quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Self Me, Please!

Hoje eu me deparei com uma cena preocupante. Em uma postagem no Facebook, uma mãe publicou duas fotos de seu filho (uma criança pequena) sendo atendida no PS após uma queda que gerou um corte na cabeça. Uma foto detalhava o corte e outra a expressão de dor e medo do inocente sendo atendido.


Fiquei preocupado pensando a que ponto estamos chegando! Será que um instantâneo na internet é mais importante do que a presença consoladora de uma mãe? Quando eramos crianças, bem crianças, nossas mães nos abraçavam e assopravam o ferimento. Aquilo era mágico. Funcionava, pois ia de encontro as expectativas do nosso eu e nos dava a certeza de que estávamos protegidos. Sabíamos a quem recorrer e em quem confiar, um porto seguro onde ancorar nossas incertezas.

O que aconteceu? Viramos binários, que decidem tudo na base do zero ou um? Creio que sim! Uma geração em que as escolhas, navegam entre o "eu" ou "nada", numa espécie de manifestação prática do humanismo relativista que vem encharcando a nau dos desavisados.

Uma tribo global que não tem olhar para o outro e que está fixada em seus negros espelhos mágicos que com um toque transformam todos em capas de revista. Tudo o que importa é a quantidade de likes e views independente de quem será constrangido, humilhado ou prejudicado.

Esta espécie pensa que a solução para todas as coisas está na ponta dos dedos que apontam e desapontam os alvos da vez. O problema é que, nestes casos, o delete não deleta...

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