cruz, que nos reconciliou com o Pai. Um evento preparado pelo próprio Criador desde antes da criação. Anunciado por profetas e aguardado até mesmo por aqueles que não faziam parte do povo de Deus. Um momento tão marcante da história que foi capaz de dividi-la em antes e depois dele. Mas a despeito de tudo isso, não se sabe ao certo em que dia isto ocorreu. O fato é que ninguém tem conhecimento da data exata da chegada do Bom Pastor. 

Como cristão, não creio em coincidências ou acasos pois entendo que todas as coisas ocorrem pela soberana vontade do Eterno e em todas elas existe um propósito firme e uma razão específica na forma em como ocorrem. Se não sabemos a data de nascimento do nosso Redentor é porque não devemos saber. No entanto, o fato de não termos uma data não é um impedimento de comemorar a chegada do Bom Mestre aqui no mundo em que vivemos. Tendo isto em mente, não existe mal algum em você celebrar a vinda do Príncipe da Paz no dia 25 de dezembro. Aliás creio que trata-se de uma oportunidade para reunirmos parentes e amigos e lembrar que o Todo Poderoso nos deu seu filho em sacrifício para nos livrar da condenação pelo pecado.

A Origem do Natal


Mas afinal; de onde surgiu a importância do dia 25 de dezembro? Existem várias origens, nas culturas pagãs que dizem respeito a esta data tão lembrada nos calendários. As mais conhecidas são as que relacionam este dia a comemoração do festejo conhecido como Natalis Solis Invictus e marcava a volta dos dias mais longos depois do solstício de inverno. Esta festa ocorria logo após a Saturnália, outra festividade muito popular na Roma antiga, durante a qual a população participava de festas e banquetes e ocorriam trocas de presentes.

Este dia também marcava a comemoração do aniversário de uma divindade conhecida como Mitra, que era popular deus de luz e lealdade, largamente cultuado pelos soldados romanos. Muitas outras divindades pagãs estão associadas a esta data em diversas culturas anteriores ao cristianismo. Estes fatos tem levado muitos seguidores do nosso Sumo Sacerdote a satanizarem este dia e protagonizarem intermináveis embates na mídia, nos púlpitos e, mais recentemente, nas redes sociais. 

O Equilíbrio


Ao longo da minha caminhada após a minha conversão ao Evangelho, procurei e procuro manter a sanidade e entender que, assim como podemos utilizar uma determinada obra artística para exaltar a soberania e majestade do nosso Rei e Senhor também podemos utilizar a mesma obra para  simplesmente proferir blasfêmias. Este mesmo princípio se estende as datas. O Filho de Deus, antes de partir para o seu reino, nos deu uma missão: Pregar as boas novas do Reino. Para o discípulo toda oportunidade é uma grande oportunidade.

Evidentemente, isso não significa que devemos aderir a costumes duvidosos e a simbologia oculta por trás dos signos oriundos das culturas avessas ao cristianismo e que, muitas vezes, são muito presentes no Natal. Mas com sabedoria e bom senso, podemos e devemos mostrar ao mundo que, para nós, o Natal é trazer a memória a verdade mais absoluta que existe: Nosso Criador, do alto de suas misericórdias, nos amou de uma maneira tão inexplicável, a despeito de nossa inimizade e rebeldia, que nos deu seu Único Filho, para ser entregue em sacrifício santo e perfeito e nos livrar do inferno e da morte e nos conceder um eternidade em sua presença.

FELIZ NATAL

quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

2020 - O Ano da Decisão!

O último ano da década pode ser seu último momento de liberdade ou a virada para ser livre de fato. A escolha é totalmente sua!
Não sou nenhum mestre em economia, mas leio as notícias e aprendi, com a vida e o tempo, a observar os acontecimentos e tirar conclusões bastante assertivas sobre a realidade que nos cerca. O ano de 2020, que encerra mais uma década, aponta para uma nova era na história da humanidade. Duas questões, em particular, tem se mostrado bastante relevantes para os acontecimentos que estão por vir.

