quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

O Sagrado e o Profano em Nosso Cotidiano

Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus. 1 Coríntios 10:31
Nos meus 18 anos de vida cristã (atingi a maioridade) tenho visto pessoas sacralizando ou satanizando coisas de uma maneira nada sábia. Mas quando leio o texto de paulo em 1 Co 10.31 eu entendo que o que realmente importa para Deus não é o que fazemos mas sim como fazemos, qual a razão de fazermos isto ou aquilo. Como cristão, não podemos ter dois modos de vida, ou estar no meio do caminho. Ou somos ou não somos. O viver cristão deve ser completo, integral e não pode colocar o sagrado e o profano num lugar comum.
Tiziano - Amor Sacro y Amor Profano (Galería Borghese, Roma, 1514)
O que eu quero dizer é que o cristão deve ter um viver sagrado em todo o tempo, em tudo o que faz. Se você vai ao culto da sua igreja ouvir uma pregação este momento deve ser sagrado e se você vai ao supermercado fazer suas compras este também deve ser um momento sagrado, um ato sagrado.

E como eu determino se uma ação é sagrada ou profana. O texto paulino é claro e direto ao dizer: "fazei tudo para a Glória de Deus". Quando colocamos o nosso foco em Deus, tudo o que fizermos deve ser pensando em glorificar a Deus ou pelo menos que Ele não seja envergonhado nas nossas atitudes.

Por exemplo: Eu toco numa banda punk cristã. Quando estamos ensaiando ou nos apresentando, é um momento sagrado. É obvio que estamos nos divertindo e fazendo o que gostamos, mas nos divertimos, rimos, executando o que gostamos para que Deus seja glorificado através de nossas ações. Este foco transforma o ato em algo sagrado.

Temos que entender que Deus ao nos criar, o fez para a Sua glória. E nos deu capacidades, inteligência, talentos e uma individualidade para que Ele seja glorificado em nós. Então, o que quer que façamos pode ser algo sagrado, quando Deus é glorificado, ou profano, se não tiver Deus como objetivo central.

É isso! Deixo uma dica: o livro O Sagrado e o Profano na Cultura Pop escrito por Abner Melanias do site Achando Graça. O livro pode ser baixado gratuitamente. Um abraço. 

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Por que gravar um álbum DIY?

Você sabe o que é DIY? Trata-se do da abreviação de Do It Yourself, algo como: Faça Você Mesmo. A prática embora seja algo que sempre existiu, ganhou força com a cena punk inglesa no fim dos nos 70 e início dos 80. Basicamente o DIY acontece quando o indivíduo realiza algo fora dos padrões "convencionais" ou a margem dos meios "oficiais". É bastante utilizado na produção cultural mas vem ganhando força em outras áreas: tecnologia, construção, etc. A iniciativa do Linux é um ótimo exemplo disso. Mas vamos nos ater a produção cultural.


Quando resolvemos gravar nosso primeiro álbum, após muita conversa optamos pelo método DIY, ou seja, nós mesmos vamos executar todo o processo de gravação, mixagem e masterização das faixas do álbum bem como a produção dos CDs, capas, etc. Porque optamos por isso? Porque é honesto e legal. Poder ver este álbum acontecer, cada passo, cada erro, cada acerto é como criar um filho. Não temos ideia do resultado final, mas temos a certeza de que será honesto e terá o nosso DNA impregnado em todo o processo de produção. Tivemos até uma proposta, muito boa, de pessoas altamente capacitadas tanto tecnicamente quanto musicalmente e podem até dizer que somos loucos o que é verdade. Mas recusamos, não porque somos melhores, não é isso! Mas porque queremos realizar algo que seja nosso de verdade.

Desvantagens

Creio que a maior desvantagem em gravar um álbum sem a produção de alguém que já está no ramo é que você terá que aprender aquilo que ele já sabe. Este aprendizado implica em mais tempo para atingir os resultados desejados. Outro fator são os equipamentos pois com seus próprios recursos você não terá a sua disposição tantos modelos de mics, amps, etc. Mas quem disse que isso é problema, veja um exemplo do produtor Paulo Anhaia em seu projeto Mix In The Box. Mas existem as vantagens.

