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quarta-feira, 22 de março de 2017

Se dói é porque faz parte do corpo

As vezes uma cadeira de dentista pode ser inspiradora!
Estava fazendo uns tratamentos odontológicos, outro dia, e durante o processo, minha dentista, perguntou se um determinado dente, que seria extraído, ainda doía, para verificar se havia necessidade de mais anestésico. Ao responder que sim, ela falou algo que me fez pensar: "Se dói é porque ainda faz parte do corpo". Esta frase me fez pensar muito no restante do dia.

Quantas vezes, nós, os cristãos, lamentamos e reclamamos das agruras da vida? Das lutas, dificuldades, das incompreensões por parte daqueles que amamos, enfim, ser um seguidor de Cristo trás muito mais problemas, a luz do mundo, do que prazeres. Fazer parte do corpo de Cristo causa dor e desconforto. Lembro-me, no início da minha conversão, que costuma dizer: "O crente que não passa por dificuldades e lutas é porque tem algo errado em sua vida". Mas porque passamos por tantas provações e incompreensões e enfrentamos tanta resistência e até mesmo o ódio dos nossos opositores?

A resposta é simples: o Evangelho caminha na contramão do sistema. A lógica divina é completamente contrária a lógica humana. Num mundo onde todos buscam por riquezas e ostentações, o Evangelho nos leva a procurar a simplicidade e a humildade. O mundo busca o sucesso pessoal, o Evangelho nos impulsiona a transferir toda a glória para o nosso Criador. O mundo não vê problemas em tirar proveito de determinadas situações para obter certos resultados, já o Evangelho nos leva a tentar fazer as coisas sempre da forma correta. O mundo, influenciado pelo liberalismo e relativismo, enxerga tudo como normal e permissivo, o Evangelho nos leva a agradar a Deus e, com isso, evitar práticas que, sabemos que desagradam o Deus que cremos e servimos.

Enquanto estivermos ligados ao corpo de Cristo sentiremos as dores  do arrependimento por nossos atos que não compactuam com a vontade de Deus. Na verdade, isto é algo maravilhoso, pois funciona como um alerta. Se pararmos de sentir os efeitos, as dores provocadas por nossos erros e atitudes é um sinal de que estamos anestesiados, e um membro anestesiado pode ser arrancado do corpo sem sentir. Mas qual é o anestésico que está levando os cristãos a perderem a sensibilidade?

A falsa sensação de que está tudo bem! Este, talvez seja o maior engodo que tem levado muitos cristãos a baixar a guarda. A doutrina da prosperidade tem levado muitos crentes em busca de realizações aqui nesta terra. Não estou dizendo que é errado prosperar. A prosperidade financeira e material pode ser uma benção desde que não seja o objetivo principal da vida de um seguidor de Jesus. Ela é conquistada com trabalho e planejamento, embora nem todos consigam. O problema é que criou-se uma ideia de que a prosperidade material e financeira está diretamente ligada ao nível de comunhão com Deus. Passando uma falsa sensação de que está tudo bem na vida espiritual. Ora, se isso fosse verdade, pessoas ricas não sofreriam, não teriam depressão e não cometeriam suicídio.

Precisamos voltar, urgentemente, a realidade do Evangelho, que está bem exemplificada nas escrituras. Precisamos entender que as dificuldades e lutas que passamos não são um mal mas sim um sintoma de que estamos no caminho certo, pois quanto mais agradamos a Deus, mais seremos odiados pelo sistema que governa a humanidade. Precisamos entender que as dores qque sentimos tem um importante significado: Ainda estamos ligados ao corpo de Cristo.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

É preciso amar...

Mas eu lhes digo: Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem, - Mateus 5:44
Uma das características mais marcantes da personalidade de Deus é o amor. A própria bíblia nos ensina que: Deus é Amor. E se Deus é amor, a principal característica daqueles que se auto proclamam servos de Deus, deve ser o amor de Deus demonstrado de forma prática através de nossas vidas. Em outras palavras: não tem como ser servo de Deus e não praticar o amor, pois se uma pessoa diz que tem o Espírito de Deus em sua vida e não demonstra este amor, ela está mentindo. O amor é a marca do cristão verdadeiro. É evidente que não se trata de um amor fundamentado em sentimentos, pois, sentir amor por aqueles que só lhe despejam ódio, está além de nossas capacidades. Mas agir com amor para com aqueles que, muitas vezes, nos fazem mal, é uma possibilidade inerente a todo ser humano que esteja vivendo de acordo com a Palavra de Deus e seus ensinamentos, preceitos e vontades.