A primeira delas é o que chamamos de Revolução Digital, que agora caminha para um desenvolvimento, cada vez mais acelerado, da Inteligência Artificial. Sabemos, se observarmos a história, que a humanidade avança de forma cíclica. Uma espécie de roda, que no seu giro, repete, infinitamente, os mesmos eventos mudando apenas a roupagem e o intervalo de tempo entre estes eventos, intervalos estes, cada vez mais curtos a cada novo ciclo. A Revolução Industrial, em meados do século XIX, trouxe em seu bojo grandes avanços técnicos e uma considerável melhoria na qualidade de vida do cidadão comum, permitindo as pessoas, prolongarem sua existência muio além do que era comum na idade média. No entanto, estes avanços chegaram carregados de outros problemas como: evasão do campo, aumento da densidade demográfica nos grandes centros urbanos e, com as máquinas efetuando o trabalho de muitos homens e mulheres, houve uma necessidade de diminuição das famílias. 

Valendo-se do apelo religioso, mudanças de hábitos alimentares e uma arquitetura projetada para diminuir os espaços e, consequentemente, o tamanho das famílias, parte do problema foi resolvido mas não por completo, pois as pessoas insistiam em procriar. A solução foi colocar as mulheres no mercado de trabalho, o que não foi difícil face a explosão de consumo. Com ambos, homem e mulher, ocupando seu dia em produzir bens de consumo, o núcleo familiar foi relegado a um segundo plano. Mas como nem tudo são flores, mesmo com todo o planejamento, a população mundial continuou e continua a crescer.

Agora nos deparamos com uma nova revolução tecnológica: a Revolução Digital. Aliada direta da Inteligência Artificial, vem paulatinamente, invadindo o território dos humanos, substituindo-os com mais velocidade e precisão em grande parte dos seus afazeres. Sabemos que quando uma nova tenologia chega ao consumidor final é porque algo muito mais avançado e além da nossa imaginação já está nas mãos das grandes corporações que controlam a economia e sabe-se lá mais o que. Em breve não haverá mais espaço para tantos bilhões de habitantes que insistem em viver nesse mundo. É neste ponto que entra o segundo item da lista que eu lhes apresento.

Revolução Cultural. Com um contingente cada vez maior de pessoas apinhadas nas grandes metrópoles, a pergunta é: porque não incentivar as pessoas a voltarem para o campo, cultivar e criar seu alimento, etc? A resposta é simples e cruel. Não interessa ao donos do poder, o bem estar dessas pessoas. Quanto mais aglomeradas maior a incidência de conflitos, e quanto mais conflitos, mais crimes, mais mortes. Drogas, alimentação modificada, medicamentos duvidosos, economia em colapso são um prato cheio para alimentar insurgências. Mesmo tendo uma população desarmada na maioria dos países, chega-se a um ponto que é natural a revolta. E é evidente que, num caso desses, em proporções mundiais, o uso da força estatal se faz necessário e muitos terão que sacrificar suas vidas de gado em favor da tão sonhada paz mundial.

Se haverá uma crise mundial a partir do ano de 2021? Sim, acontecerá. Isto desencadeará revoltas populares? Com certeza, pois, se até pouco tempo a maioria estava anestesiada, atualmente com o volume de informação circulante, muitos estão acordando e acordando outros. Todo este conjunto de fatores levará a humanidade para uma guerra mundial? Sinto dizer que sim. Mas existe uma outra pergunta que precisa ser feita: Você! Sim, você mesmo! Vai se conformar, dizer que não há o que fazer ou vai ao menos tentar sobreviver e ajudar outros a fazerem o mesmo?

Se você é um dos que ficarão quietos sem fazer nada, é uma decisão pessoal sua. Mas se você é dos que vai fazer algo para evitar ou minimizar, ainda que localmente, os efeitos disso tudo, então este blog vai ser útil, pois vamos estudar, aqui e em outras plataformas, métodos de como sobreviver nos tempos difíceis que estão por vir.

