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segunda-feira, 2 de outubro de 2023

GUERRAS E RUMORES DE GUERRAS



Quando os discípulos de Jesus inquiriram o Mestre sobre quando aconteceria o seu retorno e o fim dos tempos, Ele lhes disse o que está registrado no Evangelho escrito por Mateus, no capítulo 24. Ali fala de Guerras, rumores de guerras, nação contra nação e reino contra reino. Mas uma parte do texto nos chama a atenção. No versículo seis Jesus afirma: “É necessário que tais coisas aconteçam, mas ainda não é o fim.”

Este “ainda não é o fim” é ponto crucial. O mundo está a beira de um conflito de proporções mundiais, provavelmente ainda este ano. Por conta disso, muitos já estão anunciando a volta de Jesus como certa. Mas o que as Escrituras nos advertem? Exatamente o que lemos anteriormente: “ainda não é o fim”.


Na sequência Jesus explica que estas coisas são o princípio das dores fazendo uma alusão ao trabalho de parto onde cada nova contração é mais intensa e com um intervalo menor que a anterior. Ou seja, esses conflitos irão se intensificar cada vez mais. Depois Ele diz que os seus discípulos serão perseguidos e entregues nas mãos dos perseguidores, mas que a despeito dessa perseguição, o Evangelho será pregado em todo o mundo.


Tudo indica que esta primeira parte da profecia refere-se à queda do templo no ano 70 da era cristã. Esta interpretação é reforçada nos versos 34 e 35 onde o Messias afirma: “Eu lhes asseguro que não passará esta geração até que todas essas coisas aconteçam.

O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras jamais passarão".


A partir do versículo 36, Jesus passa a falar sobre a sua volta e os sinais que anunciam a sua vinda. Alguns pontos chamam a atenção. Primeiro: ninguém sabe o dia e a hora deste acontecimento, logo qualquer tentativa de estabelecer uma data é inútil e tola.


O Segundo ponto importante, que nos chama à reflexão, está nos versos 37 e 38 que dizem: “Como foi nos dias de Noé, assim também será na vinda do Filho do homem. Pois nos dias anteriores ao dilúvio, o povo vivia comendo e bebendo, casando-se e dando-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca”. Ou seja, o mundo estará vivendo uma suposta paz e liberdade, que não é o caso do momento atual, onde temos pandemias, guerras, intolerância, crise econômica, etc.


Não se engane, a tendência é de tudo piorar para se instaurar um caos generalizado que facilitará o surgimento de uma liderança mundial que nós, cristãos, entendemos pelas escrituras, que será o governo do anticristo. Não podemos ficar alheios a todos estes sinais e características. Precisamos estar preparados para os tempos difíceis e também  para manter o foco e anunciar as boas novas de Cristo a quantos estiverem ao nosso alcance, Se de um lado precisamos trazer o máximo de almas para o reino, por outro temos que estar preparados e prontos para enfrentar um mundo cada vez mais difícil e hostil para aqueles que perseveram nas doutrinas bíblicas.


Tenham todos uma excelente semana na certeza de que as escrituras irão se cumprir, palavra por palavra e que o nosso mestre voltará para estabelecer seu reino e seu governo nesta terra, restaurando-a a seu estado original, como era no princípio.


Deus abençoe a todos!


#cristianismo #evangelho #fimdostempos #Guerras #caos #biblia #palavradedeus #reflexao #devocional


segunda-feira, 11 de setembro de 2023

O EVANGELHO ESTÁ ACIMA DAS IDEOLOGIAS

 


Ao longo da história do Cristianismo, e já vão mais de dois mil anos, sempre que a Igreja se aproximou do Estado, o resultado foi catastrófico e essa é uma das causas que se somou a outras na concepção de Estado Laico (Leigo - Latim), que significa: não clerical, ou seja, que não adota uma religião oficial.


Aliás, a falta de informação tem levado muitos a pensar que Estado Laico é um estado onde a Igreja não atua mas é exatamente o contrário. A concepção de Estado Laico é justamente para dar voz a todas as religiões ou não religiões. Completamente diferente do Estado Ateu, que utiliza os mecanismos do Estado para combater as religiões.


Por um certo aspecto, a laicidade estatal é benigna, pois não permite que uma única profissão de fé detenha o poder absoluto o que certamente criará um estado tirano dado a natureza pecaminosa dos seres humanos. Afinal, salvos ou não, todos somos pecadores e podemos facilmente ser corrompidos pelo poder.


Por outro lado, é uma obrigação da Igreja, influenciar a sociedade e participar, através de representantes, das decisões estatais que sempre afetam a população como um todo. Infelizmente, no Brasil, nos últimos anos, uma parte dos cristãos, movidos pela natureza humana e pela falta de preparo bíblico foi tomada por uma sede de poder sem precedentes e alistou-se para lutar nas trincheiras do dualismo político que já vinha sendo cavada por muitos anos por aquilo que chamamos de esquerda.

O problema é que estes “cristãos”, muitos até, bem intencionados, esquecem completamente que o Cristianismo não é uma ideologia. O pensamento cristão está muito acima de meras ideologias humanas que, inevitavelmente, falham em seus próprios ideais.

Clive Staples Lewis, ou CS Lewis, como é mais conhecido, em sua série de mensagens compiladas no livro “Cristianismo, Puro e Simples”, nos alerta para algo extremamente contundente e fascinante. O cristão fiel a Cristo Jesus, deve encarar as ideologias sob a luz da Palavra de Deus. Se fizermos isso de forma honesta e sem vícios, chegaremos a conclusão de que: No aspecto social, da caridade, da preocupação com o próximo, como o mais fraco, com os oprimidos, etc; a nossa maneira de agir deve se parecer com algo que nos aproxima dos ideais de esquerda. Por outro lado, nossa relação com a família, trabalho, nação, moral e costumes deve ser imersa em um conservadorismo bastante claro e ideais da direita. Porque? Porque os Evangelhos, os ensinamentos de Jesus estão acima desses ideais e a própria palavra nos incentiva a examinar todas as ideias para extrair aquelas que estão mais próximas da vontade de Deus e descartar as demais. (1 Tessalonicenses 5:21)

Entenda que Jesus nunca foi um socialista, monarquista, liberal, capitalista, etc. A Bíblia que diz para acolhermos os estrangeiros é a mesma que defende a propriedade privada, que diz para dar de comer aos famintos também diz que o trabalhador deve ser o primeiro a usufruir dos frutos do seu trabalho. O Jesus que suportou o castigo injusto e não partiu para uma revolução armada é o mesmo que disse para seus discípulos irem armados para uma missão em um lugar perigoso. E este mesmo Jesus, que subiu aos céus como um cordeiro, voltará como general de guerra, com suas roupas manchadas pelo sangue dos que se opõe a Deus. (Apocalipse 19:12 a 15)

Se você ficou escandalizado com estas  informações, dobre seus joelhos e peça para que o Eterno ilumine a sua mente e te faça compreender o verdadeiro significado de ser um seguidor de Cristo. Se você compreendeu pare de se envolver tanto com questões pequenas e comece a agir de acordo com a vontade de Deus. É ELE que está no controle e a nós cabe decidir se seguiremos os seus mandamentos ou nos manteremos voltados para questões menores esquecendo-se da nossa missão neste mundo que é: ir e pregar o Evangelho a todo o mundo. Quem tem ouvidos, ouça!

Uma ótima e produtiva semana para todos. Deus os abençoe!

ATENÇÃO - O Link para adquirir o livro Cristianismo Puro e Simples de C.S. Lewis está logo abaixo. É uma excelente compilação que todo cristão deveria ler.

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terça-feira, 21 de julho de 2020

Cassiane Relativizou a Violência Doméstica?

Muito se tem falado sobre o novo e infeliz clipe da cantora gospel Cassiane, então vamos a ele.



Esta semana, o assunto nas mídias, dentro e fora do universo gospel foi o clipe da nova canção da cantora Cassiane, que faz parte do elenco da MK Music. Segundo uma boa parte dos veículos de imprensa, blogs e todo uma série de opinadores digitais, o clipe da música, A Voz, teria relativizado e até mesmo romantizado a violência doméstica. No meio de tudo isso, resolvi assistir ao tal clipe e vou fazer aqui a minha análise pessoal. Quero deixar claro que não sou ouvinte da cantora mas vou ser o mais imparcial possível sem deixar a minha opinião pessoal de lado, obviamente.

