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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

O Vírus

Se você está pensando que eu vou falar sobre dengue, zica, chicungunha e afins; se enganou meu bem! Este post é para analisar um outro tipo de contaminação muito mais letal e que tem levado milhões a depressão e ao desespero. O vírus do TER.


Não estou aqui para pregar voto de pobreza. Entendo que enquanto estamos neste periférico mundo temos uma série de necessidades naturais que não podem ser deixadas de lado. Já falei sobre estas necessidades, em outra postagem, que a saber são: Ar, Água, Alimento, Agasalho e Abrigo. Enquanto seres sociais dependemos, ainda, da comunicação com outros semelhantes, promovendo relacionamentos. Tenho perfeita ciência de que o crescimento populacional aliado a dispersão geográfica das tribos humanas incentivou a criação de mecanismos facilitadores da interação entre indivíduos. Eu mesmo, estou sentado a frente de um laptop escrevendo este texto que será distribuído pela grande rede. Nada disso é ruim.

O ponto onde quero chegar é aquele que divide a fronteira entre o que necessitamos e o que desejamos. Entre as várias classificações para conceituar o desejo, uma me chama a atenção. Desejo pode ser compreendido como impulso, ou seja: aquele que deseja pode, em alguns casos, estar sendo impulsionado a desejar. Na minha ignorância, penso que se somos impulsionados, este impulso é de origem exterior a nós mesmos, logo somos impulsionados por algo ou alguém. Mas quem ou o que nos impulsiona?

No mundo capitalista em que vivemos tudo depende da circulação do capital para que o fluxo da existência não se interrompa. A maneira mais prática para manter esta roda viva a pleno vapor é o livre comércio. Alguém produz algo que outro alguém precisa e fornece o produto em troca de capital que será usado para atender as suas necessidades. É prefeito! Uma sociedade onde todos produzem com liberdade para adquirir com igual liberdade. Mas nem tudo são flores e logo um produtor desejou ter duas casas no lugar de uma e por falta de capital chegou a conclusão que precisava vender mais para possuir mais. Mas como vender mais numa sociedade que já tem o que necessita? Criando novas necessidades. O final da história, creio que você já sabe.

Criamos a maior arma de escravidão humana jamais pensada antes. Criamos o consumismo. É por conta deste vírus implantado nas mentes das pessoas, por uma mídia altamente eficaz em seus propósitos, que o consumismo tem cativado, atraído e aprisionado bilhões de pessoas. Criamos uma geração zumbi, sedenta pela próxima novidade e capaz de qualquer coisa lícita ou não para possuí-la. Convertemos as relações humanas em competições onde quem pode mais chora menos. Deixamos de ver o próximo para enxergar apenas adversários que devem ser derrotados a todo custo. Criamos nosso próprio deus que sussurra amigavelmente em nossos ouvidos palavras de incentivo a sermos o que bem quisermos e nos ensina que o prazer está acima de todos os sentimentos. 

Que o bom e verdadeiro Deus tenha misericórdia de nós!

domingo, 21 de fevereiro de 2016

Crentes Vingativos - Eles existem, infelizmente!

Fala galera! para complementar a postagem sobre o mesmo assunto, compartilho aqui este vídeo que publiquei no meu perfil no Youtube. O assunto é basicamente o mesmo da postagem mas sempre tem algum elemento novo eimpressões que não consigo passar pela mensagem escrita. Assista e dê sua opinião.




Aproveite e assita outros vídeos do canal em: https://www.youtube.com/user/professorluis
Grande abraço...

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

O Consumo Que Nos Consome

Vivemos um período de consumo como nunca se viu antes na história da humanidade. O novo smartphone que ficará obsoleto em três meses, o carro com faróis de led e acesso a internet, eletrodomésticos que interagem com seus donos, tecidos especiais, comidas especiais, games, filmes, séries, a casa nova, o piso novo, móveis novos, a casa ficou velha, a reforma, a cirurgia corretiva, a academia, os complementos alimentares, o remédio para combater os efeitos dos complementos, a técnica para combater os efeitos dos remédios, o segundo emprego, o terceiro emprego, a graduação, a pós, o mestrado, a promoção, a casa ficou velha de novo e não combina com seu novo cargo, outro carro, a escola para os filhos, a babá para os filhos, a faculdade dos filhos, nunca viu os filhos, ficou velho, morreu, não viveu, não sorriu, não se divertiu.

É óbvio que estou exagerando, mas é isto que vemos todos os dias, em uma escala menor e as vezes até maior. As pessoas sempre com pressa para acompanhar a moda e tirar selfies nos shoppings e postar o mais rápido possível para obter muitos likes e ter a sensação de que é relevante, importante, que tem muitos amigos.

Como diz o dito popular: gastando o que não tem para ser o que não é e mostrar para quem não liga. Esta onda de consumismo tem transformado as pessoas. Não há mais envolvimento emocional e passamos a ser julgados não pelo que somos mas pelo que temos. Este esfriamento das emoções vai paulatinamente minando os sentimentos. Por exemplo: a poucos dias assisti um vídeo de uma briga entre dois adolescentes na frente de uma escola. Uma multidão em volta dos protagonistas dividia-se em grupos: um grupo apenas observava, outro incitava a confusão e outro registrava tudo pelos celulares. Um dos meninos foi atingido por golpes muito fortes e teve uma convulsão e ninguém fez nada até que um senhor que pertence a uma outra geração interveio e foi acudir o jovem.

Não estou aqui questionando os motivos do conflito mas sim a apatia, a sede de violência e o descaso com um ser humano. Eu pergunto: que evolução é esta que tem transformado nossos jovens em feras? Que progresso é esse, onde professores apanham de alunos em sala de aula? Em outros países onde o liberalismo e o relativismo crescem a passos largos, afirmamos que é a falta de Deus que leva as pessoas a este estado de barbárie. Mas, e no Brasil?

Somos um país onde 80% da população se declara cristã, católica ou evangélica, e a outra parte desenvolve algum tipo de espiritualidade religiosa. Que cristianismo estamos vivendo e pregando que forma jovens com sede de sangue? Sinceramente, eu não consigo encontrar uma resposta para explicar este fenômeno. Mas como cristão eu tenho uma certeza. Sei que Jesus transforma o coração e a mente do homem. Não falo apenas por fé, mas por experiência. E se as nossas igrejas não estão obtendo sucesso é porque não estão anunciando o Cristo verdadeiro que pode transformar vidas, como transformou a minha.

A igreja está doente e talvez precise muito mais de Jesus do que aqueles que ainda não o conhecem. Pois também sucumbiu aos apelos do consumo e corre atrás de viabilizar seus projetos que já não são mais de salvação mas de expansão de seu império e esquece que deveria propagar o Reino. E o Reino de Deus não se obtêm com um cartão de crédito!

sexta-feira, 31 de julho de 2015

Thalleco Teco

Estou acompanhando já há alguns dias toda esta polêmica em torno do cantor Thalles Roberto após o mesmo ter proferido declarações a respeito dos artistas gospel nacionais. Basicamente o que ele falou foi o seguinte:

"Eu sou uma pessoa melhor que todos eles juntos cantando no mesmo palco, e eu sozinho bato em todo mundo... Hoje eu sou rico irmãos, muito mais que todos os outros cantores Gospel, talvez se somar tudo o que eles têm não da metade do que Deus me deu..."

