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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Finalmente um podcast

Descobri a podosfera em 2010 e logo me empolguei e comecei um podcast que só teve dois episódios, o Esconde Cast. Depois disso as correrias da vida me levaram a outras atividades. No ano passado (2014) voltei a escutar vários podcasts de conteúdo cristão realmente muito bons e muito bem produzidos. No final desta postagem você tem os endereços dos que eu mais escuto. 


Mas notei a falta de algo voltado a cena underground cristã. Esta lacuna me fez pensar em retomar o Esconde Cast. Mas fazer podcast sozinho não tem graça. Foi então que entrei em contato com meu brother Eduardo Teixeira, vocalista da No More Zombies e mentor do documentário Cristo Suburbano para convidá-lo a fazer parte do projeto, que prontamente aceitou o desafio. E nesta parceria entre o Esconderijo Underground e o Cristo Suburbano surgiu o Esconde Cast.


Trata-se de um podcast voltado a cena underground cristã com enfase na produção musical mas também abrangendo outras artes, movimentos sociais e cristianismo. A estréia do programa será no dia 13 de fevereiro de 2015 as 00:00h. Neste horário será divulgado o link para o episódio. Uma curiosidade: como já haviam dois episódios do Esconde Cast, a estréia será pelo episódio número três.

Neste episódio serão abordados os conceitos básicos de underground, um panorama da relação entre a igreja e o movimento underground, o testemunho do próprio Eduardo e algumas músicas. A periodicidade do podcast será sempre as sextas-feiras a cada 21 dias podendo ser lançados episódios extras entre um e outro.

A seguir você confere uma lista dos podcasts que eu mais curto, atualmente:

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

O que é underground #01 - definindo a coisa


A palavra underground, traduzida diretamente do inglês para o português significa subterrâneo. Mas ao analisarmos o termo mais detalhadamente conseguimos extrair muitas informações que acabam dando uma conotação diferente e mais nobre ao vocábulo.

Basicamente, underground é formada por duas palavras: Under e Ground. A palavra under aparece como preposição no sentido de estar embaixo ou sob algo. Também ocorre como adverbio no sentido de sujeição e como adjetivo podendo significar subordinado ou submerso. Já o termo ground pode ser entendido como solo, chão, terra e ainda como fundamento pretexto e motivo além de verbos como fundamentar e basear.

Quando olhamos estas variantes podemos nos dar ao luxo de dar um significado mais abrangente e mais livre ao termo. Eu, particularmente, entendo o underground como algo que vai além da superfície, que não é superficial, que vai mais fundo, que busca um conteúdo mais rico e uma informação mais fundamentada. Baseando-se neste princípio podemos compreender que, ser underground, é não se conformar com as imposições do mainstream  e buscar uma identidade própria que seja relevante ao meio em que vivemos.

O Underground e o Cristianismo

Fazemos parte de uma sociedade dominada por um humanismo pós-moderno e relativista baseado em conceitos antropocêntricos onde o indivíduo é  o centro de todas as coisas esquecendo-se da coletividade e isto acaba atingindo todas as ramificações da sociedade incluindo a igreja institucional.

É neste contexto e nesta visão que surge a necessidade de um cristianismo mais cristão, ou seja, um cristianismo underground, que não esteja dominado pelo establishment gospel que tem descaracterizado a igreja. Queira ou não, a igreja de Jesus é uma organização que anda na contra-mão do sistema, é uma instituição subversiva pois prega valores que são abominados pelo sistema que controla as massas. A igreja verdadeira é perseguida mas é transformadora. Sua força não está em cargos políticos, em alianças vantajosas, em poder financeiro. Sua força está no invisível, no imponderável, no incompreensível. Bem diferente desta farsa midiática que se manifesta pelas emissoras de rádio e televisão.