A Canção


Musicalmente falando, o arranjo não trás absolutamente nada de novo, é apenas mais do mesmo. A introdução calma e suave que vai caminhando numa progressão matemática para o clímax final, onde sempre acontece aquela explosão sonora em cima do refrão. Tecnicamente bem executada e bem gravada mas musicalmente não acrescenta nada de novo no front. Com todo respeito, esse estilo musical adotado por grande parte das cantoras e cantores gospel lembra muito o tal sertanejo. Se você ouviu uma música, ouviu todas e já sabe o fim.

A Letra


Poeticamente fraca, a letra da canção é uma ode ao poder de Deus que daria um bom clipe exaltando a grandeza do Deus que cremos e servimos (também sou cristão). Em relação à temática do clipe, não tem nada com nada. Uma coisa não se liga a outra e o vídeo parece ficar perdido no meio da música e vice versa.

O Clipe


Tecnicamente, me desculpem os fãs, o vídeo é péssimo. Deixa claro que haviam feito as filmagens para encaixar em qualquer canção e aproveitar o hype do momento para ganhar views, mas a má qualidade da produção e um roteiro amador, não agradam e nem convencem. As transições entre a suposta história e as aparições da cantora são lastimáveis. A dinâmica é fraca, a fotografia é ruim e a pós produção parece não ter acontecido, sem falar nas atuações ao melhor estilo, novela mexicana. Parece decoração de TNT (se é que me entendem).

A Mensagem


Não creio, em sã consciência, que tanto a cantora quanto quem roteirizou a peça, pensou em relativizar ou romantizar a violência doméstica contra as mulheres. Para quem é conhecedor das Sagradas Escrituras, fica evidente que a ideia é mostrar que mesmo as piores pessoas podem ser transformadas pelo Poder de Deus. O problema é que o script é muito ruim e a edição não conseguiu deixar isso claro o que levou a muitos pensarem que a cantora quis passar pano em um assunto tão sério.

Prefiro continuar crendo que foi um equívoco infeliz gerado pela falta de profissionalismo do que uma intensão maléfica. Mas a polêmica trás a luz uma questão importantíssima que é a maneira como grande parte das instituições religiosas tratam a questão da violência doméstica.

Não é raro, casos de mulheres, vítimas de homens truculentos serem praticamente obrigadas a manter um relacionamento destrutivo e doente, em nome de uma falsa doutrina do: "O que Deus uniu não separe o homem", ou ainda colocando a culpa na mulher com afirmações como: "precisa orar mais", "a Bíblia diz isso e aquilo" distorcendo as verdades bíblicas e mantendo inocentes em verdadeiros infernos, num triste círculo vicioso.

É urgente, trazer estes assuntos aos púlpitos, de maneira séria e equilibrada. Muitos líderes terão um alto preço a pagar pelas muitas vidas destruídas em nome de um Deus que não encontramos na Bíblia.

Conclusão


Sei que a cantora não irá ler este post, mas minha sugestão é: Jogue fora este clipe e faça outro que esteja em consonância com a letra e feito por profissionais, pois o clipe ficou parecendo uma produção caseira de baixo orçamento.

Até a próxima!

Dados da Foto:

Description: Cassiane no DVD 'Um Espetáculo de Adoração'
Date: 10 February 2015
Source: Own work
Author: WillDavid
Link da imagem: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Cassiane.png

quinta-feira, 16 de abril de 2020

Lições Virais - Ser é Melhor que Estar

Como esta pandemia está mudando a terra e a nossa percepção do Evangelho de Jesus Cristo!
Imagem de Paula Helit por Pixabay 
Depois de algum tempo observando as reações e o comportamento das pessoas durante este um mês e meio que estamos vivendo sob a sombra da incerteza, diante da ameaça invisível que parou o mundo, podemos tirar algumas lições importantes e, porque não dizer, alarmantes sobre o povo de Deus e seus mais diversos comportamentos e atitudes neste novo cenário global. E pasmem, meus amados, as conclusões não são nem um pouco animadoras.

A Crise da Fé


Se existe algo que ficou perceptível nos últimos 45 dias da pandemia é a crise de fé que se abateu, ou que já se abatia, sobre a igreja brasileira. Sem citar nomes, para não expor pessoas, vou descrever acontecimentos do meu entorno que me deixaram bastante preocupado com a qualidade do engajamento cristão neste século. Mas para que possamos entender melhor o que ocorre, é preciso definir as características da igreja atual.

Ir a Igreja ou ser Igreja


Durante as últimas décadas os crentes foram doutrinados ou acostumados a ir á Igreja e a frequentar um prédio como quem frequenta um clube social. A igreja física e geográfica ganhou uma importância que, em muitos casos, extrapola os limites da sanidade, passando a ocupar uma posição acima do próprio Cristo. Este ensino obscuro criou na membresia uma sensação de que a frequência a um determinado local facilita a ação do Espírito Santo e transmite a falsa ideia de um Deus limitado às quatro paredes do prédio.

Entenda que eu não estou afirmando que não devemos frequentar um espaço físico para nos reunirmos com outros parceiros de fé. Mas reduzir a comunhão dos Santos a isto é de uma pobreza espiritual extremamente grande. Mais importante do que ir a igreja é SER IGREJA em qualquer lugar.

Tempos Modernos


Quando Jesus viveu, fisicamente, entre nós ele não apenas fez um sacrifício que quitou a nossa dívida com o Eterno, ele também promoveu um upgrade no ser humano. Como diria uma antiga canção: "O véu que separava, já não separa mais". Se no tempo da lei, o Seu Santo Espírito estava sobre nós, na Graça ele se encontra em nós, nos levando para um novo patamar, no que diz respeito ao nosso relacionamento com o Deus Eterno.

Quando o Mestre afirmou que: onde estivessem dois ou mais Ele se faria presente, foi exatamente isso que Ele quis dizer. É evidente que, quando Ele proferiu estas palavras, nenhum ser humano imaginava que chegaríamos ao ponto de nos reunir virtualmente, mas com certeza Ele sabia.

A Bíblia nos adverte que chegará um tempo em que não teremos mais a liberdade de nos reunirmos presencialmente, mas isso não pode ser um impedimento para permanecermos em comunhão uns com os outros.

Precisamos Crescer

De volta ao início desta postagem, tenho visto, não poucos crentes, com medo de não poder ir a igreja (O Prédio), muitos praticamente em pânico, até mesmo com medo de perder a salvação. Isto é alarmante, pois mostra o quão inconsistente são os alicerces da nossa fé. Crentes sem nenhum preparo para perder, para sofrer e para serem afligidos.

Mas se, por um lado estas verdades são alarmantes e extremamente preocupantes, por outro nos mostra que precisamos repensar nossos conceitos. Creio, sem medo de errar, que estes acontecimentos que estamos vivendo como: a quarentena, o isolamento social, etc, não são apenas uma permissão de Deus, mas ouso ir além e entendo como o próprio agir de Deus no intuito de acordar seu povo.

O desfecho dos planos de Deus se aproxima e com ele tempos difíceis para o corpo de Cristo. Carecemos de um evangelho que cave fundo na palavra, que não seja superficial, mas que nos dê um choque de realidade a ponto de nos arrancar da Matrix do engano gospel, com sua religiosidade de R$ 1,99.

Que mais lições venham e com elas o crescimento que nos garantirá a vitória!



Crédito da Imagem:
Imagem de Paula Helit por Pixabay

sábado, 4 de janeiro de 2020

Mais Perto do Fim - 001 - Mudança de Hábitos

Você não vai mudar a sua vida fazendo as coisas sempre da mesma maneira!
Imagem de Cristian Vazquez por Pixabay
Conforme eu havia prometido na postagem "2020 - O Ano da Decisão", este é o primeiro de uma série de artigos sobre atitudes e práticas para nossa preservação e dos nossos familiares, frente aos acontecimentos que irão ocorrer nos próximos anos e que antecedem os últimos dias da raça humana, da maneira como estamos acostumados. Se de um lado, não tenho nenhuma dúvida de que os agentes do mal estão seguindo seus planos de forma milimétrica e cronometrada para destruir a coroa da criação, também tenho absoluta convicção de que Deus tem tudo sob controle e proporciona um meio eficaz para aqueles que estiverem dispostos a se submeter às suas instruções.