Vantagens

Por outro lado eu vejo muitas vantagens em se optar pela produção própria. Então vamos a elas:

  • Aprendizado - O conhecimento que podemos adquirir com uma empreitada destas não tem preço, pense quantos cursos seriam necessários.
  • Controle - Se a sua curva de aprendizado for boa, seu controle sobre o resultado final será melhor, pois por mais que um produtor seja bom só você sabe o som que está na sua cabeça.
  • Satisfação - É algo que também não tem preço. O prazer de apresentar algo que você mesmo fez é muito massa. Recentemente soube de um grupo que lançou um CD mas grande parte do instrumental foi gravado por músicos de estúdio. Ficou tufo perfeito, lindo e maravilhoso mas não são os caras que estão tocando! Que graça existe nisso?
  • É totalmente Punk - Essa coisa de meter a mão na massa e sair do establishment é totalmente punk rock.
Então, essas são as razões pelas quais resolvemos gravar por nossa própria conta e risco. E pode ter certeza. Vai ficar bom!

sábado, 29 de novembro de 2014

Modos & Estilos #04 - Coletânea SUB

Há 43 anos eu ouvi The Dark Side Of The Moon, do Pink Floyd pela primeira vez e imediatamente fui fisgado pelo rock. Depois daquela data memorável eu me tornei um consumidor voraz de música boa (na minha concepção). Ouvi de tudo: Rock, Hard, Metal, Prog, Jazz, Blues, MPD, Música Erudita, Chorinho, Bossa Nova, Punk e tanta coisa que nem lembro direito.


Muitos álbuns foram importantes na construção da minha identidade musical, mas teve um que foi crucial, transformador. A coletânea SUB, lançada em 1983 pelo selo Estúdios Vermelhos do saudoso Redson, foi como um petardo no meu cérebro. Foi com este disco que eu compreendi o verdadeiro significado de engajamento e descobri a força do DIY.




Vamos ao disco

Quatro são as bandas que participam da coletânea: Cólera, Ratos de Porão, Psykóze e Fogo Cruzado. ao todo são 24 músicas. A qualidade da gravação é limitada pois os recursos eram poucos e os estúdios não tinham nenhuma experiência em gravar som pesado. Mas a garra, a vontade de fazer superaram os obstáculos e este disco entrou para a história, não apenas do punk mas da música no Brasil.

Ratos de Porão

  • Parasita
  • Vida Ruim
  • Poluição Atômica
  • Não Podemos Falar
  • Realidades da Guerra
  • Porque
O RDP ainda sem o João Gordo mostra-se extremamente rápido. Apesar da crítica social a banda já mostrava um certo deboche com os mais variados assuntos. Destaque para Vida Ruim, uma música simples e objetiva e a primeira que eu tirei para tocarmos na nossa banda "Os Maus Elementos".

Cólera

  • X.O.T
  • Bloqueio Mental
  • Quanto Vale a Liberdade
  • Histeria
  • Zero-Zero
  • Sub-Ratos
O que dizer do Cólera. sem dúvida foi e ainda é o grande nome do Punk Rock nacional e da música brasileira. Desde o início percebe-se uma preocupação com as letras e com o clima que as músicas passam, como é o caso de Histeria. Na época tocávamos X.O.T, mas sem dúvida o grande hino deste disco e da banda é Quanto Vale a Liberdade.

Psykóze

  • Terceira Guerra Mundial
  • Buracos Suburbanos
  • Fim do Mundo
  • Vítimas da Guerra
  • Alienação do Homem Moderno
  • Desilusão
O Nome da banda já deixa claro o estilo da mesma. Um punk psicótico que passa uma ideia de desespero total em relação a realidade da época. Destaque para a faixa Buracos Suburbanos.


Fogo Cruzado

  • Desemprego
  • União Entre os Punks do Brasil
  • Delinquentes
  • Inimizade
  • Punk Inglês
  • Terceira Guerra
Na minha opinião uma banda excelente. Tinha uma pegada muito legal. O bacana é ver que os caras ainda estão na ativa. 


Resumindo: A coletânea SUB foi um marco, ao lado da coletânea "Grito Suburbano" foi um marco na história do movimento e deu um start na galera que tinha algo para produzir mas vivia a mercê do establishment. Mas no meu caso o SUB foi uma influência definitiva.