O que dizer a respeito disso? Errou, e errou feio. Aliás, conheço alguns músicos e cantores cristãos que sozinhos, sem banquinho e violão, dão de goleada na música fácil desse menino travesso. O Thalles é um produto de uma indústria altamente lucrativa e alimentada pelo analfabetismo cultural e teológico de grande parte dos "cristãos" de hoje em dia. Pseudo música para uma geração sem Bíblia, acostumada a consumir qualquer coisa que venha embalada em plástico colorido e que está sempre com os olhos fixos em seus espelhos negros, sem olhar a sua volta e muito menos para cima. 

Mas nem tudo que ele disse é mentira, e talvez essa seja a  razão de tanta indignação. Grande parte da música "gospel" produzida e consumida em solo nacional é lixo, onde o que difere da chamada música secular, são: carruagens e cavalos no lugar de um Camaro, taças no lugar de copos, fogo e unção no lugar de sexo e balada. Mas não é sobre isso que eu quero falar.

O mi, mi, mi dos indignados...


Imediatamente, a galera afetada começou a dar seus pronunciamentos, uns mais raivosos, outros mais brandos, mas todos demonstrando indignação com o Thalleco...

Amanda Ferrari disse que ficou indignada e triste e que ele estava se colocando acima dos nossos (dela) líderes espirituais. Vanilda Bordieri escreveu no Twitter que “uns entram no templo para ver qual é o fim do ímpio, outros saem do templo para ver seu próprio fim". Bom, eu vou ao templo celebrar o Deus que eu sirvo. O Trazendo a Arca postou no Instagram uma foto dos músicos fazendo o símbolo dos 3 – marca registrada de Thalles. Cassiane aproveitou para lembrar de seus 34 anos de carreira e que é 500 graus. Não sei onde é tão quente assim! Mas ela anda meio caidinha, tem mais é que aproveitar mesmo. Nani Azevedo, Ana Paula Valadão e mais uma renca despejou sua indignação com o menino.

Não estou dizendo que eles estão errados em ficar tristes com as declarações, mas a minha pergunta é: Eles fazem música para exaltar a Deus ou para se auto promoverem? Eles são adoradores, como afirmam ser, dispostos a serem odiados, caluniados e sofrerem pelo evangelho ou são estrelas intocáveis em um palco iluminado pensando que viver em Cristo tem sabor de mel?

É só uma pergunta...


segunda-feira, 13 de julho de 2015

Esse tal de Roque Enrow!

Quem é ele? Quem é ele? Esse tal de Roque Enrow!
Um planeta, um deserto, Uma bomba que estourou
Ele! Quem é ele? Isso ninguém nunca falou!
Hoje é 13 de julho e tem uma galera comemorando o Dia Mundial do Rock. Mas será que temos o que comemorar? O rock, enquanto estilo de vida sempre foi provocador, rebelde, contestador. A história do rock é a história do rompimento com o establishment, ou seja, com as regras do sistema. O rock colocou negros e brancos para dançarem juntos em uma sociedade segregacionista, o rock criticou as guerras, questionou o Status Quo vigente, combateu a miséria e a opressão. Ganhou as ruas, levantou bandeiras e deixou o sistema quase louco a ponto de usar a força para tentar pará-lo sem sucesso. Mas o sistema sempre foi esperto e mudou suas táticas e começou a dar dinheiro, muito dinheiro para o rock. E o rock gostou de ver a grana em seu bolso e começou a gastar em festas ricamente decoradas com sexo barato e drogas caras. O rock pirou!

E viu o rock, que o dinheiro era bom! Caindo de bêbado, o rock foi ao sistema pedir mais dinheiro e o sistema lhe deu, mas também começou a fazer algumas exigências. Agora o rock já não podia contestar certas coisas e tinha que se comportar melhor, afinal haviam crianças na sala assistindo as performances do rock. Mas o rock achou que não tinha problema pois agora o dinheiro estava sobrando, mudou-se para uma mansão e comprou um jato particular. O rock já não era mais o mesmo. Perdeu o encanto e ficou restrito a meia dúzia de representantes que trabalham para o sistema e reúnem-se em grandes eventos patrocinados por grandes corporações. Velho e debilitado em virtude dos exageros químicos da juventude o rock passa mais tempo nos médicos do que nos palcos. Seus filhos são caretas e ricos demais para sair do conforto e cair na estrada e seus netos passam mais tempo nas redes sociais combinando a próxima balada e gostam de música eletrônica só para dançar.

As vezes ele lembra dos velhos tempos, mas os cabelos brancos já não combinam com a rebeldia do início. Dizem que ele esta vivo mas na verdade é só um sósia, um ator profissional que finge ser rock mas que foi formatado em algum laboratório de propriedade do sistema que lucra mais e mais e da boas gargalhadas com os rebeldes de hoje, tão corretos politicamente, tão inofensivos criticamente e tão patéticos ideologicamente. Ele já não é aquele menino sabido da musica da Rita Lee.



Ela nem vem mais pra casa, doutor. Ela odeia meus vestidos,
Minha filha é um caso sério, doutor. Ela agora está vivendo
Com esse tal de... Roque Enrow, Roque Enrow, Roque En...

Ela não fala comigo, doutor, Quando ele está por perto
É um menino tão sabido, doutor, Ele quer modificar o mundo
Esse tal de Roque Enrow, Roque Enrow

Roquem é ele? Quem é ele? Esse tal de Roque Enrow?
Uma mosca, um mistério, uma moda que passou
E ele, quem é ele? Isso ninguém nunca falou!

Ela não quer ser tratada, doutor, e não pensa no futuro
E minha filha está solteira, doutor, ela agora está lá na sala
Com esse tal de Roque Enrow, Roque Enrow, Roque En...

Eu procuro estar por dentro, doutor, dessa nova geração
Mas minha filha não me leva à sério, doutor, ela fica cheia de mistério
Com esse tal de Roque Enrow, Roque Enrow

Roquem é ele? Quem é ele? Esse tal de Roque Enrow?
Um planeta, um deserto, uma bomba que estourou
Ele, quem é ele? Isso ninguém nunca falou!

Ela dança o dia inteiro, doutor, e só estuda pra passar
E já fuma com essa idade, doutor, desconfio que não há mais cura
Pra esse tal de Roque Enrow, Roque Enrow, Roque Enrow
Roque En...row

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Tolerar é Preciso!

Eu, porém, vos digo que não resistais ao mau; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra; Mateus 5:39
Nesta semana que passou tivemos as atenções da mídia voltada para o episódio envolvendo o jornalista Ricardo Boechat que faz parte do cast da BAND e o Pr. Silas Malafaia. Foram trocadas farpas e insultos que culminaram com declarações de baixo nível por parte do jornalista. Mas vamos aos fatos: as controvérsias começaram apos um pronunciamento do jornalista sobre o caso de uma menina de 11 anos, adepta do candomblé, que foi atingida por uma pedrada. De acordo com o jornalista, a menina foi agredida por evangélicos e ainda afirmou que os pastores, neo-pentecostais, incitam este tipo de comportamento em seus fiéis.