No entanto, apenas aguardar no Eterno, não é o suficiente pois não é o que Ele espera de nós. O Criador nos fez com as ferramentas intelectuais, físicas e espirituais necessárias para agirmos e buscarmos soluções funcionais para os nossos problemas. É fato que, com a queda do ser humano, no Jardim do Éden, nosso DNA foi corrompido e, consequentemente, nossas ações se tornaram problemáticas e voltadas para o mal. Mas, apesar das más notícias, quando fomos convencidos do pecado e nos arrependemos, entregando nossas existências ao Messias que pagou o preço do resgate de nossas vidas fomos reconectados ao Supremo e, desde então, nossa programação vem sendo atualizada, no processo que chamamos de santificação.

Este processo contínuo de restauração só estará completo quando tivermos nossos corpos transformados e então seremos iguais ao nosso Mestre, o primogênito de Deus, nosso Senhor e Salvador Yahushua, o Filho do Deus Altíssimo. Mas a cada nova informação, nos tornarmos mais capacitados para enfrentar os dias maus e executar as medidas necessárias para sobreviver e ajudar outros a conseguirem o mesmo.

O que Mudar Primeiro?


Toda mudança é difícil, pois nos tira da nossa pseudo "zona de conforto" e nos conduz ao desconhecido e inesperado. Por outro lado, uma vez que mudamos algo em nossas vidas, vislumbramos novas possibilidades que estavam obscurecidas. Nosso Pai Eterno nos deu capacidades extraordinárias para assimilar novas situações e aprender com elas. A primeira e mais importante mudança que podemos fazer, e que nos ajudará com as demais, é aprender a falar com nosso Deus. Isso se dá através da oração, que nada mais é do que, comunicar ao Soberano, nossos anseios, dúvidas e necessidades. É como um casamento, a medida que nos relacionamos, aprendemos mais sobre o outro. Por isso Jesus disse que é preciso ser um com o Pai.

Uma vida de oração, inevitavelmente se tornará em uma vida de comunhão com o Altíssimo. Não estou dizendo que você precisa ficar horas de joelho. Não é isso. Orar é dialogar e isso pode ser feito em qualquer lugar. Em casa, no trabalho, na rua, no trânsito, enquanto está desempenhando alguma tarefa, enfim, em qualquer situação podemos iniciar nossa conversa com nosso Pai. Pois somente quando aprendermos a falar com Ele é que começaremos a ouvir a Sua voz e compreenderemos o que Ele fala para cada um de nós.

Não sabe por onde começar? Comece com a oração que o seu Filho nos ensinou. Medite em cada palavra, procurando absorver os significados dessa oração tão simples mas ao mesmo tempo profunda e carregada de ensinamentos. Que tal agora mesmo? Vamos Lá?

Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu; O pão nosso de cada dia nos dá hoje; E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores; E não nos conduzas à tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém. Mateus 6:9-13
É evidente que você não irá ficar repetindo esta oração a vida toda, mas ela é uma chave para aprender a orar, pois nesta pequena oração encontramos os elementos fundamentais de uma oração eficaz. Reconhecendo a paternidade e soberania de Deus, desejando ser parte do Seu reino, submetendo-se à sua vontade, pedindo a provisão necessária para viver cada dia por vez, aprendendo a prática do perdão, pedindo orientação para não cair nas armadilhas do maligno e ainda que isto aconteça, tendo confiança na proteção divina e reconhecendo que Ele é o Único e Soberano Deus de nossas vidas.

Com o tempo você saberá utilizar suas próprias palavras e terá uma conversa cada vez mais amigável com o nosso Pai, entendendo que faz parte de uma família muito especial, ao contrário do que o mundo tenta nos convencer.

Lição de Casa


Escolha alguns horários do seu dia para conversar com o Pai. Conte a Ele seus problemas, suas dúvidas, seus anseios, revele a Ele seus medos, confesse suas fraquezas. Transforme esta prática em um hábito. E caso esqueça, não se ache a pior das pessoas. Apenas admita que vacilou mas continue. Em alguns momento vai parecer que Ele não te escuta, mas na verdade é você que não o percebe. Mas com o tempo você irá perceber, mais facilmente a Sua presença e ouvirá a Sua voz.

Quer mudanças? Comece mudando!

terça-feira, 24 de dezembro de 2019

Ressignificando Significados - Natal

Sim, eu sei que o Messias não nasceu em 25 de dezembro. Mas o que importa é que Ele nasceu!

Todos os anos, na época do Natal, assistimos e lemos um calhamaço de opiniões  a respeito desta data que é celebrada em todos os cantos da terra. Entre os cristãos sempre existiu uma grande divisão. Uns são favoráveis, alegando que o que importa é comemorar o nascimento do Salvador. Na outra extremidade estão os que alegam que esta é uma festa pagã que não deve ser comemorada por cristãos. Em ambos os lados existem verdades mas também muitos exageros e na maioria dos casos pouco equilíbrio.

Uma das máximas que as Sagradas Escrituras recomendam aos que professam a fé no Cristo da cruz é que devemos crescer em graça e conhecimento. Ou seja: excesso de espiritualidade gera muita demonização e excesso de razão pode descambar para um ceticismo quase ateu. O cristão autêntico e zeloso sempre irá buscar um ponto de equilíbrio de modo a não profanar o que é sagrado e nem sacralizar o que é profano. Isto requer sabedoria e entendimento do plano de Deus para nossas vidas. Então vamos fazer uma breve análise dos fatos para buscar um consenso.

O Nascimento de Jesus


A chegada do Filho do Altíssimo a este mundo é um acontecimento tão importante quanto o seu sacrifício, na cruz, que nos reconciliou com o Pai. Um evento preparado pelo próprio Criador desde antes da criação. Anunciado por profetas e aguardado até mesmo por aqueles que não faziam parte do povo de Deus. Um momento tão marcante da história que foi capaz de dividi-la em antes e depois dele. Mas a despeito de tudo isso, não se sabe ao certo em que dia isto ocorreu. O fato é que ninguém tem conhecimento da data exata da chegada do Bom Pastor. 

Como cristão, não creio em coincidências ou acasos pois entendo que todas as coisas ocorrem pela soberana vontade do Eterno e em todas elas existe um propósito firme e uma razão específica na forma em como ocorrem. Se não sabemos a data de nascimento do nosso Redentor é porque não devemos saber. No entanto, o fato de não termos uma data não é um impedimento de comemorar a chegada do Bom Mestre aqui no mundo em que vivemos. Tendo isto em mente, não existe mal algum em você celebrar a vinda do Príncipe da Paz no dia 25 de dezembro. Aliás creio que trata-se de uma oportunidade para reunirmos parentes e amigos e lembrar que o Todo Poderoso nos deu seu filho em sacrifício para nos livrar da condenação pelo pecado.

A Origem do Natal


Mas afinal; de onde surgiu a importância do dia 25 de dezembro? Existem várias origens, nas culturas pagãs que dizem respeito a esta data tão lembrada nos calendários. As mais conhecidas são as que relacionam este dia a comemoração do festejo conhecido como Natalis Solis Invictus e marcava a volta dos dias mais longos depois do solstício de inverno. Esta festa ocorria logo após a Saturnália, outra festividade muito popular na Roma antiga, durante a qual a população participava de festas e banquetes e ocorriam trocas de presentes.

Este dia também marcava a comemoração do aniversário de uma divindade conhecida como Mitra, que era popular deus de luz e lealdade, largamente cultuado pelos soldados romanos. Muitas outras divindades pagãs estão associadas a esta data em diversas culturas anteriores ao cristianismo. Estes fatos tem levado muitos seguidores do nosso Sumo Sacerdote a satanizarem este dia e protagonizarem intermináveis embates na mídia, nos púlpitos e, mais recentemente, nas redes sociais. 

O Equilíbrio


Ao longo da minha caminhada após a minha conversão ao Evangelho, procurei e procuro manter a sanidade e entender que, assim como podemos utilizar uma determinada obra artística para exaltar a soberania e majestade do nosso Rei e Senhor também podemos utilizar a mesma obra para  simplesmente proferir blasfêmias. Este mesmo princípio se estende as datas. O Filho de Deus, antes de partir para o seu reino, nos deu uma missão: Pregar as boas novas do Reino. Para o discípulo toda oportunidade é uma grande oportunidade.

Evidentemente, isso não significa que devemos aderir a costumes duvidosos e a simbologia oculta por trás dos signos oriundos das culturas avessas ao cristianismo e que, muitas vezes, são muito presentes no Natal. Mas com sabedoria e bom senso, podemos e devemos mostrar ao mundo que, para nós, o Natal é trazer a memória a verdade mais absoluta que existe: Nosso Criador, do alto de suas misericórdias, nos amou de uma maneira tão inexplicável, a despeito de nossa inimizade e rebeldia, que nos deu seu Único Filho, para ser entregue em sacrifício santo e perfeito e nos livrar do inferno e da morte e nos conceder um eternidade em sua presença.