Seja bem vindo!

sexta-feira, 8 de novembro de 2019

Hoje o Brasil amanheceu mais triste

Mais que dar liberdade para um punhado de criminosos, a decisão do STF é um golpe mortal num país moribundo que tinha chances de se curar.
Hoje, oito de novembro de dois mil e dezenove, a maioria dos brasileiros, que lutam diariamente para manter a dignidade, amanheceu triste e com aquele sentimento amargo de derrota palpitando no peito. Não que alguém tivesse dúvida de que o STF (Supremo Tribunal Federal), mais uma vez, ficasse contra o cidadão e ao lados dos criminosos. Mas, por mais que soubéssemos o desfecho da história, ainda havia uma fagulha de esperança de que o bom senso fosse prevalecer. Mas não foi o que aconteceu. Novamente, aqueles que deveriam ser os guardiões da constituição, assumem o papel de protetores dos maus e pelo placar de seis votos contra cinco, Marco Aurélio de Melo, Rosa Weber, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes, Celso de Mello e Dias Toffoli, deram carta branca para os poderosos criminosos de colarinho branco.

A decisão, imoral por si mesma, deve colocar nas ruas, quase 80 mil criminosos condenados e presos em segunda instância. Para a mente de um criminoso, foi um presente vindo direto das profundezas do inferno que faz a corrupção ser um negócio fácil, lucrativo e sem riscos. No entanto, talvez, este seja o mal menor do que está por trás do acontecido. Mais do que beneficiar bandidos condenados como, Lula, Dirceu e toda uma penca de meliantes, o resultado é um golpe direto contra o combate a corrupção em operações como a conhecida, elogiada e festejada Lava-Jato, pois uma das armas que garantiram a eficácia desta operação eram as delações premiadas motivadas pelo medo das prisões e condenações que, até então, vinham causando muitos estragos no crime político organizado. Pois agora, com a segurança dos intermináveis recursos, se arrastando por anos e anos levando alguns crimes a simplesmente prescreverem, não há motivos para que os delatores se manifestem.

Outro ponto importante, a considerar, está atrelado a instabilidade jurídica construída pelo desfecho do episódio, no que diz respeito a investimentos externos no país. Pois quem irá desejar investir em um país onde as leis podem, a qualquer momento, serem reinterpretadas, causando sérios prejuízos aos investidores. Este aspecto, em particular, me leva a supor que trata-se de uma manobra pensada com antecedência para frear o crescimento do país e evitar que o atual governo tenha sucesso! Ou seja, na disputa pelo poder os algozes do supremo não demonstram nenhum pudor em jogar toda uma nação no limbo. Como bestas feras, ávidas pelo sangue dos inocentes, não exitam em sacrificar pessoas comuns para atingir seus objetivos maléficos e malignos.

Conversava com uma pessoa numa fila, hoje cedo e a pergunta dele era a mesma de muitos outros: Até quando o povo brasileiro permanecerá apanhando sem tomar uma atitude? Será que fomos tão imbecilizados pelo sistema ao ponto de não sabermos mais como reagir? Nos transformamos em meros covardes? Continuaremos idiotas que apenas sabem rir da sua própria desgraça? Deixo com vocês a célebre frase da banda Aborto Elétrico, que lá nos anos 80 já perguntava: 

QUE PAÍS É ESSE?


sábado, 19 de outubro de 2019

Vivendo na Prática a Diferença entre Estado e Livre Iniciativa

Imagem de Gino Crescoli por Pixabay 
É muito fácil criticar o sistema e abraçar causas e ideais anti-estado através da leitura de livros e acompanhamento de vídeos, blogs, artigos, etc. Mas quando se experimenta a diferença entre poder estatal e livre iniciativa na prática, é que se passa a ter a convicção e a noção exata do real significado dessas afirmações. Para que você tenha uma compreensão mais apurada destas afirmações preciso fazer uma breve introdução para te posicionar sobre a situação.