A igreja de Cristo não segue as ultimas tendências da moda. Ela tem estilo e opinião. A igreja de Cristo só é igreja quando ela é underground.

sábado, 29 de novembro de 2014

Modos & Estilos #04 - Coletânea SUB

Há 43 anos eu ouvi The Dark Side Of The Moon, do Pink Floyd pela primeira vez e imediatamente fui fisgado pelo rock. Depois daquela data memorável eu me tornei um consumidor voraz de música boa (na minha concepção). Ouvi de tudo: Rock, Hard, Metal, Prog, Jazz, Blues, MPD, Música Erudita, Chorinho, Bossa Nova, Punk e tanta coisa que nem lembro direito.


Muitos álbuns foram importantes na construção da minha identidade musical, mas teve um que foi crucial, transformador. A coletânea SUB, lançada em 1983 pelo selo Estúdios Vermelhos do saudoso Redson, foi como um petardo no meu cérebro. Foi com este disco que eu compreendi o verdadeiro significado de engajamento e descobri a força do DIY.




Vamos ao disco

Quatro são as bandas que participam da coletânea: Cólera, Ratos de Porão, Psykóze e Fogo Cruzado. ao todo são 24 músicas. A qualidade da gravação é limitada pois os recursos eram poucos e os estúdios não tinham nenhuma experiência em gravar som pesado. Mas a garra, a vontade de fazer superaram os obstáculos e este disco entrou para a história, não apenas do punk mas da música no Brasil.

Ratos de Porão

  • Parasita
  • Vida Ruim
  • Poluição Atômica
  • Não Podemos Falar
  • Realidades da Guerra
  • Porque
O RDP ainda sem o João Gordo mostra-se extremamente rápido. Apesar da crítica social a banda já mostrava um certo deboche com os mais variados assuntos. Destaque para Vida Ruim, uma música simples e objetiva e a primeira que eu tirei para tocarmos na nossa banda "Os Maus Elementos".

Cólera

  • X.O.T
  • Bloqueio Mental
  • Quanto Vale a Liberdade
  • Histeria
  • Zero-Zero
  • Sub-Ratos
O que dizer do Cólera. sem dúvida foi e ainda é o grande nome do Punk Rock nacional e da música brasileira. Desde o início percebe-se uma preocupação com as letras e com o clima que as músicas passam, como é o caso de Histeria. Na época tocávamos X.O.T, mas sem dúvida o grande hino deste disco e da banda é Quanto Vale a Liberdade.

Psykóze

  • Terceira Guerra Mundial
  • Buracos Suburbanos
  • Fim do Mundo
  • Vítimas da Guerra
  • Alienação do Homem Moderno
  • Desilusão
O Nome da banda já deixa claro o estilo da mesma. Um punk psicótico que passa uma ideia de desespero total em relação a realidade da época. Destaque para a faixa Buracos Suburbanos.


Fogo Cruzado

  • Desemprego
  • União Entre os Punks do Brasil
  • Delinquentes
  • Inimizade
  • Punk Inglês
  • Terceira Guerra
Na minha opinião uma banda excelente. Tinha uma pegada muito legal. O bacana é ver que os caras ainda estão na ativa. 


Resumindo: A coletânea SUB foi um marco, ao lado da coletânea "Grito Suburbano" foi um marco na história do movimento e deu um start na galera que tinha algo para produzir mas vivia a mercê do establishment. Mas no meu caso o SUB foi uma influência definitiva.

quinta-feira, 21 de março de 2013

Modos e Estilos #03 - Led Zeppelin

Na década de 70 eu morava no Leme (Rio de Janeiro) no apartamento da Gal. Ribeiro da Costa. Nesta época tinhamos uma turma muito louca, uma espécie de Clube de Amigos que tinha nome, estatuto, carteirinha, etc. A organização se chamava ATIVA (Associação Técnica de Investigações da América) "risos".


Tinhamos por objetivo colecionar coisas, jogar WAR e ouvir música, muita música. A paixão pela música era algo comum a todos, colecionáva-mos discos que eram catalogados, etiquetados e muito bem conservados. As etiquetas seguiam um padrão de cores que identificavam o dono do discos, pois as bolachas iam de mão em mão. Um dos nossos redutos era o apartamento do Mauro, foi lá que ouvi e me apaixonei por um dos discos mais importantes da minha formação musical: o Led Zeppelin IV.