FELIZ NATAL

terça-feira, 7 de maio de 2019

O Triunfo do Fracasso

Infelizmente, o triunfo do fracasso se dá pelos ensinos equivocados e sem fundamentação nas Escrituras que tem arrastado muitos cristãos para o lamaçal da desistência e abandono da fé!
Imagem de Peter H por Pixabay
Uma das razões, que eu tenho observado, de tantas pessoas abandonarem a fé cristã, no meio da caminhada, aqui no Brasil, é a combinação de dois pensamentos que causam muito mais mal do que bem: O Triunfalismo e a famigerada Teologia da Prosperidade. Estas duas linhas de pensamento, embora possuam respaldo bíblico em alguns de seus pontos tem sofrido enormes distorções doutrinárias provocadas, na maioria das vezes, por ideias humanistas e pelo intenso relativismo que vem inundando as mentes dos irmãos em Cristo. Neste pequeno texto, quero analisar, junto com você, alguns tópicos destas narrativas para compreender a falência eclesiástica que estamos assistindo, bem como reforçar nossas defesas contra estas heresias.

Triunfalismo


Antes de mais nada, é preciso entender o conceito de Triunfo da Igreja. A Igreja de Jesus, já nasceu vitoriosa, já nasceu vencedora e o seu triunfo final é inegável e incontestável. Mas entre seu nascimento e triunfo existe uma longa jornada de dor, sofrimento, perseguição e martírio. A pergunta é: se a igreja é sofredora, porque o crente não seria? É neste ponto que encontramos diversos desvios doutrinários. Existe um ensino triunfalista e sem nenhum respaldo nas escrituras que prega que a vida do crente deve ser vitoriosa. Jorgões comuns como: de vitória em vitória, você vai passar por cima, determine sua benção, você vai conquistar, e tantos outros que compõe um verdadeiro glossário de charlatanismo gospel, tem levado multidões a crer que basta estar na igreja e tudo na sua vida dará certo.

Pastores e supostos ensinadores, tem levado muitos ao engano, quer por má intensão ou por terem sido ensinados de forma equivocada. Preparam os fiéis para vencer, para receber, mas nunca para perder. Mas as Sagradas Escrituras nos ensinam exatamente o contrário. Não são poucas as passagens em que Jesus nos alerta sobre dor, sofrimento, aflições, perseguições, perdas e toda sorte de injustiças que recaem sobre aqueles que optam por segui-lo. Aprendemos a olhar apenas para o momento imediato e desaprendemos a vislumbrar o porvir. Com isso esquecemos e já não sabemos mensurar a diferença entre esta vida, curta e finita com a vindoura que é eterna.

Ficamos indignados com as agruras que nos atingem e não atentamos para o martírio de Cristo. Apagamos da memória a realidade de um Deus que despiu-se de sua glória e vestiu-se da carne fraca, que chorou, sofreu, angustiou-se, sentiu fome, sede, frio, que foi abandonado, traído, injustiçado, incompreendido, cuspido, esmurrado, espancado e morto de forma cruel e insana, em nosso lugar, para que nos tornássemos justificados diante de Deus. Nos tornamos arrogantes e pensamos que somos dignos do quer que seja a ponto de exigir de Deus providências em nossas vidas medíocres. Já não lembramos que: sofrer por Cristo é um privilégio e não uma tortura. Por conta disso abandonamos a caminhada por qualquer razão.

Basta um fracasso na vida conjugal, um insucesso financeiro, uma decepção qualquer e pronto: começam as lamúrias sem fim. Deus não me ama, Deus me abandonou, Deus não me ouve e blá blá blá. Crianças mimadas e insuportáveis causando vergonha nos pais com seus escândalos por conta de uma bugiganga qualquer. Pensamos que Deus deve ser como nós e não o contrário. E por conta deste pensamento ridículo e por sermos país impotentes e sem autoridade, exigimos que Ele ceda, assim como nós cedemos, por qualquer birra. Entenda: Deus não é seu empregado. é você que deve servi-lo e não o contrário.

Estas são apenas algumas mazelas do triunfalismo. Mas vamos a tal da prosperidade.

Teologia da Prosperidade


Você tem alguma dúvida de que a maioria esmagadora dos crentes não passa de um bando de  materialistas fúteis? Eu não! Quer um exemplo? Sempre que pensamos em céu e reino, a quase totalidade de nós lembra primeiro das ruas de ouro e das mansões celestiais. O último pensamento que nos chega a mente, quando chega, é sobre a Presença de Deus. A Teologia da Prosperidade vai fundo nessa nossa característica e explora ao máximo nosso desejo de ter, possuir, poder e conquistar, incutindo nas mentes frágeis a ideia, anti bíblica, de que o crente que é fiel também é próspero. Exagero meu? Então me diga sinceramente: Na sua igreja, quando alguém vai contar um testemunho, a maioria é sobre, cura, emprego, casamento, causa na justiça, dinheiro, casa nova, etc, ou sobre quantas almas conseguiu trazer para perto de Deus?

É lógico que Deus tem poder para prosperar, materialmente, quem quer que seja, mas biblicamente, esta não é a Sua prioridade. A Bíblia nos adverte de forma clara que: não podemos servir a Deus e a Mamon (dinheiro) ao mesmo tempo. A maior prova de que isto é verdadeiro é que a maioria das pessoas que possuem muitas riquezas não tem nenhum compromisso com Deus!

Um dos textos básicos da Teologia da Prosperidade é o que se encontra em Isaías 1.19: "Se quiserdes e me ouvirdes, comereis o melhor desta terra". Temos que entender duas coisas fundamentais neste texto: primeiro, ele é direcionado ao povo de Israel e faz parte do compêndio doutrinário da antiga aliança que foi cumprida em Cristo e que inaugura uma nova aliança que nos livra dos preceitos da Lei. Em segundo lugar, mesmo que se aplique a nós é preciso definir uma coisa: O que é o Melhor Desta Terra? Sabemos que com a entrada do pecado na humanidade, a terra foi amaldiçoada, produzindo espinhos e abrolhos e aguarda a sua redenção (o que ainda não ocorreu). Logo, se ligarmos este texto a bens materiais então sabemos que não há nada de bom neste mundo. Mas se olharmos pelo aspecto espiritual, então o Melhor desta terra é a Presença de Deus em nossas vidas nos alimentando com o Pão Vivo que desceu do céu. "Pois o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo" (Romanos 14:17).

Conclusão


Precisamos, com urgência, rever nossos conceitos e valores cristãos para não tropeçarmos durante a caminhada. Não é errado ter dinheiro, conquistas materiais, etc. Mas colocar estas coisas acima de Deus a ponto de abandoná-lo por elas é pecado de idolatria. Jesus nos deu inúmeros exemplos de que devemos viver de forma simples, sincera e honesta. Trabalhando para nosso sustento e acima de tudo orando e vigiando e anunciando a Salvação. Dígitos em contas bancárias não compram nossa passagem para o Reino de Deus. Relacionamentos de Contos de Fadas não são pré-requisitos para uma vida de comunhão com nosso Criador. Precisamos voltar a essência do Evangelho e viver uma vida dedicada ao nosso Pai que está nos céus, confiantes, pela fé, de que um dia estaremos para sempre com Deus, com Jesus e com o seu Santo Espírito.

Pense nisso...

domingo, 15 de julho de 2018

Vivendo e aprendendo a adorar!

O triunfalismo à brasileira, da igreja, tem nos tornado meros barganhadores no lugar de adoradores.
Existe uma espécie de onda triunfalista na igreja brasileira que nos dá uma sensação de que nada pode dar errado na vida do crente. Confesso que não sei de onde vem essa ideia e muito menos quando começou mas o certo é que por conta desta visão equivocada do viver em Cristo, muita gente acaba se distanciando de Deus quando as coisas não vão bem. Quando Jesus estava perto da sua partida, deste mundo, ele orou por seus discípulos. Está registrado no Evangelho de Jesus escrito por João, no capítulo 17, versículo 15 que diz: "Não rogo que os tire do mundo, mas que os proteja do maligno". 