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

O Punk Não Morreu!

Estava acompanhando um tópico sobre punk em um grupo no face. Fico vendo essa galera mais nova se odiando por causa de punk isso e aquilo. Tem os puristas defendendo a idéi de que o cara só é punk se ouvir punk, vestir punk, namorar punk, tretar punk, etc. 

Na verdade a maioria não tem ideia do que é e o que representa o movimento punk. Então resolvi dar uma palhinha daquilo que eu vi e vivi mas não é nada definitivo, pois afinal, punk é acima de qualquer coisa, liberdade.


Vou me ater mais a questão da música. O chamado punk rock foi nada mais do que uma alternativa a cena musical que imperava nos anos 70. O rock que sempre foi algo juvenil e descontraído havia dado lugar a performances de virtuoses em solos de meia hora. Foi o boom do progressivo. Eu mesmo ouvi muito ELP, Triumvirat, Genesis, Focus, Nektar, Jethro Tull, Rush, Supertramp, Yes e por aí vai. O problema é que tudo isso se tornou inaccessível para garotos simples e sem grana.

Foi nesse cenário que surgiram bandas como: New York Dolls, Stooges, MC5 e Ramones fazendo rock'n roll simples e direto do lado de cá do Atlântico e Stiff Little Fingers, The Stranglers, Sex Pistols, The Clash e U.K. Subs do lado de lá. O que estas bandas fizeram foi mostrar que, pessoas comuns como eu e você, poderiam fazer sua própria música, se divertir e expor suas idéias.

No Brasil não foi diferente. A primeira fase do punk brasileiro abarcou uma galera que ouvia rock, muitos já tocavam e simplesmente se apaixonaram pela ideia, pelo estilo! O primeiro álbum punk que eu comprei foi em 1982, The Great Rock 'n' Roll Swindle dos Sex Pistols trilha sonora do documentário homônimo


Fui imediatamente impactado pelo som selvagem e debochado dos súditos da rainha. Mas o que realmente me fisgou foi o punk nacional. Foi em 1984 que escutei pela primeira vez a coletânea SUB com as bandas Cólera, Ratos de Porão, Psykoze e Fogo Cruzado.


Dai pra frente foi só alegria. Comprei uma guitarra consegui tirar sozinho (Nossa! Kkkk) Vida Ruim do RDP e montei a banda Maus Elementos junto com uns amigos. Depois disso veio a Paz Armada.

Naquela época havia uma cumplicidade entre os punks, partilhava-mos instrumentos, equipamentos, transporte, local para ensaiar. Tínhamos posicionamento político e social. Havia um consumo constante de cultura, arte, poesia, música, teatro, cinema, etc. A cena punk influenciava o mundo imediatamente ao seu redor. Rolavam vídeos, fanzines, etc.

Depois de um tempo pensaram que o punk havia morrido, acabado; mas como estavam enganados. O movimento prosseguiu, selos surgiram, estúdios, filmes, livros, tudo mudou. É evidente que algumas coisas foram absorvidas pelo sistema e repaginadas e hoje vemos pessoas pagando fortunas por uma calça rasgada, moicanos em cabeças ocas, piercings em qualquer boca.

Algumas coisas foram adaptadas ao novo mundo: fanzines viraram blogs, fitas k-7 deram lugar ao mp3 e a internet se tornou o grande mural do underground. Mas o legado ficou. Descobrimos que não precisamos de ninguém para por em prática nossas idéias. O DIY virou realidade. O Punk Não Morreu! Só ficou mais velho, teve filhos e sabe muito bem o que quer e como conseguir!

Banda Cólera - Na Ativa Por Mais de 30 Anos


sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Sistemas sem Frescuras - #03 - CSS

Chegamos a terceira aula do nosso curso. Neste capítulo e no próximo vamos focar nas CSS. Quando criamos uma página web ou sistema baseado em browser (navegador) devemos separar o conteúdo da forma, ou seja: Enquanto o HTML-5 efetua a marcação do conteúdo, criando a semântica da página, o CSS se encarrega da forma como este conteúdo será apresentado ao cliente.

CSS é a sigla, em inglês, de Cascading Style Sheet que traduzido para o português significa Folha de Estilo em Cascata. Em resumo, são arquivos de texto que reúnem um conjunto de regras que atua sobre os marcadores do HTML.