A acusação...

Até o momento em que escrevo este artigo nada foi apurado, sem imagens (tão comuns atualmente) apenas o depoimento de algumas testemunhas de que dois homens com bíblias nas mãos foram os autores da agressão. Recentemente tivemos o caso de uma menina evangélica agredida na escola e ninguém falou de intolerância religiosa, em Curitiba, católicos foram agredidos por ativistas LGBT, todos os dias centenas de pessoas são vítimas da violência, sejam eles umbandistas, cristãos (católicos e protestantes), espíritas, budistas, ateus e por aí vai. Dai partir para uma acusação leviana de que pastores das igrejas neopentecostais incitam a violência já é demais. O jornalista errou feio ao fazer este tipo de afirmação.

A resposta...

Indignado com a afirmação do jornalista, o Pr. Silas Malafaia, que não é neo-pentecostal, publicou no seu Twitter a seguinte afirmação: "Avisa ao jornalista Boechat , que está falando asneira, dizendo que pastores incitam os fiéis a praticarem a intolerância.Verdadeiro idiota." Silas erra feio aqui. Poderia ter se pronunciado até mesmo citando o jornalista mas de uma forma mais educada.

Baixando o nível...

Imediatamente o jornalista respondeu ao vivo fazendo sérias acusações ao pastor e usando de termos de baixo calão que não convém a alguém que se diz profissional. O jornalista deixa bem evidente o seu ódio pelo pastor Silas e desrespeita a audiência. Errou e muito.

Todos estão errados...

Ninguém está certo nesta história, a imprensa em acusar os evangélicos sem provas concretas, o jornalista em generalizar a conduta de pastores e não respeitar os seu público, o pastor Silas em ficar procurando confusão, os caras que atiraram a pedra, enfim! A pergunta que fica é: a quem interessa esta polêmica toda? Quem está tirando proveito disso? Quem irá se beneficiar de uma guerra ideológica em nosso país? Resposta? Quem está no poder. Fica claro que ha uma manipulação para manter os brasileiros desunidos, raivosos e com isso enfraquecidos para enfrentar a exploração dos detentores do poder.

Nosso dever...

Como cristãos, nosso dever não é incitar o conflito mas promover a paz e o diálogo, dando o bom testemunho da transformação em nossas vidas e mostrando a todos que é possível sim construirmos um mundo melhor para todos. Nossa conduta serve para promover o bem, nossa fé é para salvação e isso vem de Deus e não de nós.

Meu apelo...

Não assisto a BAND, nem a Globo, nem a Record, não escuto o Boechat, pois é uma pessoa que não tem nada para me acrescentar, já ouvi muito o Pr. Silas e gostava de suas pregações mas atualmente não posso compactuar com ele, mas como irmão em Cristo posso pedir a ele que volte a pregar o Evangelho do Reino como ele fazia antigamente. Sei que ele não vai ler este artigo, então eu oro.

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Diga ao povo que marche

Então disse o Senhor a Moisés: Por que clamas a mim? Dize aos filhos de Israel que marchem. Êxodo 14:15

Em primeiro lugar, quero deixar claro que eu não sou contra a Marcha para Jesus e é provável que esteja nas ruas no próximo dia 16 de maio, em Ponta Grossa, PR. O que eu quero refletir neste espaço é sobre a finalidade da marcha.

É obvio que muitos dirão que o objetivo do evento é exaltar o nome do Senhor Jesus, glorificar a Deus, declarar que a nossa cidade é do Senhor Jesus e toda aquela ladainha gospel que já estamos habituados. Mas será que é esta a mensagem que comunicaremos as pessoas que estarão observando a banda passar?

A impressão que eu tenho é de que estamos tentando mostrar que: somos muitos, somos fortes e temos poder! Uma coisa do tipo Triunfalismo Gospel Contemporâneo que manda o seguinte recado: Sai da frente se não a gente passa por cima! Temos poder para eleger um presidente! Conseguimos mudar a programação das emissoras! Etc.! Etc.! Etc.!

Eu vejo muitas mensagens mas não enxergo Jesus no meio da massa. Sabe porque? É que depois que termina a festa, tudo continua como antes. As denominações tão unidas na avenida continuam criticando umas as outras. As necessidades dos pobres e desprezados continuam as mesmas. Nossos cultos continuam sendo shows de talentos e desfiles de moda e se tirarem o beijo gay da novela vamos manter a audiência, mesmo com todas as outras abominações da trama televisiva.

Até quando viveremos nesta apostasia moderna? Por quanto tempo continuaremos cultivando nossas futilidades e vivendo de ilusões banais? Quero deixar uma pergunta para respondermos a nós mesmos: Se a igreja da qual somos membros fechar as portas hoje, a comunidade local sentirá falta dela? Se a nossa resposta for negativa, então precisamos repensar urgentemente que evangelho estamos anunciando, pois certamente não é o de Cristo.

Para nossa reflexão vou deixar lincado um vídeo do Pr. Neil Barreto que nos trás muitos questionamentos a respeito da igreja que estamos construindo.


quinta-feira, 23 de abril de 2015

Bíblias, bonés e camisetas! Compre e seja abençoado!

Tenho acompanhado a polêmica em torno do lançamento da Bíblia Apostólica Thalles Roberto Ide, que alvoroçou as redes sociais nos últimos dias. De acordo com o cantor, a ideia de lançar a Bíblia nasceu de uma constatação de que os jovens não leem as sagradas escrituras e que a sua influência, enquanto celebridade, poderia ser utilizada como incentivo a leitura do livro divino.


Deixando de lado a qualidade musical, questionável, do trabalho do Thalles, não há como negar que o moço é marqueteiro profissional. A carreira com crescimento meteórico deste mineiro, do município de Passos, vem acompanhada de um marketing feroz onde cada passo é minuciosamente planejado. Filho de pastor, Thalles cresceu na igreja Sara Nossa Terra cercado de música. Com talento de sobra o menino sonhou alto e foi para o mercado secular junto com a banda Jota Quest por cinco anos. Neste tempo conheceu muita gente, aceitou convites, participou e maravilhou-se com o mainstream. O tempo o trouxe de volta a igreja com uma bagagem comercial que poucos possuem no meio gospel.

O chamado divino (não questiono isso), atrelado ao conhecimento dos mecanismos mercadológicos lançou a jovem artista para um sucesso extraordinário. Musicalmente não há nada de novo; seu trabalho é popular, de fácil assimilação, garantindo boa aceitação e bons lucros. Não é um missionário; é um artista, profissional, que sabe muito bem o que faz. Está aproveitando o momento. Sua loja vende camisetas, bonés, livros e até a sua bíblia pessoal com direito a fotos, biografia, tudo a um precinho meio salgado para a realidade brasileira. Ou seja: ele faz exatamente o que se propôs a fazer.