Perceba que o Mestre não pediu ao pai que nos desse vitórias e conquistas, mas sim proteção contra o mal. Estar protegido não significa que não haverão lutas, dificuldades e até mesmo derrotas. Também temos que entender que a proteção prometida é contra o maligno e não contra os reveses naturais da vida humana.

Existem muitas situações difíceis na nossa vida que não são obras do maligno. São consequências das dificuldades naturais da existência humana e também frutos de decisões prematuras que tomamos ao longo da nossa caminhada.

O fato de determinadas coisas não saírem de acordo com aquilo que planejamos não nos torna amaldiçoados, como muitos julgam. Já cansei de ouvir pessoas falando que o fulano está passando por uma luta porque pecou, porque não é dizimista, porque faltou o culto e outras acusações do gênero. Falam estas bobagens como se Deus fosse uma espécie de bolsa de valores que irá me dar mais lucro a medida que eu investir nele.

O que precisamos entender, de uma vez por todas, é que Deus não tem nenhuma obrigação para conosco. Não existe mérito que nos torne merecedores de uma maior atenção do Criador. Se Ele te escolheu para fazer parte do Seu Reino, apenas agradeça a Ele, ciente de que não é merecedor. Adore-o pelo que Ele É e não pelo que Ele pode fazer por você.

A verdade é que estamos contaminados pelo vírus de Mamom e nos tornamos doentes neste mundo onde o ter é mais importante do que ser. Estamos sempre preocupados em como pagar contas, em adquirir algo, em conseguir um bom emprego e uma boa promoção. Esquecemos das palavras de Jesus que diz para não nos preocuparmos com comida, com vestuário, etc. Perdemos a fé naquele que conhece e supre nossas necessidades e queremos nós mesmos resolver nossos problemas deixando Deus de fora de nossas vidas.

Vamos ao culto no domingo e cantamos, louvamos, adoramos, erguemos mãos santas e na segunda feira maldizemos o serviço que não deu certo, o cliente que não pagou, esquecendo do Deus que dizemos seguir.

Não estou dizendo que é fácil viver por fé. Pelo menos para mim não é! Mas é necessário, pois a fé é justamente isso, ter a certeza daquilo que se espera e crer sem ver. Viver por fé é ter a convicção de que, independente das coisas serem boas ou más, elas são exatamente como devem ser. Mesmo as piores experiências, mesmo as maiores perdas ou as feridas mais profundas não acontecem para que sejamos infelizes sofredores mas para que possamos crescer. A Bíblia nos ensina que o Reino de Deus não é formado por covardes, mas por aqueles que vão até o fim como diz a cação: "Nem sempre ganhando, nem sempre perdendo, mas aprendendo a jogar".

Há um versículo na Bíblia que diz que todas as coisas colaboram para o bem daqueles que amam a Deus. Então, se você é um dos que amam a Deus, pare de reclamar e assuma logo a sua posição no Reino e agradeça a Ele por te permitir fazer parte de todo este processo. 

Jesus nunca disse que seria fácil mas sempre deixou claro que é possível!

quinta-feira, 12 de julho de 2018

Ovelhas não são feitas de plástico!

Enquanto uns te querem ver livre, outros só desejam te controlar!
Quando eu tomei consciência da existência de Deus, que me proporcionou uma experiência sobrenatural e impactante a ponto de transformar a pessoa que eu era, meus primeiros passos me levaram para uma instituição religiosa tradicional e pentecostal onde eu aprendi muita coisa e da qual eu não me arrependo de ter feito parte. Entretanto, esta sede de servir a Deus a qualquer custo, motivada pelo primeiro amor, como costumamos nominar, me levou a seguir, quase que cegamente, tudo o que me era ensinado. 

Eu queria ser como eles, falar como eles, andar como eles, vestir como eles e pensar como eles sem me dar conta do porque eu havia sido escolhido e convocado pelo Eterno. Certo de que deveria me despojar dos talentos, aptidões e características que faziam de mim a pessoa que eu era, travei uma luta ensandecida buscando assumir o personagem de um roteiro, que me haviam dado e que eu precisava, desesperadamente, incorporar e executar com perfeição.

Este processo fez com que a nova criatura, que estava sendo gerada, em meu interior, pelo Altíssimo, fosse abortada dando lugar a uma espécie de fantoche forjado por humanos tão falhos quanto eu. Não é o caso de que meus líderes fossem mal intencionados; pelo contrário: suas motivações eram as melhores possíveis. Eram e são pessoas sérias, comprometidas em servir a Deus, mas que foram moldadas para enxergar um Deus diferente daquele que está contido nas Sagradas Letras.

Creio que o primeiro erro cometido por grande parte das pessoas que abraçam o cristianismo é: Pensar que a Bíblia Sagrada contém um Deus completo. Eu explico: embora o Texto Sagrado seja, no meu entendimento, a palavra do próprio Deus, registrada por seres humanos inspirados pelo Espírito Santo, é muita inocência pressupor que um livro possa conter a totalidade do Criador Supremo de todas as coisas.

A Bíblia é um manual de reconciliação do indivíduo caído com o seu Criador e abarca em seu bojo as informações necessárias para que este indivíduo entenda o plano e se mantenha focado em sua nova condição de redimido. Um conjunto de ensinamentos, conselhos e práticas, elaborados para garantir que tudo corra conforme o planejamento do autor.

O problema surge quando homens e mulheres procuram ajudar um Deus que não carece de ajuda, pois é suficiente em si mesmo. Nesta ânsia de dar um empurrão, acabam criando regras baseadas em interpretações pessoais, esquecendo-se que o cerne da obra redentora da cruz é nos fazer livres e não mais escravos, uma vez que esta era a nossa condição anterior.

Deus não quer que você deixe de ser você mesmo, mas que o seja para a Glória Dele. Se o que você fazia antes de sua conversão, não era ilícito e não fere a ética e a moral estabelecida por Deus, não há porque abandonar seus dons e talentos em nome de uma nova vida definida por alguém que nem te conhece direito.

Precisamos entender que Deus não convoca médicos para se tornarem advogados, ou músicos para virarem pedreiros ou pescadores para se tornarem donos de bar. As escrituras deixam claro isto. O que muda não é a sua profissão ou aptidão, mas sim o foco. Se antes você jogava futebol apenas pelo prazer e pelo dinheiro agora você joga para que Deus seja glorificado através de sua vida. Lembre-se, não dá para ser sal em um alimento que já esta temperado e nem ser luz em um lugar amplamente iluminado. Pense nisso!

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Cristianismo & Punk Rock - Só Jesus salva o punk rock

Será que os novos cristãos é que tem a responsabilidade de manter vivo os antigos ideais do punk?
Quando o movimento punk surgiu, no final dos anos 70 e ganhou corpo no início dos anos 80, ele era um movimento anti-tudo. Contra o sistema, contra o governo, contra o estado, contra as religiões, contra tudo e contra todos. Basicamente um espectro do caos, inconformado com o status quo que reinava e ainda reina nas esferas mais "intelectualizadas" da intelligentsia. Este punk mais root, não estava nem aí para convenções e levantava o dedo para o politicamente correto, era malvisto, odiado, detestado mas seguia em frente gritando as verdades que ninguém queria ouvir, eram taxados de burros e ignorantes, que não sabiam tocar, que não entendiam de nada. O que aconteceu?

Hoje vemos os novos punks, defendendo as agendas do politicamente correto, partidários, punks de esquerda e até punks de direita, punks socialistas, comunistas, anarco-capitalistas, budistas, exotéricos, espíritas, umbandistas, ateus, agnósticos, empresários, empregadores, empreendedores, políticos, transgêneros, transtornados e transformados por um programa que os faz pensar que ainda estão na contra-mão do sistema mas, na realidade, uma grande parte serve a este mesmo sistema que é tão bem elaborado que cria seus próprios contrários, numa realidade onde até os rebeldes são fabricados em linhas de produção com componentes baratos.

Olhando este cenário triste e desesperançoso parece que não sobrou ninguém que se oponha ao stablishment da vida. Clama, ainda existe um grupo, pequeno, mas consciente, que é taxado de louco até pelos seus próprios pares. Ainda existe um grupo que não se conforma com as injustiças e entende que é preciso falar. Um grupo que não segue as regras impostas por um sistema maligno e dominador e sabe que precisa agir, ainda que esta ação coloque em risco a sua própria existência. Um grupo disposto ao enfrentamento, disposto a dizer não e que mantém acesa a chama da rebeldia contra esta nova ordem mundial, mesmo sabendo que é odiado, malvisto, detestado, considerado retrógrado e ignorante mas que segue em frente crendo que não se pode ficar calado, parado, estagnado. Um grupo que carrega a bandeira da verdadeira liberdade, uma liberdade que não é imposta por estatutos e constituições, uma liberdade que não se obtém pela ação de organizações de esquerda ou direita. Um grupo que entende o real significado do que é amor. São os punks que encontraram em Cristo o verdadeiro ideal do movimento, da luta e do desejo de mudar o mundo.