Foi amor a primeira vista. Ao ouvir o riff de Black Dog simplesmente pirei. É legal ouvir algo que me impactou tanto, quase 40 anos depois e descobrir que o efeito ainda é o mesmo. Mas vamos ao álbum! O disco foi lançado pela Atlantic Records e 8 de novembro de 1971. Trata-se do quarto álbum de estúdio do quarteto britânico. Na verdade o disco não tem nenhum título apenas os símbolos que cada um dos membros escolheu para si. Foi gravado em vários estúdios. Deste trabalho originaram-se dois singles (Compactos): Black Dog/Misty Mountain Hop, lançado em 2 de dezembro de 1971 e Rock and Roll/Four Sticks lançado em 21 de fevereiro de 1972. Apesar de não ser lançada como single, a música Stairway to Heaven acabou tornando-se o maior hit da banda e um dos ícones do rock de todos os tempos. O disco chegou ao segundo lugar da Billboard e já vendeu cerca de quarenta milhões de cópias no mundo todo. Vamos as músicas.


Black Dog

A linha base da canção é de Jonh Paul Jones, o riff envolvente, as paradas para o vocal, a batida marcante e precisa de Bonham e o solo de guitarra no final complementam esta obra prima. Se não ouviu, ouça, pois foi feita para ouvir.
Curiosidade: o nome é uma referência a um cão que frequentava o estúdio e não tem nenhuma ligação com a letra que fala de paixão e dor.

Rock and Roll

Outro clássico, a introdução de bateria já da mostras do que virá. É blues acelerado sem frescuras. Base para muita banda. Mais uma vez a guitarra de Page diz porque ele ainda é considerado um dos maiores guitarristas da história. A música nasceu no estúdio enquanto a banda tentava gravar uma outra canção. Pura inspiração.

The Battle of Evermore

Uma referência a saga de Senhor dos Anéis é a única do albúm que conta com a participação do vocal feminino de Sandy Danny (cantora inglesa). A canção possui uma atmosfera mágica onde predomina o som do bandolim. É mais uma amostra da genialidade e da versatilidade da banda.

Stairway to Heaven

Falar o que? Não há muito o que falar sobre esta música. Só mesmo ouvindo para entender porque éla é considerada uma das melhores canções de todos os tempos. Poderia ficar linha e linhas escrevendo sobre suas mudanças ritmicas, sobre as flautas de John P Jones, sobre a Telecaster de Page no Solo, sobre as mudanças de andamento nos compassos 3/4, 5/4 e 7/8, etc, etc, etc. Trata-se de um raro momento de inspiração. Não é minha preferida mas é linda.

Misty Mountain Hop

Mais um clássico nas mãos de Jonh P Jones. Os teclados mandam na música e o riff quebrado seria copiado por muitas bandas, é uma das bases do hard rock. A guitarra de Page fica quase em segundo plano. Bem contagiante.

Four Sticks

O título é a própria música pois Jonh Bonham tocou com quatro baquetas. Mais uma mistura de hard e folk. Conta a lenda que a banda trabalhou muito nesta canção para achar a sonoridade certa. Jimi Page gravou vários solos. Um deles acabou se transformando na base de Rock anr Roll. O uso de sintetizadores aponta para a direção que a banda iria tomar no futuro.

Going to California

Mais um tema acústico onde o violão e o bandolim tem a preferência. Trata-se de um folk que cria uma atmosfera de paz e tranquilidade. Lembro-me de ouvir esta faixa repetidas vezes. O vocal de Plant está perfeito.

When the Levee Breaks

Na minha opinião pessoal é a melhor música do álbum. A batida cativa já no primeiro instante. A bateria foi gravada em uma sala ampla para dar mais reverberação. Um clássico do hard rock. A música foi originalmente gravada e lançada em 1929 pelo casal Kansas Joe McCoy e Memphis Minnie em referência à uma grande enchente ocorrida no estado americano do Mississippi em 1927. O Led regravou a letra com um novo arranjo. A várias guitarras em overdub e a harmônica dá o clima mágico. Muito boa, mesmo!