Mas mudando de assunto, vi e li um monte de gente falando e escrevendo a respeito deste fato, uns de forma mais simpática e outros mais agressivos, que o cara só está interessado em lucro, que isto e aquilo e aquilo outro. Vamos considerar algumas coisas:

  • O nível de leitura do brasileiro em geral é baixíssimo.
  • Mesmo entre os que leem ainda existem os analfabetos funcionais.
  • Incentivar a leitura da bíblia é uma atitude louvável.
  • Não vi ninguém dos que criticaram, inclusive eu, fazendo algum esforço, doando bíblias, etc.
Não curto Thalles Roberto, acho sua música, uma música pobre em conteúdo, mas creio que podemos (eu e você) ser mais relevantes agindo no lugar de ficar apenas criticando. É muito fácil apontar os erros dos outros. Como igreja precisamos acordar e tirar nossos traseiros do conforto do sofá e fazer algo útil pelo Reino do qual dizemos que somos embaixadores. Deixa o Thalles pra lá! Vamos fazer algo, nos unir, ser bíblias vivas trabalhando pelo bem comum de todos, independente de cor, gênero, religião. Amando as pessoas e compadecendo-se delas e de nós mesmos que muitas vezes não vemos que somos pobres, cegos e nus. Não se muda a realidade com críticas e sim com ações. Ele está agindo, talvez da forma errada, não sei! Mas e nós, o que estamos fazendo?

quarta-feira, 8 de abril de 2015

O que é underground #02 - Não é Rock!

Tenho percebido, através de conversas e leitura de comentários, que uma grande parte das pessoas associa o universo underground com a cultura do rock. Embora o rock em suas inúmeras vertentes se manifeste, de muitas formas, num conceito mais underground, devemos compreender que nem toda música rock é underground e nem toda música underground é rock. Para isso, é fundamental entendermos o que é underground. Para isso eu recomendo outro artigo deste blog: O Que é Underground #01.

Como você pôde ler, nosso conceito de underground é de algo mais profundo em qualidade, informação e relevância para o meio. Partindo deste pressuposto entendemos que o universo da cultura underground é bem mais abrangente e não se restringe a um estilo musical. No Brasil associamos a produção underground à produção marginal pois é fato que a mídia aberta não abre espaço para o artista independente, deixando trabalhos sensacionais longe do alcance das massas. Não quero acreditar que isso seja intencional mas não posso negar que não há interesse em levar ao grande público conhecimento que gere reflexão e questionamento. Ou seja: deixe a massa com sua novelinha, sua dupla sertaneja e com o noticiário mascarado da TV aberta.

Cena do Filme "A Clockwork Orange" de Stanley Kubrick
Neste caso, ser underground é uma forma de reagir a estas imposições da grande mídia produzindo e consumindo material alternativo que informe e revele aquilo que realmente importa. Um bom exemplo disso é a cultura do fanzine ou simplesmente zine.

É pra ler, ou pra comer?

Fanzines são uma alternativa à imprensa oficial. Basicamente o termo deriva-se de duas palavras fan e zine que por sua vez são abreviações de fanatical e magazine, ou seja: Revista de Fan (Apaixonado). Os primeiros fanzines surgiram na década de 30 nos EUA e eram basicamente dedicados a Ficção Científica. Mais tarde este tipo de publicação foi ganhando força e abrangendo outras áreas como, música, arte, cinema, jornalismo, quadrinhos, moda e atividades do cotidiano, chegando a ter fanzines que falavam sobre outros fanzines como é o caso Factsheet Five (foto).

Factsheet Five - Fanzine sobre Fanzines
Muitos fanzineiros com o tempo acabaram sendo contratados por revistas profissionais mas outros mantiveram-se independentes e mesmo assim conquistaram um grande público e ainda estão vivos, como é o caso do fanzine punk, Maximumrocknroll (foto) lançado em 1977 e ainda na ativa (até esta postagem estava na edição #384).

Primeira edição do Maximumrocknroll
Fanzines são produzidos para nichos específicos, de forma alternativa e muitas vezes artesanal, podem ser vendidos doados ou trocados. 

No Brasil

O primeiro fanzine produzido em terras tupiniquins, que se tem notícia, chamava-se FICÇÃO (foto) e foi publicado em 12 de outubro de 1965 pelo piracicabano Edson Rontani

Primeiro Fanzine Brasileiro - 1965
Nos anos 80, tivemos uma proliferação de fanzines. Era a melhor maneira de circular informação alternativa sobre os mais variados assuntos. O movimento punk, na época, abraçou de tal maneira a mídia que este formato de publicação, por um bom tempo, ficou associado a cena. Na região sul tivemos muitas publicações como o curitibano Inquérito (foto) e o gaúcho Leve Desespero (foto).



Para uma informação mais detalhada do assunto, indico o documentário Fanzineiros do Século Passado, disponível no Youtube e postado logo abaixo:

Parte 1

Parte 2

Parte 3

Se no início do novo milênio, esta mídia parecia estar morrendo com o advento da internet, nos últimos anos, a partir de 2011 os zines vem ganhando força novamente, merecendo até mesmo destaque em jornais de grande circulação como é o caso da Folha de São Paulo em matéria publicada em 4 de maio de 2014. Leia aqui, inclusive com eventos como a Ugra Zine Fest que em 2013 chegou a sua terceira edição.

Fanzines Cristãos?


Conclusão: os fanzines estão mais vivos do que nunca. E com as facilidades tecnológicas estão cada vez melhores, pode ser E-pub, PDF, ou de papel. O importante é ter um alternativa à imprensa oficial que só quer nos enganar.


quinta-feira, 2 de abril de 2015

A Música Cristã em Fases

Embora eu tenha apenas 19 anos de vida cristã, meu contato com a música de raiz evangélica é bem anterior a minha conversão, em 1996. Há algum tempo que venho acompanhando a cena cristã nacional e me permito fazer uma análise do desenvolvimento desta "arte" a partir de observações pessoais que podem não refletir a opinião da maioria mas que considero interessante compartilhar uma vez que existe uma lógica coerente no meu raciocínio. Devo salientar que estas observações tem como contraponto comparativo uma cultura musical forjada desde a infância com base na MPB, Música Erudita e o universo da música rock em suas mais variadas vertentes. Dito isto vamos lá!

Para uma melhor compreensão, proponho uma divisão da história da música cristã evangélica em quatro fases a saber: 
  • Primórdios - Anterior a década de 50
  • Primeiro Amor - Da década de 50 a década de 80
  • Profissionalização - A partir da década de 80
  • Sofisticação - A partir do novo milênio

Primórdios

De acordo com o colecionador e pesquisador Salvador de Souza, em seu livro História da Música Evangélica no Brasil, o primeiro registro fonográfico de uma música evangélica por essas terras foi realizado em São Paulo, por José Celestino de Aguiar e pelo Rev. Belarmino Ferraz, no ano de 1901, em um disco de cera. Existem  ainda registros da Igreja Evangélica Fluminense em 1916, 1936, 1944, 45 e 46 em vinil de 78 rpm. Existem outros registros mas é tudo muito rudimentar.

Primeiro Amor

Esta segunda fase, que eu optei por chamar de primeiro amor, começa na década de 50 e se caracteriza por canções apaixonadas. São mensagens de salvação e conversão mas a qualidade técnica é bastante fraca. Lembro-me das produções que eu escutava na casa dos meus parentes nos anos 70. Aquela guitarra estaladinha, orgão Saema e bateria só para manter o ritmo. Mas é o início de uma tomada mais comercial. Até onde se sabe, o primeiro LP evangélico foi gravado em 1955 por Luiz de Carvalho.