Sei que vou angariar inimigos mas isto é uma consequência natural de ser cristão e de ser punk. Sim, somos punks, vadios, párias numa sociedade que não cabe em nós, somos mal vistos porque não nos moldamos ao mundo, somos os excluídos, fazemos nossas músicas, escrevemos nossos textos, anunciamos a nossa fé, com ou sem recursos, não queremos suas drogas, suas teorias, suas filosofias, mas estamos ai, incomodando, afrontando seus conceitos porque cremos que existe uma verdade única e superior, cremos em uma moral sublime e que a liberdade plena pode ser alcançada mas que a única porta de entrada para ela é o Evangelho de Jesus Cristo.

SOMOS PUNKS, SOMOS CRENTES, estamos em todos os lugares e estamos avançando, não para dominar mas para iluminar à sua frente para que você enxergue o terreno perigoso por ande anda! Quer ficar do outro lado? Tudo bem, respeitamos suas decisões. Quer juntar-se a nós? Seja bem vindo, mas tenha consciência de que não será fácil, mas é possível, em nome de Jesus!

Cristianismo & Punk Rock








quarta-feira, 27 de setembro de 2017

É impossível ser ecumênico?

Existe uma grande diferença entre respeitar e aceitar diferentes confissões de fé...
Confesso que sou um grande admirador do pastor Tiago Cavaco. Pela sua inteligência, por ser cristão, assim como eu e por sua postura punk. Sua firmeza e convicção, no que diz respeito a fé cristã é louvável. Mas ser inabalável na fé, geralmente nos leva a situações delicadas, principalmente nesta era do politicamente correto, e a questão do ecumenismo é uma delas. No seu sentido original o ecumenismo é a busca da união das diferentes organizações religiosas que professam a fé cristã. Neste sentido, é algo perfeitamente possível, viável e, até mesmo, necessário para o fortalecimento da cultura cristã no orbe terrestre. As diferenças rituais e de interpretação teológica são perfeitamente aceitáveis uma vez que são tentativas humanas de uma melhor compreensão de Deus e que não são absolutas em si mesmas. Neste caso o elo de ligação ecumênica é composto da ortodoxia cristã formando uma base solida para criar uma espécie de unidade nas diferenças e comunhão nos propósitos.

Por outro lado, quando se tenta aplicar a lógica do ecumenismo à todas as correntes religiosas e filosóficas, como meio de promover uma unificação do pensamento espiritual, isto se torna impossível, pois cada crença encontra-se alicerçada em um conjunto doutrinário diferente e tido como verdadeiro em cada grupo e ao abraçarmos uma confissão de fé e espiritualidade que divirja daquela que professamos isto se converte em uma negação da nossa própria fé. Neste aspecto, a prática ecumênica nos levaria a uma anulação coletiva de todos estes compêndios doutrinários, algo extremamente perigoso num mundo tão caótico e cada vez mais, desprovido de espiritualidade. 

Devemos entender, principalmente em se tratando da fé cristã, que o Evangelho é um conjunto de crenças firmes e basilares na existência de um Deus Soberano e na impossibilidade do ser humano, por seus próprios meios, estabelecer um relacionamento positivo e duradouro com este Deus. Cremos no pecado como um ato de rebeldia, comum a todos os homens que já nascem destituídos de qualquer ligação com seu Criador e que vivem numa condição de inimizade com este Deus, o que leva a humanidade a um estado de condenação que só pode ser revertida através de uma intervenção do próprio Senhor. Aceitar um ensinamento que descarte qualquer um desses fundamentos é impensável dentro do escopo da fé cristã.

Não obstante a tudo isto, a nossa crença também prega o amor universal o que nos leva a um posicionamento de respeito àqueles que creem de uma forma diferente da nossa. Mas devemos entender que respeitar e conviver não significa concordar e submeter-se. Uma das características do pensamento cristão é justamente a irredutibilidade do nosso conjunto de crenças e a insubmissão ao doutrinamento que nos leve a negar aquilo que cremos, ainda que isto coloque em risco a nossa integridade física. Pois, no nosso esforço para atingir o status de cristãos verdadeiros, levamos em consideração a regra de sempre agradar a Deus ainda que isto desagrade a humanidade.

Mais que uma religião bacaninha, o cristianismo carrega no seu bojo uma boa dose de subversão e contracultura, posicionando-se em contraponto aos valores éticos e morais do mundo moderno, sem no entanto, impor de forma tirânica, aquilo que cremos, pois ainda é o amor e a compaixão que norteia nossas ações. Sabemos e cremos que conhecemos a verdade revelada de Deus para a humanidade e temos o desejo de levá-la ao maior número possível de pessoas mas entendemos que isto não se dá por força ou coerção, mas pelo nosso testemunho de vida e fé inabalável. Para que esse testemunho possa ser eficaz precisamos resguardar nossos valores impedindo que eles venham ser contaminados por ensinamentos que contradigam os fundamentos da nossa fé em Jesus Cristo.

A conclusão que chegamos é que podemos conviver pacificamente com os contrários mas devemos resguardar o cerne daquilo que cremos, sem misturas que venham a turvar a cristalinidade daquilo que professamos. É evidente que o assunto não se encerra aqui e pode ser desdobrado em muitas outras pautas futuras, mas por hora é isto. Abaixo um vídeo do pastor Tiago a respeito deste assunto. É bem curto, sintético e eficaz. Grande abraço.


domingo, 24 de setembro de 2017

Underground Cristão #004 - Justa Advertência - Mateus 5-V-30

Pioneiros do Punk Rock cristão nacional, nada mais justo do que dar a esta banda o reconhecimento que ela merece
Se os anos 80 assistiram a explosão do rock nacional, nos anos 90 foi a vez do rock cristão. Um incontável número de bandas começaram a surgir e no cenário punk não foi diferente. É nesse clima de empolgação, impulsionados por ministérios underground e igrejas mais abertas, musicalmente falando, que surge uma das primeiras bandas de punk rock cristão que se tem notícia. A banda Justa Advertência.

Originários da cidade paulista de Campinas, Christian (baixo), Riuchard (Bateria e Vocal) e Elison (Guitarra e Vocal) traziam para os palcos um Punk Rock/Crossover simples, cru e direto com mensagens fortes e também bem humoradas. Era uma época difícil, pois se de um lado havia a rejeiçao do público secular ainda precisavam lutar contra o preconceito de dentro das igrejas que não aceitavam e tão pouco compreendiam a proposta dos garotos.

A banda participou da coletânea Refúgio do Rock com outras nove bandas e lançou um álbum no formato k-7, que é o objeto desta matéria. Além de músico no Justa, Christian era um dos editores do White Metal Detonation.

O K-7 Mateus V-30, lançado em 1996 apresenta um panorama bastante completo do som da banda. com letras fortes e bem humoradas, carregadas de descontentamento com a sociedade. Uma banda cuja mensagem soa muito atual mesmo após tantos anos que depois..

Apesar da pouca duração a banda, sua existência foi fundamental para a cena e junto com outros grupos da época, abriram caminho para o underground cristão nacional. O Material disponível na internet é bem escasso e distribuído de forma aleatória, mas existe uma playlist no Youtube com quase todas as músicas que estamos disponibilizando aqui.