Sintaxe

Como toda e qualquer linguagem, a CSS tem uma sintaxe que é baseada em: Seletor, Parâmetro e Valor, onde:
  • Seletor é o marcador HTML onde se quer atuar. Ex.: <h1>, <p>, <div>;
  • Parâmetro é a característica do seletor que será afetada. Ex.: cor, posição, visibilidade;
  • Valor é a medida utilizada no parâmetro. Ex.: vermelho, a direita, invisível.
Estas informações são apresentadas na forma de código, conforme a ilustração a seguir:


Arquivos externos

A melhor maneira de implementar o código CSS em uma página ou grupo de páginas é  utilização de um arquivo css externo. Existem três vantagens principais nesta prática
  • A marcação e a formatação ficam totalmente separadas.
  • Alterações de forma em um projeto ficam mais simples.
  • Podemos reutilizar estilos em outros projetos.
Conforme a figura acima, vemos que com uma única folha de estilos css podemos configurar o visual de vários arquivos html. Se desejarmos implementar uma mudança no lay-out basta trocar o arquivo css.

Espero que você goste desta aula.


Até a próxima.

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Porque Resolvemos Gravar um Álbum

Não sei se vocês sabem, mas eu faço parte de uma banda. Chama-se Holy Factor. Fazemos um estilo Punk Rock Old School com temática cristã. Apesar do projeto ser antigo a banda é bem nova. Começamos a ensaiar em agosto de 2013 e nossa estréia foi em 17 de novembro daquele ano. Na metade deste ano (2014), nosso guitarrista Rafael Tonetti sofreu um acidente que o deixou impossibilitado de tocar  por algum tempo. Por conta disso, nosso então baterista David Vulcanis (Meu filho) assumiu a guitarra o baterista Raphael Wilbert (outro Raphael) assumiu as baquetas da banda. Estamos com esta formação: Luis Vulcanis - baixo e voz, David Vulcanis - guitarra e Raphael Wilbert - bateria, aguardando o retorno do Rafael Tonetti.

Banda Holy Factor
Com essa formação a banda ganhou um feeling totalmente novo que nos levou a tomar uma decisão: vamos gravar um álbum. Mas nós somos pessoas comuns com famílias e nossa condição financeira não lá estas coisas. Então como fazer? Foi aí que surgiu a ideia de arrecadar o dinheiro, junto aos nossos amigos e incentivadores, uma prática comum, atualmente, conhecida como crowdfunding. Nesta prática cada valor doado corresponde a um tipo de recompensa para o patrocinador ou financiador. Fizemos um vídeo explicativo que você pode conferir abaixo: O Vídeo foi retirado do ar pela própria banda.
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Você pode fazer sua contribuição diretamente no site através do  link a seguir: holyfactor.com/patrocinio.php. Se preferir contribuir diretamente pode entrar em contato pelo nosso canal no Facebook em facebook.com/holyfactor ou pelo twitter em twitter.com/holyfactor

Estamos na fase de escolhas das músicas design das capas pois o álbum tera mais de uma capa desenhadas por artistas diferentes, definição do material para capa e encarte, tudo para te oferecer um trabalho diferenciado e de ótima qualidade.

Enquanto o álbum não sai você pode curtir um trecho da apresentação da banda, durante o último Rock com Pastel realizado em 15 de novembro deste ano.
Este vídeo foi retirado a pedido do antigo baterista da Holy Factor.
Contamos com você para que este material saia logo e fique o registro da nossa passagem nesta terra. Grande abraço!

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Sistemas Sem Frescuras - #02 - Tabelas, Formulários e CSS

Olá, bem vindo a segunda aula do curso Sistemas sem Frescuras. Nesta aula foi feita uma revisão do conteúdo anterior (a pedidos). O tema principal da aula são as tabelas e formulários e uma rápida introdução ao conceito das CSS que será abordado com mais profundidade na próxima aula.


Também estamos disponibilizando os arquivos utilizados na elaboração desta aula que bodem se baixados no link a seguir: Arquivos da Aula 2

Se alguma coisa não ficou clara, poste sua pergunta que eu terei o maior prazer em tirar suas dúvidas. Um abraço e curta o conteúdo!