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quarta-feira, 16 de março de 2016

Será que Temos uma Revolução a Caminho?

Vamos deixar de lado as teorias e vamos aos fatos. É óbvio que este convite para o (ex)presidente Lula se tornar Ministro é uma manobra com dois objetivos primários a saber: Evitar uma possível prisão por conta das investigações que seguem e dar autonomia para que o Lula tenha poderes de negociar impedimentos para o prosseguimento das investigações e utilizar a máquina estatal no sentido de prover algum tipo de esmola para conter os ânimos das populações mais necessitadas e trazer apoio político para o PT. Isto é o óbvio! Mas o que realmente está nos bastidores deste grande circo.

Muita gente se pergunta como o Planalto pode ter tomado esta atitude descabida mesmo sabendo que a opinião pública não iria engolir a trama? Só existem duas explicações plausíveis, no meu entendimento. Ou o PT e sua turma estão desesperados, atirando para todos os lados tentando acertar no escuro ou os movimentos estão sendo milimetricamente pensados. Eu tendo a crer mais na segunda opção. Mas porque?

O PT do Lula planejou chegar ao poder por muito tempo, começou humilde, perdeu eleições, conquistou intelectuais e marqueteiros e foi construindo uma escada par o planalto, não para governar 20 anos mas para se perpetuar no Poder e Lula vir a ser o novo Castro da América Latina. O Partido dos que comandam os Trabalhadores sabe que está causando revolta e que o país caminha para um desfecho drástico, pois, ou haverá um êxodo em massa para fora do país ou chegaremos a uma guerra civil. O PT sabe que numa possível revolução armada é bem provável que as forças militares se posicionem contra o governo. Não é de espantar que ao longo destes anos, Exército, Marinha e Aeronáutica vem sendo sucateados, a população foi desarmada e o PT possui um exército campesino reforçado por guerrilheiros, militares cubanos, haitianos e pelo narcotráfico sempre numa boa sem medo da polícia. Mas essa não é a arma fatal.

O partido da estrela vermelha seguiu a cartiha e criou uma guerra de classes para fragmentar a população. Seus devotos estão sempre dando ênfase em questões raciais, sociais, econômicas, religiosas e etc. Com isso promovem uma desestruturação que enfraquece a população para quando mostrarem as garras só restem o medo e a tomada definitiva de poder aconteça de forma rápida e definitiva. Eles não apenas disseminam a ideia de um golpe como estão fabricando o golpe e o contra-golpe. Eu espero estar completamente errado nesta análise pois se isso acontecer não vejo luz no fim do túnel!

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Modos & Estilos #07 - Renaissance - Ashes Are Burning

Se existe uma banda que eu curti muito na minha adolescência foi o Renaissance. O grupo britânico formado em 1969 pelos ex-integrantes do Yardbirds; Keith Relf e Jim McCarty, teve várias formações até chegar a chamada formação clássica com: Annie Haslam nos vocais, Jon Camp o baixo e voz, John Tout nos teclados e vocal, Terence Sullivan na bateria e vocais e Michael Dunford nos violões.

É com está equipe de peso que surge o magnífico álbum Ashes Are Burning em 1973 além de mais cinco discos simplesmente brilhantes.

O Disco


Ashes Are Burning é o quarto álbum de estúdio do grupo e o primeiro a contar com apoio de uma orquestra. Além da banda contou com a participação do guitarrista Andy Powell na faixa título do disco. O trabalho foi lançado pela EMI no Reino Unido e pela Capitol Records nos USA onde chegou ao número 171 no Billboard 200 inaugurando a fase americana da banda.

As músicas


Com apenas seis músicas o álbum tem uma duração de aproximadamente 40 minutos de prog rock da melhor qualidade.

O álbum inicia com Can You Understand e seus apelos transcendentais de libertação da mente e da alma, numa pela mistura de folk, rock e uma pegada bem clássica com mudanças de ritmo e tempo e a voz quase hipnótica de Annie acompanhada de belíssimos arranjos de cordas. detalhe para o belo trabalho do baixo. Aliás está é uma característica comum nas bandas de prog.

Em seguida temos Let It Grow que inicia como uma caixinha de música nas mãos de uma pessoa apaixonada. E é sobre isso mesmo que a canção fala: do amor. Arranjo simples e belo com uma bateria bem marcada que transmite um sentimento de paz interior muito bacana.

Na sequencia temos On the Frontier. Trata-se de um típico hino da geração Flower Power que acreditava na possibilidade de um mundo melhor através de uma revolução feita pacificamente. Excelente canção com uma introdução de violão bem folk e toda cantada em coro.