Recentemente, mudei para uma nova casa, no litoral do Paraná. Acontece que esta propriedade fica em um loteamento relativamente recente, com uns cinco ou seis anos de existência. Neste loteamento, com várias construções terminadas e outras tantas em andamento, não existe fornecimento de energia elétrica e nem de água encanada. Por conta dos próprios moradores, que compraram postes, cabeamento, mangueiras e lâmpadas para a iluminação pública foram feitas ligações diretas (os famosos gatos), tanto na rede elétrica quando na rede hidráulica para que as ruas do bairro desfrutem de iluminação a noite e as residências tenham acesso a energia elétrica e água tratada.

A razão de tudo isso é a seguinte: de acordo com as informações obtidas junto aos moradores, a Prefeitura (Estado) não autoriza a ampliação da rede elétrica e hidráulica por conta de uma divida do antigo proprietário das terras onde foi instalado o loteamento. Esta decisão prejudica os proprietários dos lotes que compraram e pagaram pelos mesmos mas também prejudica a COPEL (Fornecedora de Energia) e a SANEPAR (Empresa de tratamento e distribuição de água potável), ambas Estatais, que não podem interromper as ligações clandestinas devido a uma decisão judicial (Órgão Estatal). O prejuízo, obviamente, é custeado pelos impostos e pelos demais consumidores. Só esta situação, por si, já é absurda, mas tem mais.

É interessante, para não dizer bizarro, um bairro, onde a energia (Estatal) e a água (Estatal) não chegam, os Correios (Estatal) não fazem entregas mas, a Internet Fibra Ótica (Iniciativa Privada) fornece seus serviços e as empresas de encomendas (Privadas) fazem as entregas no endereço. Resumindo onde os serviços públicos, mantidos com dinheiros dos nossos impostos, não funcionam, mas os serviços privados, que também pagam impostos, funcionam perfeitamente.

Para piorar ainda mais a situação, esta semana a COPEL trocou um poste em uma rua próxima. Até aí tudo bem, mas a Estatal não avisou a empresa de internet, que paga o aluguel dos postes da mesma para passar seus cabos, arrancou os cabos, fez o seu serviço e largou o resto jogado resultando em quase 36 horas sem acesso a internet. Mais um exemplo prático de que: O ESTADO não funciona, imposto é roubo e quanto mais rápido, nos livrarmos, cada vez mais, da dependência dos órgãos públicos, melhor!



Imagem de Gino Crescoli por Pixabay - https://www.instagram.com/absolutvision/

terça-feira, 7 de maio de 2019

O Triunfo do Fracasso

Infelizmente, o triunfo do fracasso se dá pelos ensinos equivocados e sem fundamentação nas Escrituras que tem arrastado muitos cristãos para o lamaçal da desistência e abandono da fé!
Imagem de Peter H por Pixabay
Uma das razões, que eu tenho observado, de tantas pessoas abandonarem a fé cristã, no meio da caminhada, aqui no Brasil, é a combinação de dois pensamentos que causam muito mais mal do que bem: O Triunfalismo e a famigerada Teologia da Prosperidade. Estas duas linhas de pensamento, embora possuam respaldo bíblico em alguns de seus pontos tem sofrido enormes distorções doutrinárias provocadas, na maioria das vezes, por ideias humanistas e pelo intenso relativismo que vem inundando as mentes dos irmãos em Cristo. Neste pequeno texto, quero analisar, junto com você, alguns tópicos destas narrativas para compreender a falência eclesiástica que estamos assistindo, bem como reforçar nossas defesas contra estas heresias.

Triunfalismo


Antes de mais nada, é preciso entender o conceito de Triunfo da Igreja. A Igreja de Jesus, já nasceu vitoriosa, já nasceu vencedora e o seu triunfo final é inegável e incontestável. Mas entre seu nascimento e triunfo existe uma longa jornada de dor, sofrimento, perseguição e martírio. A pergunta é: se a igreja é sofredora, porque o crente não seria? É neste ponto que encontramos diversos desvios doutrinários. Existe um ensino triunfalista e sem nenhum respaldo nas escrituras que prega que a vida do crente deve ser vitoriosa. Jorgões comuns como: de vitória em vitória, você vai passar por cima, determine sua benção, você vai conquistar, e tantos outros que compõe um verdadeiro glossário de charlatanismo gospel, tem levado multidões a crer que basta estar na igreja e tudo na sua vida dará certo.