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sábado, 9 de setembro de 2017

Cristianismo e Punk Rock - Bem Mais Próximos do que Você Imagina

Não tem como ser um punk sem ter fé e não há como manter a fé sem uma atitude punk!
Quem me conhece pessoalmente sabe da minha vida pregressa no movimento punk assim como sabe que em 1996 eu me converti ao Evangelho do Jesus Cristo de Nazaré e sabe que mesmo após isto eu continuo com uma atitude punk em muitos aspectos da minha vida. Não estou me referindo à roupas rasgadas, moicanos e correntes, mas aos princípios que encontramos nas duas correntes que parecem ser tão antagônicas mas que ao mesmo tempo são tão próximas. Mas lembre-se, esta é uma percepção pessoal. É lógico que no movimento punk, uma grande parte dos adeptos, só queria mesmo era sexo, drogas e música alta. Mas as ferramentas que vieram a tona, com a explosão do punk, tem um paralelo muito intimamente ligado ao modus operandi do Evangelho de Jesus. Então vejamos:

Apartidarismo


Punks são basicamente anarquistas e não tomam partido nem de esquerda e nem de direita, não tem engajamento partidário e são contrários ao estado controlador. Já os cristãos não devem ser de esquerda ou direita, pois tem como autoridade máxima o próprio Deus e pregam a instauração do Reino de Deus já aqui, o que se contrapõe a ideia de um estado meramente humano e político. Os punks são adeptos do libertarianismo e o cristianismo primitivo optava pelas comunidades onde todos ajudavam a todos. Embora o cristianismo nos oriente a seguir as leis e orar pelos governantes ele se coloca acima do estado sempre que este contrariar as leis divinas. Portanto, ambos são apartidários.

Contra-cultura


O movimento punk foi e continua andando na contra-mão do sistema e da cultura institucional pois compreende que está é manipulada para garantir os interesses do estado dominador. Da mesma forma, os cristãos sabem que toda a produção cultural, moral e educacional, patrocinada pelo estado é uma ferramenta para afastar as pessoas de Deus e isto faz com que o cristianismo também mantenha uma atitude contra-cultural, não no sentido de se abster, mas de produzir um movimento cultural que vá de encontro as suas filosofias da mesma forma que o movimento punk sempre produziu a sua própria cultura. Coincidência?

DIY - Faça Você Mesmo


Uma das grandes características da cena punk é o famoso "Do It Yourself", ou seja, a capacidade de suprir as necessidades por conta própria. Selos, gravadoras, revistas (fanzines), comunidades, etc, o movimento trouxe a tona este ideal. Algo do tipo: ninguém publica o que queremos ler então nós mesmo vamos publicar. No cristianismo temos as mesmas coisas, as comunidades primitivas, as cartas de Paulo, as traduções por Lutero e outros, gravadoras, editoras e muito mais. Tanto o movimento punk como o ideal cristão utilizam estas mesmas armas na propagação de suas ideias.

A Perseguição


Nem precisa falar muito. Ambos os grupos sempre foram incompreendidos e perseguidos pelo establishment, justamente por terem uma postura que representa perigo para o sistema e continuam mal vistos (os autênticos) pela mídia e pela massa desinformada. Assim como no mundo os cristãos são vistos como retrógrados e ignorantes, na cena cultural os punks são tidos como a escória que não sabe tocar.

A Absorção do Sistema


Uma das coisas que o sistema fez com o punk ao perceber seu crescimento foi absorvê-lo. Criando um estereótipo que nada tem a ver com o original transformando o que deveria ser revolucionário em algo da moda. Da mesma forma forma o cristianismo tem sido absorvido pelo sistema e distorcido em seus ideais transformando-se em algo aceitável e moderninho, mas sem o conteúdo que é realmente relevante.

Conclusão


É obvio que existem diferenças gritantes nas ideias e ideias destes dois movimentos. O que eu estou tratando aqui são as características de comportamento e atitude de ambos que os colocam em um mesmo patamar. A firmeza de princípios, a atitude ousada, o posicionamento irredutível, a simplicidade, além de outros aspectos, carregam muitas semelhanças entre os dois grupos e me faz perceber que um precisa aprender mais com o outro para não sucumbirem, pois assim como vemos punks artificiais e fora de contexto também encontramos cristãos totalmente fora do Evangelho. Minha conclusão é que o verdadeiro cristianismo e o verdadeiro punk caminham lado a lado ainda que muitas vezes se odeiem.

Que Deus nos dê forças para prosseguir, pois o punk não morreu e Jesus morreu e ressuscitou e continua vivo!

Desdobramentos deste post





sábado, 2 de setembro de 2017

O Exemplo de Daniel!

O texto bíblico que narra a história de Daniel na cova dos leões é uma projeção da vida de um seguidor de Cristo nesta terra. A propósito, os leões não estavam dormindo!
Se você é cristão, já conhece a história do profeta Daniel, que foi lançado na cova dos leões e sobreviveu ileso. Se você não é cristão, é provável que já tenha ouvido falar a respeito, pois trata-se de uma peça literária bastante difundida dentro e fora do cristianismo e do judaísmo. Mas uma das característica que sempre me impressionam nos textos sagrados é que, a cada re-leitura uma nova porta se abre para que mergulhemos mais profundamente na mensagem. É justamente o meu último mergulho que vou compartilhar com os leitores deste blog.

O Texto citado se encontra no antigo concerto, ou velho testamento, no livro do profeta Daniel. Não quero me ater a história literal mas naquilo que pode ser revelado através dela, transpondo o cenário para uma realidade maior atrelada aos nossos dias, dentro da era da Igreja de Cristo. Entendo, num rápido e pobre resumo, que a cova dos leões é uma representação do mundo em que vivemos, Daniel é uma imagem dos fiéis a Deus e os leões traduzem o mal que quer extirpar a fé deste planeta. Mas se ampliarmos o leque de informações contidas no enunciado, enxergaremos vários aspectos da vida neste plano e quero pontuar apenas alguns.

A primeira questão que me vem a mente é: Daniel sentiu medo? Creio que sim. Afinal ele estava em um lugar onde o cheiro da morte deveria ser insuportável, o ambiente desagradável e a presença das feras não contribuíam, em nada, para cultivar momentos de paz e tranquilidade. Não tenho dúvidas de que não foi fácil pois o próprio Jesus nos garante, no Evangelho escrito por João (capítulo 16 e verso 33), que este mundo é um lugar de aflições e insegurança para aqueles que optam pela fidelidade a Ele.

Em segundo lugar a pergunta é: Os leões queriam atacá-lo? Não tenho nenhuma dúvida quanto a isso. Deveriam estar famintos e sedentos por carne fresca e por estarem impedidos de o fazer deveriam estar mais raivosos ainda. Afirmo isso, mais uma vez, com base em outro texto bíblico que está na primeira epístola de Pedro, no capítulo 5 e verso 8 que diz: "Sede sóbrios, vigiai. O vosso adversário, o Diabo, anda em derredor, rugindo como leão, e procurando a quem possa tragar; ...". Ao contrário do que diz uma canção, os leões não viraram travesseiros. No texto fica claro que Deus apenas fechou a boca dos leões, mas não os colocou para dormir e certamente eles passaram todo o período esperando uma oportunidade para devorá-lo.

O texto é uma instrução para nós, que tentamos viver em concordância com o Evangelho. Estamos na cova, rodeados de leões famintos, prontos para nos devorar. Não cabe a nós tentar pará-los, pois não possuímos a força necessária para tal. Temos que seguir o exemplo de Daniel e apenas confiar que o nosso Deus irá tomar as providências necessárias para sobrevivermos e ao final sairmos da cova para a alegria do Rei.

A vida cristã não é um mar de rosas. Não estamos neste mundo para sermos queridos, para sermos estrelas, mas para sermos os protagonistas de um conto permeado de dificuldades mas, com um final feliz. Que o mesmo Deus de Daniel possa nos fortalecer para encaramos os leões que aparecerão em nossa caminhada. Deus abençoe a todos!

terça-feira, 29 de agosto de 2017

Cristão Fraudulento. Existe Isso?

Seja o seu ‘sim’, ‘sim’, e o seu ‘não’, ‘não’; o que passar disso vem do Maligno. Mateus 5.37
O Canal Dois Dedos de Teologia, mantido pelo Yago Martins, publicou um vídeo intitulado: COMO OS CRISTÃOS ESTRAGAM E FRAUDAM O YOUTUBE. O Vídeo dá uma série de dicas a respeito de canais do youtube e alertas sobre práticas que visam apenas angariar views e likes sem se preocupar com o cerne da mensagem. Mas o mais grave é uma denúncia de vários canais que praticam fraude para conseguir isto, utilizando hashtags que não se enquadram no conteúdo, apenas para angariar views. No final deste post você pode conferir o vídeo citado, mas antes vamos conversar sobre um assunto muito sério que é a integridade do caráter cristão.