Após isso começa uma explosão de cantores, ritmos e tem início a formação de um mercado de música cristã com o surgimento de grandes nomes do meio. Nos anos 60 vemos a introdução de ritmos populares e de instrumentos antes demonizados. No final da década de 60 a Missão Vencedores Por Cristo inicia uma revolução no evangelismo com base na música lançando em 1968 seu primeiro trabalho.

Profissionalização

A década de 80 marca o início de uma preocupação cada vez maior com a profissionalização e a qualidade técnica das gravações. Também é na década de 80 que o termo gospel começa ganhar força através da gravadora Gospel Records, da igreja Renascer em Cristo. Trata-se de uma década que marca o boom da Música Cristã Brasileira.

Se por um lado a música cristã ganha terreno por outro a mercantilização começa a produzir obras de conteúdo teológico duvidoso. Outro ponto negativo é que a música cristã começou a seguir tendências da moda. Esta corrida pela parada de sucessos acabou por criar uma indústria de produção em massa.

Houve também uma importação cada vez maior de modelos estrangeiros, como Hillsong, ou seja: a música ganhou em produtividade e técnica mas perdeu em qualidade musical, cultural e em conteúdo.

Sofisticação

O início do novo milênio trouxe consigo uma nova fase na música cristã. Eu costumo chamar de fase da sofisticação, ou a fase da arte. Se de um lado temos uma industria muito forte baseada em lucros produzindo muita coisa de qualidade duvidosa, do outro lado temos uma cena cristã independente e mais underground crescendo e se fortalecendo. A música cristã brasileira começa a produzir muita coisa boa e inovadora, que foge aos padrões estabelecidos pela industria fonográfica gospel. Um bom exemplo disso é o CD Reencontro (foto), do artista Thiago Holanda. Jazz da melhor qualidade com participações pra lá de especiais.

Capa do Álbum Reencontro de Thiago Holanda
E não é só isso, muitas bandas e artistas em diversos segmentos, tem surgido neste novo cenário da música cristã ou feita por cristãos com um diferencial criativo nunca visto antes. Do Pop ao Rock, do Jazz a MPB passando pela Bossa Nova, Reggae e música experimental como é o caso dos cariocas do Ruah Jah com o fantástico Rádio Jah (foto).

Capa do álbum Radio Jah Vol.1 do Ruah Jah
No lado do mainstream temos uma nova safra de artistas como: Marcela Taís, Lorena Chaves, Fábio Sampaio e artistas que se renovaram e melhoraram muito, como é o caso da banda Resgate, entre outros. Já a cena underground vem num crescendo tanto na área do louvor com artistas independentes como: Crombie, Marco Telles como na área mais rock com cenas em todo Brasil, como é o caso do selo Cristo Suburbano, criado para facilitar a distribuição de material de bandas independentes.

Aliás, para quem acha que a cena underground é mais uma brincadeira de moleques, cito dois casos. A banda paulista Antidemon que atualmente é contratada da Rowe Productions, gravadora do renomado Mortification e a Living Fire que faz parte do selo californiano Thumper Punk Records.

Capa do Álbum da Living Fire
Lógico que este artigo não esgota, de forma alguma, o assunto, mas nos dá um alívio de saber que mesmo em meio a tanto lixo "gospel" existe uma música cristã honesta e de qualidade sendo feita por aí.





segunda-feira, 9 de março de 2015

Saindo da Caixa

Uma das coisas que eu tenho observado nas bandas e músicos da minha região, que estão mais próximos de mim, é a falta de informação musical relevante. Mas o que significa isto?


Não se trata de talento ou capacidade técnica. Conheço dezenas de músicos talentosos com capacidade técnica até mesmo acima da média e condições de estar no circuito musical nacional ou até mesmo participando da cena externa em pé de igualdade com nomes fortes do meio. Mas então, porque estes músicos e bandas não decolam? Creio que existem vários fatores e não tenho nenhuma pretensão de esgotar o assunto, mas de levantar alguns pontos que consigo identificar. Então vamos lá.

Falta de um objetivo


Grande parte das pessoas que eu citei acima, não possuem um objetivo claro naquilo que estão fazendo. Lembro-me de um grande amigo meu, na adolescência. Ele queria tocar cavaquinho profissionalmente. O cara era muito chato (risos). A imagem que eu tenho dele era um maço de partituras e o cavaquinho nas mãos. Horas e horas, comendo, assistindo TV, com os amigos, sempre, o instrumento e as partituras. O resultado dessa obstinação é que hoje ele é um dos cavaquinhos mais requisitados nos estúdios, saraus, etc. O cara é tão bom que virou música:


Ter um objetivo é fundamental para formar uma carreira na música. Se você toca por tocar, certamente no futuro, terá um bom emprego e não estará mais envolvido com a música. Então o seu primeiro passo é estabelecer uma meta a ser alcançada. É a partir deste alvo que você irá traçar os seus passos para poder atingi-lo.

Falta de originalidade


Isso é um problema sério. Mas antes me deixe te fazer uma pergunta: Quantas bandas cover do Iron Maiden fazem o mesmo sucesso que o Iron Maiden? Reposta: nenhuma. Vamos melhorar a pergunta. Quantas bandas que soam igual ao Sepultura, fazem o mesmo sucesso que o Sepultura faz? Resposta: nenhuma. Só existe um Iron, um Sepultura, um Pink Floyd, um Legião, uma Madonna, e por aí vai.

Para ser relevante no mercado musical é preciso ser original, ter algo que caracterize seu som como único, uma identidade musical, aquela coisa mágica (e olha que eu nem acredito em mágia) que faz com que a gente saiba de quem é aquela música já nos primeiros acordes. O grande problema da maioria das bandas atuais é que você ouve 10 bandas, todas ótimas com músicos excelentes mas parece que você está ouvindo sempre a mesma banda, e o que é pior, parece que todos gravaram no mesmo estúdio e com os mesmos equipamentos. Me desculpe a sinceridade, mas assim você não vai chegar em lugar nenhum.

Mas como conseguir fazer algo novo? Conhecendo o que já está sendo feito! Saindo da caixinha. Aqui no Brasil apesar de todos nossos problemas existe uma série de eventos acontecendo. Grandes eventos, médios, mainstream, independentes, alternativos, online. Não há desculpa para a falta de cultura musical. Também é importante conhecer os nomes que deram origem a tudo o que está ai. Entender porque os Beatles são considerados a maior banda de todos os tempos. Para isso uma das primeiras coisas que devem cair por terra é o preconceito musical.

Por exemplo: recentemente aconteceu a Mostra Internacional de Rock Progressivo no Rio de Janeiro com a presença de Carl Palmer e do PFM (Premiata Forneria Marconi) entre outras e com ingressos à R$ 10,00 (dez reais). No lado Cristão tivemos o Rock no Vale em Arujá, SP, com artistas da nova geração da música cristã como: Simonami, Doutor Jupter, Militantes, Os Arrais, Crombie, Lorena Chaves, Resgate, Dominic Balli (USA) entre outros.

