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segunda-feira, 17 de agosto de 2015

O Tripé do Cristianismo

Quando Jesus esteve entre nós, humanamente falando, ele nos deixou um legado de exemplos para seguirmos e, com isso, nos tornarmos pequenos Cristos sobre a terra, levando as boas novas do Evangelho àqueles que ainda se encontram enredados pelo sistema reinante. Enquanto homem, Cristo sempre foi um ser completo e podemos observar, claramente, três aspectos do seu ministério que devemos desenvolver durante nossa jornada nesta vida. Mas que aspectos são estes?

No filho de Deus percebemos o seguinte: Ortodoxia, ortopraxia e ortopatia. Tentarei de forma sucinta expor estes três pontos a seguir para compreendermos melhor o que é ser um discípulo de Jesus e consequentemente como deve ser a igreja que professa o nome do Cristo ressurreto.

Ortodoxia - Basicamente a palavra significa doutrina correta. Em Jesus vemos uma doutrina que não somente se baseia nas escrituras mas que provém do alto e que dá uma interpretação firme, correta e eficaz dos textos sagrados. Jesus não se prende em devaneios teológicos obscuros, mas vai direto ao ponto de cada questão mostrando que não se deve torcer os escritos para satisfazer um sistema de valores, mas interpretá-los de forma justa e sem rodeios, mesmo quando isso signifique humilhar-se diante das verdades irrefutáveis da Palavra de Deus.

Ortopraxia - Podemos ler como a prática correta das verdades bíblicas. Ao longo de sua caminhada ministerial encontramos o Filho do Carpinteiro colocando em prática os seus ensinamentos, curando enfermos e doentes, libertando os cativos, consolando os desesperados, recebendo os excluídos, alimentando os famintos, ou seja, Jesus não apenas prega o Evangelho mas também o pratica de forma integral, sem titubear ou recuar, levando esta prática as últimas consequências ao entregar-se para ser morto na cruz.

Ortopatia - Trás o sentido de sentimento correto. Jesus fez tudo o que fez movido por uma paixão baseada na obediência ao Pai e no amor incondicional a humanidade. Os sentimentos funcionam como combustível da fé e estão diretamente ligados ao campo da espiritualidade atuando como canal para que a trascendência de Deus possa se manifestar em nosso mundo natural. Pois apesar de ser Deus, somente pelo poder do Pai através do Santo Espírito é que o homem Jesus pôde manifestar o sobrenatural em seu ofício ministerial.

Fracos e dependentes que somos, dificilmente conseguimos desenvolver estes três aspectos de forma plena e equilibrada e tendemos a beneficiar uns em detrimento de outros. Mas isso não é um problema em si. Deus sabia disso o tempo todo e por essa razão deu diferentes capacitações par cada um de nós a fim de que, juntos, possamos ser um e fazer o todo. Com a igreja (institucional) não é diferente. Cada denominação enfatiza uma dessas características mais do que as outras e Deus também já sabia disso. A questão é: Será que as denominações entendem que o Reino funciona assim? Não é o que vemos acontecer.

Ao contrário de ficar satisfeitos por saber que existem grupos complementando o que não é feito por uma comunidade, o que assistimos é uma guerra de egos inflados que afirmam, orgulhosos e prepotentes, deter a doutrina, a pratica e a motivação correta e diminuem Deus ao declarar que fora do seu sistema, Deus não pode operar de maneira eficaz. E seguem vituperando o Cristo ao elencar um cabedal de regras que devem ser seguidas a risca, como uma receita mágica de sucesso.

Não, não é isso que o Messias nos ensinou. O apóstolo Paulo deixa isso bem claro em 1 Co 3, nos versículos 7 e 8 quando escreve: Por isso, nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento. Ora, o que planta e o que rega são um; mas cada um receberá o seu galardão segundo o seu trabalho. A igreja precisa entender que somos todos membros de um mesmo corpo e não é o consenso que nos faz prosseguir mas sim o dissenso. São as nossa diferenças que promovem a vasta abrangência do Reino e é assim que devemos prosseguir. Nos amando, ajudando, suportando, repartindo e comungando num mesmo espírito. Que Deus abençoe esta geração que surge com uma nova consciência da multiforme unidade da Igreja em Cristo Jesus.

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Ódio nos Olhos

Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus; (Mateus 5:43,44).