Pastores e supostos ensinadores, tem levado muitos ao engano, quer por má intensão ou por terem sido ensinados de forma equivocada. Preparam os fiéis para vencer, para receber, mas nunca para perder. Mas as Sagradas Escrituras nos ensinam exatamente o contrário. Não são poucas as passagens em que Jesus nos alerta sobre dor, sofrimento, aflições, perseguições, perdas e toda sorte de injustiças que recaem sobre aqueles que optam por segui-lo. Aprendemos a olhar apenas para o momento imediato e desaprendemos a vislumbrar o porvir. Com isso esquecemos e já não sabemos mensurar a diferença entre esta vida, curta e finita com a vindoura que é eterna.

Ficamos indignados com as agruras que nos atingem e não atentamos para o martírio de Cristo. Apagamos da memória a realidade de um Deus que despiu-se de sua glória e vestiu-se da carne fraca, que chorou, sofreu, angustiou-se, sentiu fome, sede, frio, que foi abandonado, traído, injustiçado, incompreendido, cuspido, esmurrado, espancado e morto de forma cruel e insana, em nosso lugar, para que nos tornássemos justificados diante de Deus. Nos tornamos arrogantes e pensamos que somos dignos do quer que seja a ponto de exigir de Deus providências em nossas vidas medíocres. Já não lembramos que: sofrer por Cristo é um privilégio e não uma tortura. Por conta disso abandonamos a caminhada por qualquer razão.

Basta um fracasso na vida conjugal, um insucesso financeiro, uma decepção qualquer e pronto: começam as lamúrias sem fim. Deus não me ama, Deus me abandonou, Deus não me ouve e blá blá blá. Crianças mimadas e insuportáveis causando vergonha nos pais com seus escândalos por conta de uma bugiganga qualquer. Pensamos que Deus deve ser como nós e não o contrário. E por conta deste pensamento ridículo e por sermos país impotentes e sem autoridade, exigimos que Ele ceda, assim como nós cedemos, por qualquer birra. Entenda: Deus não é seu empregado. é você que deve servi-lo e não o contrário.

Estas são apenas algumas mazelas do triunfalismo. Mas vamos a tal da prosperidade.

Teologia da Prosperidade


Você tem alguma dúvida de que a maioria esmagadora dos crentes não passa de um bando de  materialistas fúteis? Eu não! Quer um exemplo? Sempre que pensamos em céu e reino, a quase totalidade de nós lembra primeiro das ruas de ouro e das mansões celestiais. O último pensamento que nos chega a mente, quando chega, é sobre a Presença de Deus. A Teologia da Prosperidade vai fundo nessa nossa característica e explora ao máximo nosso desejo de ter, possuir, poder e conquistar, incutindo nas mentes frágeis a ideia, anti bíblica, de que o crente que é fiel também é próspero. Exagero meu? Então me diga sinceramente: Na sua igreja, quando alguém vai contar um testemunho, a maioria é sobre, cura, emprego, casamento, causa na justiça, dinheiro, casa nova, etc, ou sobre quantas almas conseguiu trazer para perto de Deus?

É lógico que Deus tem poder para prosperar, materialmente, quem quer que seja, mas biblicamente, esta não é a Sua prioridade. A Bíblia nos adverte de forma clara que: não podemos servir a Deus e a Mamon (dinheiro) ao mesmo tempo. A maior prova de que isto é verdadeiro é que a maioria das pessoas que possuem muitas riquezas não tem nenhum compromisso com Deus!