Ir a eventos assim abre a cabeça do músico em todos os sentidos. Novos ritmos, tendências, equipamentos, técnicas, etc. Essa enxurrada de informações sonoras vai moldando a maneira de compor e com o tempo você consegue criar uma identidade própria, com referências marcantes, mas sem imitar ninguém.

Por enquanto é isso. Lógico que há muito mais o que falar mas não quero me tornar extenso demais. Éu creio que é possível ser original e artístico. Sempre haverá algo que ainda não foi feito e se você não fizer alguém mais ousado certamente fará. Música é paixão e ousadia. O resto é técnica e teoria.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Existe música boa atualmente?

Recentemente participei, a convite, de um episódio do podcast Maná com Manteiga, sobre música antiga (velha) e um dos tópicos abordados foi sobre a qualidade das músicas atuais. Confesso que é uma questão difícil de se chegar a um denominador comum.


Afirmar que a música atual é pior que as músicas antigas é muito perigoso e não reflete a verdade absoluta. Existe muita coisa boa sendo feita atualmente. O que fica patente, é que a música que chega ao grande público através do rádio, televisão e internet, em geral, é de fácil aceitação e produzida para ser rapidamente consumida e substituída, ou seja, a música pop não é necessariamente ruim mas é descartável e deve colar na mente do consumidor apenas pelo tempo necessário até a próxima música. Então na verdade nós temos três categorias de musicas a saber:
  • Música Ruim - É ruim mesmo e normalmente é imediatamente rejeitada pelo ouvinte, não passado da primeira audição.
  • Música Boa - Não é de fácil assimilação mas se perpetua na história ganhando uma aura de imortalidade.
  • Música de Consumo - De fácil aceitação e curta duração para dar lugar a novas músicas igualmente fáceis..
Não tenho dúvida de que esta última requer muito conhecimento técnico, musical e mercadológico e talvez seja a mais difícil de produzir. Imagine o trabalho de produzir uma música que caia rapidamente no gosto popular, grude por uns meses e rapidamente seja esquecida para dar lugar a outro sucesso. É difícil demais!

A questão é que o mercado precisa faturar e grandes produções, para serem eternizadas, numa era em que a venda de CDs é praticamente zero acabam não compensando. Do outro lado, a falta escancarada de cultura das gerações atuais facilita o consumo de porcarias tipo Fast-Food. Vivemos uma era em que as pessoas consomem quantidades enormes de informação mas não adquirem conteúdo.

Mas nem tudo está perdido. Com as facilidades e o barateamento da produção e distribuição de conteúdo ficou mais fácil encontrar nichos de bom gosto e direcionar a atividade cultural diretamente para este público específico.

Mas e a resposta para o título desta postagem? A resposta é essa: Sim, existe música boa atualmente, aliás, existe música, poesia, literatura, artes plásticas, filmes de excelente qualidade intelectual sendo produzida no nosso planeta. Mas não é para todos! É para aqueles que buscam por algo melhor, mais consistente, mais profundo, mais underground. Não pense que o establishment vai facilitar a sua vida. Não vai. Você terá que desejar, garimpar, encontrar e ajudar a divulgar para outros. E quer um conselho DIY? Se você não encontrar o que está procurando, faça você mesmo!

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Finalmente um podcast

Descobri a podosfera em 2010 e logo me empolguei e comecei um podcast que só teve dois episódios, o Esconde Cast. Depois disso as correrias da vida me levaram a outras atividades. No ano passado (2014) voltei a escutar vários podcasts de conteúdo cristão realmente muito bons e muito bem produzidos. No final desta postagem você tem os endereços dos que eu mais escuto. 


Mas notei a falta de algo voltado a cena underground cristã. Esta lacuna me fez pensar em retomar o Esconde Cast. Mas fazer podcast sozinho não tem graça. Foi então que entrei em contato com meu brother Eduardo Teixeira, vocalista da No More Zombies e mentor do documentário Cristo Suburbano para convidá-lo a fazer parte do projeto, que prontamente aceitou o desafio. E nesta parceria entre o Esconderijo Underground e o Cristo Suburbano surgiu o Esconde Cast.


Trata-se de um podcast voltado a cena underground cristã com enfase na produção musical mas também abrangendo outras artes, movimentos sociais e cristianismo. A estréia do programa será no dia 13 de fevereiro de 2015 as 00:00h. Neste horário será divulgado o link para o episódio. Uma curiosidade: como já haviam dois episódios do Esconde Cast, a estréia será pelo episódio número três.

Neste episódio serão abordados os conceitos básicos de underground, um panorama da relação entre a igreja e o movimento underground, o testemunho do próprio Eduardo e algumas músicas. A periodicidade do podcast será sempre as sextas-feiras a cada 21 dias podendo ser lançados episódios extras entre um e outro.

A seguir você confere uma lista dos podcasts que eu mais curto, atualmente:

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

O que é underground #01 - definindo a coisa


A palavra underground, traduzida diretamente do inglês para o português significa subterrâneo. Mas ao analisarmos o termo mais detalhadamente conseguimos extrair muitas informações que acabam dando uma conotação diferente e mais nobre ao vocábulo.

Basicamente, underground é formada por duas palavras: Under e Ground. A palavra under aparece como preposição no sentido de estar embaixo ou sob algo. Também ocorre como adverbio no sentido de sujeição e como adjetivo podendo significar subordinado ou submerso. Já o termo ground pode ser entendido como solo, chão, terra e ainda como fundamento pretexto e motivo além de verbos como fundamentar e basear.

Quando olhamos estas variantes podemos nos dar ao luxo de dar um significado mais abrangente e mais livre ao termo. Eu, particularmente, entendo o underground como algo que vai além da superfície, que não é superficial, que vai mais fundo, que busca um conteúdo mais rico e uma informação mais fundamentada. Baseando-se neste princípio podemos compreender que, ser underground, é não se conformar com as imposições do mainstream  e buscar uma identidade própria que seja relevante ao meio em que vivemos.

O Underground e o Cristianismo

Fazemos parte de uma sociedade dominada por um humanismo pós-moderno e relativista baseado em conceitos antropocêntricos onde o indivíduo é  o centro de todas as coisas esquecendo-se da coletividade e isto acaba atingindo todas as ramificações da sociedade incluindo a igreja institucional.

É neste contexto e nesta visão que surge a necessidade de um cristianismo mais cristão, ou seja, um cristianismo underground, que não esteja dominado pelo establishment gospel que tem descaracterizado a igreja. Queira ou não, a igreja de Jesus é uma organização que anda na contra-mão do sistema, é uma instituição subversiva pois prega valores que são abominados pelo sistema que controla as massas. A igreja verdadeira é perseguida mas é transformadora. Sua força não está em cargos políticos, em alianças vantajosas, em poder financeiro. Sua força está no invisível, no imponderável, no incompreensível. Bem diferente desta farsa midiática que se manifesta pelas emissoras de rádio e televisão.

A igreja de Cristo não segue as ultimas tendências da moda. Ela tem estilo e opinião. A igreja de Cristo só é igreja quando ela é underground.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Se vira meu irmão, os pastores sumiram!