Quando Deus esteve corporalmente entre nós, na pessoa de Jesus Cristo, uma das bases de seus ensinamentos sempre foi a prática do amor. Mas a pergunta que fica no ar é: Como eu faço para amar meus inimigos e orar em favor daqueles que me perseguem e me fazem mal. Para praticar este tipo de amor, tão necessário ao cristão, é imprescindível uma mudança de consciência que nos permita enxergar o mundo e os demais seres humanos de uma outra forma, sob um novo ângulo. Este novo olhar sobre a humanidade nos capacita para enxergar, detalhes que não víamos anteriormente. Uma das grandes descobertas do cristão que teve sua mente transformada, é perceber que nossos inimigos somente o são por estarem debaixo de um domínio muito forte que os leva a agir de maneira desagradável em ralação a nós. É por esta razão que o apóstolo Paulo adverte sobre a nossa luta não ser contra a carne (contra outros seres humanos) mas sim contra os exércitos de satanás. Quando passamos a ter consciência deste estado de coisas, vemos facilmente que a pessoa que se opõe a nós é, na verdade, um prisioneiro que precisa ser liberto e que não sabe que esta liberdade está ao seu alcance.

De posse desta verdade, cabe a nós, agraciados com este conhecimento, agir em favor daqueles que ainda permanecem cegos pelas astutas ciladas do diabo, pois agora já temos a consciência de que nossos inimigos somente o são por não conhecerem o plano de Deus para a humanidade. A partir daí, amar os inimigos e fazer o bem aqueles que nos fazem o mal já não soa tão absurdo e com a prática se torna mais fácil a cada dia. Amar, este é o grande segredo. Não existe cristianismo, não existe evangelho sem esta máxima. Lembre-se do que dizia o poeta Renato Russo: É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã!


sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Jesus Não Veio Criar Uma Religião

Um dos erros clássicos que as pessoas cometem, inclusive os cristãos, é crer que o Evangelho é uma religião como outra qualquer. Este erro de julgamento produz dois grandes problemas. Primeiro: leva o não cristão a ter uma visão distorcida da Igreja de Cristo. Segundo: Faz com que os cristãos se tornem escravos da religiosidade. É exatamente sobre isso que vamos falar neste post.

Antes porém, precisamos entender o conceito de religião para compreender a razão de estarmos afirmando que Jesus não veio implementar uma religião. Religião vem do latim ¨religare¨, tem o significado de religação. Essa religação se refere a uma nova ligação entre o homem e o deus que ele crê. Baseados neste conceito entendemos que as religiões são de iniciativa humana o que difere da mensagem do Evangelho de Jesus Cristo, pois este é uma atitude que parte do próprio Deus e não dos homens. 

Ao examinarmos a narrativa bíblica a respeito da obra efetuada por Jesus Cristo e os seus pronunciamentos e ensinamentos podemos perceber com clareza a natureza da sua missão e as consequências da mesma no mundo. Jesus veio ao mundo para resgatar a comunhão de uma humanidade perdida com o seu criador, libertar o homem do cativeiro do pecado, através de um ato de redenção e estabelecer o seu Reino.

Nós vemos, pelas escrituras, referências ao Reino de Deus apontando duas realidades deste. Uma como algo futuro a ser alcançado (Mc 1.15 - Lc 10.9) e também como algo que já está disponível (Mt 12.28 - Mc 10.15 - Lc 12.31)

Com base nos versículos citado e muitos outros, podemos deduzir que o Reino de Deus já está acontecendo, está disponível, mas não na sua totalidade. Não é um reino físico, conforme vemos em Lc 17.20, 1 Co 4.20 e Rm 14.17. Ou seja: Jesus veio estabelecer um Reino que não é físico, está disponível somente para os que o reconhecem como Senhor e é constituído de atitudes que atestam quem faz e quem não faz parte de seu reinado. Ou seja, Jesus vaio estabelecer um modo de vida que reflete Seu reino em meio a este mundo conturbado e decaído.

