Recentemente, navegando nas interwebs da vida, eis que me deparei com uma postagem falando a respeito de metal cristão. Confesso que eu tenho um certo desconforto com essa parada de rock cristão, ska cristão, punk cristão e toda essa ladainha mediana que sempre procura etiquetar coisas e pessoas para colocar em alguma prateleira empoeirada e esquecida.
E como tínhamos o costume de afirmar nos áureos anos oitenta: “Quem rotular, perde a rótula!”
Nunca gostei de compartimentalizar a arte, pois até mesmo dentro de um mesmo estilo existem inúmeras nuances e convém ser um pouco mais abrangente apenas para facilitar a compreensão de um determinado gênero musical.
Particularmente nunca engoli essa história de música cristã. No meu entendimento da matéria, música é música e pronto. Existe música feita por cristãos, ateus, budistas, espíritas, agnósticos, judeus, e o que mais houver no vasto universo das crenças ou descrenças.
As únicas divisões que eu realmente levo em conta na hora de ouvir uma música são: gostei ou não gostei e se a mensagem fere ou não fere meus princípios. Raramente levo em conta se, quem compôs a peça professa ou não, a mesma fé que eu, pois já ouvi muita música, que classificam como cristã, evangélica, etc com mensagens muito distantes das verdades bíblicas. Da mesma forma que já tive o prazer de escutar verdadeiras obras primas que parecem ter sido escritas pelo próprio Espírito Santo mas que são de autoria dos chamados artistas seculares.
O Apóstolo Paulo, na sua carta à igreja de Tessalônica no capítulo cinco e verso 21 nos dá a dica de ouro, inspirada por Deus: “Examinem tudo e guardem o que é bom”. Nesta passagem o grande evangelista está dando instruções para o proceder da igreja nos tempos que antecedem a volta de Cristo e este é um dos muitos conselhos úteis.
As Escrituras estão recheadas de textos acerca da música e da dança como uma expressão de louvor a Deus. No mundo vindouro, não haverá profecia, não haverá pregação, não haverá cura pois nada disso terá utilidade no Reino de Deus, mas continuará existindo música. Isto nos dá a entender que a música é de origem divina.
Não existe um ritmo específico para louvar a Deus por isso meu conselho é: se te aproxima do Eterno e te leva a refletir sobre a vida, nossa existência, nosso propósito enquanto servos e filhos de Deus. Escute, cante, dance e adore ao Senhor.