Logo em seguida temos Carpet of the Sun que dá sequencia a vibe hippie da obra. Mais uma vez o violão se destaca mas acompanhado pelos arranjos de cordas da orquestra e a voz magistral de Annie.

Em seguida um forte mudança de clima com o piano forte de At the Harbour que da lugar a um dedilhado melancólico com uma história de medo e morte nos lembrando que nem tudo são flores. Uma canção para se ouvir e refletir sobre as razões da vida.

Finalmente chegamos a canção que se tornou um dos hinos da banda: Ashes are Burning. Épica! Não encontro outro termo mais adequado para definir a última faixa deste álbum. Tinha que ser a última do disco pois fala de destino. Um destino incerto que é construído ao longo da nossa caminhada. Como diria o Milho: Sensacional!

Conclusão


Este é um álbum que não pode faltar em qualquer discoteca de respeito. Não apenas para os amantes do rock progressivo mas para qualquer um que aprecie boa música. Sem dúvida um disco que não será esquecido e nem repetido.

A banda ainda se encontra na ativa e você pode obter mais informações no site oficial em: http://renaissancetouring.com/. Esta obra prima está disponível também no Spotfy, logo abaixo.


quarta-feira, 24 de junho de 2015

Todo Fim é Um Bom Começo

Descobri o Abner Melanias há menos de um ano, pelo site Achando Graça, quando voltei a escutar podcasts avidamente.

Cristão, produtor de conteúdo, diz que é músico; Abner é uma espécie de filósofo cristão dos nossos dias. Dotado de uma inteligência privilegiada, esbanja conhecimento nas mais diversas áreas da cultura pop, território onde tem um excelente domínio e por onde navega com grande facilidade.

Suas opiniões, por vezes ácidas, nem sempre agradam a todos mas não há como negar que são apaixonadas e bem fundamentadas. Abner é uma daquelas figuras que nos incomoda, pois nos leva a utilizar nossos cérebros tanto para absorver quanto para rebater seus fortes e bem delineados argumentos.

Agora o Abner anuncia que está deixando o Graça Cast. É uma pena, pois sua mente brilhante era um dos holofotes deste podcast. Mas ele sabe o que faz e deixou uma equipe de alto gabarito para dar continuidade ao projeto. Em sua despedida fica claro que a decisão foi motivada por planos de novos desafios pois sua caneta está em ação para produzir material literário. Meu desejo pessoal é que este irmão, que aprendi a admirar, mesmo a distância, conquiste seus mais sublimes sonhos e cumpra através de sua vida o projeto que Deus escreveu para ele. Boa sorte em sua nova caminhada... estaremos atentos!

Deixo para o Abner um texto do poeta e compositor paranaense Antonio Thadeu Wojciechowski.

vento que é vento
não inventa
simplesmente venta
viver bem todo mundo quer
todo mundo tenta
feliz daquele que puder
olhar para trás
e rever as maravilhas
dos seus melhores momentos
em câmera lenta 

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Tolerar é Preciso!

Eu, porém, vos digo que não resistais ao mau; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra; Mateus 5:39
Nesta semana que passou tivemos as atenções da mídia voltada para o episódio envolvendo o jornalista Ricardo Boechat que faz parte do cast da BAND e o Pr. Silas Malafaia. Foram trocadas farpas e insultos que culminaram com declarações de baixo nível por parte do jornalista. Mas vamos aos fatos: as controvérsias começaram apos um pronunciamento do jornalista sobre o caso de uma menina de 11 anos, adepta do candomblé, que foi atingida por uma pedrada. De acordo com o jornalista, a menina foi agredida por evangélicos e ainda afirmou que os pastores, neo-pentecostais, incitam este tipo de comportamento em seus fiéis.

A acusação...

Até o momento em que escrevo este artigo nada foi apurado, sem imagens (tão comuns atualmente) apenas o depoimento de algumas testemunhas de que dois homens com bíblias nas mãos foram os autores da agressão. Recentemente tivemos o caso de uma menina evangélica agredida na escola e ninguém falou de intolerância religiosa, em Curitiba, católicos foram agredidos por ativistas LGBT, todos os dias centenas de pessoas são vítimas da violência, sejam eles umbandistas, cristãos (católicos e protestantes), espíritas, budistas, ateus e por aí vai. Dai partir para uma acusação leviana de que pastores das igrejas neopentecostais incitam a violência já é demais. O jornalista errou feio ao fazer este tipo de afirmação.

A resposta...

Indignado com a afirmação do jornalista, o Pr. Silas Malafaia, que não é neo-pentecostal, publicou no seu Twitter a seguinte afirmação: "Avisa ao jornalista Boechat , que está falando asneira, dizendo que pastores incitam os fiéis a praticarem a intolerância.Verdadeiro idiota." Silas erra feio aqui. Poderia ter se pronunciado até mesmo citando o jornalista mas de uma forma mais educada.