Não questiono a dor de alguém que perdeu um ente querido através da ação violenta de um indivíduo, independente de sua idade, credo, etnia, ou qualquer outra coisa. Não duvido da angústia e da humilhação de quem já foi vítima da violência. É óbvio que é necessário uma medida punitiva para qualquer pessoa que comete um crime, assim como é imprescindível que esta medida seja acompanhada de uma recondução a socialização do infrator. Mas o que eu tenho presenciado nas entrevistas, nas redes sociais, nos comentários em jornais e revistas é apenas um sentimento de ódio que não deseja praticar a justiça mas apenas a vingança.

Termos como: "tem que mofar na cadeia", "tem que matar essa cambada", "são uns vermes malditos", "tinha que ter pena de morte para esses vagabundos" e muitas outras coisas que não ouso reproduzir aqui, são ditos com orgulho, destilando um ódio incompreensível típico de bestas-feras que contradizem qualquer teoria evolucionista por mais bem elaborada que seja. Mas o que mais me entristece é quando estas palavras de ordem são ditas por aqueles que se auto denominam cristãos. Definitivamente isto não é cristianismo, nunca foi e jamais o será. O verdadeiro cristão é aquele que morreu com Cristo e renasceu para Cristo. É uma pessoa que tem em Cristo o gabarito para a formatação da sua existência, que busca em Cristo o modelo de suas atitudes, que aprende de Cristo a ter um olhar diferenciado sobre o mundo. Alguém que crê, sem nenhuma dúvida, na transformação que somente Jesus, o Cristo, pode realizar em nossas vidas.

Você crê em Deus? Eu creio! E como crente neste Deus, eu suplico a Ele que tenha misericórdia da nossa podridão espiritual e da nossa incapacidade de amar e compreender a Sua vontade, o Seu plano e Seu sonho para toda a humanidade. Imploro a Ele, que mude nossas mentes e abra nossos olhos para que possamos ver o quanto estamos contaminados pelo mal deste presente século. Senhor, tende piedade de nós!

terça-feira, 16 de junho de 2015

Os Pilares da Fé Cristã

Tenho observado, nos últimos anos, um acirrado embate teológico entre os defensores dos mais variados pontos de vista a respeito da fé cristã. Arminianos, Calvinistas, Pré Milenistas, Amilenistas e Pós Milenistas, enfim, cada um defendendo sua posição particular e produzindo mais calor do que luz. Ortodoxos, pentecostais, reformados, liberais, conservadores, entre outros, numa disputa sem fim para provar ao outro a certeza pessoal de possuir a verdade absoluta, como se fosse tão simples assim para um mero mortal ser o detentor da ciência de todas as coisas.

Estas situações acabam gerando muitas dúvidas de todos os lados, que mais prejudicam e nos afastam de Deus do que nos aproximam do mesmo. Não sou teólogo, mas entendo que devemos nos ater aos pilares da fé. Mas que pilares são estes? São aquelas certezas incontestáveis comuns a todas as vertentes e que podem ser chamadas de universais. Por exemplo: Deus criou todas as coisas! Não importa sua vertente cristã. Todos que professam o cristianismo creem nesta verdade, logo ela é um pilar da fé.

Obvio que não vou conseguir elencar todos os pilares, mas quero citar alguns que me dão a certeza de estar no caminho certo independente da linha teológica que sigo ou simpatizo.

  • Deus criou todas as as coisas.
  • Deus criou o homem
  • O Homem pecou perdendo a comunhão com Deus
  • Jesus morreu na cruz para nos resgatar
  • Jesus ressuscitou e subiu aos céus
  • Jesus voltará para regatar a Sua igreja
  • Haverá um grande julgamento
  • Depois disso haverão novos céus e nova terra.
Evidentemente esta é uma lista bem resumida mas serve para dar uma ideia do que estamos tentando lhe dizer. Não importa se o fruto do pecado foi a desobediência ou o fato de o homem não crer em Deus, se era uma maçã ou outra coisa o fato é que o homem pecou contra Deus. Não interessa se Jesus irá voltar antes da grande tribulação, durante ou depois desta. O importante é que ele vai voltar. Se todos atentarmos para os pilares respeitando as diferenças de cada um poderemos viver em comunhão e parar com estas disputas teológicas inúteis que nos fazem perder tempo precioso, pois enquanto discutimos teorias as almas perecem lá fora. Pense nisso.

Grande abraço.