Ser cidadão deste Reino implica em viver de acordo com as características do mesmo. Este é um ponto delicado pois muitas vezes (muitas mesmo) temos que andar na contramão do sistema que governa o mundo. A Bíblia nos dá algumas dicas: os cidadão do Reino são praticantes da justiça, promotores da paz e cheios de alegria. Não estão presos a riquezas e bens materiais e quando são abençoados materialmente o são para abençoar outras pessoas. Mas fica a pergunta: Será que, nós que nos autodenominamos seguidores de Cristo, estamos refletindo este Reino em nossas vidas?

Quando olhamos o panorama atual das denominações cristãs, observamos uma série de atitudes, dogmas, costumes que não condizem com o Reino de Deus e que mercantilizam o cristianismo esquecendo-se da ordenança dada pelo próprio Jesus que é amar a Deus e ao próximo. É lógico que isto não é unânime. Existem muitos cristãos autênticos e instituições cristãs preocupadas em espalhar as notícias do Reino, promover a justiça social, ajudando a nossa sociedade a encontrar a paz tão desejada mas que não é obtida em passeatas e impregnar o mundo com a alegria de ter encontrado um caminho reto, puro e perfeito.

Lembre-se: a Igreja de Cristo, que é santa, pura, perfeita e invisível, não possui um CNPJ. Pense nisso...

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Um Conto de Natal...


Faltavam poucos dias para o Natal. A ruas da Cidade dos Portos estavam enfeitadas com milhares de luzes coloridas que piscavam ao ritmo de canções natalinas. Haviam pessoas de todas as etnias e idades que caminhavam pelas longas e largas calçadas da área comercial. Nos bares e restaurantes as músicas e as vozes misturavam-se ao som de louças e talheres. Vez por outra alguém mais exaltado pelo consumo exagerado de álcool era convidado e se acalmar ou então se retirar para o posto da guarda onde haviam leitos e atendimento médico. Centenas de olhos eletrônicos cuidavam para que nenhuma anomalia interferisse nas comemorações e no consumo de homens e mulheres que haviam trabalhado ao longo do ano e agora só desejavam se divertir.

Há algumas quadras, longe do burburinho festivo, Pietro estava em seu quarto, atrás da sede do informativo local, alheio a movimentação festiva tipica daquela época. Era um tempo difícil que não lhe trazia nenhuma esperança. Longe da família e praticamente sem amigos, sua companheira era uma seringa que usava para injetar cocaína na veia e tentar, na euforia da substância, livrar-se das amarras das lembranças passadas. Na tela do tablet, o apresentador de um programa musical anunciava vídeos de bandas cristãs. Pietro não tinha nenhum tipo de ligação religiosa mas gostava do programa por conta das músicas e não das mensagens.

Normalmente quando o programa terminava Pietro desligava o tablet e ia fazer outra coisa como: sair e ir para um bar. No entanto naquele domingo de 22 de dezembro não desligou o aparelho. Após o programa musical começou um programa de uma instituição religiosa que, ele não deu atenção. Apenas seguiu em frente em mais uma seringa. A medida que o programa transcorria começou a prestar a atenção no que a apresentadora falava e percebeu que ela falava de sua vida. Ficou impressionado pois ela mencionava detalhes de sua existência conturbada. Em dado momento ele chegou a pensar que estava tendo alucinações mas a moça na tela seguia firme. Sua atenção estava totalmente focada naquela mulher quando ela lhe fez o convite.

"Não estou te convidando a mudar de religião ou frequentar esta ou aquela igreja. Estou te propondo deixar Jesus cuidar de você e da sua vida ,deixar que Ele assuma o controle. Faça uma experiência com Cristo deixe que Ele guie seus passos!"

Quando se deu conta, Pietro estava de joelhos banhado em lágrimas repetido a frase: "Eu quero Jesus!". Pietro talvez ainda não soubesse mas havia recebido o melhor presente de Natal de sua vida.