Baixando o nível...

Imediatamente o jornalista respondeu ao vivo fazendo sérias acusações ao pastor e usando de termos de baixo calão que não convém a alguém que se diz profissional. O jornalista deixa bem evidente o seu ódio pelo pastor Silas e desrespeita a audiência. Errou e muito.

Todos estão errados...

Ninguém está certo nesta história, a imprensa em acusar os evangélicos sem provas concretas, o jornalista em generalizar a conduta de pastores e não respeitar os seu público, o pastor Silas em ficar procurando confusão, os caras que atiraram a pedra, enfim! A pergunta que fica é: a quem interessa esta polêmica toda? Quem está tirando proveito disso? Quem irá se beneficiar de uma guerra ideológica em nosso país? Resposta? Quem está no poder. Fica claro que ha uma manipulação para manter os brasileiros desunidos, raivosos e com isso enfraquecidos para enfrentar a exploração dos detentores do poder.

Nosso dever...

Como cristãos, nosso dever não é incitar o conflito mas promover a paz e o diálogo, dando o bom testemunho da transformação em nossas vidas e mostrando a todos que é possível sim construirmos um mundo melhor para todos. Nossa conduta serve para promover o bem, nossa fé é para salvação e isso vem de Deus e não de nós.

Meu apelo...

Não assisto a BAND, nem a Globo, nem a Record, não escuto o Boechat, pois é uma pessoa que não tem nada para me acrescentar, já ouvi muito o Pr. Silas e gostava de suas pregações mas atualmente não posso compactuar com ele, mas como irmão em Cristo posso pedir a ele que volte a pregar o Evangelho do Reino como ele fazia antigamente. Sei que ele não vai ler este artigo, então eu oro.

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Bíblias, bonés e camisetas! Compre e seja abençoado!

Tenho acompanhado a polêmica em torno do lançamento da Bíblia Apostólica Thalles Roberto Ide, que alvoroçou as redes sociais nos últimos dias. De acordo com o cantor, a ideia de lançar a Bíblia nasceu de uma constatação de que os jovens não leem as sagradas escrituras e que a sua influência, enquanto celebridade, poderia ser utilizada como incentivo a leitura do livro divino.


Deixando de lado a qualidade musical, questionável, do trabalho do Thalles, não há como negar que o moço é marqueteiro profissional. A carreira com crescimento meteórico deste mineiro, do município de Passos, vem acompanhada de um marketing feroz onde cada passo é minuciosamente planejado. Filho de pastor, Thalles cresceu na igreja Sara Nossa Terra cercado de música. Com talento de sobra o menino sonhou alto e foi para o mercado secular junto com a banda Jota Quest por cinco anos. Neste tempo conheceu muita gente, aceitou convites, participou e maravilhou-se com o mainstream. O tempo o trouxe de volta a igreja com uma bagagem comercial que poucos possuem no meio gospel.

O chamado divino (não questiono isso), atrelado ao conhecimento dos mecanismos mercadológicos lançou a jovem artista para um sucesso extraordinário. Musicalmente não há nada de novo; seu trabalho é popular, de fácil assimilação, garantindo boa aceitação e bons lucros. Não é um missionário; é um artista, profissional, que sabe muito bem o que faz. Está aproveitando o momento. Sua loja vende camisetas, bonés, livros e até a sua bíblia pessoal com direito a fotos, biografia, tudo a um precinho meio salgado para a realidade brasileira. Ou seja: ele faz exatamente o que se propôs a fazer.

Mas mudando de assunto, vi e li um monte de gente falando e escrevendo a respeito deste fato, uns de forma mais simpática e outros mais agressivos, que o cara só está interessado em lucro, que isto e aquilo e aquilo outro. Vamos considerar algumas coisas:

  • O nível de leitura do brasileiro em geral é baixíssimo.
  • Mesmo entre os que leem ainda existem os analfabetos funcionais.
  • Incentivar a leitura da bíblia é uma atitude louvável.
  • Não vi ninguém dos que criticaram, inclusive eu, fazendo algum esforço, doando bíblias, etc.
Não curto Thalles Roberto, acho sua música, uma música pobre em conteúdo, mas creio que podemos (eu e você) ser mais relevantes agindo no lugar de ficar apenas criticando. É muito fácil apontar os erros dos outros. Como igreja precisamos acordar e tirar nossos traseiros do conforto do sofá e fazer algo útil pelo Reino do qual dizemos que somos embaixadores. Deixa o Thalles pra lá! Vamos fazer algo, nos unir, ser bíblias vivas trabalhando pelo bem comum de todos, independente de cor, gênero, religião. Amando as pessoas e compadecendo-se delas e de nós mesmos que muitas vezes não vemos que somos pobres, cegos e nus. Não se muda a realidade com críticas e sim com ações. Ele está agindo, talvez da forma errada, não sei! Mas e nós, o que estamos fazendo?

quarta-feira, 8 de abril de 2015

O que é underground #02 - Não é Rock!