Um dos textos básicos da Teologia da Prosperidade é o que se encontra em Isaías 1.19: "Se quiserdes e me ouvirdes, comereis o melhor desta terra". Temos que entender duas coisas fundamentais neste texto: primeiro, ele é direcionado ao povo de Israel e faz parte do compêndio doutrinário da antiga aliança que foi cumprida em Cristo e que inaugura uma nova aliança que nos livra dos preceitos da Lei. Em segundo lugar, mesmo que se aplique a nós é preciso definir uma coisa: O que é o Melhor Desta Terra? Sabemos que com a entrada do pecado na humanidade, a terra foi amaldiçoada, produzindo espinhos e abrolhos e aguarda a sua redenção (o que ainda não ocorreu). Logo, se ligarmos este texto a bens materiais então sabemos que não há nada de bom neste mundo. Mas se olharmos pelo aspecto espiritual, então o Melhor desta terra é a Presença de Deus em nossas vidas nos alimentando com o Pão Vivo que desceu do céu. "Pois o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo" (Romanos 14:17).

Conclusão


Precisamos, com urgência, rever nossos conceitos e valores cristãos para não tropeçarmos durante a caminhada. Não é errado ter dinheiro, conquistas materiais, etc. Mas colocar estas coisas acima de Deus a ponto de abandoná-lo por elas é pecado de idolatria. Jesus nos deu inúmeros exemplos de que devemos viver de forma simples, sincera e honesta. Trabalhando para nosso sustento e acima de tudo orando e vigiando e anunciando a Salvação. Dígitos em contas bancárias não compram nossa passagem para o Reino de Deus. Relacionamentos de Contos de Fadas não são pré-requisitos para uma vida de comunhão com nosso Criador. Precisamos voltar a essência do Evangelho e viver uma vida dedicada ao nosso Pai que está nos céus, confiantes, pela fé, de que um dia estaremos para sempre com Deus, com Jesus e com o seu Santo Espírito.

Pense nisso...

quinta-feira, 11 de abril de 2019

No Brasil a Liberdade tem lado e Cor

Tenho notado que: Aqui no Brasil a liberdade tem lado e Cor e não é do meu e nem do seu.
Nesta quinta feira, acordamos com a notícia de que o humorista, comediante e apresentador de TV, Danilo Gentilli foi condenado, em primeira instância, a cumprir seis meses  e vinte e oito dias de prisão, em regime semi-aberto, acusado de injúria contra a deputada Maria do Rosário (PT). Aquela que chamou o, então deputado, Jair Bolsonaro, de estuprador, quando o mesmo dava uma entrevista onde defendia penas mais duras contra estupradores. Mas primeiro vamos refrescar sua memória para entender melhor o caso do Gentilli.

A confusão começou quando o comediante publicou em seu Twitter uma nota sobre a referida deputada referindo-se a mesma com termos de baixo calão e após algum tempo recebeu uma moção de censura da referida deputada. Em tom irônico e de mal gosto, diga-se de passagem, fez um vídeo onde rasgou a tal moção, esfregou em suas partes íntimas e colocou de volta no envelope prometendo enviar de volta para Brasília.

Indignada, a deputada entrou com recursos e conseguiu que o mesmo fosse condenado. Deste caso tiramos algumas verdades e aprendemos um pouco sobre como funciona a cabeça de grande parte dos políticos.

Os Revoltados


O apresentador do The Noite, pelo SBT, é conhecido por sua irreverência e deboche em relação a classe política e costuma satirizar, musitas vezes de forma ofensiva e com uma boa dose de humor negro e sarcasmo, todos os políticos, sem distinção de ideologia, cor partidária e localização geográfica. Mas o mais interessante é que, apenas PT e PSOL se valem do poder estatal para censurá-lo. Esta prática dos dois partidos, que parecem gêmeos briguentos, soa muito estranha, uma vez que suas pautas sempre foram a da defesa da liberdade de expressão, pelo menos no discurso.