Conclusão

O quarto álbum foi definitivo para a banda e para mim, comprei os anteriores e posteriores e acompanhei a banda até seu fim em 1980 devido a morte do baterista Jonh Bonham. Para ter uma idéia de quanto foi importante para mim basta contar que cpmprei este disco três vezes: A primeira edição nacional com capa simples, a segunda com capa dupla e encarte e a importada. É uma pena que na minha fase mais tenebrosa tenha me desfeito destas preciosidades.

sábado, 16 de março de 2013

Modos e Estilos #02 - Deep Purple - Machine Head


Se não me falha a memória, o ano éra 1975, um ano após o fiasco da seleção na Alemanha. Eu com meus 13 anos passei em frente a uma loja de aparelhos de som na avenida Nª Srª de Copacabana, no bairro homônimo, no Rio de Janeiro, quando fui atingido por um petardo que vinha das caixas de som de um belo e potente gradiente. Imediatamente fui embriagado pelo ritmo marcante e perturbador que vinha da loja. Entrei e perguntei ao vendedor que som era aquele e ele me mostrou uma capa cheia de rostos distorcidos. Anotei o nome da banda e o nome do disco. Fui a uma loja e gastei toda a minha mesada. Corri para casa para escutar a bolacha. Era o Machine Head da banda inglesa Deep Purple.


Machine Head - Capa

O Álbum



Machine Head foi lançado oficialmente em 1972 e foi gravado em dezembro de 1971 em um hotem na Suiça (Montreaux) sem overdubs. Trata-se de um clássico não apenas da banda mas da própria história do rock. Todas as sete faixas foram compostas por todos os membros sa banda: Ritchie Blackmore, Ian Gillan, Roger Glover, Jon Lord e Ian Paice.


As Músicas



O Álbum abre com a fantástica Highway Star sua batida constante, baixo marcante, vocal rasgado e um solo arrasador de orgão Hammond. A letra fala sobra a paixão entre o homem e seu carro. O solo de Blackmore é simples e preciso e a linha de baixo e marcante, resumindo: um clássico que serviu de escola para muitas bandas. A segunda faixa é Maybe I'm a Leo, que já inicia com um riff marcante para contar a história de uma paixão perdida. É interessante a combinação da bateria em 4x4 e o riff em 2x4. O solo de guitarra é simples e perfeito seguido de uma seguência de acordes de um Rhodes. A Bateria de Ian Paice é precisa com intervençoes sempre no momento certo da música. A próxima música é Pictures Of Home que traça um quadro sobre a solidão. Mais uma vez o riff constante está presente. É a música onde cada um mostra seu talento. O virtuosismo de Jon Lord é evidente em toda a faixa. Há um solo de Glover mostrando seu talento nas quatro cordas. É quase um instrumental. Na sequência temos Never Bofore que mais uma vez volta ao tema do amor perdido. Apesar da letra fraca a música inicia com uma levada Soul passando a um rock'n roll dançante muito popular na década de 70 com mudanças ritmicas. O destaque vai para a guitarra de Blackmore que mostra claramente suas influências do negro blues. Chegamos a faixa número cinco. Smoke On The Water. Nem é preciso dizer que se trata de uma das melhores e mais populares cações do rock produzido nos anos setenta, o riff marcante, batidas, tudo perfeito. A letra fala de um cara muito preguiçoso e sem ambições mas está ali apenas para preencher um espaço. Jon Lord da um show que se completa com a guitarra blues de Blackmore. Finalmente chegamos a última faixa. Space Truckin é uma brincadeira divertida e que ao vivo chega a ter vinte minutos para que todos tenham tempo de sobra para mostrar seus talentos musicais.