Depois que Jesus terminou sua missão, nada fácil, aqui na terra e partiu de volta pro seu reino, incumbiu seus seguidores, apóstolos e discípulos, de dar continuidade ao que havia começado. Sabendo que a barra ia ser pesada, o Espírito Santo, partiu pra essas bandas e está ai até hoje dando orientações, fortalecendo aqui e ali, distribuindo dons, revestindo a galera e por ai vai. O movimento que inicialmente rolava nas casas da moçada foi crescendo e logo veio a necessidade de se organizar, institucionalmente, pra coisa não virar bagunça. O pessoal dividiu tarefas, definiu cargos, etc.

Na carta aos efésios, Paulo ensina que o próprio Jesus escolheu diferentes pessoas para diferentes comissões: "E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores - Efésios 4:11". Na tradução da NVI o termo empregado é; "pastores e mestres". Eu entendo, por este texto, que o pastor tem duas funções: Cuidar do rebanho e alimentar o rebanho. Em outras palavras, o pastor deve proteger o rebanho das investidas dos inimigos que querem roubar e devorar as ovelhas além de alimentar, isto é, ensinar as boas novas aos membros do corpo. É ai que começa o problema.

Até pouco tempo (uns vinte anos atrás) a maioria das pessoas praticamente não tinha acesso as informações, e o pastor era a autoridade máxima em relação as doutrinas bíblicas. Mas os tempos mudaram e hoje a informação circula de forma livre pela grande rede. É evidente que existe muito lixo mas também existe muito conteúdo de qualidade. No cristianismo não é diferente, a cada dia surgem blogs, vlogs, podcasts de conteúdo teológico bem fundamentado biblicamente e as pessoas começam a perceber que nem todos os líderes estão verdadeiramente preparados para ensinar. Este fenômeno acaba sendo responsável por alguns acontecimentos a saber:
  • A primeira reação do descobridor é tentar impor as novidades goela baixo da congregação, passando por cima da autoridade pastoral.
  • Se o pastor for um homem de Deus, vai conversar com o indivíduo, ouvir seus argumentos, contra-argumentar e mostrar que é possível conviver em paz mesmo com linhas teológicas diferentes.
  • Se o pastor for um homem de Deus carregado de humildade, vai procurar estudar mais o assunto e quem sabe até mude de opinião.
  • Mas se o pastor for autoritário, não aceitara os argumentos e irá proibir o assunto.
  • Se o pastor for autoritário e truculento vai expulsar o irmão estudioso.
Não estou generalizando mas uma grande parte sequer ouve qualquer argumento contrário e simplesmente irá banir o membro "rebelde". Mas porque isso acontece: O grande problema é que muitos líderes de igrejas não estão teologicamente preparados para enfrentar com sabedoria e humildade estas situações. Estão acostumados a ficar sentados em seus gabinetes dando ordens e utilizam o púlpito para dominar. Isto tem esvaziado muitas igrejas. Mas será que isso é um problema?

Inicialmente sim. É um grande problema mas eu vejo com bons olhos esta reviravolta eclesiástica, pois acredito que numa segunda etapa irá despertar a necessidade de pastores mais preparados, com capacidade de discernimento mais apurada. Entendo que estas coisas são permissão de Deus para curar uma igreja que está doente. Para limpar as feridas causadas pelas heresias e voltar a prática das escrituras. Vamos utilizar toda esta tecnologia e liberdade para construir uma igreja mais forte, mais sadia e mais cristã. Mas temos que agir rápido para não acontecer com a grande rede o que aconteceu com o rádio e a televisão que está dominada por mercadores da fé, famintos por dinheiro e poder, que torcem as verdades bíblicas para satisfazer seus egos enormes e que estão dispostos a crucificar Jesus novamente para manter o seu jogo sórdido.

Eu creio que uma revolução está acontecendo, e creio que é para o bem!

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Não Se Desigreje Por Causa da Igreja

Tenho lido, ouvido e presenciado muita gente tentando viver uma vida com Cristo fora da igreja institucional. Entendo que as pessoas estão decepcionadas com as aberrações praticadas em nome de um "evangelho" que não está na Bíblia. Picuinhas denominacionais movidas pela falta de humildade que este relativismo pós-moderno tem plantado nas massas e que estão levando as instituições religiosas a uma espécie de falência espiritual generalizada. Mas tentar viver em Cristo fora do corpo é suicídio.

O homem é um ser social e necessita deste convívio com seus semelhantes mesmo quando existem divergências. É isto que Jesus nos ensinou através de sua vida e de suas palavras. Ele não disse que viveríamos em uma comunidade perfeita, pelo contrário: foi enfático ao afirmar que joio e trigo crescem juntos. Mas então porque existem tantas pessoas decepcionadas, tristes e machucadas nas denominações cristãs? A resposta é mais simples do que se pensa. Está faltando Cristo no cristianismo.

Jesus Cristo, Deus entre os homens, soberano, poderoso, digno de julgar, apto para realizar qualquer coisa, sem pecado, perfeito e santo, jamais incluiu ou excluiu alguém de seu convívio com base em coisas tão pequenas como roupa, cabelo, gosto musical, opinião pessoal, status, títulos, formação, cor, sexo, cultura e por ai vai. A lista de adjetivos meramente humanos é interminável. Ele apenas nos convida a segui-lo. Suas ordenanças são simples. Pregar o Evangelho, amar a Deus e ao próximo como a nós mesmos, atender os necessitados, carregar os mais fracos. 

O Evangelho de Jesus é baseado no amor. Quando este amor entra no coração de um ser-humano acontece uma transformação. Os valores desta vida já não parecem tão importantes. O importante passa a ser sempre o outro e o que importa é não desgrudar de Cristo. Andar com Cristo é amar e respeitar as diferenças, é não julgar de acordo com nossos achismos, é entender que todos somos parte de um mesmo corpo comandado por Jesus.

Baseado nisso entendendo que não há como manter uma vida cristã sem fazer parte de uma parte do corpo de Cristo. Vão existir diferenças e provavelmente injustiças, mas cabe aqueles que compreendem isto estar intercedendo e ajudando a corrigir as falhas e edificar o grupo. Até porque, como diz o ditado: Se você encontrar uma igreja perfeita, não entre nela, pois você poderá destruí-la!

Deus abençoe a todos! Todos!

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Contagem Regressiva

2014 terminando, é hora de fazer aqueles planos para o ano que se inicia. Na maioria das vezes percebo que os planos não se concretizam. Mas porque? Vamos tentar entender e rever nossos conceito na hora de planejar o futuro.

Olhe o seu passado.

Tá, eu sei que nosso alvo é para frente, mas uma olhada em nossa caminhada nos dá uma projeção de nosso futuro. Se ao fazer esta comparação a projeção for de crescimento as chances de conquistar seus novos objetivos são muito boas mas se for ao contrário você precisa rever seus conceitos.


Quando estabelecemos metas a serem atingidas devemos levar em consideração alguns pontos que julgo bastante importantes no sentido de possibilitar estas conquistas:
  • Estabeleça metas que são alcançáveis. Muitas vezes nos frustramos por queremos atingir objetivos inatingíveis ou num tempo que acaba tornando impossível a conquista.
  • Depois de estabelecidas as metas defina os métodos que serão utilizados para que as mesmas possam ser realizadas.
  • Aja. Não adianta nada ter a meta e o método e ficar parado. É preciso agir, por em prática aquilo que foi definido.
Então. Que você possa ter um 2015 com muitos projetos realizados.