A Hipocrisia


Outro fato a se considerar: a mesma deputada, defensora da ideia de que cadeia não resolve, ao defender marginais, assassinos e estupradores, quer calar a voz de um brasileiro que trabalha, gera empregos e tem o péssimo costume de não se dobrar diante dos desvairos da classe política. Balança de pesos diferentes parece ser recorrente em ideologias mais autoritárias. Onde defecar em público sobre a foto de um político é tido como manifestação legítima e achincalhar  outros políticos em seu perfil na internet é visto como ofensa. A lista de incongruências é interminável.

Com que Dinheiro?


Esta é uma pergunta que todos deveriam fazer antes de emitir uma opinião contra ou a favor de um ou de outro. Enquanto o humorista, faz suas performances, mesmo as de mau gosto, com seus próprios recursos, fruto do seu trabalho. A "nobre" deputada utiliza a máquina estatal, mantida com dinheiro dos impostos espoliados do acusado, bem como gasta seu tempo que também é pago pelo acusado e por todos os demais brasileiros, para cercear a liberdade de expressão, garantida pela constituição, quando deveria estar buscando soluções para a segurança dos brasileiros que a sustentam. Esta é a grande ironia do Estado. Ver o fruto do seu trabalho sendo utilizado para coisas que você abomina.

Os Limites do Humor


Quais são os limites do humor? Até que ponto temos o direito de manifestar a nossa opinião sobre determinadas pessoas, principalmente se esta pessoa for alguém que é paga com dinheiro roubado dos cidadãos? Eu entendo que deve haver reciprocidade. No mundo verdadeiramente livre o único impedimento para o exercício da liberdade é a liberdade dos demais. Ao ofender a parlamentar, em nenhum momento foi vedado o direito da mesma de utilizar as redes sociais para responder as tais injúrias. Ao fazer um vídeo e postar nas plataformas digitais, o réu não impediu que a petista fizesse o mesmo. Mas no momento em que  a ofendida se vale do poder do estado para calar uma voz, ai sim vemos um problema, pois ela continuará tendo voz ativa.

Conclusão


Não estou defendendo, em hipótese alguma, os comentários ofensivos do apresentador. Mas considero extremamente perigosas estas práticas no sentido de cercear a liberdade de expressão. Pois embora muitas vezes as queixas pareçam justas, podem abrir precedentes para impedir a livre manifestação de opinião. Nunca permita que o Estado se agigante pois ele certamente irá lhe sufocar, usando a força para eliminar os contrários. Pessoas como esta mulher, são insanas, perigosas, espalham ódio. Basta ver seu comportamento, quando é questionada. 

Antes que você diga: se fosse com você, não estaria do lado dele! Primeiro: Não estou do lado de ninguém. Apenas defendo o direito que as pessoas tem de expressar suas opiniões. Segundo: Já passei por isso. Fui duramente ofendido, em uma rede social, por uma pessoa por quem sempre nutri grande apreço, mas que já partiu deste mundo. Fiquei bastante triste com as inverdades que ele falou a meu respeito. Sabe o que eu fiz. Nada! Não exclui o contato, não denunciei, não rebati, mesmo podendo ter feito isso. Não abri um processo! Deixei pra lá. Sabe o que aconteceu? O assunto morreu. Minha vida não foi afetada. E continuo tranquilo.

Pessoas que se deixam levar por coisas tão insignificantes, geralmente são pessoas que não se aceitam. São pessoas infelizes que só conseguem minimizar suas próprias dores ao imputar uma vitória sobre outras. Sã miseráveis, pobres, cegos e nus.

Pense nisso!

domingo, 7 de abril de 2019

Modos & Estilos #024 - Led Zeppelin II - Um Clássico Cinquentenário

Há 50 anos atrás, depois do sucesso do álbum de estréia, o Led Zeppelin lançaria seu segundo álbum que é sem dúvida um dos melhores discos da história do rock, o Led Zeppelin II
 by David Juniper
O Led Zeppelin é uma  banda primorosa em todos os aspectos. Cada álbum é único, especial e surpreendente. Sua trajetória é inigualável, sempre andaram contra a maré e se dependesse da crítica "especializada" teriam desistido de fazer música. Mas este quarteto inglês capitaneado pelo mago musical Jimmy Page sempre seguiu em frente e andou a frente de seus contemporâneos. Depois de um disco de estréia simplesmente arrasador, lançado em 12 de janeiro de 1969, a Atlantic Records entendeu que a banda não deveria perder tempo e em abril do mesmo ano iniciaram-se as gravações do próximo álbum. Estas sessões se estenderiam até agosto de 1969 em foram feitas em diversos estúdios em diferentes locais dos Estados Unidos e Inglaterra durante as turnês da trupe britânica.