Quando abraçamos uma ideia, uma causa, uma filosofia de vida, uma ideologia, enfim; quando nos engajamos em algum tipo de grupo, a lógica é a de que iremos seguir as regras e comportamentos daquele grupo. No cristianismo não é diferente; quando optamos pela proposta da caminhada cristã, estamos assumindo um compromisso com as regras e práticas do Evangelho, pois é somente agindo conforme as instruções de Cristo que seremos, realmente, cristãos autênticos e reconhecidos como tal. Ser cristão, mais do que frequentar uma denominação religiosa, é servir de exemplo para que outros possam conhecer melhor o cristianismo. Ser cristão é ser uma testemunha, viva, do Jesus Cristo de Nazaré.

Entre as práticas comuns ao cristão as que se destacam, em relação a nossa condição de seres sociais, são: Moral, bons costumes, honestidade, compromisso com a verdade, ou seja, fazer a diferença num mundo tão carente de valores objetivos. Na verdade, os não cristãos esperam isto de nós. E quando não encontram, o que não é difícil, ficam espantados e cada vez mais descrentes nas nossas crenças. Esta crise moral que permeia o universo dos religiosos de vertente cristã tem arruinado as instituições, pessoas e o próprio Deus dos adeptos de Jesus. Não é o caso de Deus ter uma crise de identidade, mas a sua imagem é prejudicada porque refletimos de forma distorcida quem Ele realmente é. Com isso, deixamos de levar a cura e nos tornamos o câncer que contribui, ainda mais, com a degeneração da humanidade.

Precisamos acordar, lavar o rosto, voltar as Escrituras, rever nossos conceitos, redefinir nossos objetivos e entender que não estamos aqui para satisfazer nossos desejos pessoais ou alcançar fama e sucesso. Nossa missão é anunciar ao mundo a boa notícia de que existe uma forma melhor de viver e buscar o Reino de Deus para que ele seja manifesto já neste tempo presente. Para sermos chamados de cristãos devemos agir como tal. Que Deus tenha misericórdia de nós!

Segue, abaixo: o vídeo do Dois Dedos de Teologia, que motivou esta postagem:



Bate papo entre Eu e o Eduardo Teixeira do Cristo Suburbano sobre esta postagem...





domingo, 27 de agosto de 2017

O Evangelho de Cristo Incomoda Muita Gente

Depois de mais de vinte anos de conversão ao Evangelho de Jesus Cristo de Nazaré, a grande lição que fica e que me dá a certeza de que este é o caminho para a redenção do ser humano, não apenas no campo da espiritualidade mas também da humanidade. Esta certeza está ligada a uma constatação em contraponto com a maioria das religiões, que de uma certa forma, sempre contemplam a capacidade do ser humano de crescer, evoluir, atingir o pleno funcionamento de sua centelha divina, etc, etc, etc. Isto difere do Evangelho que expõe nossas fraquezas e escancara nossa dependência e incapacidade. Ora! Um pensamento religioso que não dá ao ser humano nenhum mérito, no meu parco entendimento, só pode ter vindo de Deus. Eu explico:

Nós, seres humanos, somos extremamente egoístas, soberbos e sempre nos achamos a última cereja do bolo. Mesmo quando tentamos ser humildes e altruístas, procuramos, de várias maneiras, encontrar algum mérito em nossas ações. Na nossa religiosidade isso não é diferente. Se formos olhar a maioria das correntes religiosas espalhadas pelo mundo, elas sempre contemplam nossas iniciativas, nosso esforço e o nosso sacrifício, ou seja, mesmo apontando para uma ou mais divindades, a maioria desses pensamentos converge para a capacidade do ser humano em realizar feitos grandiosos.

Quando olhamos para o Evangelho anunciado por Jesus de Nazaré, percebemos que não existe mérito, que não cabe a nós mudar nosso destino quanto ao nosso futuro na eternidade e que somos completamente dependentes da intervenção divina. Esta exposição explícita da nossa incapacidade aliada a uma certeza plena de que somos pecadores sem qualquer condição de alterar nossa natureza, não pode ter vindo de uma mente humana. Somente uma mente divina poderia nos apresentar uma realidade tão dura e cruel sem, no entanto, nos ferir. Pois é isso que o Evangelho promove em nós; desnuda nossa condição terrível mas faz isto de uma maneira que não nos agride pois, toma para si a dor que deveria permanecer em nós.

Num primeiro momento, a mensagem de Jesus nos assusta, pois funciona como um espelho que reflete o nosso verdadeiro caráter e isto nos aterroriza e incomoda pois nos dá uma certeza de que só poderemos prosseguir com Cristo se permitirmos que ELE  mate o nosso EU para que um NÓS venha a nascer. A maioria das pessoas corre no primeiro encontro, pois não suporta olhar para este espelho mágico que não nos chama de belos. E todos nós correríamos se não fosse a própria ação divina para nos manter ali, olhando e compreendendo a necessidade de morrermos.

Com o passar do tempo vamos observando o trabalho do Espírito em nós e começamos a contemplar as mudanças que Ele, pacientemente, vai promovendo em nosso ser. Gradativamente a beleza vai surgindo no meio da podridão de forma semelhante a que foi mostrada ao profeta Ezequiel. Não é uma operação rápida e muito menos prazerosa, mas o resultado é animador. Pois a cada dia podemos vislumbrar o tipo de ser que está sendo construído em nós para que, o Criador, ao final do trabalho, possa olhar e afirmar que ficou muito bom!

Que o bom Deus continue nos lapidando e transformando pois já não tenho nenhuma dúvida de que o Evangelho é real, é divino e é a única fonte de comunhão com Deus.

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domingo, 13 de agosto de 2017

Toda dependência é problemática

Vivemos uma geração viciada em estimulantes que só estimulam o emburrecimento!
Recentemente o caso do vazamento de um áudio de uma cantora "gospel" dependente de drogas, vazou na internet causando muitos comentários em todos os sentidos. Em se tratando da cantora, creio que ajuda espiritual e psicológica podem ser bem mais úteis do que exposição e acusações. Também faço questão de acrescentar que: o fato da artista estar passando por um problema não a faz melhor e nem pior do que os outros e, falando como cristão, o seu talento continua  sendo uma dádiva divina. Mas não é sobre a celebridade que quero comentar e sim sobre esta dependência crônica que os cristãos contemporâneos desenvolveram nos últimos tempos. A dependência das estrelas.

Vivemos num país onde a cultura e a informação foram banidas da coletividade e a elite cultural não passa de um bando de doutrinadores em sua perene missão de banir, a todo custo, a moral e os bons costumes. Nas instituições religiosas, esta característica acaba se refletindo na membresia e o que temos são instituições rasas com líderes inaptos e uma desinformação crescente no que diz respeito ao cerne do Evangelho do Jesus Cristo de Nazaré. Esta absoluta falta de estofo teológico formou toda uma geração que desconhece as Sagradas Escrituras e, consequentemente, ignora o que é ser cristão, não conseguindo levar uma vida conforme os ensinamentos do Mestre.

Este vácuo intelectual e espiritual produziu uma geração oca que preenche o seu apetite religioso com qualquer coisa que possua esta espécie de "Selo de Qualidade Gospel". Isto é tão verdade que é comum escutarmos conversas de irmãos te convidando para o culto porque vai ter um pregador de fora e uma cantora ou cantor famoso. Neste cenário grotesco, a ação do espírito (com "e" minúsculo mesmo) fica condicionada as cantorias e pregações de fogo que quase nada diferem dos rituais pagãos, importados do norte europeu e do continente africano. Enquanto isso o Espírito Santo observa. A conclusão que chegamos é de que temos uma geração dependente das celebridades gospel, onde o culto só será bom quando uma delas estiver presente. Ao final do espetáculo ainda tem a venda de livros, CDs e DVDs com direito a autógrafos e sessão de fotos.

Entenda que não tenho nada contra a atividade artística feita por cristãos. Não é isso! Também não sou contra que tenhamos nossos artistas preferidos, pregadores que apreciamos mais, etc. O problema surge quando condicionamos nosso culto a Deus à presença destas estrelas religiosas e esquecemos do verdadeiro propósito da vida cristã e do culto ao Senhor. Este tipo de dependência produz uma comunidade doente que não tem apreço pela Palavra. Crentes incapazes de digerir uma alimentação substancial, imaturos e superficiais que pensam que ser abençoado é conseguir casa, carro e bens materiais diversos, que pensam que o melhor desta terra é comida farta e passeios a Disney. Que vivem um evangelho enganoso, fraco e medíocre. Crentes sem amor, que acham mais importante compartilhar a desgraça alheia do que interceder pelos fracos, que choram com os que riem e gargalham com os que choram, contrariando, em todos os aspectos, a Palavra de Deus.

Que Deus tenha misericórdia de todos nós!