Conclusão


Machine Head foi um disco que me levou a uma nova dimensão do que é rock. Inesquecível.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Modos e Estilos #01 - Pink Floyd - The Dark Side Of The Moon

Quando eu tinha onze anos, isso foi há muito tempo, no finalzinho de 1973, eu tive meu primeiro contato verdadeiro com a música. Nesta época eu morava em Curitiba, na rua Senador Alencar Guimarães, bem no centro da cidade. Nós alugávamos um quarto, na casa da frente, onde hoje existe um hotel, para um cara muito louco e cabeludo. Não me lembro o nome dele mas lembro do apelido: Peninha. O Peninha era meio (ou inteiro) hippie. Eu era criança e gostava de ir lá pois ele ouvia uma música legal. Lembro-me como se fosse hoje daquele disco com a capa preta com um triangulo e um risco branco e outro todo colorido como um arco-iris (era assim que eu via). Sim, estou me referindo ao The Dark Side Of The Moon do Pink Floyd. Pela primeira vez ouvi algo de uma maneira diferente: prestando atenção. Fui fisgado.

1973 - The Dark Side Of The Moon - Pink Floyd - Harvest/EMI 
Não pretendo nesta série de artigos fazer uma longa e profunda análise de álbuns e gêneros musicais. Apenas quero compartilhar aqueles discos que foram importantes e que eu considero relevantes na história da música e na minha formação.

Considero este álbum um marco. Não vejo o Pink Floyd como uma banda perfeita, pois trata-se de um grupo cheio de altos e baixos. Aprecio três ou quatro álbuns de sua carreira a saber: The Piper At The Gates of Down (1967), Medle (1970), The Dark Side Of The Moon (1973) e Wish You Were Here (1975) e destes o Dark Side para mim é definitivo.

Como mencionei anteriormente, não vejo o Pink Floyd como a melhor banda do mundo, mas é sem dúvida uma banda única com um timbre peculiar e exclusivo. Foi a banda que me mostrou e me fez amar a cena Prog Rock. Mas vamos ao álbum.

Dark Side inicia com a emblemática Speak To Me com seu batimento cardíaco indicando que há vida, muita vida e loucura nas faixas seguintes. A segunda faixa é On The Run que é fiel ao título nos remetendo a uma corrida desenfreada que tanto pode ser uma fuga como uma busca. Em seguida temos a super conhecida Time com seus relógios, sua levada suave que fala sobre a vida e quanto desperdiçamos em nossa caminhada. O solo de guitarra de David Gilmor é primoroso. Lembro-me do Maurício Moura de Almeida (In Memoriam), irmão do Márcio Hulk que tocava este solo na guitarra quando morávamos no Leme (Rio de Janeiro), época em que o Márcio tocava bateria. Na sequência temos, na minha opinião, a melhor música do disco: The Great Gig In The Sky, um Blues que conta com a participação da cantora Clare Torry descoberta num estúdio pelo então produtor Alan Parsons. A próxima faixa é Money que tem uma linha de baixo animal feita em cima de um arpejo em Bm (Si menor) em compasso 7/4, além de um solo de sax executado pelo lendário músico de estúdio Dick Parry. A faixa Money foi a única do álbum a entrar para o Top 20 da Billboard. Depois de Money temos Us And Then, uma suave melodia entrecortada por um refrão mais agressivo que fala de vida e morte.  Simplesmente linda com seus teclados esbanjando timbres maravilhosos. É a faixa mais longa do álbum. Ao final emenda com Any Colour You Like, um instrumental primoroso onde mais uma vez o casamento entre os teclados e a guitarra é perfeito completados por uma cozinha de dar água na boca. A próxima faixa é Brain Damage, uma homenagem a Sid Barret, fundador da banda e que se perdeu, ou se encontrou, em suas próprias fantasias após um colapso mental promovido pelo uso excessivo de drogas. O disco acaba com a apoteótica Eclipse que mais uma vez se refere a vida e finaliza com o coração pulsante do início que agora soa calmo e sereno indicando que nada terminou.

Concluindo. É um grande álbum que deve ser ouvido e apreciado com muita atenção. Escutando agora, sob uma ótica diferente, após tantas décadas, este disco soa mais brilhante e perfeito, quase cristão e na minha opinião pessoal, o melhor trabalho da banda.

Até a próxima!