Apesar de toda a produção ter sido capitaneada por Jimmy Page, é necessário destacar o excelente trabalho do engenheiro de áudio Eddie Kramer que conseguiu a façanha de imprimir ao álbum uma massa sonora coesa que não deixa perceber a quantidade de locais em que ele foi gravado. Eddie, além do Led, trabalhou com artistas como: Emerson Lake & Palmer, Yes, Triumph, Kiss, Jimi Hendrix, The Beatles, The Rolling Stones, David Bowie entre muitos outros.

by Manfred von Richthfen “The Red Baron.”
O disco com suas nove faixas foi lançado oficialmente em 22 de outubro de 1969 e chegou ao primeiro lugar nos USA e na Inglaterra. Premiadíssimo, figura entre os álbuns mais vendidos da história. Só nos Estados Unidos foram 12 milhões de cópias. A arte da capa foi feita com base em uma foto da Divisão Jagdgeschwader 1 da Força Aérea Alemã. Foram colocado além dos rostos do quatro músicos as imagens do empresário da banda, Peter Grant e Richard Cole. a atriz Glynis Johns, Mary Woronov e o astronauta Neil Armstrong.

As Músicas


Sem sombra de dúvida o carro chefe é a aclamada Whole Lotta Love, com seu riff arrebatador que foi copiado de uma música de Willie Dixon, além de outros petardos como Heartbreaker, The Lemon Song, Moby Dick e Bring It On Home, todas derivadas do Blues e que servem de escola para as futuras bandas de Heavy e Hard que surgiriam. Até hoje, ainda é considerado como um dos álbuns mais influentes do rock.

Minhas impressões


Eu adquiri e ouvi este disco, pela primeira vez, em 1974. O impacto num menino de 12 anos foi definitivo para moldar o tipo de música que iria me influenciar para sempre. Lógico que hoje, 45 anos após a primeira audição, muita coisa mudou, mas mudou para melhor. Atualmente, entendendo um pouco mais de rock e de música é que consigo compreender a importância deste trabalho. Trata-se de um divisor de águas numa época em que talento e qualidade brotavam de todos os cantos. Destacar-se num cenário como este era uma tarefa árdua. A genialidade de Page, o talento musical de Jones, a interpretação magistral de Plant e a performance precisa e arrasadora de Bonhan saltam a cada faixa.

Confesso que é difícil para mim eleger uma música desta obra prima. Cada música tem sua magia, seu poder. What Is And What Should Never Be é envolvente com seus claros e escuros, luzes e sombras se sobrepondo, The Lemon Song com Jonesy dando uma aula de contra-baixo, até mesmo a balada melodramática Thank You de Plant para Maureen com seus vilões, texturas e um vocal perfeito. O lado B abre com Heartbraker e seu riff que influenciou muita banda por este mundão, a música emenda com outro bólido chamado Living Loving Mad. Na sequencia, Ramble On, um folk de arrepiar que se intercala com momentos de pura energia. A banda ainda ousa mais uma vez apresentando a peça instrumental Moby Dick onde Bonhan mostra o mega músico que era. Para fechar, a embriagante Bring It on Home, outra construída encima do talento de Dixon. Blues é tudo de bom.

Não sou daqueles saudosistas fanáticos que pensam que o rock acabou nos anos 80. Existem muitas bandas excelentes atualmente, mas só houve um Led Zeppelin e definitivamente não haverá outro.

Ouça e se deleite...