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

O Punk Não Morreu!

Estava acompanhando um tópico sobre punk em um grupo no face. Fico vendo essa galera mais nova se odiando por causa de punk isso e aquilo. Tem os puristas defendendo a idéi de que o cara só é punk se ouvir punk, vestir punk, namorar punk, tretar punk, etc. 

Na verdade a maioria não tem ideia do que é e o que representa o movimento punk. Então resolvi dar uma palhinha daquilo que eu vi e vivi mas não é nada definitivo, pois afinal, punk é acima de qualquer coisa, liberdade.


Vou me ater mais a questão da música. O chamado punk rock foi nada mais do que uma alternativa a cena musical que imperava nos anos 70. O rock que sempre foi algo juvenil e descontraído havia dado lugar a performances de virtuoses em solos de meia hora. Foi o boom do progressivo. Eu mesmo ouvi muito ELP, Triumvirat, Genesis, Focus, Nektar, Jethro Tull, Rush, Supertramp, Yes e por aí vai. O problema é que tudo isso se tornou inaccessível para garotos simples e sem grana.

Foi nesse cenário que surgiram bandas como: New York Dolls, Stooges, MC5 e Ramones fazendo rock'n roll simples e direto do lado de cá do Atlântico e Stiff Little Fingers, The Stranglers, Sex Pistols, The Clash e U.K. Subs do lado de lá. O que estas bandas fizeram foi mostrar que, pessoas comuns como eu e você, poderiam fazer sua própria música, se divertir e expor suas idéias.

No Brasil não foi diferente. A primeira fase do punk brasileiro abarcou uma galera que ouvia rock, muitos já tocavam e simplesmente se apaixonaram pela ideia, pelo estilo! O primeiro álbum punk que eu comprei foi em 1982, The Great Rock 'n' Roll Swindle dos Sex Pistols trilha sonora do documentário homônimo


Fui imediatamente impactado pelo som selvagem e debochado dos súditos da rainha. Mas o que realmente me fisgou foi o punk nacional. Foi em 1984 que escutei pela primeira vez a coletânea SUB com as bandas Cólera, Ratos de Porão, Psykoze e Fogo Cruzado.


Dai pra frente foi só alegria. Comprei uma guitarra consegui tirar sozinho (Nossa! Kkkk) Vida Ruim do RDP e montei a banda Maus Elementos junto com uns amigos. Depois disso veio a Paz Armada.

Naquela época havia uma cumplicidade entre os punks, partilhava-mos instrumentos, equipamentos, transporte, local para ensaiar. Tínhamos posicionamento político e social. Havia um consumo constante de cultura, arte, poesia, música, teatro, cinema, etc. A cena punk influenciava o mundo imediatamente ao seu redor. Rolavam vídeos, fanzines, etc.

Depois de um tempo pensaram que o punk havia morrido, acabado; mas como estavam enganados. O movimento prosseguiu, selos surgiram, estúdios, filmes, livros, tudo mudou. É evidente que algumas coisas foram absorvidas pelo sistema e repaginadas e hoje vemos pessoas pagando fortunas por uma calça rasgada, moicanos em cabeças ocas, piercings em qualquer boca.

Algumas coisas foram adaptadas ao novo mundo: fanzines viraram blogs, fitas k-7 deram lugar ao mp3 e a internet se tornou o grande mural do underground. Mas o legado ficou. Descobrimos que não precisamos de ninguém para por em prática nossas idéias. O DIY virou realidade. O Punk Não Morreu! Só ficou mais velho, teve filhos e sabe muito bem o que quer e como conseguir!

Banda Cólera - Na Ativa Por Mais de 30 Anos


segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Um Novo Brasil em 2015

São quase meio-dia de segunda feira, 27 de outubro, um dia após a re-eleição de Dilma Roussef para governar o Brasil nos próximos quatro anos. Estava acompanhando as opiniões pelas redes sociais (Facebook e Twitter). Li coisas coerentes mas muita bobagem, agressões, etc.

Até compreendo mas prefiro dar uma olhada num cenário mais amplo. Depois de uma eleição nós temos dois lados. A situação que venceu as eleições e a oposição que não se trata do candidato perdedor mas daqueles que não votaram no vencedor.

E este número é maior do que parece pois tivemos, além dos 51 milhões de eleitores que votaram no Aécio, 1,9 mi de votos em branco, 5,2 mi de votos nulos e 30,1 mi de abstenções. Se somarmos tudo chegamos ao seguinte quadro: 54,5 mi de eleitores que apoiam o governo atual e 88,3 que querem mudança.


Se o governo atual não atentar para isso e não responder aos anseios da maioria estará prestes a um fracasso sem precedentes na história deste país. O problema é que neste caso, se o governo fracassar, todos serão atingidos.

Que Deus nos dê sabedoria para lidar com os tempos difíceis que começam a dar as caras num futuro quase presente.

terça-feira, 15 de maio de 2012

A indústria e a música.

Desde o surgimento do formato MP3, que permitiu a compactação de arquivos de áudio facilitando, o compartilhamento dos mesmos através da grande rede mundial de computadores (internet), tem-se falado e escrito sobre como o download de músicas vem prejudicando a indústria fonográfica em todo o planeta.
Foto com diretos livres por www.sxc.hu

Custo

Não se pode e nem se deve negar que produzir um trabalho de qualidade técnica tem custo. Mas este custo já foi muito maior do que é hoje em dia, dadas as facilidades tecnológicas da atualidade. Além disso a aquisição de equipamentos e instrumentos de qualidade também se tornou mais fácil e viável a todos. Logo, hoje é muito mais fácil e barato produzir música com excelente qualidade técnica.

Distribuição

Também não se pode negar, que as grandes gravadoras possuem uma rede de distribuição forte e consolidada para levar o produto musical aos quatro cantos da terra, mas temos que concordar que não chega aos pés do poder de divulgação da internet, além do fato de que a grande e esmagadora maioria dos artistas não está na indústria fonográfica e não se beneficia da estrutura logística da mesma.

Lucro

Este é outro ponto importante. Pois é sabido que quem realmente lucra com a indústria da música é a indústria. Normalmente os artistas recebem uma pequena parcela do lucro obtido com a comercialização de material musical. Se isso não fosse verdade veríamos muito mais artistas reclamando dos malefícios da chamada pirataria do que industriais do ramo.

Compartilhamento

O mundo mudou assim como mudou a maneira de se distribuir conteúdo. O compartilhamento de arquivos é uma realidade sem volta e a música não pode ficar fora disso. Não é pequeno o número de artistas que optou pela livre distribuição de seus materiais e obteve muito mais lucro através das contribuições espontâneas do que vinha obtendo pela distribuição tradicional comandada pela indústria da música.

Fato

Muitas bandas que hoje eu compro jamais teria conhecido se não fosse pela internet e não teria comprado se não houvesse baixado antes para ouvir e avaliar, não somente a qualidade técnica da gravação, mas principalmente o conteúdo intelectual, cultural, moral, etc da música. Coisa que nem sempre a "indústria" leva em consideração.