Tenho percebido, através de conversas e leitura de comentários, que uma grande parte das pessoas associa o universo underground com a cultura do rock. Embora o rock em suas inúmeras vertentes se manifeste, de muitas formas, num conceito mais underground, devemos compreender que nem toda música rock é underground e nem toda música underground é rock. Para isso, é fundamental entendermos o que é underground. Para isso eu recomendo outro artigo deste blog: O Que é Underground #01.

Como você pôde ler, nosso conceito de underground é de algo mais profundo em qualidade, informação e relevância para o meio. Partindo deste pressuposto entendemos que o universo da cultura underground é bem mais abrangente e não se restringe a um estilo musical. No Brasil associamos a produção underground à produção marginal pois é fato que a mídia aberta não abre espaço para o artista independente, deixando trabalhos sensacionais longe do alcance das massas. Não quero acreditar que isso seja intencional mas não posso negar que não há interesse em levar ao grande público conhecimento que gere reflexão e questionamento. Ou seja: deixe a massa com sua novelinha, sua dupla sertaneja e com o noticiário mascarado da TV aberta.

Cena do Filme "A Clockwork Orange" de Stanley Kubrick
Neste caso, ser underground é uma forma de reagir a estas imposições da grande mídia produzindo e consumindo material alternativo que informe e revele aquilo que realmente importa. Um bom exemplo disso é a cultura do fanzine ou simplesmente zine.

É pra ler, ou pra comer?

Fanzines são uma alternativa à imprensa oficial. Basicamente o termo deriva-se de duas palavras fan e zine que por sua vez são abreviações de fanatical e magazine, ou seja: Revista de Fan (Apaixonado). Os primeiros fanzines surgiram na década de 30 nos EUA e eram basicamente dedicados a Ficção Científica. Mais tarde este tipo de publicação foi ganhando força e abrangendo outras áreas como, música, arte, cinema, jornalismo, quadrinhos, moda e atividades do cotidiano, chegando a ter fanzines que falavam sobre outros fanzines como é o caso Factsheet Five (foto).

Factsheet Five - Fanzine sobre Fanzines
Muitos fanzineiros com o tempo acabaram sendo contratados por revistas profissionais mas outros mantiveram-se independentes e mesmo assim conquistaram um grande público e ainda estão vivos, como é o caso do fanzine punk, Maximumrocknroll (foto) lançado em 1977 e ainda na ativa (até esta postagem estava na edição #384).

Primeira edição do Maximumrocknroll
Fanzines são produzidos para nichos específicos, de forma alternativa e muitas vezes artesanal, podem ser vendidos doados ou trocados. 

No Brasil

O primeiro fanzine produzido em terras tupiniquins, que se tem notícia, chamava-se FICÇÃO (foto) e foi publicado em 12 de outubro de 1965 pelo piracicabano Edson Rontani

Primeiro Fanzine Brasileiro - 1965
Nos anos 80, tivemos uma proliferação de fanzines. Era a melhor maneira de circular informação alternativa sobre os mais variados assuntos. O movimento punk, na época, abraçou de tal maneira a mídia que este formato de publicação, por um bom tempo, ficou associado a cena. Na região sul tivemos muitas publicações como o curitibano Inquérito (foto) e o gaúcho Leve Desespero (foto).



Para uma informação mais detalhada do assunto, indico o documentário Fanzineiros do Século Passado, disponível no Youtube e postado logo abaixo:

Parte 1

Parte 2

Parte 3

Se no início do novo milênio, esta mídia parecia estar morrendo com o advento da internet, nos últimos anos, a partir de 2011 os zines vem ganhando força novamente, merecendo até mesmo destaque em jornais de grande circulação como é o caso da Folha de São Paulo em matéria publicada em 4 de maio de 2014. Leia aqui, inclusive com eventos como a Ugra Zine Fest que em 2013 chegou a sua terceira edição.

Fanzines Cristãos?


Conclusão: os fanzines estão mais vivos do que nunca. E com as facilidades tecnológicas estão cada vez melhores, pode ser E-pub, PDF, ou de papel. O importante é ter um alternativa à imprensa oficial que só quer nos enganar.